Veganismo e revolta
Moderador: mcerqueira
Como reacção à forma como os animais são tratados e àquilo que se passa nos matadouros, sentimentos muito fortes são compreensíveis e inteiramente justificados. Mas eu acredito que a nossa inabilidade – tanto pessoalmente como como um movimento – para lidar com a nossa revolta de uma forma construtiva é um dos maiores obstáculos ao avanço do movimento da libertação animal.
Com o passar do tempo, as pessoas tendem a lidar com a sua raiva de diferentes maneiras. Algumas voltam-se para os protestos e manifestações, algumas gritam, ou abraçam o ódio ou o sarcasmo. Outras afastam-se da sociedade e rodeiam-se apenas por pessoas que pensam da mesma maneira, olhando para a sociedade como uma grande conspiração contra o veganismo. Eu não acredito que qualquer destas atitudes faça muito por ajudar a sociedade a tornar-se mais compassiva.
Uma abordagem diferente é tentar manter um ponto de vista optimista e um sentido de humor. Desta forma é mais fácil continuar no activismo e evitar a atitude fundamentalista de “dono da verdade”, e também se torna possível interagir de forma positiva e construtiva com os outros.
Infelizmente, não existe nenhum caminho fácil para construir e manter um sentido de humor.
Uma sugestão é recordares-te sempre do teu objectivo final. No meu caso, é a diminuição do sofrimento. Se eu me permitir a mim próprio ser miserável por causa da miséria no mundo, estou a acrescentar mais sofrimento ao já existente no mundo. Mais fundamentalmente, eu estou a dizer que a não ser que a utopia seja imediatamente estabelecida, então não é possível ser feliz. Logo o meu objectivo é, à partida, irrealizável.
Para que alguma mudança se dê no mundo, temos de convencer os outros a pensarem para além de si próprios. Nós devemos estar dispostos a fazer o mesmo. Tal como nós queremos que os outros vejam para além da satisfação a curto prazo de seguirem hábitos e tradições, nós temos de avançar para além da nossa revolta para uma advocacia efectiva (e.g. avançar para além os gritos e dos cânticos para uma abordagem construtiva e educacional). Se eu alego que não posso ser feliz – que sou um escravo da minha situação – como posso eu esperar que os outros ajam de forma diferente?
Também é útil manter uma perspectiva histórica. Compreendo que não sou a primeira pessoa a indignar-se pelo estado das coisas no mundo. Posso aprender pelos erros e pelos êxitos daqueles que vieram antes de mim.
Poucas pessoas chegaram a uma visão iluminada do mundo por si próprios e de um dia para o outro. Precisei de mais de um ano após a minha exposição inicial a estas questões para me tornar vegetariano, e ainda mais depois disso para me tornar vegan. Se eu tivesse sido tratado com desprezo e raiva devido às minhas ideias feitas e racionalizações patéticas (em retrospectiva), certamente nunca me teria tornado vegetariano.
A minha história não é única. Não apenas ela mostra as desvantagens da raiva e os benefícios da paciência, como também mostra que não deves desistir dos teus amigos se eles não reagem à informação da forma que tu gostarias. Fugir dos teus amigos porque eles não adoptam imediatamente as tuas ideias vegan não apenas de afasta daqueles a quem precisas de chegar, como perpetua o estereotipo do infeliz fanático sem outra vida que não seja fazer queixas.
“Lutar” contra o sofrimento é a única maneira de construir um mundo melhor; criar felicidade e alegria como partes de uma vida ponderada e compassiva pode ser ainda um instrumento mais poderoso para promover a mudança.
Enquanto existir vida consciente na Terra, existirá sofrimento. A questão é o que fazer com a existência que foi oferecida a cada um de nós. Podemos escolher acrescentar a nossa própria fúria e sofrimento ao resto, ou podemos dar um exemplo ao simultaneamente trabalhar para aliviar o sofrimento e levar uma vida alegre, com significado, e preenchida.
