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Moderador: mcerqueira

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SinnerSadist
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Registado: quarta jan 31, 2007 4:17 pm

quarta jan 31, 2007 4:32 pm

Olá a todos! Sou a Leonor,sou nova por aki e gostava ke alguém me desse alguns conselhos acerca de uma situação. Eu aki há 7 meses trás,em junho do ano passado, adoptei uma cadelinha à qual dei o nome de Minnie! Nós gostamos imenso dela,é ultra fofa e carinhosa,mas...há um problema k não consigo resolver:
A Minnie as vezes fica sozinha em casa quando vamos trabalhar ou para as aulas, e, no início, quando ela ainda era pequenina e não estava habituada nem à casa, nem ao "sítio" chorava muito, mas nós pensamos que com o tempo ela melhorasse e deixasse de chorar tanto visto que não pára de maneira nenhuma!
Apesar de dormir sempre comigo, compramos-lhe uma caminha para ela poder dormir e ficar confortável enquanto não estamos em casa, porque não a podemos deixar nos quartos ou na sala porque já estragou os sofás e arrancou pedaços do meu colchão! Ela fica sempre com uma grande parte da casa disponível (marquise, cozinha e corredor muito grande) , tem sempre comida, sítio onde fazer as necessidades se estiver apertada,a tal caminha para dormir e alguns bonecos que ela gosta de roer! Apesar disto ela continua a estragar os móveis do corredor,arrancou parede até ao tijolo e o pior...não pára de chorar durante as horas todas que estivermos fora!
Já recebi queixas de alguns vizinhos e alguns hóspedes aqui do prédio já foram embora porque não aguentavam o barulho dela a ladrar. Agora estamos preocupados porque uma das vizinhas ameaçou fazer queixa à polícia.
Já tentamos várias estratégias como deixar o rádio ligado para se sentir acompanhada, ou no quintal para apanhar um solinho e estar mais a vontade, mas nada resulta: ela continua a chorar imenso!
Não sei o ke fazer....:(
Ajudem-me!
YolaeFifi
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sábado fev 03, 2007 6:17 pm

a tua cadela sofre de um problema chamado de «ansiedade de separação»

passo a citar em que consiste este problema comportamental:
Introdução

Ansiedade de separação é o conjunto de comportamentos exibidos por cães quando são deixados sós, sendo um dos problemas comportamentais mais comuns em cães. Os proprietários freqüentemente referem-se a estes animais como "rancorosos", "chateados", "raivosos", que agem com "despeito", "má vontade", mas este tipo de explicação não tem nenhuma base etológica. Como conseqüência, acabam punindo seus animais de modo incorreto e contribuindo para a manutenção ou aumento da freqüência do comportamento. (Erro crasso que não vou cometer, embora a vontade seja mais que muita...) O mais correto seria descrever este tipo de comportamento perturbado como resultado de uma resposta ao estresse pela separação da pessoa ou pessoas com quem o animal está ligado ou apegado.

O comportamento de apego é essencial para a sobrevivência de animais sociais. É um mecanismo de coalizão social. A partir do nascimento o filhote forma ligações com a mãe e com os irmãos da ninhada. Posteriormente, com o início do período de sociabilização (2 a 4 meses de idade), o filhote irá se ligar a seus irmãos e a outros cães adultos. Com o cão isto pode incluir outras espécies com que tiver contato neste período. O período de sociabilização determina o tipo de relação social que um animal estabelecerá, bem como os processos de comunicação, coordenação, hierarquia e o tipo de relação que terá com seu proprietário. A ligação implica numa relação de confiança e é o fundamento do laço entre o proprietário e o animal de estimação. Porém, quando um cão fica dependente demais de seu proprietário poderá desenvolver alterações comportamentais associadas a separação.

Poderão ser observados: defecação e micção em localizações impróprias, comportamentos destrutivos ( escavar, arranhar, morder objetos pessoais, móveis, paredes, portas e janelas), vocalizações excessivas (latidos, uivos e choramingos), depressão(tal e qual o que ele faz...), anorexia e adipsia e hiperatividade. Porém é preciso deixar claro que, somente o levantamento do histórico comportamental e do contexto em que estes comportamentos ocorrem podem determinar um diagnóstico de ansiedade de separação.


