Pistas para ler os rótulos das rações
Moderador: mcerqueira
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periquito FALCANITO
Fiz uma tradução livre de um texto de origem americana, destinado aos donos de cães, que dá umas pistas sobre a leitura dos dados existentes nos sacos de rações.
Para já não está completo mas talvez ajude a perceber a informação prestada.Vou pondo aqui aos bocadinhos.
Aí vai :
Nos sacos de ração existam informações sobre o conteúdo :
1. Dados analíticos (apresenta os constituitivos em % da ração).
2. Ingredientes listados por ordem decrescente de importância.
3. Adequação nutricional (indica para que fase da vida do cão é adequada a ração e os testes efectuados nesta)
4. Instruções de alimentação (quantidade de comida a dar ao cão).
1.Os dados de analiticos indicam o mínimo de proteína bruta e gordura e o máximo de fibra e àgua.
Bruto refere-se ao total de proteína contida na ração, não necessáriamente à proteína digerível.
Significa isto que a percentagem de proteína e gordura são apenas aproximações.
O verdadeiro valor depende da qualidade ingredientes fornecedores.
O montante de humidade é importante, especialmente quando se comparam rações.
Uma ração com 24% de proteína e 10% de humidade tem a mesma proteína que uma com 14% de proteína e 6% de humidade.
Portanto, quanto mais humidade, mais água se compra em vez de alimento.
Também se deve assinalar que o fósforo exacerba as doenças renais, sendo estas a principal causa da morte nos cães.
2.Os ingredientes aparecem listados por ordem descendente de peso na ração.
Contudo esta listagem pode criar falsas expectativas.
Imaginando que a carne é o primeiro ingrediente listado, pensamos que a carne é o principal ingrediente.
Atenção! Imediatamente a seguir vêm farinha de trigo, farinha de milho, etc, donde que o somatório de todos estes cereais, acaba por ser superior à carne.
As cores artificiais foram concebidas para atrair os donos, não os cães, estando associadas a problemas de saúde - são potencialmente cancerigenas e diminuem a resistência a virus.
Além disto aparece muitas vezes açucar como ingridiente, em especial nas latas de alimento.
Torna o alimento mais saboroso e ajuda a combater as infecções bacterianas.
Este ingrediente é desprovido de valor em termos de proteínas, minerais e vitaminas.
Os cães não necessitam de muito açucar, que pode causar diabetes.
O sal : è adicionado em muitas rações e latas como conservante.
O sal pode irritar o sistema digestivo e causar um desiquilibrio entre o cálcio e o potássio no sistema do animal.
Deve-se sempre evitar o sal que pode ameaçar a vida do cão.
O valor biológico dos ingredientes são a chave de uma boa nutrição.
O valor biológico calcula-se pela medição dos aminoácidos contidos na proteína da ração.
Os ovos, por exemplo, são considerados uma magnífica fonte de proteína porque contêm todos os aminiácidos essenciais.
VALOR BIOLÓGICO
Ovos 100%
Peixe 92%
Carne, Galinha, frango, borrego, outras carnes 78%
Leite 78%
Trigo 69%
Gluten de trigo 40%
Milho 54%
Nenhum cereal é adequado, por si só, à alimentação do cão.
Contudo, em associação com proteínas animais que fornecem os aminoácidos em falta, constituem um alimento apropriado.
Nutrição é o somatório de processos pelo quais se assimilam e utilizam nutrientes.
Os nutrientes são gordura, hidratos de carbono, vitaminas, minerais e água necessárias ao crescimento, funcionamento regular e sustentado da vida.
Os pontos principais são :
Sabor
Digestibilidade
Os ingredientes só interessam na medida em que agradam ao animal e são digeríveis.
A digestabilidade diz respeito à quantidade efectivamente absorvida pelo sistema do cão.
Algumas rações (Premium) contêm esta informação.
***
Amanhã ponho aqui a continuação, se estiverem interessados.
Para já não está completo mas talvez ajude a perceber a informação prestada.Vou pondo aqui aos bocadinhos.
Aí vai :
Nos sacos de ração existam informações sobre o conteúdo :
1. Dados analíticos (apresenta os constituitivos em % da ração).
2. Ingredientes listados por ordem decrescente de importância.
3. Adequação nutricional (indica para que fase da vida do cão é adequada a ração e os testes efectuados nesta)
4. Instruções de alimentação (quantidade de comida a dar ao cão).
1.Os dados de analiticos indicam o mínimo de proteína bruta e gordura e o máximo de fibra e àgua.
Bruto refere-se ao total de proteína contida na ração, não necessáriamente à proteína digerível.
Significa isto que a percentagem de proteína e gordura são apenas aproximações.
O verdadeiro valor depende da qualidade ingredientes fornecedores.
O montante de humidade é importante, especialmente quando se comparam rações.
Uma ração com 24% de proteína e 10% de humidade tem a mesma proteína que uma com 14% de proteína e 6% de humidade.
Portanto, quanto mais humidade, mais água se compra em vez de alimento.
Também se deve assinalar que o fósforo exacerba as doenças renais, sendo estas a principal causa da morte nos cães.
2.Os ingredientes aparecem listados por ordem descendente de peso na ração.
Contudo esta listagem pode criar falsas expectativas.
