TREINO DE DEFESA PESSOAL
Moderador: mcerqueira
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olá a todos eu tenho um bulldog americano com 8 meses que começou agora a ser treinado em obediência eu estava a pensar fazer um treino de defesa pessoal que o treinador se dispõem a fazer mas não me aconselha porque acha que não vale a pena estimular a agressividade do animal eu agradecia algumas opiniões
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O treino em obediência, é optimo para o animal. Além, da convivência que teem nos treinos, é um estímulo positivo para o próprio animal, e não deixa de "educar" a maioria dos donos! (falo por experiência...)
Agora quanto ao treino de defesa pessoal, é que não entendo!!!!!!
O seu animal vai sêr inserido em alguma "missão especial"?
E vai precisar de se defender de algo????????
Agora quanto ao treino de defesa pessoal, é que não entendo!!!!!!
O seu animal vai sêr inserido em alguma "missão especial"?

E vai precisar de se defender de algo????????

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Olá,
Eu nunca treinei a minha dobermann em nada mais que obediência e agility. Mas penso que o treino de guarda e defesa não é indicado para raças do tipo Dogo ( á excepção do boxer). A razão é simples: Estas raças têm um poder fisico muito superior ás outras e uma agressividade latente que não deve nunca ser despertada. Estes animais nem sequer conseguem ser controlados fisicamente por um homem apenas. Pense bem nisso. Um bulldog americano é uma raça muito poderosa, muito mais que um boxer ou um pastor alemão. Eu não conheço bem o bulldog americano como raça, mas sei que têm capacidades de trabalho, daí a sua tentação em treiná-lo para além da obediência. Nas últimas décadas, essas raças têm sido seleccionadas para terem carácteres meigos e pouco excitáveis, pois representavam algum perigo e desadequação á vida social e familiar de hoje, se mantivessem o carácter antigo ( que estava de acordo com a época... lutas, bullfights, guerras, guarda...)
Claro está que existe sempre criadores que gostam de ver o seu fila brasileiro, pitt bull ou dogo argentino, ser treinado para defesa e por isso seleccionam carácters mais agressivos, desconfiados e excitáveis. Depois vêm as tristes notícias de pessoas agredidas por estas raças "perigosas", e o dono, muito espantado, nem sabe o que é que deu ao cão.
Nalguns países, as associações de protecção aos animais abandonados (rescues), nem sequer deixam estes animais ( treinados para defesa) serem novamente adoptados por outras pessoas, tal é o perigo que eles representam. São sempre abatidos.
Um cão treinado para defesa e ataque, é uma arma carregada. Um dogo treinado para ataque, é uma bazuca carregada.
Existem sempre pessoas que defendem que o cão vai ficar mais controlado, mais obediente. Mas o treino que ele vai ter vai condicioná-lo a agir sem pensar, a morder á ordem. Sofrerá pressão para suprimir o instinto de fuga e substitui-lo por ataque. Ele deixará de ter medo das pessoas ( medo saudável) e será muito mais confiante na mordida. É como um soldado bem treinado. Se ele um dia se confundir, pode matar uma pessoa só por ter-lhe dado (a si) uma pancadinha nas costas, por exemplo. Está disposto a arriscar?
Normalmente, as raças de guarda, defendem muito bem o seu dono sem qualquer tipo de treino. Fazem o bluff do costume para avisar ( rosnadelas, mostram os dentes...) e só se for mesmo preciso é que atacam e mesmo assim de forma um pouco desajeitada e com poucas consequências. É assim na vida selvagem. Mas o treino aguça esse instinto, molda-o de forma eficaz e o cão passado um tempo só sabe reagir assim, porque é isso que esperam dele.
O meu conselho é que se informe bem sobre este tema, que fale com pessoas que tenham esses cães, que veja como é feito o treino de defesa, e que avalie todas as consequências inerentes a ter um cão treinado dessa forma, especialmente um dogo.
Eu nunca treinei a minha dobermann em nada mais que obediência e agility. Mas penso que o treino de guarda e defesa não é indicado para raças do tipo Dogo ( á excepção do boxer). A razão é simples: Estas raças têm um poder fisico muito superior ás outras e uma agressividade latente que não deve nunca ser despertada. Estes animais nem sequer conseguem ser controlados fisicamente por um homem apenas. Pense bem nisso. Um bulldog americano é uma raça muito poderosa, muito mais que um boxer ou um pastor alemão. Eu não conheço bem o bulldog americano como raça, mas sei que têm capacidades de trabalho, daí a sua tentação em treiná-lo para além da obediência. Nas últimas décadas, essas raças têm sido seleccionadas para terem carácteres meigos e pouco excitáveis, pois representavam algum perigo e desadequação á vida social e familiar de hoje, se mantivessem o carácter antigo ( que estava de acordo com a época... lutas, bullfights, guerras, guarda...)
Claro está que existe sempre criadores que gostam de ver o seu fila brasileiro, pitt bull ou dogo argentino, ser treinado para defesa e por isso seleccionam carácters mais agressivos, desconfiados e excitáveis. Depois vêm as tristes notícias de pessoas agredidas por estas raças "perigosas", e o dono, muito espantado, nem sabe o que é que deu ao cão.
Nalguns países, as associações de protecção aos animais abandonados (rescues), nem sequer deixam estes animais ( treinados para defesa) serem novamente adoptados por outras pessoas, tal é o perigo que eles representam. São sempre abatidos.