Definições necessárias

Medo: sentimento de apreensão associado a presença ou proximidade de um objeto, indivíduo ou situação social de risco. O medo é parte do comportamento normal e pode ser uma resposta adaptativa. A determinação de até que ponto o medo ou respostas de medo são anormais ou inapropriadas deve ser feita pelo contexto em que ocorrem. O medo normal ou anormal são geralmente manifestações graduadas, com intensidade de resposta proporcional à proximidade ou percepção da proximidade do estímulo.

Fobia: uma resposta súbita, tudo ou nada, profunda, anormal, que resulta num comportamento de medo extremo (catatonia, pânico). Muitas reações de medo são aprendidas e podem ser desaprendidas com exposições graduais. Fobias são definidas como reações de medo desenvolvidas rapidamente e profundamente e que não são extintas com exposições graduais. Uma vez o evento fóbico tenha sido experimentado, qualquer evento associado a ele ou a memória deste é suficiente para gerar a resposta.

Ansiedade: uma antecipação apreensiva de um perigo futuro ou desgraça acompanhada por um sentimento de disforia e ou sintomas somáticos de tensão (vigilância e atenção, hiperatividade autonômica, manifestações fisiológicas, aumento da atividade motora e tensão)

Origem e Diagnóstico

A principal característica da ansiedade de separação é que os comportamentos indesejados estão claramente relacionados à ausência de um ou de todos os membros da família. Ocorre quando o animal não pode ter acesso ao proprietário. Mesmo que o animal esteja na companhia de outras pessoas ou animais, o comportamento pode vir a se manifestar por estar associado a ausência de uma pessoa em especial com quem o animal tem uma "ligação muito forte" ). Deve-se procurar fazer diagnóstico diferencial com outros distúrbios comportamentais e patológicos. Para isso é preciso obter-se a história comportamental detalhada do proprietário.

O comportamento de ganir, latir e uivar no filhote pode ser considerado normal e é o resultado da separação da mãe, visando a reunião. Quando isto não ocorrer, o filhote fica deprimido, quieto e imóvel até o retorno da mãe. No caso de cães adultos este comportamentos podem se repetir, mas são considerados distúrbios devido às conseqüências.

Cães com ansiedade de separação são muitas vezes obedientes e bem treinados quando estão na companhia do proprietário. A ansiedade de separação é então considerada como o resultado de um estresse pela ausência do proprietário.

Eventos traumáticos na vida de um cão jovem podem aumentar a probabilidade do desenvolvimento de ansiedade de separação. Estes eventos incluem: separação precoce da mãe, privação prematura de laços com a ninhada (filhote de cães mantidos em lojas ou abrigos para animais), uma mudança súbita de ambiente (casa nova, ficar em um canil), uma mudança no estilo de vida do proprietário, resultando em um súbito término no contato constante com o animal, uma ausência de longo prazo ou permanente de um membro da família (divórcio, morte, crianças que crescem e deixam a casa, volta para a escola ou trabalho, férias que terminam) ou a adição de um novo membro na família (bebê recém-nascido, novo relacionamento social ou novo animal de estimação). O problema também pode ser o resultado de uma estadia prolongada ou traumática na casa de um parente ou amigo, em um canil ou hotel. A ansiedade de separação pode estar ainda associada a um evento traumático que possa ter ocorrido durante a ausência do proprietário (explosões, tempestade, assaltos violentos).

Não há predisposição sexual ou por raça. Cães de rua recolhidos em canis de adoção têm predisposição a ansiedade de separação. (Ora aqui está uma das razões do problema...)

Os cães com predisposição a ansiedade de separação são ansiosos, agitados e super ativos. Seguem o proprietário por todo lado, pulam em cima dele e correm sem parar.