Com o passar do tempo, as pessoas tendem a lidar com a sua raiva de diferentes maneiras. Algumas voltam-se para os protestos e manifestações, algumas gritam, ou abraçam o ódio ou o sarcasmo. Outras afastam-se da sociedade e rodeiam-se apenas por pessoas que pensam da mesma maneira, olhando para a sociedade como uma grande conspiração contra o veganismo. Eu não acredito que qualquer destas atitudes faça muito por ajudar a sociedade a tornar-se mais compassiva.
Uma abordagem diferente é tentar manter um ponto de vista optimista e um sentido de humor. Desta forma é mais fácil continuar no activismo e evitar a atitude fundamentalista de “dono da verdade”, e também se torna possível interagir de forma positiva e construtiva com os outros.
Infelizmente, não existe nenhum caminho fácil para construir e manter um sentido de humor.
Uma sugestão é recordares-te sempre do teu objectivo final. No meu caso, é a diminuição do sofrimento. Se eu me permitir a mim próprio ser miserável por causa da miséria no mundo, estou a acrescentar mais sofrimento ao já existente no mundo. Mais fundamentalmente, eu estou a dizer que a não ser que a utopia seja imediatamente estabelecida, então não é possível ser feliz. Logo o meu objectivo é, à partida, irrealizável.
Para que alguma mudança se dê no mundo, temos de convencer os outros a pensarem para além de si próprios. Nós devemos estar dispostos a fazer o mesmo. Tal como nós queremos que os outros vejam para além da satisfação a curto prazo de seguirem hábitos e tradições, nós temos de avançar para além da nossa revolta para uma advocacia efectiva (e.g. avançar para além os gritos e dos cânticos para uma abordagem construtiva e educacional). Se eu alego que não posso ser feliz – que sou um escravo da minha situação – como posso eu esperar que os outros ajam de forma diferente?
Também é útil manter uma perspectiva histórica. Compreendo que não sou a primeira pessoa a indignar-se pelo estado das coisas no mundo. Posso aprender pelos erros e pelos êxitos daqueles que vieram antes de mim.
Poucas pessoas chegaram a uma visão iluminada do mundo por si próprios e de um dia para o outro. Precisei de mais de um ano após a minha exposição inicial a estas questões para me tornar vegetariano, e ainda mais depois disso para me tornar vegan. Se eu tivesse sido tratado com desprezo e raiva devido às minhas ideias feitas e racionalizações patéticas (em retrospectiva), certamente nunca me teria tornado vegetariano.
A minha história não é única. Não apenas ela mostra as desvantagens da raiva e os benefícios da paciência, como também mostra que não deves desistir dos teus amigos se eles não reagem à informação da forma que tu gostarias. Fugir dos teus amigos porque eles não adoptam imediatamente as tuas ideias vegan não apenas de afasta daqueles a quem precisas de chegar, como perpetua o estereotipo do infeliz fanático sem outra vida que não seja fazer queixas.
“Lutar” contra o sofrimento é a única maneira de construir um mundo melhor; criar felicidade e alegria como partes de uma vida ponderada e compassiva pode ser ainda um instrumento mais poderoso para promover a mudança.
Enquanto existir vida consciente na Terra, existirá sofrimento. A questão é o que fazer com a existência que foi oferecida a cada um de nós. Podemos escolher acrescentar a nossa própria fúria e sofrimento ao resto, ou podemos dar um exemplo ao simultaneamente trabalhar para aliviar o sofrimento e levar uma vida alegre, com significado, e preenchida.
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- Registado: sexta mai 02, 2003 1:58 pm
- Localização: Dogue Alemão (Golias), O Mainof e o Pequinino (PRPs)
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Boas!!!
Epa!!!
Só uma pergunta!!
Imaginemos de 100% da humanidade era Vegan ou vegetariana...precisariamos provavelmente de ENORMES campos de cultivo...verdade??? onde punha os animais todos???
Abraços,
Arcanjo
Epa!!!
Só uma pergunta!!
Imaginemos de 100% da humanidade era Vegan ou vegetariana...precisariamos provavelmente de ENORMES campos de cultivo...verdade??? onde punha os animais todos???
Abraços,
Arcanjo
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- Registado: quinta fev 28, 2002 4:12 pm
- Localização: Vários
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Gosto muito destes textos "ciêntificos" sem serem assinado e de fontes pouco credíveis...