Um cão treinado para defesa e ataque, é uma arma carregada. Um dogo treinado para ataque, é uma bazuca carregada.
Existem sempre pessoas que defendem que o cão vai ficar mais controlado, mais obediente. Mas o treino que ele vai ter vai condicioná-lo a agir sem pensar, a morder á ordem. Sofrerá pressão para suprimir o instinto de fuga e substitui-lo por ataque. Ele deixará de ter medo das pessoas ( medo saudável) e será muito mais confiante na mordida. É como um soldado bem treinado. Se ele um dia se confundir, pode matar uma pessoa só por ter-lhe dado (a si) uma pancadinha nas costas, por exemplo. Está disposto a arriscar?
Normalmente, as raças de guarda, defendem muito bem o seu dono sem qualquer tipo de treino. Fazem o bluff do costume para avisar ( rosnadelas, mostram os dentes...) e só se for mesmo preciso é que atacam e mesmo assim de forma um pouco desajeitada e com poucas consequências. É assim na vida selvagem. Mas o treino aguça esse instinto, molda-o de forma eficaz e o cão passado um tempo só sabe reagir assim, porque é isso que esperam dele.
O meu conselho é que se informe bem sobre este tema, que fale com pessoas que tenham esses cães, que veja como é feito o treino de defesa, e que avalie todas as consequências inerentes a ter um cão treinado dessa forma, especialmente um dogo.
Boa tarde,
Antes demais, acho que fez muito bem ter inscrito o seu cão em aulas obediência, porque, acredite que quando se tem um cão relativamente forte, convem ter pulso nele, e essas aulas (deverão pelo menos) irão ajudá-lo.
Sobre a defesa pessoal, não sei muito bem o que se refere, mas penso que se refere apenas a morder a manga á ordem, a defender o dono.
O buldogue americano é bastante usado nessa modalidade, seja em competições, seja para fim unicamente pratico (apenas para ensiná-lo a morder correctamente a manga). Como, a Elsa, disse esses cães, dependendo das linhas, têm uma constituição algo pessada, mas sinceramente, nao me parece que levante muitos problemas. Basta ver a quantidade desses cães nos EUA (na Europa ainda sao algo raros) que o praticam, e pelo que tenho visto/ouvido/lido nao tem havido problemas nenhuns com o seu peso.
O buldogue americana tem (ou deveria ter) um elevado instinto de protecção, de tal modo, que ele, com ou sem treino o defenderá caso a situação o requira. O treino, neste caso, parece que irá lhe dar maior controle sobre o cão, e ao mesmo tempo ensinar o cão quando morder e quando largar. Em contrapartida, irá dar ao cão maior autoconfiança, de tal modo, e de novo como a Elsa disse, ele poderá passar logo ao ataque, esquecendo a (importante) parte de intimidação.
Por isso se quer treinar o seu cão em defesa pessoal, e acha que tem condiçoes, vá em frente. Sinceramente, não vejo qual é a oposição que todos levantam, parece que já se esqueceram do que é um cão, e o substituiram por um boneco de porcelana ...
No entanto, se realmente o treinar em defesa pessoal, repare que possivlemente o temperamento do seu cão poderá mudar, depois de o ter ensinado, é quase impossivel voltar atras, quando se começa à que acabar, deixar um cão a "meio" é perigoso, e cuidado com o treinador. Será que ele tem a experiencia necessária para efectuar esse treino ? Há muitos que tiraram o curso por correspondência ....
Reflita, e se realmente quiser, boa sorte
Cumprimentos
Paulo C., sinceramente nao percebi esta sua afirmação
Antes demais, acho que fez muito bem ter inscrito o seu cão em aulas obediência, porque, acredite que quando se tem um cão relativamente forte, convem ter pulso nele, e essas aulas (deverão pelo menos) irão ajudá-lo.
Sobre a defesa pessoal, não sei muito bem o que se refere, mas penso que se refere apenas a morder a manga á ordem, a defender o dono.
O buldogue americano é bastante usado nessa modalidade, seja em competições, seja para fim unicamente pratico (apenas para ensiná-lo a morder correctamente a manga). Como, a Elsa, disse esses cães, dependendo das linhas, têm uma constituição algo pessada, mas sinceramente, nao me parece que levante muitos problemas. Basta ver a quantidade desses cães nos EUA (na Europa ainda sao algo raros) que o praticam, e pelo que tenho visto/ouvido/lido nao tem havido problemas nenhuns com o seu peso.
O buldogue americana tem (ou deveria ter) um elevado instinto de protecção, de tal modo, que ele, com ou sem treino o defenderá caso a situação o requira. O treino, neste caso, parece que irá lhe dar maior controle sobre o cão, e ao mesmo tempo ensinar o cão quando morder e quando largar. Em contrapartida, irá dar ao cão maior autoconfiança, de tal modo, e de novo como a Elsa disse, ele poderá passar logo ao ataque, esquecendo a (importante) parte de intimidação.
Por isso se quer treinar o seu cão em defesa pessoal, e acha que tem condiçoes, vá em frente. Sinceramente, não vejo qual é a oposição que todos levantam, parece que já se esqueceram do que é um cão, e o substituiram por um boneco de porcelana ...

No entanto, se realmente o treinar em defesa pessoal, repare que possivlemente o temperamento do seu cão poderá mudar, depois de o ter ensinado, é quase impossivel voltar atras, quando se começa à que acabar, deixar um cão a "meio" é perigoso, e cuidado com o treinador. Será que ele tem a experiencia necessária para efectuar esse treino ? Há muitos que tiraram o curso por correspondência ....