Muitos cães podem sentir quando seu proprietário está para sair de casa e ficam ansiosos até mesmo antes de sua saída. Enquanto o proprietário se prepara para sair, o cão apresenta sinais de:

aumento de atividade, choramingar, ganir, solicitar atenção, pular e seguir o proprietário onde quer que ele vá, tremer ou até mesmo fica agressivo quando o proprietário tenta partir; neste caso a agressão por dominância deve ser pesquisada;
depressão, fica parado, deitado sem se mexer quando o proprietário chama ou tenta tirá-lo do lugar.

Depois de um tempo variável da saída do proprietário, os cães:

-Arranham, cavam e mastigam as portas e janelas na tentativa de seguir seu proprietário;
-Mastigam, arranham e cavam objetos domésticos ou pessoais (livros, móveis, fios, paredes, roupas);
-Urinam e defecam em localizações inaceitáveis, como na porta ou na cama do proprietário e vocalizam (choramingam, latem e uivam sem parar);
-Ficam deprimidos e não comem ou bebem enquanto o proprietário não volta. Isto é especialmente prejudicial se o proprietário ficar fora por um longo período;
-Sialorréia, tremor, dispnéia, taquicardia, diarréia, vômito ou auto-mutilação (morder e lamber patas e outras partes de seu próprio corpo).

A maioria dos cães afetados fica super excitado quando o proprietário retorna, saudando seu proprietário mais efusivamente do que o normal. Quando o proprietário retorna, o cão geralmente torna-se extremamente ativo e exagera suas saudações à chegada do proprietário.

Se o problema for recente e o animal não for de temperamento extremamente ansioso, o prognóstico será favorável. Já nos casos mais antigos de ansiedade, ou nos casos em que há associação com comportamentos de pânico, o prognóstico é reservado.

Diagnóstico diferencial

Um cão com comportamento destrutivo deve receber um diagnóstico diferencial. É preciso recolher a história comportamental, o foco do comportamento, o contexto e as circunstâncias nas quais o comportamento ocorreu. Deverão ser caracterizados o ambiente social e físico e a rotina diária (alimentação, higiene, brincar, exercício, dormir). A história comportamental irá informar também como ocorreu o processo de educação e adestramento, incluindo a forma como foi realizado o treino para as eliminações e como foram aplicadas as punições. Deve-se caracterizar a rotina dos habitantes da casa e a forma como se dão as interações, incluindo o sociograma.

Os principais diagnósticos diferenciais devem ser feitos de acordo com o comportamento exibido:

1. Comportamentos associados a eliminação: Falta ou educação deficiente para eliminação. Falta de oportunidade de defecar e urinar em local apropriado Medo ou excitação Submissão, saudação e marcação Patologias (cistite, prostatite, gastroenterites). Cães idosos Agressividade por dominância ou territorial
2. Comportamento destrutivo Comportamento lúdico ou exploratório Mastigação de filhote Resposta de medo Reação a estímulos excitatórios Super atividade Agressividade por dominância ou territorial
3. Vocalização Reação a estímulos excitatórios (sonoros) Facilitação social Lúdico Agressão Respostas de medo

O exame laboratorial deve incluir urinálise, coproparasitológico, hemograma, sorologia e hormônios da tireóide e glândula adrenal (hiperadrenocorticismo), na dependência da história e dos sintomas clínicos associados. É preciso pesquisar sintomas de dor. Para cães de mais de 8 anos está indicada a colonoscopia na dependência dos sintomas.

Nos casos envolvendo animais com mais de 8 anos, os processos patológicos podem estar associados a disfunção cognitiva geriátrica canina. Esta patologia determina lesões comparáveis a Alzheimer humana, porém a causa não foi ainda estabelecida. Suas manifestações incluem, além dos comportamentos de ansiedade de separação, diminuição de obediência a comandos, irritabilidade, confusão, perda do condicionamento associado a eliminações e alteração no padrão de sono.