Imaginando que a carne é o primeiro ingrediente listado, pensamos que a carne é o principal ingrediente.
Atenção! Imediatamente a seguir vêm farinha de trigo, farinha de milho, etc, donde que o somatório de todos estes cereais, acaba por ser superior à carne.
As cores artificiais foram concebidas para atrair os donos, não os cães, estando associadas a problemas de saúde - são potencialmente cancerigenas e diminuem a resistência a virus.
Além disto aparece muitas vezes açucar como ingridiente, em especial nas latas de alimento.
Torna o alimento mais saboroso e ajuda a combater as infecções bacterianas.
Este ingrediente é desprovido de valor em termos de proteínas, minerais e vitaminas.
Os cães não necessitam de muito açucar, que pode causar diabetes.
O sal : è adicionado em muitas rações e latas como conservante.
O sal pode irritar o sistema digestivo e causar um desiquilibrio entre o cálcio e o potássio no sistema do animal.
Deve-se sempre evitar o sal que pode ameaçar a vida do cão.
O valor biológico dos ingredientes são a chave de uma boa nutrição.
O valor biológico calcula-se pela medição dos aminoácidos contidos na proteína da ração.
Os ovos, por exemplo, são considerados uma magnífica fonte de proteína porque contêm todos os aminiácidos essenciais.
VALOR BIOLÓGICO
Ovos 100%
Peixe 92%
Carne, Galinha, frango, borrego, outras carnes 78%
Leite 78%
Trigo 69%
Gluten de trigo 40%
Milho 54%
Nenhum cereal é adequado, por si só, à alimentação do cão.
Contudo, em associação com proteínas animais que fornecem os aminoácidos em falta, constituem um alimento apropriado.
Nutrição é o somatório de processos pelo quais se assimilam e utilizam nutrientes.
Os nutrientes são gordura, hidratos de carbono, vitaminas, minerais e água necessárias ao crescimento, funcionamento regular e sustentado da vida.
Os pontos principais são :
Sabor
Digestibilidade
Os ingredientes só interessam na medida em que agradam ao animal e são digeríveis.
A digestabilidade diz respeito à quantidade efectivamente absorvida pelo sistema do cão.
Algumas rações (Premium) contêm esta informação.
***
Amanhã ponho aqui a continuação, se estiverem interessados.
<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>
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Gostava de lhe propor o seguinte:
Que descrevesse a composição da ração ideal, ou seja, se fosse você a produzir uma raçâo qual seria a sua composição?
E já agora, que fosse uma ração para raças de cães grandes.
Outra questão, já tou a ser chato, qual é o componente que devemos ter mais em conta quando se compra uma ração?
Que descrevesse a composição da ração ideal, ou seja, se fosse você a produzir uma raçâo qual seria a sua composição?
E já agora, que fosse uma ração para raças de cães grandes.
Outra questão, já tou a ser chato, qual é o componente que devemos ter mais em conta quando se compra uma ração?
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- Membro Veterano
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- Registado: sexta mai 10, 2002 3:46 pm
- Localização: labradora retriever ZORRA
periquito FALCANITO
Caro joaobogalhas,
eu ando a fazer estas traduções porque eu própria ando a estudar o assunto.
Faço a tradução porque às 3 hrs da manhã é a única maneira de ler com atenção.
Esqueci-me de pôr aqui o link.
Mais logo - em casa - ponho.
Começo por ver a % de proteína - é bom sinal que seja superior a 25 %, embora não se saiba se é digerível na sua totalidade.
De seguida vou ver os 3 primeiros ingredientes da ração - é quase certo que são a maioria do que vêm dentro do saco.
É bom sinal quando o primeiro ou segundo é carne e os seguintes cereais.
É mau sinal começar por cereais ou subprodutos de origem animal.
Também ligo à presença de omega3 e omega6, à não presença de açucar e sal e um baixo montante de fósforo.
Claro que isto tudo é intuitivo.
Estou agora a tentar aprofundar um pouco o assunto e pensei que talvez gostassem de me acompanhar.
eu ando a fazer estas traduções porque eu própria ando a estudar o assunto.
Faço a tradução porque às 3 hrs da manhã é a única maneira de ler com atenção.
Esqueci-me de pôr aqui o link.
Mais logo - em casa - ponho.
Começo por ver a % de proteína - é bom sinal que seja superior a 25 %, embora não se saiba se é digerível na sua totalidade.
De seguida vou ver os 3 primeiros ingredientes da ração - é quase certo que são a maioria do que vêm dentro do saco.
É bom sinal quando o primeiro ou segundo é carne e os seguintes cereais.
É mau sinal começar por cereais ou subprodutos de origem animal.
Também ligo à presença de omega3 e omega6, à não presença de açucar e sal e um baixo montante de fósforo.
Claro que isto tudo é intuitivo.
Estou agora a tentar aprofundar um pouco o assunto e pensei que talvez gostassem de me acompanhar.
<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>
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periquito FALCANITO
Logo eu ponho.Pode indicar-me o site de onde retirou o texto?
Não tenho comigo essa informação.
<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>
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periquito FALCANITO
Em primeiro lugar, o 'site' :
http://www.doberdogs.com/foodcht1.html
E, agora, mais um bocadinho da tradução :
"Digestabilidade :
Se o seu fornecedor de ração não disponibilizar esta informação pode calculá-la você mesmo.