Reflita, e se realmente quiser, boa sorte
Cumprimentos
Paulo C., sinceramente nao percebi esta sua afirmação
sobretudo porque estimula a agressividade do cão!
Good friend Vs true friend: A good friend will come bail you out of jail....But a true friend will be sitting next to you saying "... WE screwed up! BUT WASN'T IT FUN!!!
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Olá Elsa,
Eu acho que ao longo do seu mail houve uma mudança subtil de designações que pode fazer muita diferença para sabermos do que se está a falar!
O Tom falou em "Defesa Pessoal" e a Elsa começou por falar em "treino de guarda e defesa"......
O que motivou as minha dúvidas é que o Tom depois falou em receios do treinador por estimular a AGRESSIVIDADE do cão! Quanto à Elsa eu até concordo com muito do que disse mas apenas porque no fim utilizou a designação correcta para o que realmente tem muitos 'contras' - O Treino de Defesa e ATAQUE!
Os treinos normal de defesa e as actividades desportivas que o têm por base não são treinos de ataque. O ataque, entendido como reacção de defesa, não pode ser feito sem uma grande componente de obediência e controlo. Na minha opinião, um cão que age descontroladamente a uma simples palmada nas costas, não está bem treinado! Não há que 'recear que o treino de defesa estimule a agressividade' se o treino for feito por pessoas competentes! ( e a cães sãos, claro!).
Agora... um cão 'treinado' para 'ataque', tendo o atque como finalidade em si mesmo, é efectivamente uma 'arma'!
Eu acho que ao longo do seu mail houve uma mudança subtil de designações que pode fazer muita diferença para sabermos do que se está a falar!
O Tom falou em "Defesa Pessoal" e a Elsa começou por falar em "treino de guarda e defesa"......
O que motivou as minha dúvidas é que o Tom depois falou em receios do treinador por estimular a AGRESSIVIDADE do cão! Quanto à Elsa eu até concordo com muito do que disse mas apenas porque no fim utilizou a designação correcta para o que realmente tem muitos 'contras' - O Treino de Defesa e ATAQUE!
Os treinos normal de defesa e as actividades desportivas que o têm por base não são treinos de ataque. O ataque, entendido como reacção de defesa, não pode ser feito sem uma grande componente de obediência e controlo. Na minha opinião, um cão que age descontroladamente a uma simples palmada nas costas, não está bem treinado! Não há que 'recear que o treino de defesa estimule a agressividade' se o treino for feito por pessoas competentes! ( e a cães sãos, claro!).
Agora... um cão 'treinado' para 'ataque', tendo o atque como finalidade em si mesmo, é efectivamente uma 'arma'!
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Mas que grande confusão vai aqui!!
Foi para evitar confusões que perguntei o que o "Tom" entendia por "defesa pessoal" e qual a finalidade desse treino para o cão dele.
Existe uma grande diferença entre defesa pessoal e o trabalho desportivo (RCI, SchH, Mondioring) com cães.
Um cão treinado para defesa pessoal é para todos os efeitos uma arma "pronta a disparar" que só deve ser utilizada por profissionais. Não é para amadores.
Quanto ao trabalho desportivo praticado pela maioria dos cães de guarda, não tem qualquer problema de aumentar a agressividade dos cães, pois o objectivo das mesmas é mostrar que os cães têm um carácter equilibrado, e por isso, qualquer sinal de agressividade por parte do cão é desqualificativo.
Tenho por isso algumas dúvidas quando diz que que o seu treinador falou em estimular a agressividade do cão.
Como já aqui foi dito, as raças de cães de guarda são naturalmente desconfiadas com estranhos e protectoras dos elementos da "sua familia", pelo que não é necessário ensinar-lhes a defenderem-nos, pois instintivamente fazem isso quando sentem que é necessário.
Se decidir treinar o seu cão, certifique-se primeiro da credibilidade e competência do seu treinador para o fazer, pois para treinar um cão a este nível não basta ler uns livros e frequentar uns cursos. Há que ter experiência e saber o que se está a fazer. Existem cães treinados pelo seu treinador para "defesa pessoal" ou para trabalho desportivo? Como são eles? Aparentam ser cães equilibrados?
Só depois de juntar todas estas informações poderá decidir se quer e se deve treinar o seu cão.

Foi para evitar confusões que perguntei o que o "Tom" entendia por "defesa pessoal" e qual a finalidade desse treino para o cão dele.
Existe uma grande diferença entre defesa pessoal e o trabalho desportivo (RCI, SchH, Mondioring) com cães.
Um cão treinado para defesa pessoal é para todos os efeitos uma arma "pronta a disparar" que só deve ser utilizada por profissionais. Não é para amadores.
Quanto ao trabalho desportivo praticado pela maioria dos cães de guarda, não tem qualquer problema de aumentar a agressividade dos cães, pois o objectivo das mesmas é mostrar que os cães têm um carácter equilibrado, e por isso, qualquer sinal de agressividade por parte do cão é desqualificativo.
Tenho por isso algumas dúvidas quando diz que que o seu treinador falou em estimular a agressividade do cão.
Como já aqui foi dito, as raças de cães de guarda são naturalmente desconfiadas com estranhos e protectoras dos elementos da "sua familia", pelo que não é necessário ensinar-lhes a defenderem-nos, pois instintivamente fazem isso quando sentem que é necessário.
