Os caes da nossa infancia

Este é o fórum dedicado exclusivamente ao melhor amigo do homem! Troque ideias e tire dúvidas sobre o cão.

Moderador: mcerqueira

Nanico
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quarta mai 14, 2003 2:44 pm

O nosso amor pelos caes comecou por algum lado. Todos nos tivemos um amigo especial, do qual nos recordamos com um carinho muito especial.

Para mim, o cao que mais marcou a minha infancia foi o Joly.

O Joly era o cao da nossa rua. Tambem havia o cao da estacao, o cao do talho, o cao da farmacia e a cadela do outro predio, mas o Joly era especial.

Desde muito crianca que me habituei a ver o Joly deitado no meio do passeio, como se a guardar a nossa rua. Conhecia-nos a todos, mas era o rei. Vinha esperar pelas criancas a paragem do autocarro e acompanhava-nos ate casa. Se chovia, o Joly la decidia a que porta ia bater. Se ouviamos arranhadelas, abriamos a porta, sua excelencia entrava e ia deitar-se no meio da sala. So nessas alturas de intimidade familiar, o Joly nos dava a barriga para fazermos cocequinhas. Se chegavamos de ferias, la estava o Joly: era o comite de boas vindas e toda a vizinhanca ia saber que tinhamos chegado.

Quando levamos a nossa cadelinha Nucha para casa, ja sabiamos: as sete horas a Nucha ia a rua, ia sozinha com o Joly, que estava a espera dela. O Joly nao deixava que lhe acontecesse nenhum mal.

Quando envelheceu, o Joly encheu-se de cãs. Era o senhor incontestavel da rua. Ganhou o habito de se ir deitar no meio da estrada. Todos os carros se desviavam e o Joly nem bugia.

Um dia o Joly adoeceu e ja nao andava. Um vizinho levou-o ao veterinario, sem dizer nada aos outros. Afinal, era assim que se fazia: Segundo o codigo, o Joly tomava conta de nos e todos tomavamos conta do Joly.

O Joly morreu. Na rua, todos soubemos que tinha morrido. Com o Joly tambem morreu uma era. Nunca mais houveram Jolys.
cgtorres
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quarta mai 14, 2003 2:50 pm

A mim foi a Boneca...a Pastora Alemã que esteve conosco 12 anos, desde os meus 8 anos! :)
Lembro-me que eu e o meu irmão andámos a pedinchar um cão durante imenso tempo mas os meus pais diziam sempre o mesmo "não pode ser, não há "tempo" para cuidar bem do cão, vocês são pequenos não podem passear o cão e num apartamento é muito complicado" e nós acabámos por deixar morrer o assunto...Qdo fiz 7 anos mudámos para uma vivenda e nessas férias de Verão, depois e virmos de casa da minha avó lá estava a cachorrinha mais bonita que eu já tinha visto que me acompanhou durante 12 anos.... Faleceu faz 6 anos vitima de paralesia das ancas, e confesso que ainda hoje me vêem as lágrimas ao olhos (como agora) quando me lembro dela. :cry: Ainda hei-de digitalizar uma foto e por no album :)
A Boneca era uma senhora! Muito obediente, mas muito senhora do seu nariz, era o nosso orgulho! Muito bem tratada, muito mimada e sempre muito companheira!
Kathleen
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quarta mai 14, 2003 3:01 pm