Pese as fezes do seu cão e a comida que lhe foi dada, por vários dias.
Divida o peso da comida pelo peso das fezes e terá a % de digestabilidade.
É importante referir que as fezes devem secar atá ao nível da humidade da comida.
Quanto mais a comida totalmente absorvida maior é o nível de digestabilidade.
Qualidade antes do fabrico - saber qual é o ingrediente não basta.
Muitos cereais cresceram em solos pobres e vão-lhes faltar vitaminas e minerais, o que,infelizmente é frequente.
Grãos e cereais estão sujeitos à estarem poluídos com fertilizantes e insecticidas de vários tipos.
estes ingredientes podem conter bolor e fungos.
A qualidade da carne tembém pode ser suspeita.
Não existem normas de controle da qualidade da carne usada no fabrico de rações.
Apenas alguns estados fazem inspecções às fábricas, nomeadamente as de alimento enlatado.
Na maioria dos estados é legal e prática vulgar usar as carnes de 4ª categoria - animais que morreram de doenças ou chegam ao matadouro doentes ou incapacitados.
O Dr. P. F. McGargle, veternário e outrora fiscal de carne federal, acredita que isto aumente as hipóteses dos animais de estimação apanharem cancro e outras doenças degenerativas.
Estas carnes, diz ele, estão demasiado bolorentas, rançosas e estragadas para serem consumidas por seres humanos.
Resumindo - as etiquetas da comida de cão contêm imensa informação e a sua decifração pode levar algum tempo.
Tempo que não se tem quando estamos a comprar.
Por isso é aconselhável estudar esta informação em casa.
Os fabricantes fornecem amostras aos veternários e às lojas.
É só pedi-las e estudá-las em casa.
No entanto convêm ter presente que muita informação essencial não consta das etiquetas como, por exemplo, a qualidade dos ingredientes usados.
Neste aspecto temos de confiar nas recomendações de peritos, incluindo o seu veternário e a reputação do fabricante."
***
Nota : pelo menos, dá para perceber porque é que é importante que os ingredientes sejam próprios para consumo humano.
Outra coisa - o texto original não proíbe o sal e o açucar.
O que diz é que estes, em excesso, podem fazer perigar a saúde do animal.
Deve haver mais erros deste tipo...
Ontem dormi muito mal mas, mesmo assim, vou tentar traduzir mais um pouco, esta noite.
http://www.doberdogs.com/foodcht1.html
E, agora, mais um bocadinho da tradução :
"Digestabilidade :
Se o seu fornecedor de ração não disponibilizar esta informação pode calculá-la você mesmo.
Pese as fezes do seu cão e a comida que lhe foi dada, por vários dias.
Divida o peso da comida pelo peso das fezes e terá a % de digestabilidade.
É importante referir que as fezes devem secar atá ao nível da humidade da comida.
Quanto mais a comida totalmente absorvida maior é o nível de digestabilidade.
Qualidade antes do fabrico - saber qual é o ingrediente não basta.
Muitos cereais cresceram em solos pobres e vão-lhes faltar vitaminas e minerais, o que,infelizmente é frequente.
Grãos e cereais estão sujeitos à estarem poluídos com fertilizantes e insecticidas de vários tipos.
estes ingredientes podem conter bolor e fungos.
A qualidade da carne tembém pode ser suspeita.
Não existem normas de controle da qualidade da carne usada no fabrico de rações.
Apenas alguns estados fazem inspecções às fábricas, nomeadamente as de alimento enlatado.
Na maioria dos estados é legal e prática vulgar usar as carnes de 4ª categoria - animais que morreram de doenças ou chegam ao matadouro doentes ou incapacitados.
O Dr. P. F. McGargle, veternário e outrora fiscal de carne federal, acredita que isto aumente as hipóteses dos animais de estimação apanharem cancro e outras doenças degenerativas.
Estas carnes, diz ele, estão demasiado bolorentas, rançosas e estragadas para serem consumidas por seres humanos.
Resumindo - as etiquetas da comida de cão contêm imensa informação e a sua decifração pode levar algum tempo.
Tempo que não se tem quando estamos a comprar.
Por isso é aconselhável estudar esta informação em casa.
Os fabricantes fornecem amostras aos veternários e às lojas.
É só pedi-las e estudá-las em casa.
No entanto convêm ter presente que muita informação essencial não consta das etiquetas como, por exemplo, a qualidade dos ingredientes usados.
Neste aspecto temos de confiar nas recomendações de peritos, incluindo o seu veternário e a reputação do fabricante."
***
Nota : pelo menos, dá para perceber porque é que é importante que os ingredientes sejam próprios para consumo humano.
Outra coisa - o texto original não proíbe o sal e o açucar.
O que diz é que estes, em excesso, podem fazer perigar a saúde do animal.
Deve haver mais erros deste tipo...

Ontem dormi muito mal mas, mesmo assim, vou tentar traduzir mais um pouco, esta noite.