Se decidir treinar o seu cão, certifique-se primeiro da credibilidade e competência do seu treinador para o fazer, pois para treinar um cão a este nível não basta ler uns livros e frequentar uns cursos. Há que ter experiência e saber o que se está a fazer. Existem cães treinados pelo seu treinador para "defesa pessoal" ou para trabalho desportivo? Como são eles? Aparentam ser cães equilibrados?
Só depois de juntar todas estas informações poderá decidir se quer e se deve treinar o seu cão.
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eu estava a pensar fazer um treino de defesa pessoal porque acho que com isso ficaria com um animal mais protector e seguro de si proprio porque não teria medo de estranhos e acho que assim intimidaria mais facilmente pessoas estranhas evitando assim situações mais desagradáveis.
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olá de novo,
Eu faço um pouco de confusão com as diferentes modalidades de treino para cães de guarda, mas todas elas, á excepção do SchH não implicam ataque? Morder a manga? Simular espancar o cão com bastão? É disso que falava. É claro que a defesa pessoal, deve focar muito essa parte, mas onde é que está o limite? até onde é desporto e apartir daonde é que é prejudicial? Eu acho que os cães, são cães e muitos devem manter uma utilidade objectiva, mas deve-se manter um espírito crítico em relação a essas mesmas utilidades e os respectivos métodos de treino. Hoje em dia treina-se um cão com base na recompensa... á 15 anos atrás só se sabia treinar cães tendo por base o castigo e o medo. Alguma coisa vai mudando. A minha opinião é que o morder da manga leva o cão aos limites, torna-o mais agressivo e temerário, o que têm sempre desvantagens. O cão não é um robô e mesmo muitissimo obediente têm sempre vontade própria. É o carregar da arma. Antes do treino apenas intimida, depois do treino pode matar.
É verdade que dizem que ele só morde na manga, que os outros sem treino mordem no pescoço e em todo o lado.... e portanto são mais perigosos.... enfim... isso depende de vários factores e sinceramente não acho que os primeiros só mordam exclusivamente na manga...
Também já li livros sobre o treino de guarda ( que inclui mordida na manga), em que o cachorro têm que ter uma certa educação de forma a poder ser "rijo" e ter sucesso no treino futuro. Isso inclui, desde a selecção correcta dos pais, do cachorro dentro da ninhada, das pessoas que o educam e a forma como o educam, da socialização "especial" e um acentuar do instinto de presa do cachorro. Dá a sensação de ser algo quase "forçado"...
Existe muita controvérsia neste campo, em relação ao dobermann, por exemplo, na europa ( em especial na alemanha) o ataque é encarado como um meio de analizar o caracter do cão, de tal forma que é essencial superar essa prova para poder ser aceite como reprodutor. É verdade que o faz, um cão timido é logo desclassificado, mas o treino pode superar essa timidez e então o teste está á partida viciado, pois o que se quer ver é o caracter genético, não o aprendido. Os EUA, têm uma postura diferente, acham que os cães muito agressivos não têm lugar na sociedade de hoje e por isso os grandes criadores de dobermanns evitam o treino de ataque e não selecionam para isso. As diferenças de caracter são enormes entre a alemanha e o EUA. Só para dizer que os primeiros dobermann campeões alemães que foram a concurso nos EUA, ninguém lhes podiam tocar. Um cão, um dono. E ainda hoje os Alemães gostam deste tipo de caracter ( severo, desconfiado e super protector ) e consequentemente deste tipo de provas. São gostos mas a que preço? ( por exemplo a fama que persegue a raça á décadas...)
É por isso que ponho reticências ao treino de ataque. Acho-o desnecessário e até perigoso tanto para os cães que se submetem como para os donos destes cães. Estes cães não são para qualquer um.
Mas polémicas á parte, a minha dúvida era apenas saber se o bulldogue em questão era ou não apto para treinar defesa ( que envolve um treino mais intenso de mordida que o normal) visto ser um dogo. Pelos vistos, como disse a cindel...é!
Eu faço um pouco de confusão com as diferentes modalidades de treino para cães de guarda, mas todas elas, á excepção do SchH não implicam ataque? Morder a manga? Simular espancar o cão com bastão? É disso que falava. É claro que a defesa pessoal, deve focar muito essa parte, mas onde é que está o limite? até onde é desporto e apartir daonde é que é prejudicial? Eu acho que os cães, são cães e muitos devem manter uma utilidade objectiva, mas deve-se manter um espírito crítico em relação a essas mesmas utilidades e os respectivos métodos de treino. Hoje em dia treina-se um cão com base na recompensa... á 15 anos atrás só se sabia treinar cães tendo por base o castigo e o medo. Alguma coisa vai mudando. A minha opinião é que o morder da manga leva o cão aos limites, torna-o mais agressivo e temerário, o que têm sempre desvantagens. O cão não é um robô e mesmo muitissimo obediente têm sempre vontade própria. É o carregar da arma. Antes do treino apenas intimida, depois do treino pode matar.
É verdade que dizem que ele só morde na manga, que os outros sem treino mordem no pescoço e em todo o lado.... e portanto são mais perigosos.... enfim... isso depende de vários factores e sinceramente não acho que os primeiros só mordam exclusivamente na manga...