Tratamento

Antes de se iniciar qualquer protocolo de tratamento comportamental é preciso orientar o proprietário em como ocorre o aprendizado canino. O conhecimento que temos do processo cognitivo animal é o resultado da análise experimental do comportamento e estabelece relações funcionais entre as variáveis comportamentais e as variáveis ambientais e endógenas. Assim, quando se observa o comportamento de um animal, é preciso entender que ele foi o resultado da interação destas variáveis. Se um determinado animal apresenta ansiedade de separação, o que está implícito é o resultado da relação da ausência do proprietário, o comportamento resultante e os estímulos conseqüentes (condicionamento). O comportamento foi portanto reforçado. Então é preciso identificar quais são os estímulos reforçadores. No caso da ansiedade de separação identificaremos estímulos antecedentes (sinais da saída do proprietário), respostas (após um tempo determinado da saída, o cão apresenta comportamentos inadequados tais como: destruição, eliminação inadequada, vocalização etc.) e no retorno do proprietário haverá estímulos conseqüentes (dar comida, fazer carinho), responsáveis pela probabilidade futura da emissão dessas respostas. É importante ressaltar que, seja qual for o comportamento do proprietário, se o comportamento indesejado se mantiver ou aumentar em freqüência, este estímulo será chamado de reforço positivo. O proprietário deve ser alertado de que, uma vez iniciado o protocolo de modificação comportamental, ele deve se programar e se determinar a segui-lo passo a passo, evitando qualquer falha de procedimento. Parte do tratamento inclui a extinção do comportamento indesejado, isto é não deve haver mais a apresentação de reforço positivo após a emissão do comportamento anteriormente condicionado. Se o proprietário falhar poderá haver o retorno do comportamento e desta vez ainda mais difícil de ser extinto ou modificado. Por outro lado, pode haver estímulos conseqüentes ao próprio comportamento, então diremos que são estímulos auto-reforçadores. Pensando nisto deveremos assegurar que o animal tenha acesso somente a seus próprios objetos, brinquedos, e ossos. Ele não deverá ter mais acesso a objetos pessoais ou móveis. Se preciso, pode-se colocar uma chapa plástica nas paredes para evitar que ele as cavouque.

O princípio subjacente a toda técnica de tratamento para fobias, medos e ansiedades consiste em permitir que um animal experimente situações que elicitem medo e ansiedade sem que fique ansioso ou com medo. Para isso é preciso identificar quais são estes estímulos.

Os métodos para tratar ansiedade de separação incluem: modificação da relação entre proprietário e seu animal de estimação, exercício físico, treino para obediência, modificação dos estímulos antecedentes e conseqüentes, prevenção e medicamentos ansiolíticos.

O sucesso do manejo da ansiedade de separação inclui ensinar o cão a tolerar a ausência do proprietário e corrigir os problemas associados a destruir, vocalizar, e eliminar em locais inadequados.

O cão deverá adaptar-se gradualmente a ficar só através de exposição a pequenas partidas. Se a resposta ansiosa acontecer logo após a partida do proprietário (dentro de 30 minutos), o cão deverá permanecer sozinho, no princípio, durante intervalos muito pequenos (5 minutos) para assegurar o sucesso do tratamento. O período de ausência é então gradualmente aumentado. O proprietário deve evitar a interação enquanto o animal apresenta comportamentos ansiosos. Deve assegurar que o cão não se ocupe com saudações prolongadas no retorno do proprietário, gratificando ou premiando o animal somente quando este estiver tranqüilo e calmo.

O tratamento pode ser iniciado com a dessensibilização às pistas ou sinais que indiquem ao cão a saída do proprietário. O animal deverá permanecer calmo enquanto o proprietário se movimenta. As pistas que antes informavam ao cão a futura saída (estímulos discriminativos antecedentes) serão expostas ao cão, mas não devem ser concluídas com a saída real do proprietário. Pode-se também fazer o contra condicionamento, para isso treina-se o cão a manter-se sentado e calmo enquanto o proprietário se movimenta, se afasta cada vez mais até chegar perto da porta. Posteriormente este treino é feito com ausências que serão gradualmente aumentadas. O proprietário se ausenta por tempos progressivamente maiores, mas não lineares (2, 5, 3, 6, 4, 8 minutos), e retorna antes que o cão manifeste comportamentos ansiosos.