<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>
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Obrigada Ana, dá muito jeito este tópico 

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Ana, tem tido umas ideias optimas e esta foi mais uma. A minha maior dúvida reside precisamente no apurar até que ponto a informação dos rótulos é verdadeira e até que ponto vai a qualidade dos produtos utilizados que os diversos fabricantes dizem ter. Por estas razões, sigo o conselho da veterinária e tenho tido bons resultados, mas... aqueles grõezinhos(grãozinhos? Tou na dúvida, caneco pró português) levantam-me sempre inúmeras dúvidas. Não é por estar lá escrito que é verdadeiro. Por estes motivos gostaria de analisar a ração que dou aos meus animais, mas é demasiado caro e o que vem num determinado lote de rações já não é igual ao que vem noutro, por isso, as dúvidas permanecem sempre. A solução como em tudo é confiar, tal como confiamos nos alimentos que nós proprios ingerimos, nada a fazer...
<p> Até Sempre... A questão não é, eles pensam? Ou, eles falam? A questão é, eles sofrem! </p>
<p>Tourada não é tradição, é crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta violência</p>
<p>Tourada não é tradição, é crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta violência</p>
Mesmo a proposito aqui fica um artigo que a equipa da PetEmotions escreveu para a Cães e Mascotes deste mês, que fala precisamente deste tema, espero que gostem!
O que você sempre quis saber sobre rótulos de pet food, mas nunca ninguém lhe explicou! (1ª parte)
Artigo gentilmente cedido pela PetEmotions - Pet Food Center
A importância da alimentação na longevidade e qualidade de vida dos animais de companhia.
Para nossa grande satisfação os animais de estimação assumem na nossa sociedade um importantíssimo papel como membro constituinte das familias, e em muitos casos são eles mesmo a única família. Resultado desta importância nunca antes a sua alimentação foi tão estudada e compreendida como agora. Graças a um crescente esforço de investigação, os cuidados com a saúde e a elaboração de alimentos especificamente preparados para eles, permitem agora aos nossos melhores amigos viver connosco mais tempo do que nunca. Assim como para nós, humanos, também para eles a alimentação é muito mais do que uma rotina repetida duas vezes ao dia. A alimentação condiciona todo o nosso estado de saúde, a nossa vitalidade e disposição, já para não mencionar o grande prazer que é uma boa refeição.
No entanto com o crescimento deste sector, e dada a sua especificidade, veio também a complexidade. Nos inúmeros pontos de venda, mais especializados ou generalistas, deparamo-nos com uma variedade enorme de referências de alimentos que nos deixam muitas dúvidas sobre qual a melhor opção para o investimento que fazemos na alimentação dos nossos amigos. Perante todas as atraentes embalagens expostas nas lojas e de todas as propostas alternativas de variedades e preços, como escolher?
Como decidir qual a melhor opção na hora de comprar?
Para além do aconselhamento prestado pelos profissionais de veterinária, a que deve recorrer sempre em caso de dúvida, a descrição que acompanha o produto é o único dado concreto que terá para analisar a qualidade de um alimento. Vamos falar de algumas das características que pode encontrar nos rótulos dos alimentos e que lhe poderão dar a garantia de que está perante um alimento rico e saudável para o seu amigo de quatro patas.
Antes de entrar na interpretação dos rótulos, vale a pena referir duas ideias que começam já a ser conhecidas e compreendidas pela maioria dos donos de animais:
- a ração seca é mais saudável que a húmida, uma vez que ao ser crocante ajuda a manter os dentes limpos, evitando a formação de cáries e mau hálito, enquanto os alimentos húmidos pelo contrário facilitam a degradação dos mesmos. As latinhas são ainda alimentos mais pobres nutricionalmente o que se reflecte negativamente no bem estar geral do seu amigo e no bom aspecto do pêlo. Há ainda o aspecto financeiro já que se trata de dietas bastante caras, sobretudo se atendermos ao facto de que estamos a pagar como alimentos os seus cerca de 75% de água.
- a ração "unicolor" é preferível a ração "colorida", pois esta provavelmente terá corantes e outros produtos químicos não recomendáveis cujo valor nutritivo é nulo, destinando-se apenas a tornar o produto mais apetecível ao olho do dono.
Passando ao conteúdo expresso nas etiquetas que acompanham os alimentos, é importante saber interpretar quer o descritivo, quer as regras que regem a sua construção.
As embalagens de alimento apresentam duas fontes de informação obrigatórias, a análise e a composição:
1. A análise refere-se às percentagens dos diversos nutrientes que o alimento contém. Os mais importantes são a proteína e a gordura, mas também a fibra, as vitaminas e os minerais.
2. A composição analítica refere-se aos ingredientes que o alimento contém numa organização decrescente da maior percentagem na composição para a menor.
No entanto a análise, enquanto critério de avaliação da qualidade do alimento, não é por si só um garante, na verdade podemos ter dois alimentos com uma descrição analítica semelhante e com um inscrição semelhante na embalagem mas, um ser um excelente alimento (Super-Premium) e outro ser um granulado de pobre valor nutritivo. Porquê? O factor que origina esta diferença é a digestibilidade. Quanto maior é a qualidade e a nobreza das matérias primas, mais assimilável é o alimento, logo menor quantidade de alimento terá que ser ingerido. Ambos poderão indicar que têm, 25% de proteína, mas o Super-Premium deverá apresentar uma digestibilidade de, pelo menos 85% enquanto o outro terá certamente muito menos. Uma das formas mais evidentes de avaliar estas diferenças é o volume e a consistência das fezes que o animal faz enquanto ingerir esse alimento.