Também já li livros sobre o treino de guarda ( que inclui mordida na manga), em que o cachorro têm que ter uma certa educação de forma a poder ser "rijo" e ter sucesso no treino futuro. Isso inclui, desde a selecção correcta dos pais, do cachorro dentro da ninhada, das pessoas que o educam e a forma como o educam, da socialização "especial" e um acentuar do instinto de presa do cachorro. Dá a sensação de ser algo quase "forçado"...
Existe muita controvérsia neste campo, em relação ao dobermann, por exemplo, na europa ( em especial na alemanha) o ataque é encarado como um meio de analizar o caracter do cão, de tal forma que é essencial superar essa prova para poder ser aceite como reprodutor. É verdade que o faz, um cão timido é logo desclassificado, mas o treino pode superar essa timidez e então o teste está á partida viciado, pois o que se quer ver é o caracter genético, não o aprendido. Os EUA, têm uma postura diferente, acham que os cães muito agressivos não têm lugar na sociedade de hoje e por isso os grandes criadores de dobermanns evitam o treino de ataque e não selecionam para isso. As diferenças de caracter são enormes entre a alemanha e o EUA. Só para dizer que os primeiros dobermann campeões alemães que foram a concurso nos EUA, ninguém lhes podiam tocar. Um cão, um dono. E ainda hoje os Alemães gostam deste tipo de caracter ( severo, desconfiado e super protector ) e consequentemente deste tipo de provas. São gostos mas a que preço? ( por exemplo a fama que persegue a raça á décadas...)
É por isso que ponho reticências ao treino de ataque. Acho-o desnecessário e até perigoso tanto para os cães que se submetem como para os donos destes cães. Estes cães não são para qualquer um.
Mas polémicas á parte, a minha dúvida era apenas saber se o bulldogue em questão era ou não apto para treinar defesa ( que envolve um treino mais intenso de mordida que o normal) visto ser um dogo. Pelos vistos, como disse a cindel...é!

Olá,
sobre a questão de em geral a europa ter cães com mais caracter do que os EUA, penso que não será tanto pela segurança, mas sim, que nos EUA preferem cães mais faceis de ter em casa. Se formos analisar a canicultura dos EUA vs Eueropa ficavamos aqui o resto do dia, mas podemos dizer, e penso que qq um pode ver isto, que os EUA têm as suas proprias linhagens, que muito diferem das da Europa e da verdadeira raça. Em geral, os cães criados lá, tem linhas mais harmoniosas, nao tão rusticas .... Tb, por exemplo, enquanto nas expos da FCI é permitido ao cão mostrar desconfiança ao juiz, nas expos do AKC nao é admitido nada deste tipo.
A Elsa, diz e bem :
Eu, e de novo uma opiniao inteiramente pessoal, preferiria ver o Serra da Estrela extinto, do que ver a raça reduzida a autenticos ursos de peluche sem capacidade nenhuma de trabalho.... Até, pq nao vamos cofundir um temperamento forte/dominate com elevado instinto de protecção com cães perigosos E penso, que é dever de todo o criador manter viva a capacidade de trabalho ( trabalho inicial da raça, ou seja, o temperamento inicial) !
Se vamos, apenas pensar na beleza dos cães e esquecer a funcionalidade, estamos no mau caminho ....
Sobre o buldogue americano, tenho "visto" mts cães desses a fazer diversos niveis de defesa pessoal. por isso penso, k em relaçao ao tom, o k pode estar em causa é o cão, a capacidade do dono e do treinador e nao a raça !
sobre a questão de em geral a europa ter cães com mais caracter do que os EUA, penso que não será tanto pela segurança, mas sim, que nos EUA preferem cães mais faceis de ter em casa. Se formos analisar a canicultura dos EUA vs Eueropa ficavamos aqui o resto do dia, mas podemos dizer, e penso que qq um pode ver isto, que os EUA têm as suas proprias linhagens, que muito diferem das da Europa e da verdadeira raça. Em geral, os cães criados lá, tem linhas mais harmoniosas, nao tão rusticas .... Tb, por exemplo, enquanto nas expos da FCI é permitido ao cão mostrar desconfiança ao juiz, nas expos do AKC nao é admitido nada deste tipo.
A Elsa, diz e bem :
Mas, sinceramente, e isto é uma opiniao pessoal, acho k é um preço justo. As raças são um produto de selecção (humana e natural) duraante decadas/seculos, e o temperamento tipico de cada raça deriva dos seus usos iniciais. E, o que é que nos apaixona na "nossa" raça ? Não será o temperamento k nos levou a escolher X ou Y raça ?E ainda hoje os Alemães gostam deste tipo de caracter ( severo, desconfiado e super protector ) e consequentemente deste tipo de provas. São gostos mas a que preço? ( por exemplo a fama que persegue a raça á décadas...)
Eu, e de novo uma opiniao inteiramente pessoal, preferiria ver o Serra da Estrela extinto, do que ver a raça reduzida a autenticos ursos de peluche sem capacidade nenhuma de trabalho.... Até, pq nao vamos cofundir um temperamento forte/dominate com elevado instinto de protecção com cães perigosos E penso, que é dever de todo o criador manter viva a capacidade de trabalho ( trabalho inicial da raça, ou seja, o temperamento inicial) !
Se vamos, apenas pensar na beleza dos cães e esquecer a funcionalidade, estamos no mau caminho ....
Sobre o buldogue americano, tenho "visto" mts cães desses a fazer diversos niveis de defesa pessoal. por isso penso, k em relaçao ao tom, o k pode estar em causa é o cão, a capacidade do dono e do treinador e nao a raça !