As partidas e retornos deverão evitar super estimular o cão. O cão não deverá receber gratificação ou atenção nas partidas e chegadas. Atenção excessiva anterior à partida e no retorno parece aumentar a ansiedade de separação. Pode-se condicionar o animal a associar a saída do proprietário com um retorno breve e seguro. A TV ou rádio podem permanecer ligados ou um brinquedo apropriado pode ser fornecido ao cão. Porém, é muito importante que a pista não seja um artigo associado a ansiedade. Estas sugestões ajudam o cão a associar positivamente o período de isolamento. Uma vez iniciado o tratamento, o cão não poderá ficar sozinho mais do que o tempo estipulado. É fundamental identificar se há componente de pânico associado; em caso positivo, deve-se tratar a condição, pois o pânico está associado a estímulos específicos e a ausência do proprietário é apenas a chave de onde parte o problema.

Medicamentos ansiolíticos auxiliam a suprimir a ansiedade de separação. São freqüentemente usados em cães com ansiedade de separação severa ou quando os proprietários têm que deixar o cão só por um período longo enquanto o tratamento está em andamento. Na maioria dos casos, fármacos não são uma solução e devem ser usados em combinação com um programa de modificação comportamental. A escolha do medicamento deve levar em conta o fato destes diminuírem a capacidade de aprendizagem e que seu efeito varia de acordo com o indivíduo. O ideal é que ansiolíticos sejam dados ao animal enquanto o proprietário está em casa, para se determinar a duração e os possíveis efeitos colaterais. Caso não sejam constatados efeitos colaterais, a droga deve ser dada uma hora antes da saída do proprietário. A diminuição da dose deve ser gradual e conforme avaliação do sucesso do programa de modificação comportamental. Os principais medicamentos utilizados são os antidepressivos tricíclicos, progestágenos, barbitúricos, fenotiazinas e benzodiazepínicos. O objetivo é reduzir a ansiedade sem induzir sedação, o que poderia interferir com a aprendizagem. Além disso é preciso considerar o estado clínico do animal antes de se ministrar o medicamento e os efeitos colaterais.

Em casos severos o proprietário pode ter também que executar um programa de dessensibilização da dependência do cão a uma pessoa, evitando contatos prolongados, impedindo que o animal durma no mesmo quarto ou na mesma cama que o proprietário. Ignorar o cão por um período de tempo não quebrará o laço afetivo com o proprietário, mas diminuirá a dependência extrema do cão, permitindo que ele tolere sua ausência sem ansiedade. Ignorar um animal de estimação pode ser difícil para o proprietário, mas é importante que ele entenda que isto resultará em uma relação muito mais saudável e feliz para ambos.

Castigos ou punições físicas só pioram a ansiedade, por isso não são recomendados como tratamento. A punição é um procedimento que visa suprimir rapidamente a freqüência de um comportamento por meio de um controle aversivo. Raramente o procedimento é aplicado com planejamento e conhecimento. As pessoas confundem punição com "castigo", sendo que o castigo aplicado muitas vezes só serve para aliviar a ira do proprietário contra um cão que fez algo inadequado. Como conseqüência há o desenvolvimento de comportamentos respondentes (medo/agressividade) diante do punidor. O uso da punição como estímulo aversivo deve ser feito com planejamento, de modo que a punição seja aplicada imediatamente após a ocorrência do comportamento a ser suprimido, o que é difícil pois, no caso de ansiedade de separação, tais comportamentos só ocorrem na ausência do proprietário.

Prevenção

Quando o proprietário inicia um relacionamento com seu animal de estimação de maneira muito intensa, afetiva, carinhosa e por muito tempo, mas sabe que esta disponibilidade irá mudar, deveria preparar gradualmente o cão para essas mudanças, evitando assim a ansiedade de separação.