Esta é uma das razões pelas quais se diz com frequência que alimentos mais baratos resultam numa falsa economia, pois para absorver os nutrientes de que necessita o animal terá que ingerir uma maior quantidade chegando provavelmente muitas das vezes a ingerir o dobro do alimento. É conveniente referir ainda que o uso continuado destes alimentos ao longo dos anos contribuirá, ou será ele mesmo a causa, para o surgimento de problemas irreversíveis de saúde, e em muitos dos casos o falecimento precoce do animal após longos e dispendiosos cuidados veterinários e sofrimento.
Assim, a composição é um indicador mais fiável para tirar conclusões relativamente à qualidade do alimento. Neste caso, os ingredientes são listados por ordem de importância, isto é, se o primeiro ingrediente é frango, o alimento terá mais frango que qualquer outro ingrediente. Este primeiro ingrediente é muito importante, pois é ele que define a qualidade geral do alimento e a digestibilidade da proteína.
Para simplificar a compreensão destas diferenças vamos recorrer a um exemplo. Tomemos dois alimentos, um de gama baixa e outro de gama alta.
Um alimento de gama baixa terá uma composição semelhante a esta:
- Cereais, Carne e Subprodutos animais. Subprodutos de origem vegetal. Extracto de proteínas vegetais. Óleos e gorduras. Minerais.
Enquanto que um de gama alta terá a seguinte:
- Farinha de Frango, milho moído, arroz moído, trigo moído, gordura de frango, polpa de beterraba, ovo inteiro desidratado, linhaça, saborizante natural, sal, carbonato de cálcio, vitaminas, minerais quelatados, fosfato ascórbico, extracto de yucca, rosmaninho, ácidos gordos ómega 3 e 6.
Repare-se nas duas diferenças fundamentais, no primeiro, de gama baixa, o principal ingrediente são cereais, isto significa que tem mais cereais que qualquer outro ingrediente, ou seja, os cereais são a sua principal fonte de proteína.
Analisando agora o de gama alta o principal ingrediente é a farinha de frango, que é uma das melhores fontes de proteína, muito mais digestível e naturalmente mais cara.
A outra grande diferença é que no primeiro fala-se em cereais, carne e subprodutos animais, ou seja, não existe uma descrição específica, não é identificado que espécie de carne contém e de que partes do animal, quais os cereais que contém, e que subprodutos são.
Deve optar por um alimento que identifique claramente os seus componentes, como é no caso do alimento de gama alta onde a composição vem descrita da seguinte forma: frango, milho, arroz, beterraba, ovo, linhaça, etc. e ainda os aditivos característicos desta gama mais saudável de alimentos, inspirados na evolução da alimentação humana, como os ómega 3 e 6, fundamentais para uma pele e pêlo saudáveis e claro as vitaminas e minerais.
Designações como “carne de aves” não são de muita confiança, pois não é indicado de que ave se trata, nem de que parte da ave, é que neste caso particular das aves é bom ter em conta que bicos e penas de aves são quase 100% proteína, mas a sua digestibilidade é praticamente nula.
À semelhança do que vem acontecendo com a nossa própria alimentação, em que à medida que a ciência permite conhecer melhor o nosso organismo, são criadas novas fórmulas alimentares mais capazes de suprir necessidades, de actuar preventiva e correctivamente sobre o estado global de saúde e contribuir para o aumento da esperança de vida, também na alimentação animal estas preocupações tem orientado o desenvolvimento e a investigação. A evolução dos últimos anos tem registado a integração de ingredientes funcionais, que para além de contribuir activamente para a saúde do animal, também contribuem para minorar o impacto dos seus dejectos no ambiente. Neste sentido, um componente que deve procurar é o extracto de yucca, pois garante um funcionamento intestinal saudável, estimula a flora intestinal favorável, ajuda a repelir os germes provocadores de doenças e, ao estimular a criação de bactérias benignas reduz o amoníaco das fezes e portanto o seu desagradável odor bem como aumenta a consistência das mesmas. Como já referimos na 1ª parte deste artigo, tratando-se de um alimento de grande digestibilidade, será ingerido em menor quantidade e mais absorvido para fins alimentares logo, gerará também menor quantidade de dejectos.
Deve dar a sua preferência aos alimentos conservados com substâncias naturais, como a vitamina C e o rosmaninho desidratado, em detrimento dos conservantes químicos. Hoje em dia está provado cientificamente que conservantes químicos (como o BHA, BHT, etc.), apesar de estarem aprovados pela CEE nos petfoods, podem ser danosos para a saúde, de facto foi demonstrado que promovem entre outras complicações, doenças de fígado.
Uma alimentação exclusivamente à base de ração seca é globalmente reconhecida como a opção mais saudável e completa para cães e gatos. As boas referências de alimentos deste tipo disponíveis no mercado são balanceados e contém os nutrientes necessários para uma vida saudável e activa não devendo ser administrados quaisquer suplementos, salvo prescrição do seu veterinário. Não esquecer que é fundamental ter sempre bastante água fresca e limpa à disposição.
É uma boa prática não dar “petiscos” ao seu amigo durante as suas refeições pois isso poderá contribuir para obesidade e outros problemas, neste caso opte por guloseimas feitas especificamente para eles, não devendo mesmo assim abusar delas.