Good friend Vs true friend: A good friend will come bail you out of jail....But a true friend will be sitting next to you saying "... WE screwed up! BUT WASN'T IT FUN!!!
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O treino de defesa pessoal não se destina a aumentar a agressividade do cão, é muito mais uma "arma carregada" um cão que não tem qualquer treino do que um cão de defesa pessoal.
Também é preciso ter em conta que um cão que se destine a defesa pessoal deve ter um carácter muito aberto e franco, e tem de ser muito sociável - [u][b]O CÃO DE DEFESA PESSOAL NÃO É UM CÃO DE ATAQUE[/b][/u] - tem que poder acompanhar o dono para todo o tipo de locais e de ambientes, permitir que as pessoas lhe façam festas, estar à vontade com todo o tipo de ruidos, etc...
Eu tenho uma cadela treinada para defesa pessoal, que normalmente me é "roubada" por crianças para a passearem e brincarem com ela.
Em exposições o handler que ma passa no ringue quando não posso passar eu tem apenas 14 anos... e a cadela [u][b]TEM TREINO DE DEFESA PESSOAL[/b][/u], o que me dá um muito maior controlo sobre ela em situações de emergência - já me aconteceu ao tirar os cães do carro, (2 amstaffs macho e femea) um cão "errante" ter aparecido na altura em que abria as portas das caixas... para tirar o macho tive que ir buscar uma trela e quase sufucar o cão... à cadela só tive que dar o comando para largar e ela veio sem trela ao meu lado para casa.
Sou apologista do treino de defesa pessoal desde que acompanhado por um treinador que saiba avaliar o carácter não só do cão como do dono.
Não é o cão morder uma manga que lhe vai despoletar a agressividade, uma vez que para ele (cão) tudo não passa de um jogo, e vai aumentar o controle sobre o animal em situações de risco.
[url]www.casadoscaes.com[/url]
Também é preciso ter em conta que um cão que se destine a defesa pessoal deve ter um carácter muito aberto e franco, e tem de ser muito sociável - [u][b]O CÃO DE DEFESA PESSOAL NÃO É UM CÃO DE ATAQUE[/b][/u] - tem que poder acompanhar o dono para todo o tipo de locais e de ambientes, permitir que as pessoas lhe façam festas, estar à vontade com todo o tipo de ruidos, etc...
Eu tenho uma cadela treinada para defesa pessoal, que normalmente me é "roubada" por crianças para a passearem e brincarem com ela.
Em exposições o handler que ma passa no ringue quando não posso passar eu tem apenas 14 anos... e a cadela [u][b]TEM TREINO DE DEFESA PESSOAL[/b][/u], o que me dá um muito maior controlo sobre ela em situações de emergência - já me aconteceu ao tirar os cães do carro, (2 amstaffs macho e femea) um cão "errante" ter aparecido na altura em que abria as portas das caixas... para tirar o macho tive que ir buscar uma trela e quase sufucar o cão... à cadela só tive que dar o comando para largar e ela veio sem trela ao meu lado para casa.
Sou apologista do treino de defesa pessoal desde que acompanhado por um treinador que saiba avaliar o carácter não só do cão como do dono.
Não é o cão morder uma manga que lhe vai despoletar a agressividade, uma vez que para ele (cão) tudo não passa de um jogo, e vai aumentar o controle sobre o animal em situações de risco.
[url]www.casadoscaes.com[/url]
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Olá Elsa,
Em primeiro lugar devo dizer-lhe que lamento profundamente que tenha cães...
Em segundo lugar antes de escrever ou falar acerca de um assunto, deve NO MÍNIMO ter algum conhecimento acerca do mesmo.
Nas provas de SchH, tal como acontece nas provas de IPO (ou RCI), existe uma secção à qual se dá o nome de Defesa (que é constituída por vários tipos de situações onde o cão morde numa manga protectora que os figurantes - assim se denominam os "maus" - ostentam). Durante essa ou qualquer uma das outras secções (pista e obediência) qualquer tipo de ATITUDE AGRESSIVA por parte do cão leva à sua imediata suspensão. Quanto à sua pergunta do simular "espancar" o cão, não é uma simulação, mas também não é um espancamento. O que acontece é que o cão leva efectivamente 2 (nível 1 e 2) ou 4 - 2+2 (nível 3) bastonadas com um bastão que de bastão só tem o nome, pois é feito de um material flexível e é almofadado.
Quanto aos Dobermanns, certamente nunca ouviu falar nos testes aos quais se dá o nome de ZTP (Teste de Aptidão para Reprodução)... Se por acaso não conhece é uma boa altura para contactar qualquer um dos dois clubes de Dobermann existentes em Portugal que certamente lhe darão a conhecer em que consiste o ZTP.
Apelando à minha vocação pedagógica posso-lhe sempre adiantar que esse teste (ZTP) criado por alemães (DV - Clube Alemão do Dobermann) e com grande implantação na Alemanha, e única e exclusivamente julgado por juízes alemães tem, entre outros exercícios, um no qual o cão sentado ao lado do dono, tem que mostrar completa indiferença a um grupo de pessoas estranhas (ao cão) que se fecham num circulo sobre ele e sobre o seu dono. Há ainda um outro exercício que consiste em o cão ficar isolado (preso por uma trela com cerca de 10 m) durante cerca de 10 minutos, após os quais o juíz (que também é estranho ao cão) se aproxima, mexe no cão, deixa cair um objecto perto do cão e volta a apanhá-lo, isto tudo perante a indiferença do cão. Qualquer sinal de timidez ou agressividade é eliminatório. Posso ainda acrescentar que na Alemanha os Dobermann para poderem reproduzir (de forma oficial, ou seja, reconhecido pela DV/FCI) têm obrigatóriamente que superar esta prova entre outras.