Olá

Eu cresci a ver os cães do meu avô. Ele fazia criação de Perdigueiro Português. Eu ficava fascinada quando ia com ele dar de comer aos cães, quando via as ninhadas com os cães muito pequeninos :roll: Mas o meu avô nunca me deixava chegar muito perto dos cães porque tinha algum receio que me derrubassem ou que eu fizesse alguma asneira. lembro-me de uma vez tentar pegar num cão bébe, a cadela a olhar para mim a rosnar, mas o meu avô lá lhe disse alguma coisa e ela deixou. Mas como não vivia com os meus avós e só lá ia nas férias o meu contacto não era muito.
E tinha medo de cães. Até que o meu avô um dia, foi visitar um senhor e ele tinha lá uma cadelinha rafeira muito simpática mas que o meu avô achou muito mal tratada. O senhor disse-lhe que lha dava se ele quisesse. Ele trouxe a cadela, deu.lhe banho (vinha cheia de pulgas e carraças) e disse à minha mãe que já era altura de eu ter um cão. E disse-me que vinha a Coimbra trazer-me uma amiga nova.
Quando cheguei a casa ela ladou-me muito e eu tive imenso medo, (eu tinha 6 anos). Ela já tinha uns dois anos e meio três. Mas no dia a seguir acordei com ela a lamber-me a cara e ficámos amigas inseparáveis.
Perdi por completo o medo de cães e ganhei definitivamente um amor enorme a todos. A cadela era muito gira, do tamanho de um cocker mais ou menos preta e branca com o pêlo semi comprido. Chamava-se Lady, pois tinha bom porte como dizia o meu avô.
Ia sempre de férias comigo para todo o lado, dormia comigo era uma doideira. Até que uns anos mais tarde descobriu-se um tumor e já nada havia a fazer. Foi vivendo com aquela alegria que tinha, mas um dia, nunca me esquece, um Domingo começou a ficar muito mal. telefonámos para todos os veterinários mas não havia nenhum a atender... Não sei se podiamos ter feito mais alguma coisa ou não naquele momento.
Sei que ela nos deixou uma tristeza imensa e um sentimento de vazio enorme. Mas sei que foi muito feliz durante o tempo que esteve connosco e nos deu muitas alegrias.
Foi a minha primeira e única cadela. Mas sei que um dia quando puder vou querer ter um cão, porque mesmo sabendo que eles partem e deixam um vazio no nosso coração, as alegrias que nos dão enquanto estão na nossa companhia são muito maiores...

Beijokas
kathleen
jcachorro
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quarta mai 14, 2003 4:11 pm

No meu caso, o cão que mais me marcou foi o Pantufa, que está no meu albúm e estou sempre a falar dele ( já o devem conhecer...:D).
Desde muito pequeno, sempre me lembro de pedir um cão aos meus pais e mais à minha avó, que tem uma casa com quintal e vive muito perto de mim... Sempre gostei muito de cães, e enquanto não tive nenhum verdadeiro, aqueles canitos de pilhas e alguns de peluche eram o centro das minhas brincadeiras. Quando eu tinha 5 anos ( mais ou menos), um colega do meu pai, ofereceu-nos o Pantufa. Fiquei doido, e ansioso por ter o cachorrinho em casa e quando finalmente o vou buscar, tinha ele uns dois meses, tinha medo dele. :lol: :lol: :lol: O facto de eu ser criança fazia-o ter mais interesse para brincar e corria atrás de mim, para me mordiscar,etc...etc.... Sei que passou um mês de ter o cachorrinho em casa e eu só gostava de o ver, se estivesse em cima de uma cadeira, até que um dia, a minha avó pegou nele e disse-me para lhe fazer umas festas e pousou-o no chão. Controlei-me...não fugi, e o Pantufa e eu aprendemos a lidar um com o outro. Tornámo-nos amigos inseparáveis e apesar de ser criança, consegui conquistar o respeito e a obediência dele. Faleceu há 5 anos, com 12 anos, com um cancro. Apesar dos medicamentos que chegou a tomar para atenuar o seu sofrimento, lembro-me como se fosse hoje, que apesar de paralisado, ele quis brincar comigo .....Atirava-lhe a bola devagarinho para o focinho e ele retribuía. ( Foi sempre um cachorro durante toda a vida).
Sei que não é verdade, e não passou tudo de uma coincidência, mas foi precisamente nessa madrugada que ele faleceu; parece que se queria despedir.
Nunca o esquecerei!!!!!
<p>Cumprimentos

Jo&atilde;o Silva

</p>
sportinguista
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quarta mai 14, 2003 4:44 pm

oi people,
bem, a minha infância não está muito longe de mim :lol: :lol: , mas houve muitos cães que a marcaram.
bem.... por exemplo, a minha tia têve um cão (á já alguns anos), que era o Benny. a minha tia abria a porta e lá ia ele dar a sua volta, todo feliz e contente, mas um dia ele não voltou :( . foi com ele que eu aprendi a amar os animais, principalmente os cães. e foi também com a minha tia, que sempre teve pássaros, e o meu tio sabe muito, também. (eu devia ter uns três/quatro anos!!! :o )

pouco tempo depois, os meus padrinhos chegaram á minha casa (o meu primo estava lá a dormir) e traziam ao colo uma bolinha de pelo: o Leão (podem vê-lo na última página do meu álbum). ele cresceu, e eu até tinha um pouco de medo, porque ele era enorme e eu era pequena, mas houve um dia que ele estava a roer um osso e eu aproximei-me e comecei a catá-lo. ele quase que nem se mexeu, e eu continuei. tivemos os dois assim algum tempo e desde esse dia que o amei com todas as minhas forças de criança, mas um problema na coluna levou-o para longe de mim.... :cry: :cry:

depois foi o Bing, o cão da minha tia que ainda é vivo (vou por uma foto dele quando puder) que também me ajudou a aprender mais sobre cães e que me ajudou a suportar a dor que eu senti quando o Willy morreu. eles tinham a mesma idade, mas o Willy morreu atropelado em Janeiro (eu tinha-o recebido no dia 26 de Dezembro, pelos anos). nunca viu a primavera :cry: ele teria agora 4 anos, como o Bing. mas infelizmente não tenho fotos dele :( .