Alternar ração com refeições cozinhadas também não é boa pratica, a dieta irá ser desequilibrada por excesso de alguns nutrientes e novamente surgirá o risco de desenvolver diabetes e obesidade, para além disso por mais nutritivos que sejam os alimentos não suprimirão as necessidades do cão. Um exemplo, com consequências graves a médio e longo prazo, é o desequilíbrio em cálcio e fósforo característicos da alimentação caseira e que pode originar alterações ósseas graves durante o crescimento do seu cachorro que poderão degenerar em problemas mais complexos de saúde e mobilidade.
Não deve esquecer que a escolha do alimento correcto deve ter em conta a idade do seu amiguinho. Bébés, adultos e seniors têm necessidade nutricionais diferentes. Importa ainda referir que as raças grandes devem ser alimentadas com uma dieta específica, pois o cálcio e as calorias existentes nos alimentos “normais” para cachorros podem ser excessivos e provocar um crescimento demasiado rápido o que mais tarde originará problemas nos ossos e articulações dos nossos amigos grandalhões.
Dada a diversidade de designações que pode encontrar nas embalagens, cuja utilização nem sempre está bem regulamentada, a selecção de um alimento vai para além da leitura dos rótulos e deve também levar em linha de conta a confiança que tem no fabricante. E isto não significa que uma marca muito conhecida seja melhor ou pior, é necessário cruzar os vários indicadores que contribuem para a qualidade do alimento. As empresas que estão realmente apostadas em vender saúde, para além do marketing, fazem fortes investimentos na investigação veterinária e nutricional e preocupam-se de facto com a natureza e qualidade dos ingredientes e processos que incluem nos alimentos que fabricam e distribuem. É nestes que vamos encontrar as mais recentes inovações integradas na alimentação animal, que são contributos activos para o bem estar, a alegria e a qualidade de vida dos animais. Exemplos de alguns dos mais recentes são a integração de minerais quelatados (o facto de serem quelatados facilita a sua absorção e manifesta-se na saúde da pele e também do pêlo) e a garantia do uso de ingredientes aptos para consumo humano, que constituem um novo patamar de qualidade na nutrição dos nossos amigos peludos de quatro patas.
Em resumo um bom alimento:
1.Deve ter uma boa fonte de proteína (primeiro ingrediente);
2.Deve descrever a sua composição referindo em específico cada ingrediente;
3.Não deve ter corantes nem aromatizantes químicos;
4.Não deve referir a existência de subprodutos;
5.Não deve ter conservantes químicos.
O que você sempre quis saber sobre rótulos de pet food, mas nunca ninguém lhe explicou! (1ª parte)
Artigo gentilmente cedido pela PetEmotions - Pet Food Center
A importância da alimentação na longevidade e qualidade de vida dos animais de companhia.
Para nossa grande satisfação os animais de estimação assumem na nossa sociedade um importantíssimo papel como membro constituinte das familias, e em muitos casos são eles mesmo a única família. Resultado desta importância nunca antes a sua alimentação foi tão estudada e compreendida como agora. Graças a um crescente esforço de investigação, os cuidados com a saúde e a elaboração de alimentos especificamente preparados para eles, permitem agora aos nossos melhores amigos viver connosco mais tempo do que nunca. Assim como para nós, humanos, também para eles a alimentação é muito mais do que uma rotina repetida duas vezes ao dia. A alimentação condiciona todo o nosso estado de saúde, a nossa vitalidade e disposição, já para não mencionar o grande prazer que é uma boa refeição.
No entanto com o crescimento deste sector, e dada a sua especificidade, veio também a complexidade. Nos inúmeros pontos de venda, mais especializados ou generalistas, deparamo-nos com uma variedade enorme de referências de alimentos que nos deixam muitas dúvidas sobre qual a melhor opção para o investimento que fazemos na alimentação dos nossos amigos. Perante todas as atraentes embalagens expostas nas lojas e de todas as propostas alternativas de variedades e preços, como escolher?
Como decidir qual a melhor opção na hora de comprar?
Para além do aconselhamento prestado pelos profissionais de veterinária, a que deve recorrer sempre em caso de dúvida, a descrição que acompanha o produto é o único dado concreto que terá para analisar a qualidade de um alimento. Vamos falar de algumas das características que pode encontrar nos rótulos dos alimentos e que lhe poderão dar a garantia de que está perante um alimento rico e saudável para o seu amigo de quatro patas.
Antes de entrar na interpretação dos rótulos, vale a pena referir duas ideias que começam já a ser conhecidas e compreendidas pela maioria dos donos de animais:
- a ração seca é mais saudável que a húmida, uma vez que ao ser crocante ajuda a manter os dentes limpos, evitando a formação de cáries e mau hálito, enquanto os alimentos húmidos pelo contrário facilitam a degradação dos mesmos. As latinhas são ainda alimentos mais pobres nutricionalmente o que se reflecte negativamente no bem estar geral do seu amigo e no bom aspecto do pêlo. Há ainda o aspecto financeiro já que se trata de dietas bastante caras, sobretudo se atendermos ao facto de que estamos a pagar como alimentos os seus cerca de 75% de água.