Sobre as afirmações que faz sobre os métodos de treino de há 15 anos atrás, tenho a dizer-lhe o seguinte: desde 1936 (posso provar o que digo) que em vários países da Europa Central, entre os quais se incluí a Alemanha, existem 3 métodos (é claro que estes 3 métodos base têm mil e uma variantes) de treinar um cão - o método da comida, o método da motivação através de um brinquedo e o método da força.
Para terminar dou-lhe os meus parabéns porque no que diz respeito à selecção dos cachorros para o trabalho de guarda, anda a ler os livros certos (penso que estamos a falar do livro "O Treino do Cão de Guarda" do Wolfgang Bechtold que para além de ser um grande treinador e figurante, tenho o prazer de conhecer pessoalmente). Estes cachorros têm que ser efectivamente "rijos" e equilibrados porque são o futuro das respectivas raças.
Em primeiro lugar devo dizer-lhe que lamento profundamente que tenha cães...
Em segundo lugar antes de escrever ou falar acerca de um assunto, deve NO MÍNIMO ter algum conhecimento acerca do mesmo.
Nas provas de SchH, tal como acontece nas provas de IPO (ou RCI), existe uma secção à qual se dá o nome de Defesa (que é constituída por vários tipos de situações onde o cão morde numa manga protectora que os figurantes - assim se denominam os "maus" - ostentam). Durante essa ou qualquer uma das outras secções (pista e obediência) qualquer tipo de ATITUDE AGRESSIVA por parte do cão leva à sua imediata suspensão. Quanto à sua pergunta do simular "espancar" o cão, não é uma simulação, mas também não é um espancamento. O que acontece é que o cão leva efectivamente 2 (nível 1 e 2) ou 4 - 2+2 (nível 3) bastonadas com um bastão que de bastão só tem o nome, pois é feito de um material flexível e é almofadado.
Quanto aos Dobermanns, certamente nunca ouviu falar nos testes aos quais se dá o nome de ZTP (Teste de Aptidão para Reprodução)... Se por acaso não conhece é uma boa altura para contactar qualquer um dos dois clubes de Dobermann existentes em Portugal que certamente lhe darão a conhecer em que consiste o ZTP.
Apelando à minha vocação pedagógica posso-lhe sempre adiantar que esse teste (ZTP) criado por alemães (DV - Clube Alemão do Dobermann) e com grande implantação na Alemanha, e única e exclusivamente julgado por juízes alemães tem, entre outros exercícios, um no qual o cão sentado ao lado do dono, tem que mostrar completa indiferença a um grupo de pessoas estranhas (ao cão) que se fecham num circulo sobre ele e sobre o seu dono. Há ainda um outro exercício que consiste em o cão ficar isolado (preso por uma trela com cerca de 10 m) durante cerca de 10 minutos, após os quais o juíz (que também é estranho ao cão) se aproxima, mexe no cão, deixa cair um objecto perto do cão e volta a apanhá-lo, isto tudo perante a indiferença do cão. Qualquer sinal de timidez ou agressividade é eliminatório. Posso ainda acrescentar que na Alemanha os Dobermann para poderem reproduzir (de forma oficial, ou seja, reconhecido pela DV/FCI) têm obrigatóriamente que superar esta prova entre outras.
Sobre as afirmações que faz sobre os métodos de treino de há 15 anos atrás, tenho a dizer-lhe o seguinte: desde 1936 (posso provar o que digo) que em vários países da Europa Central, entre os quais se incluí a Alemanha, existem 3 métodos (é claro que estes 3 métodos base têm mil e uma variantes) de treinar um cão - o método da comida, o método da motivação através de um brinquedo e o método da força.
Para terminar dou-lhe os meus parabéns porque no que diz respeito à selecção dos cachorros para o trabalho de guarda, anda a ler os livros certos (penso que estamos a falar do livro "O Treino do Cão de Guarda" do Wolfgang Bechtold que para além de ser um grande treinador e figurante, tenho o prazer de conhecer pessoalmente). Estes cachorros têm que ser efectivamente "rijos" e equilibrados porque são o futuro das respectivas raças.
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Nunca ouvi falar nessa modalidade, não estarão a confundir nomes?. Aliás sou contra o uso do termo "defesa pessoal". Ensina-se a matar o adversário em qualquer arte marcial, uma defesa implica um ataque.
O seu cão torna-se uma arma pronta a ser despoletada. talvez o melhor se mora perto de Lisboa seja pedir para falar com o capitão Almeida da companhia cinotécnica da GNR na Ajuda e explicar-lhe os seus receios-O seu treinador terá aas suas razões para dizer que não treina. Já as discutiu bem com ele?
O seu cão torna-se uma arma pronta a ser despoletada. talvez o melhor se mora perto de Lisboa seja pedir para falar com o capitão Almeida da companhia cinotécnica da GNR na Ajuda e explicar-lhe os seus receios-O seu treinador terá aas suas razões para dizer que não treina. Já as discutiu bem com ele?
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Cara AnaS
A vocação pedagógica implica paciência para com os alunos e estou a ver que a sua já conheceu melhores dias...