Somos omníveros e pessoalmente como mais depressa uma picanha que um bife de soja :p
Somos omníveros e pessoalmente como mais depressa uma picanha que um bife de soja :p
<p>Gonçalo</p>
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</p>
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- Registado: quarta abr 30, 2003 9:05 pm
È um óptimo substituto para um sonífero 

<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
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- Registado: quarta dez 12, 2001 12:10 am
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Olá
Que insensiveis!!!
Eu lutarei (até que a alma me doa) para que o vegetarianismo e o veganismo se implantem a fundo na nossa sociedade!
Não encontro outro modo de fazer descer o preço da carne!!
Que insensiveis!!!
Eu lutarei (até que a alma me doa) para que o vegetarianismo e o veganismo se implantem a fundo na nossa sociedade!
Não encontro outro modo de fazer descer o preço da carne!!
Um abraço
a fundo ou no fundo :p ?gary Escreveu:
Eu lutarei (até que a alma me doa) para que o vegetarianismo e o veganismo se implantem a fundo na nossa sociedade!
Não encontro outro modo de fazer descer o preço da carne!!
Good friend Vs true friend: A good friend will come bail you out of jail....But a true friend will be sitting next to you saying "... WE screwed up! BUT WASN'T IT FUN!!!
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- Localização: 2 cadelas cdp, Angie e Lua , uma tartaruga
gary Escreveu: Olá
Que insensiveis!!!
Eu lutarei (até que a alma me doa) para que o vegetarianismo e o veganismo se implantem a fundo na nossa sociedade!
Não encontro outro modo de fazer descer o preço da carne!!


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- Localização: Um cão (Teco) e um peixe dourado (Laranjinha)
Oh por favor, eu já como salada
Eu não consigo passar uma semana sem comer carne. Eu tbm acredito que às vezes matam em excesso, isso já não gosto. Mas se eles 'matarem' só o suficiente, émuito melhor.
Mas, isto n quer dizer que eu vá ser vegetariana, era preciso santa paciência
paa mim

Eu não consigo passar uma semana sem comer carne. Eu tbm acredito que às vezes matam em excesso, isso já não gosto. Mas se eles 'matarem' só o suficiente, émuito melhor.
Mas, isto n quer dizer que eu vá ser vegetariana, era preciso santa paciência

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- Registado: terça set 24, 2002 8:18 am
- Localização: Três whippets
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OLá
Eu já disse aqui várias vezes que faço muitas refeições à base de vegetais. Não propriamente por motivos de carácter ideológico, mas porque reconhecidamente a alimentação vegetariana ou, se preferirem, à base de vegetais é muito mais saudável. Tenho essa experiência ao longo de vários anos e julgo que está provado cientificamente que assim é.
Mas não sou radical e o que se passa é existir um extremar de posições. É o oito ou oitenta.
O que penso sobre estas atitudes activistas sobre o veganismo é que têm um efeito perverso. Em vez de terem um efeito moralizador e pedagógico, ao contrário provocam o extremar das posições do tipo "abaixo a couve e viva o bife".
Eu julgo que ninguém é indiferente à forma cruel como os animais de consumo são tratados desde a criação ao abate. Mas o que existe da parte do público em geral é uma enorme passividade em relação a essa crueldade. A pessoa prefere ignorar do que incomodar-se com isso. A vida já tem tantos problemas...
Julgo que a intenção desses movimentos consiste em alertar as consciências em face dessa passividade. Mas o efeito é realmente perverso.
Eu já disse aqui várias vezes que faço muitas refeições à base de vegetais. Não propriamente por motivos de carácter ideológico, mas porque reconhecidamente a alimentação vegetariana ou, se preferirem, à base de vegetais é muito mais saudável. Tenho essa experiência ao longo de vários anos e julgo que está provado cientificamente que assim é.
Mas não sou radical e o que se passa é existir um extremar de posições. É o oito ou oitenta.
O que penso sobre estas atitudes activistas sobre o veganismo é que têm um efeito perverso. Em vez de terem um efeito moralizador e pedagógico, ao contrário provocam o extremar das posições do tipo "abaixo a couve e viva o bife".