e agora é o meu Ruby, com o qual tenho muito a aprender.

apesar de ser mais nova que a maioria de vocês, eu não tenho UM amigo especial que me marcou, eu tenho MUITOS e vou continuar a ter. mas pode ser que tenha sido o Ruby que me marcou mais até agora, apesar de ele estar ali fora com dois anitos, e muitos mais pela frente :lol:
eu tenho muita sorte.
papoila
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quarta mai 14, 2003 5:10 pm

Que histórias tão bonitas.
Eu sempre convivi com cães, os meus pais sempre adoraram animais. Nasci em Moçambique e vim com 6 anos mas mesmo lá sempre tive imensos amiguitos de 4 patas. Infelizmente a Pantufa morreu e já não a pudemos trazer, foi a minha primeira grande amiguita...
Nem consigo fazer distinção, dizendo que gostei mais deste ou daquele porque todos ocupam o nosso coração de uma forma especial. Mas houve o Rossi, um puro SRD, que me marcou para sempre. Foi-me dado com quatro meses, em Junho de 1987. Atravessou comigo toda a minha adolescência, foi a ele que me agarrei naqueles momentos de desespero em que achamos que o mundo inteiro está contra nós e que ninguém nos compreende.
Quando na escola se gabavam das raças dos cães, eu candidamente respondia que o meu era um belfo taquicárdico :D (pois tinha os dentes de baixo sobressaídos e tinha problemas de taquicardia). Ninguém perguntava mais nada, penso que ficavam estupefactos por não conhecerem a raça.
Foi o meu companheirão, se bem que não me possa esquecer do Rex (outro puro SRD anterior ao Rossi) que sempre foi mt desconfiado e mordia a toda a gente menos a mim.

O Rossi foi-se em Março de 1999, tinha acabado de fazer 12 anos. Saí de casa para ir trabalhar e foi-se despedir de mim à porta, a abanar a cauda, como sempre fazia. Se ao menos eu soubesse que era a última vez... tinha-me demorado nos afagos e teria ido trabalhar mais tarde.
À hora do almoço os meus pais telefonaram. Morreu de repente, a roer um osso. Nunca o esquecerei. Nunca o esqueceremos. Foram muitos os dias e noites em que olhávamos para debaixo da mesa enquanto comíamos e começávamos todos a chorar porque ele já não estava lá. Mas eu sei que há sempre um cantinho debaixo da mesa onde ele continua a abanar-me a cauda.

Beijocas,
Carla
mjoaomarques
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quarta mai 14, 2003 5:31 pm

O cão que mais me marcou, não na infância mas já na adolescência, foi o Polo (está no meu álbum). Como aos três meses apanhou parvovirose, foi o primeiro cão autorizado a ficar em casa. Foi uma grande luta para superar a doença (os veterinários diziam que ele não sobreviveria) e lembro-me que, durante vários dias, tínhamos que lhe dar uma colher de sopa de água de arroz cozido, de meia em meia hora. Eu e os meus irmãos, lá nos revezávamos durante a noite para tratar dele. Durante o dia, enquanto estavamos na escola, era a minha mãe que o fazia.
Depois de ultrapassada essa fase, continuou frágil por mais uns anos e, por isso, continuou a ser um cão de casa. Talvez por esse motivo tenha havido uma ligação tão forte entre nós e ele. Era muito inteligente e acompanhava-nos para todo o lado.
Foi eutanasiado porque os rins e fígado deixaram de funcionar. Faltava uma semana para fazer quinze anos. Uma proeza para um pastor alemão.
O desgosto foi tão grande que, durante muito tempo e por uma questão de defesa, não me consegui ligar a outro cão da mesma maneira. Ainda hoje, a saudade aperta quando se fala dele. E é sem hesitações que eu, e os meus irmãos, o elegemos como o mais especial de todos.
Maria Jo&atilde;o
SPIDERMAN
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quarta mai 14, 2003 5:36 pm

Meus amigos, desculpem lá a seca que vos vou dar, mas as minhas relações com os canitos começaram assim:

PANTUFA - foi uma cadelinha rafeira que foi a minha primeira cadela. Eu era muito novo e não me recordo da idade que tinha nem dos anos que ela me deu o privilégio de partilhar a sua vida comigo, mas lembro-me que foram alguns. Não estava em casa, ficava no trabalho do meu pai porque assim tinha espaço para correr e brincar e eu todos os dias, depois das aulas, ía ter com ela para brincar.