Gosto de ver que está bem informada mas a Elsa na sua resposta não se armou em detentora da verdade nem fez perguntas idiotas ou expressou aquelas opiniões boçais que ocasionalmente aqui caem para nosso infortúnio. Apenas deu voz aos seus receios e disse a sua opinião com as devidas ressalvas.
Aliás concordei com grande parte do que ela disse pelo que me sinto também atingido por esta sua resposta de dizer que tem pena de ela ter cães ( confesse, excedeu-se um bocadinho....
). O que me consola é que os cães da Elsa e os meus não concordam consigo nesse ponto em particular, concerteza.
Todos aqui podemos aprender com os outros, independentemente das nossas profissões pois temos em comum ( fora certas criaturas, entre as quais incluo o antipático Durão Barroso, graças ao projecto lei do PSD) o GOSTO POR ANIMAIS.
Faz falta aqui uma pessoa que esteja por dentro do treino de cães. Seja bem vinda, unidos venceremos as criaturas inomináveis que aqui despontam por vezes
cumprimentos
Vasco
A vocação pedagógica implica paciência para com os alunos e estou a ver que a sua já conheceu melhores dias...

Gosto de ver que está bem informada mas a Elsa na sua resposta não se armou em detentora da verdade nem fez perguntas idiotas ou expressou aquelas opiniões boçais que ocasionalmente aqui caem para nosso infortúnio. Apenas deu voz aos seus receios e disse a sua opinião com as devidas ressalvas.
Aliás concordei com grande parte do que ela disse pelo que me sinto também atingido por esta sua resposta de dizer que tem pena de ela ter cães ( confesse, excedeu-se um bocadinho....

Todos aqui podemos aprender com os outros, independentemente das nossas profissões pois temos em comum ( fora certas criaturas, entre as quais incluo o antipático Durão Barroso, graças ao projecto lei do PSD) o GOSTO POR ANIMAIS.
Faz falta aqui uma pessoa que esteja por dentro do treino de cães. Seja bem vinda, unidos venceremos as criaturas inomináveis que aqui despontam por vezes
cumprimentos
Vasco
AnaS Escreveu: Olá Elsa,
Em primeiro lugar devo dizer-lhe que lamento profundamente que tenha cães...
Em segundo lugar antes de escrever ou falar acerca de um assunto, deve NO MÍNIMO ter algum conhecimento acerca do mesmo.
Nas provas de SchH, tal como acontece nas provas de IPO (ou RCI), existe uma secção à qual se dá o nome de Defesa (que é constituída por vários tipos de situações onde o cão morde numa manga protectora que os figurantes - assim se denominam os "maus" - ostentam). Durante essa ou qualquer uma das outras secções (pista e obediência) qualquer tipo de ATITUDE AGRESSIVA por parte do cão leva à sua imediata suspensão. Quanto à sua pergunta do simular "espancar" o cão, não é uma simulação, mas também não é um espancamento. O que acontece é que o cão leva efectivamente 2 (nível 1 e 2) ou 4 - 2+2 (nível 3) bastonadas com um bastão que de bastão só tem o nome, pois é feito de um material flexível e é almofadado.
Quanto aos Dobermanns, certamente nunca ouviu falar nos testes aos quais se dá o nome de ZTP (Teste de Aptidão para Reprodução)... Se por acaso não conhece é uma boa altura para contactar qualquer um dos dois clubes de Dobermann existentes em Portugal que certamente lhe darão a conhecer em que consiste o ZTP.
Apelando à minha vocação pedagógica posso-lhe sempre adiantar que esse teste (ZTP) criado por alemães (DV - Clube Alemão do Dobermann) e com grande implantação na Alemanha, e única e exclusivamente julgado por juízes alemães tem, entre outros exercícios, um no qual o cão sentado ao lado do dono, tem que mostrar completa indiferença a um grupo de pessoas estranhas (ao cão) que se fecham num circulo sobre ele e sobre o seu dono. Há ainda um outro exercício que consiste em o cão ficar isolado (preso por uma trela com cerca de 10 m) durante cerca de 10 minutos, após os quais o juíz (que também é estranho ao cão) se aproxima, mexe no cão, deixa cair um objecto perto do cão e volta a apanhá-lo, isto tudo perante a indiferença do cão. Qualquer sinal de timidez ou agressividade é eliminatório. Posso ainda acrescentar que na Alemanha os Dobermann para poderem reproduzir (de forma oficial, ou seja, reconhecido pela DV/FCI) têm obrigatóriamente que superar esta prova entre outras.
Sobre as afirmações que faz sobre os métodos de treino de há 15 anos atrás, tenho a dizer-lhe o seguinte desde 1936 (posso provar o que digo) que em vários países da Europa Central, entre os quais se incluí a Alemanha, existem 3 métodos (é claro que estes 3 métodos base têm mil e uma variantes) de treinar um cão - o método da comida, o método da motivação através de um brinquedo e o método da força.
Para terminar dou-lhe os meus parabéns porque no que diz respeito à selecção dos cachorros para o trabalho de guarda, anda a ler os livros certos (penso que estamos a falar do livro "O Treino do Cão de Guarda" do Wolfgang Bechtold que para além de ser um grande treinador e figurante, tenho o prazer de conhecer pessoalmente). Estes cachorros têm que ser efectivamente "rijos" e equilibrados porque são o futuro das respectivas raças.