- a ração "unicolor" é preferível a ração "colorida", pois esta provavelmente terá corantes e outros produtos químicos não recomendáveis cujo valor nutritivo é nulo, destinando-se apenas a tornar o produto mais apetecível ao olho do dono.
Passando ao conteúdo expresso nas etiquetas que acompanham os alimentos, é importante saber interpretar quer o descritivo, quer as regras que regem a sua construção.
As embalagens de alimento apresentam duas fontes de informação obrigatórias, a análise e a composição:
1. A análise refere-se às percentagens dos diversos nutrientes que o alimento contém. Os mais importantes são a proteína e a gordura, mas também a fibra, as vitaminas e os minerais.
2. A composição analítica refere-se aos ingredientes que o alimento contém numa organização decrescente da maior percentagem na composição para a menor.
No entanto a análise, enquanto critério de avaliação da qualidade do alimento, não é por si só um garante, na verdade podemos ter dois alimentos com uma descrição analítica semelhante e com um inscrição semelhante na embalagem mas, um ser um excelente alimento (Super-Premium) e outro ser um granulado de pobre valor nutritivo. Porquê? O factor que origina esta diferença é a digestibilidade. Quanto maior é a qualidade e a nobreza das matérias primas, mais assimilável é o alimento, logo menor quantidade de alimento terá que ser ingerido. Ambos poderão indicar que têm, 25% de proteína, mas o Super-Premium deverá apresentar uma digestibilidade de, pelo menos 85% enquanto o outro terá certamente muito menos. Uma das formas mais evidentes de avaliar estas diferenças é o volume e a consistência das fezes que o animal faz enquanto ingerir esse alimento.
Esta é uma das razões pelas quais se diz com frequência que alimentos mais baratos resultam numa falsa economia, pois para absorver os nutrientes de que necessita o animal terá que ingerir uma maior quantidade chegando provavelmente muitas das vezes a ingerir o dobro do alimento. É conveniente referir ainda que o uso continuado destes alimentos ao longo dos anos contribuirá, ou será ele mesmo a causa, para o surgimento de problemas irreversíveis de saúde, e em muitos dos casos o falecimento precoce do animal após longos e dispendiosos cuidados veterinários e sofrimento.
Assim, a composição é um indicador mais fiável para tirar conclusões relativamente à qualidade do alimento. Neste caso, os ingredientes são listados por ordem de importância, isto é, se o primeiro ingrediente é frango, o alimento terá mais frango que qualquer outro ingrediente. Este primeiro ingrediente é muito importante, pois é ele que define a qualidade geral do alimento e a digestibilidade da proteína.
Para simplificar a compreensão destas diferenças vamos recorrer a um exemplo. Tomemos dois alimentos, um de gama baixa e outro de gama alta.
Um alimento de gama baixa terá uma composição semelhante a esta:
- Cereais, Carne e Subprodutos animais. Subprodutos de origem vegetal. Extracto de proteínas vegetais. Óleos e gorduras. Minerais.
Enquanto que um de gama alta terá a seguinte:
- Farinha de Frango, milho moído, arroz moído, trigo moído, gordura de frango, polpa de beterraba, ovo inteiro desidratado, linhaça, saborizante natural, sal, carbonato de cálcio, vitaminas, minerais quelatados, fosfato ascórbico, extracto de yucca, rosmaninho, ácidos gordos ómega 3 e 6.
Repare-se nas duas diferenças fundamentais, no primeiro, de gama baixa, o principal ingrediente são cereais, isto significa que tem mais cereais que qualquer outro ingrediente, ou seja, os cereais são a sua principal fonte de proteína.
Analisando agora o de gama alta o principal ingrediente é a farinha de frango, que é uma das melhores fontes de proteína, muito mais digestível e naturalmente mais cara.
A outra grande diferença é que no primeiro fala-se em cereais, carne e subprodutos animais, ou seja, não existe uma descrição específica, não é identificado que espécie de carne contém e de que partes do animal, quais os cereais que contém, e que subprodutos são.
Deve optar por um alimento que identifique claramente os seus componentes, como é no caso do alimento de gama alta onde a composição vem descrita da seguinte forma: frango, milho, arroz, beterraba, ovo, linhaça, etc. e ainda os aditivos característicos desta gama mais saudável de alimentos, inspirados na evolução da alimentação humana, como os ómega 3 e 6, fundamentais para uma pele e pêlo saudáveis e claro as vitaminas e minerais.
Designações como “carne de aves” não são de muita confiança, pois não é indicado de que ave se trata, nem de que parte da ave, é que neste caso particular das aves é bom ter em conta que bicos e penas de aves são quase 100% proteína, mas a sua digestibilidade é praticamente nula.
À semelhança do que vem acontecendo com a nossa própria alimentação, em que à medida que a ciência permite conhecer melhor o nosso organismo, são criadas novas fórmulas alimentares mais capazes de suprir necessidades, de actuar preventiva e correctivamente sobre o estado global de saúde e contribuir para o aumento da esperança de vida, também na alimentação animal estas preocupações tem orientado o desenvolvimento e a investigação. A evolução dos últimos anos tem registado a integração de ingredientes funcionais, que para além de contribuir activamente para a saúde do animal, também contribuem para minorar o impacto dos seus dejectos no ambiente. Neste sentido, um componente que deve procurar é o extracto de yucca, pois garante um funcionamento intestinal saudável, estimula a flora intestinal favorável, ajuda a repelir os germes provocadores de doenças e, ao estimular a criação de bactérias benignas reduz o amoníaco das fezes e portanto o seu desagradável odor bem como aumenta a consistência das mesmas. Como já referimos na 1ª parte deste artigo, tratando-se de um alimento de grande digestibilidade, será ingerido em menor quantidade e mais absorvido para fins alimentares logo, gerará também menor quantidade de dejectos.