Se um filhote ou um cão novo é trazido para casa, é importante evitar situações que encorajem um apego excessivo. O cão deve ser acostumado lentamente a ficar. Isto pode ser realizado através do "treino da gaiola" (anexo1). Este tipo de exercício é especialmente útil quando se sabe que o proprietário irá se ausentar por longos períodos. Outra orientação deve alertar o proprietário a impedir que o cão o siga constantemente, ajustando-o gradualmente a estar só em casa por um longo período. Deve-se evitar estimular ou reforçar comportamento de brincar com outros objetos que não os brinquedos apropriados. Todos os comportamentos que estimulem demasiadamente o cão devem ser evitados. Todo comportamento de chamar a atenção ou solicitar coisas ao proprietário não devem receber atenção. Os comportamentos tranqüilos e silenciosos devem ser reforçados. Após os 5 meses de idade o cão pode ser ensinado a sentar, ficar e esperar. Se o cão começar a morder objetos inadequados, o proprietário deverá evitar a interação, mas se for absolutamente necessário deve-se utilizar um spray de água imediatamente enquanto o animal morde o objeto (estímulo aversivo). O exercício físico diário (passeio), deve durar no mínimo 20 minutos e oferece a oportunidade da interação tranqüila, calma, paciente e conseqüentemente gratificante. O passeio possibilita ainda a oportunidade de ensinar o cão a sentar, ficar e esperar.

in: http://www.pet.vet.br/ansiedade.htm
espero ter elucidado ;)

podes ter que fazer uma consulta ou mesmo sessões com um médico veterinário especialista em comportamento animal (etólogo)
leonokas
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sábado fev 03, 2007 6:21 pm

ola!
tmbem tive um problema parecido talvez inda pior.
bastou komprarmos-lhe um amigo q deixou de chorar, antes tavamx fora 9 horas por dia.

Logo no dia seguinte que arranjamos um yorky com quem se deu muito bem komeçou se logo a "portar se" melhor.

bj

P.S- quanto a nao roer experimenta por pimenta!
Siioux
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sábado fev 03, 2007 8:43 pm

Procure ajuda medica, fale com o seu vet de forma a arranjar uma medicação que diminua a ansiedade da sua Minnie.


Boa Sorte
sitiodosanimais
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sábado fev 03, 2007 8:47 pm

leonokas Escreveu:ola!
tmbem tive um problema parecido talvez inda pior.
bastou komprarmos-lhe um amigo q deixou de chorar, antes tavamx fora 9 horas por dia.

Logo no dia seguinte que arranjamos um yorky com quem se deu muito bem komeçou se logo a "portar se" melhor.

bj

P.S- quanto a nao roer experimenta por pimenta!
Nem nós gostamos de estar sózinhos... ;)

Pimenta, tabasco ou alguns desabituantes que se vendem nas lojas, costumam ajudar.

Avance para uma companhia se tal for possível, para que não haja solidão!
<p>Cumprimentos, </p>
galco39
Membro Júnior
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Registado: sexta nov 17, 2006 2:43 pm

segunda fev 05, 2007 11:04 am

A solidão é um mal terrivel , com uma companhia verá que tudo se resolve.
<p>Os animais somos todos n&oacute;s, independentemente da ra&ccedil;a.</p>
<p>Galco39</p>
LuMaria
Membro Veterano
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Registado: sábado mar 05, 2005 7:22 pm

terça fev 06, 2007 9:40 am

E treino adequado vai ajudar de certeza. Não percebo esta mania agora de injectar os animais com calmantes... :roll:
<p> At&eacute; Sempre... A quest&atilde;o n&atilde;o &eacute;, eles pensam? Ou, eles falam? A quest&atilde;o &eacute;, eles sofrem!&nbsp;</p>
<p>Tourada n&atilde;o &eacute; tradi&ccedil;&atilde;o, &eacute; crueldade- Assine aqui, divulgue e ajude a acabar com esta viol&ecirc;ncia</p>
margsilva
Membro
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Registado: segunda set 18, 2006 9:24 am