NONAME - cadelinha rafeira muito pequenina. Nunca mais me vou esquecer da imagem que tenho na cabeça dos meus pais aa irem-me buscar e atrás no carro, vi uma loirinha pequenina de 4 patas a abanar-me o rabo. Morreu uma semana depois, de repente com uma grave doença de pele. Foi uma semana em que todos os dias os meus pais estavam no veterinário, mas não foi possível fazer nada!

MAGUI - boxer linda, brincalhona, "maluca", patuda, foi dada a um outro dono que lhe deu condições muito melhores do que as minhas e por isso foi embora. Ele era nosso amigo e por isso sabíamos a quem a estávamos a dar! Bom, ele tinha um talho e quando a fui visitar nem queria acreditar no tamanho da minha MAGUI e como ela estava bonitona!

RADAR - O meu mais especial de todos os tempos!!! Insuperável!!! 16 anos inexplicáveis e nem me atrevo a esboçar aqui qualquer tentativa de vos explicar como foram esses 16 anos porque tudo o que dissesse ía ficar muito aquém. Fica para sempre no meu coração!
A minha mãe não o queria lá em casa, mas uma semana depois, o RADAR tornou-se o seu melhor amigo. Criaram laços muito fortes e quase 8 anos depois da sua morte, ainda hoje a minha mãe chora quando falamos no meu rafeirito lindo!

GOiA - É o meu actual patusco! É um Lhasa Apso e tem 9 mesinhos. É um "terrorista" e ainda bem que eu gosto dele assim! Faz parte da minha vida!!!
teresadonat
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quarta mai 14, 2003 5:39 pm

O meu primeiro "cão" ainda existe... É um cão de peluche, parecido com um Bulldog, que o meu pai comprou no dia em que nasci... Quando comecei a falar dei-lhe o nome: chamei-lhe Dog. O Dog ainda existe, e veio comigo para a minha casa!

Agora a sério... O Boss era o cão do meu namorado, e foi o cão que me fez aprender a amar verdadeiramente os cães! Já não está cá :cry: , mas há-de estar para sempre no meu coração!

Beijinhos e saudades tantas...
anavaz
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quarta mai 14, 2003 8:16 pm

O leão, um pastor alemão que vivia em casa dos meus avós paternos é a minha referencia, alias foi lá para casa no ano em que nasci. Nós eramos 5 miudos (irmão e primos) todos com idades mto proximas e qua ao fim de semana nos juntavamos lá no "casarão" dos avós. O desgraçado tinha uma pachorra infindável connosco, desde deixar que lhe pusessemos lencinhos na cabeça, obrigavamo-lo a comer papinhas feitas com farinha e agua que faziamos para as bonecas, os rapazes obrigavam-no a a fazer de indio com as penas na cabeça, cão policia e escondiam-no no meio dos arbustos, enfim hoje reconheço que eram quase barbaridades, mas o Leão sempre participou nas nossas maluquices, nos crescemos e passado +- 6 anos começou a nascer nova fornada de miudos que nunca tiveram a nossa oportunidade porque ele deixou de tolerar brincadeiras, cresceu e amadureceu com a primeira geração.
JoanaGoncalves
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quarta mai 14, 2003 9:12 pm

Pois é...

este é uma assunto que me dá a volta á cabeça e fico logo com um nó no pescoço...