Deve dar a sua preferência aos alimentos conservados com substâncias naturais, como a vitamina C e o rosmaninho desidratado, em detrimento dos conservantes químicos. Hoje em dia está provado cientificamente que conservantes químicos (como o BHA, BHT, etc.), apesar de estarem aprovados pela CEE nos petfoods, podem ser danosos para a saúde, de facto foi demonstrado que promovem entre outras complicações, doenças de fígado.
Uma alimentação exclusivamente à base de ração seca é globalmente reconhecida como a opção mais saudável e completa para cães e gatos. As boas referências de alimentos deste tipo disponíveis no mercado são balanceados e contém os nutrientes necessários para uma vida saudável e activa não devendo ser administrados quaisquer suplementos, salvo prescrição do seu veterinário. Não esquecer que é fundamental ter sempre bastante água fresca e limpa à disposição.
É uma boa prática não dar “petiscos” ao seu amigo durante as suas refeições pois isso poderá contribuir para obesidade e outros problemas, neste caso opte por guloseimas feitas especificamente para eles, não devendo mesmo assim abusar delas.
Alternar ração com refeições cozinhadas também não é boa pratica, a dieta irá ser desequilibrada por excesso de alguns nutrientes e novamente surgirá o risco de desenvolver diabetes e obesidade, para além disso por mais nutritivos que sejam os alimentos não suprimirão as necessidades do cão. Um exemplo, com consequências graves a médio e longo prazo, é o desequilíbrio em cálcio e fósforo característicos da alimentação caseira e que pode originar alterações ósseas graves durante o crescimento do seu cachorro que poderão degenerar em problemas mais complexos de saúde e mobilidade.
Não deve esquecer que a escolha do alimento correcto deve ter em conta a idade do seu amiguinho. Bébés, adultos e seniors têm necessidade nutricionais diferentes. Importa ainda referir que as raças grandes devem ser alimentadas com uma dieta específica, pois o cálcio e as calorias existentes nos alimentos “normais” para cachorros podem ser excessivos e provocar um crescimento demasiado rápido o que mais tarde originará problemas nos ossos e articulações dos nossos amigos grandalhões.
Dada a diversidade de designações que pode encontrar nas embalagens, cuja utilização nem sempre está bem regulamentada, a selecção de um alimento vai para além da leitura dos rótulos e deve também levar em linha de conta a confiança que tem no fabricante. E isto não significa que uma marca muito conhecida seja melhor ou pior, é necessário cruzar os vários indicadores que contribuem para a qualidade do alimento. As empresas que estão realmente apostadas em vender saúde, para além do marketing, fazem fortes investimentos na investigação veterinária e nutricional e preocupam-se de facto com a natureza e qualidade dos ingredientes e processos que incluem nos alimentos que fabricam e distribuem. É nestes que vamos encontrar as mais recentes inovações integradas na alimentação animal, que são contributos activos para o bem estar, a alegria e a qualidade de vida dos animais. Exemplos de alguns dos mais recentes são a integração de minerais quelatados (o facto de serem quelatados facilita a sua absorção e manifesta-se na saúde da pele e também do pêlo) e a garantia do uso de ingredientes aptos para consumo humano, que constituem um novo patamar de qualidade na nutrição dos nossos amigos peludos de quatro patas.

Em resumo um bom alimento:
1.Deve ter uma boa fonte de proteína (primeiro ingrediente);
2.Deve descrever a sua composição referindo em específico cada ingrediente;
3.Não deve ter corantes nem aromatizantes químicos;
4.Não deve referir a existência de subprodutos;
5.Não deve ter conservantes químicos.
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Buáááá!!! Adeus moelas fritas! So long, pipis de frango. Nunca mais se verão iscas, dobrada à moda do Porto, pèzinhos de porco de coentrada. Adeus sopa de rabo de boi, adeus língua de vaca estufada, adeus orelhinha de porco4.Não deve referir a existência de subprodutos;

Depois também acho gira esta frase
Quer dizer, "carne de aves" pode ter bicos e penas mas "carne de frango" não?Designações como “carne de aves” não são de muita confiança, pois não é indicado de que ave se trata, nem de que parte da ave, é que neste caso particular das aves é bom ter em conta que bicos e penas de aves são quase 100% proteína, mas a sua digestibilidade é praticamente nula.

"Quando o sábio aponta para a Lua, o idiota olha para o dedo" (provérbio chinês)
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Desculpem lá mas fiquei com fome, vou comer umas tripa enfarinhadas,.
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Cada qual como o que gosta, eu prefiro tripas enfarinhadas, coma o amigo a raçãotipastel Escreveu: BEM! tou assim![]()
isto sim é o verdadeiro espirito pa que esta cena começe a mudar OBRIGADAO. So de ver a sua atitude já ganhei o dia, agr a fome...nem por isso: é raçao OK!?
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