terça fev 06, 2007 10:49 am

Eu também concordo que arranjar-lhe uma companhia ou um gato ou outro cão é o melhor.
Eu tinha o mesmo receio quando adptei a Zara com 2 meses estava habituada a estar com os manos e normalmente sempre com companhia. Pensei ai se ela começa a fazer barulho durante o dia e noite e ainda por cima tenho visinhos pouco simpaticos. Mas felizmente não mas também tem a companhia durante o dias dos meus 2 gatos que ela adora e a noite dorme comigo. Cheguei mesmo a fazer o teste e chegar a casa muito devagarinho para ver se ela fazia barulho. E nada a maior parte dos dias quando chego a casa vesse mesmo que estava a dormir. Penso que o melhor que fazes é arranjar-lhe uma companhia
akn
Mensagens: 9
Registado: quarta out 25, 2006 1:31 pm

quinta fev 15, 2007 1:04 am

Olá! Venho propor-te este exercício, já o coloquei noutro tópico sobre uma situação parecida:

Vais simular pequenas saídas de casa, o cão permanecerá sozinho inicialmente por períodos de curta duração, 5’ em 5', sendo gradualmente aumentado,10' em 10' e assim por diante, devendo ser premiado sempre que se mantiver tranquilo. O intuito é condicionar o cão a associar a saída do dono a um retorno breve. Neste trabalho deves deixar algo que o distraia para que sinta a ausência do dono como um momento positivo (um osso, um brinquedo favorito, a Tv e rádio podem ficar ligadas também). Repete o exercício no mínimo 2x por dia, durante vários dias aumentado o período de ausência, até ele perceber que o dono volta sempre, mantendo-se calmo por isso.

Passos:
1º) Abrem a porta, dizem para o cão ficar, usando um destes termos "Fica" ou "Quieto" ou "Aí" - fecham a porta, não esquecer deixar algo para que se distraía.

2º) Esperam 5' do lado de fora sem barulho - cão demonstra o comportamento habitual que é o ladrar - findo os 5', entram e corrigem "Não" (firme, sem gritar, se pensarmos no volume de 0 a 10, fica nos 5/6) + "Fica" (1º passo) - fecham a porta, desta vez vamos supor que fica calmo, entram e felicitam o cão com "Bravo" ou "Bem" ou outro termo que vos seja mais natural + comida ou festas (ponham algum entusiasmo neste momento)

3º) Repetem estes passos/exercício pelo menos 2x por dia, aumentando gradualmente os tempos de ausência (deixar sempre algo para que se abstraía na ausência do dono)

Pensem em pequenas metas, tenham paciência porque eles não aprendem à 1ª, é a repetição que fará com que cimentem a informação. A ansiedade por separação pode exigir o uso de fármacos não é nada de atípico, não é algo a que se recorra de ânimo leve, mas há casos tão extremos que é mesmo necessário, pode ser que o teu caso possa ser resolvido ou atenuado com um bom treino, vai experimentando este exercício.

Boa sorte e vai dando notícias, ok?

Karina
Lequinhas
Membro Veterano
Mensagens: 3529
Registado: sexta jul 11, 2003 9:32 am
Localização: Blacky e Spock canitos SRD'S, Blue-gata x-siamesa,Mateus-gato srd

quinta fev 15, 2007 12:10 pm

Tive o mesmo problema com o meu Blacky. Era muito complicado pois estavamos por vezes 11 horas fora de casa e ele chorava muito no inicio. Até que lhe arranjamos um "mano". Ajudou muito, ele ficou muito mais calmo e quando chegámos a casa nota-se que estiveram o dia todo na brincadeira, pela maneira como a casa está desarrumada :)

As dicas do akn também são muito boas, utilizámos algumas :wink:

Boa sorte :D
OuMun
Membro
Mensagens: 61
Registado: quinta fev 08, 2007 8:26 am

quinta fev 15, 2007 12:14 pm

Na minha opinião, uma companhia resolvia o problema! :) E nem é preciso comprar o amiguinho ou amiguinha! Ainda agora vim de um fórum neste site e fiquei de coração apertado com tantos cãezinhos lindo para adopção e em risco de serem abatidos! :? Há de todos os tamanhos e feitios... e a vossa cadelinha ia ficar feliz! Boa sorte!
Isabel T.
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