Eu julgo que ninguém é indiferente à forma cruel como os animais de consumo são tratados desde a criação ao abate. Mas o que existe da parte do público em geral é uma enorme passividade em relação a essa crueldade. A pessoa prefere ignorar do que incomodar-se com isso. A vida já tem tantos problemas...
Julgo que a intenção desses movimentos consiste em alertar as consciências em face dessa passividade. Mas o efeito é realmente perverso.
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O membro Vegan2004 falou muito e disse pouco. Gostaria de lembrar que este fórum é para discussão de assuntos relacionados com cães e afins. Não me parece que seja o melhor canal para devaneios pseudofilosóficos.
Saber viver em sociedade é saber respeitar os outros membros dessa sociedade.
"Lutar" contra os retrógados comedores de carne e querer impôr o vegetarianismo como forma e sinal de evolução da condição humana, parece-me tão grave ou ofensivo como os ideais da Inquisição ou do fundamentalismo Islâmico.
Deixe lá de armar em Torquemada do Vegan e respeite quem não "evoluiu" ao seu encontro.
Já agora queria apenas dizer que a sua senda pelos caminhos do conhecimento ainda agora começaram, e por consequência, o/a senhor/a é uma pessoa profundamente igmorante, porque se não o fosse não viria para aqui pavonear os seus parcos conhecimentos sobre a humanidade e as suas capacidades de relação, evolução e respeito para si mesmos e para os animais que os rodeiam.
O conhecimento enaltece o espirito e aproxima as pessoas, trazendo uma nova capacidade de nos olharmos e respeitarmos.
Saber mais é ser mais humilde
Já agora deixo uma dica; vc escreve muito mal e perde-se no seu próprio delíro. O seu texto raia a incongruência, e só é possível chegar ao fim e lê-lo após um grande esforço de concentração.
continue a mandar postais...
Saber viver em sociedade é saber respeitar os outros membros dessa sociedade.
"Lutar" contra os retrógados comedores de carne e querer impôr o vegetarianismo como forma e sinal de evolução da condição humana, parece-me tão grave ou ofensivo como os ideais da Inquisição ou do fundamentalismo Islâmico.
Deixe lá de armar em Torquemada do Vegan e respeite quem não "evoluiu" ao seu encontro.
Já agora queria apenas dizer que a sua senda pelos caminhos do conhecimento ainda agora começaram, e por consequência, o/a senhor/a é uma pessoa profundamente igmorante, porque se não o fosse não viria para aqui pavonear os seus parcos conhecimentos sobre a humanidade e as suas capacidades de relação, evolução e respeito para si mesmos e para os animais que os rodeiam.
O conhecimento enaltece o espirito e aproxima as pessoas, trazendo uma nova capacidade de nos olharmos e respeitarmos.
Saber mais é ser mais humilde
Já agora deixo uma dica; vc escreve muito mal e perde-se no seu próprio delíro. O seu texto raia a incongruência, e só é possível chegar ao fim e lê-lo após um grande esforço de concentração.
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- Membro Veterano
- Mensagens: 2402
- Registado: sábado abr 26, 2003 5:14 pm
- Localização: 2 cães(Fluffy e Infeliz), 1 gatinho (Mime) e 1 rouxinol do Japão(o Lípio)
Só queria saber porque é que este conjunto de tópicos teve de ser colocado em dois fóruns, porque é que não se colocou isto nos milhentos tópicos sobre o assunto existentes e porque é que vieram falar disto ao fórum dos cães.
A quem me souber responder muito obrigado, porque isto vai para além da minha compreensão.
A quem me souber responder muito obrigado, porque isto vai para além da minha compreensão.
[quote=noricum04]
Para quem acusa os outros de escreverem muito e dizerem pouco... este ramsés é um pro. de português frustrado...
[/quote]
Explique-se... sff. Gostaria de saber como detectou que sou um frustrado. Já que faz a acusação em público...
Obrigado.
Para quem acusa os outros de escreverem muito e dizerem pouco... este ramsés é um pro. de português frustrado...
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Explique-se... sff. Gostaria de saber como detectou que sou um frustrado. Já que faz a acusação em público...
Obrigado.