Coração de cadela bate com a ajuda de pacemaker
Se não fossem os constantes avanços da medicina veterinária, Maria e muitos outros cães com problemas cardíacos estariam confinados a uma vida cheia de limitações e, muito provavelmente, mais curta do que a dos animais saudáveis. Acontece que Maria está como nova, desde que, há cerca de um mês, foi submetida a uma intervenção nunca antes vista no nosso país - com a implantação de um pacemaker de uso humano, o seu coração passou a bater ao ritmo certo.
Sim, leram bem. Maria é uma cadela e tem um pacemaker. Foi a solução encontrada para compensar a sua insuficiência cardíaca secundária, decorrente de um bloqueio atrio-ventricular de terceiro grau. Problema que, graças à cooperação de uma série de entidades do Porto e de Matosinhos, se tornou um caso de sucesso. Perante lesões que são irreversíveis, o pacemaker permite à cadela ter uma vida mais normal.
Intervenções como esta são comuns em Inglaterra e nos Estados Unidos. A ideia de fazer cá uma operação semelhante andava a ser discutida entre os médicos do Hospital Veterinário Montenegro (HVM) e um docente do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar, mas faltava um candidato que reunisse todas as condições para a implementação do aparelho. Até que apareceu Maria, uma rafeira de quatro anos.
À equipa promotora juntaram-se outra clínica veterinária (que dispõe de um fluoroscópio) e um médico do serviço de Cardiologia do Hospital Geral de Santo António, que foi quem introduziu o eléctrodo. "Nada melhor do que recorrer a uma pessoa que faz esse tipo de implantação diariamente em humanos", justifica Rui Pereira, médico veterinário ao serviço do HVM e elemento desta equipa pioneira.
"No caso da Maria, o coração estava a bater a uma frequência de 40 a 50 batimentos por minuto, sendo que o normal de um cão com o tamanho dela seria 120, aproximadamente", refere aquele responsável, a propósito do estado em que o animal se encontrava antes da intervenção. Agora, o ritmo é normal e a cadela está "mais activa, bastante mais alerta e responsiva aos estímulos", garante.
Por se tratar de uma intervenção experimental, o aparelho foi oferecido pelo fabricante, mas o custo do equipamento com as mesmas capacidades ronda os 1500 euros, sem falar de outros encargos inerentes à operação. Rui Pereira reconhece que se trata de um "processo dispendioso" e diz mesmo que no estrangeiro é normal cobrar-se cinco mil euros por uma intervenção deste género. "Mas isto faz-se muito no estrangeiro, porque os donos dos cães fazem seguros", conclui.
A verdade é que se não tivesse um pacemaker - e numa situação extrema - , Maria corria um de dois riscos morte súbita ou morte por edema.
http//jn.sapo.pt/2005/03/01/etcetera/coracao_cadela_bate_a_ajuda_pacemake.html
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Já tinha visto, essa notícia deu nas notícias no fim de semana de há 8 dias atrás se não me engano!
Era uma rafeirinha linda
Xuga
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Também vi a notícia no telejornal.
Ainda bem que começam a existir estas coisas para os animais também, é um bom sinal!
A cadelita parecia ter reagido bem, e foi óptimo pois ela ainda é novita e assim viu a sua vida prolongada.
Ainda bem que começam a existir estas coisas para os animais também, é um bom sinal!
A cadelita parecia ter reagido bem, e foi óptimo pois ela ainda é novita e assim viu a sua vida prolongada.

<p>Os animais são pessoas como as pessoas são animais</p>
<p>Teixeira de Pascoaes</p>
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