Mas vou falar-vos do meu "Sabata" Um Setter Irlandês Lindo que fazia parte da nossa familia e que vai sempre viver nos nossos corações como todos os outros familiares de 4 patas que já tivemos, mas como o "sabatta" foi o 1º é aquele que tem um lugarzito especial no nosso coração...
Pois é, o meu "batinho" tinha varias coisas que nunca vi noutro cão... Eu era miuda e dormia ainda a sesta e o Sabata dormia comigo no quarto, nunca fui capaz de me separar dele, nem para ferias(que fazia sempre uma fita enorme quando não queriam leva-lo) e então ele fazia uma coisa que nunca vi outro cão no mundo inteiro fazer.... Tapava-me quando me destapava a dormir... Ia ás compras na merciaria da zona sozinho e só se vinha embora quando o senhor colocava o troco no cesto... Ela esperava por mim á porta de casa anciosamente para depois irmos os dois passear até á praia mais o meu pai... Bom... Foram tempos que nunca me vou esqueçer... NUNCA! Era um cão, mas para mim era como se fosse meu irmão porque a minha irmã só nasceu 7 anos depois de mim e até lá o Sabata era o meu irmão... depois da minha irmã nascer ele não durou muito mais porque infelizmente sofria de problemas cardiacos... e uma vez quando regressava da escola ele foi-me esperar á porta e quando eu me sentei no chão para lhe servir nas minhas "mini-loiças" o cházinho que todos os dias lhe servia e ele adorava e se sentava logo á fente á espera,mas em vez disso, veio deitar-se em cima das minhas pernas e adormeçeu para sempre... Nunca me vou esqueçer o momento em que perdi o meu "irmão"... :(:(:(:(:(:(:(:(

ronto e aqui fica o testemunho de um dos canitos que mais me marcou na vida... Mas existem tantos outros que tive que também vos podia contar... Do "Pirata"(um rafeiro maravilhoso e super inteligente que tive), do "hercules"(um Dogue Alemão de um amigo do meu pai que também tomou muitas vezes chá comigo nas minhas mini loiças), os varios gatos que tive que dormiam comigo no quarto, a minha Hot( Rottweiler maravilhosa e linda que tive que acabou por faleçer com uma doença rara), estes e muitos outros que fizeram parte da minha vida e que a marcaram de um modo tão positivo que neste momento nem consigo viver sem pelo menos um focinho em casa.... mas posso dizer que os recordo a todos com tantas saudades que estar a responder a este topico já me fez correr algumas lagrimas cara abaixo... mas enfim.. A vida é assim e infelizmente eles não vivem o mesmo tempo que nós... :(:(:(:(

Espero que não tenham adormecido... ;) mas este é um tema que mexe muito comigo... ;)
<p>Joana Gonçalves</p>
<p>Terras da Fénix Kennel</p>

<p>-Não existem raças perigosas, existem sim donos e pseudocriadores perigosos!-</p>
anabapt
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quarta mai 14, 2003 11:30 pm

Durante a minha infância tive três cães, dois pastores alemães e a Punky, uma cadelinha cruzada de cão-de-água, todos eles me marcaram definitivamente cada um pelas suas razões. Mas é sobre a Punky que vos venho falar.
Quando conhecemos a Punky, era ela uma bébe, e estava com o irmão numa loja de animais perto de nossa casa. Na altura, não havia possibilidade de a comprarmos, até porque o valor que a loja pedia por eles era muito elevado, mas de qualquer modo, todos os dias tanto eu como o meu irmão passámos pela loja para os irmos “namorar”, até que um dia já lá não estavam – tinham sido vendidos e por coincidência o irmão foi comprado por uma vizinha nossa.
Passado mais ou menos um ano, essa mesma vizinha bateu-nos à porta com uma cadelinha ao colo e vinha perguntar se a queriamos porque estava praticamente abandonada num quintal e que ela tinha ido buscá-la por ser a irmã do Pinóquio.
Pois bem, foi assim, que mais uma vez a Punky entrou nas nossas vidas. Vinha extremamente mal tratada, com o pêlo indiscriminadamente cortado, cheia de feridas, e pesava apenas um quilinho. Pois bem, a Punky foi alimentada, tratada e apesar de a veterinária nos ter dito que ela não ia resistir nem mais uma semana, viveu mais 14 anos.
Para todo o lado que íamos, ela vinha connosco.
Foram 14 anos de ternura, companheirismo e dedicação fiel e incondicional, passámos por tanta coisa juntas, foi uma presença diária na minha vida desde os meus 11 anos e ainda hoje, passados quase 5 anos depois da sua morte, lembro-me dela todos os dias e tenho saudade da minha bolinha de pêlo.
Para o fim o coraçãozinho da Punky já se cansava bastante para andar e até para ir à rua, tínhamos que levá-la ao colo.
Ainda hoje não me conformo que o seu coração tivesse parado logo num dos poucos momentos em que não estavamos por perto.

Peço desculpa por me ter alongado, mas não consegui condensar ainda mais a história da minha Punky e mesmo assim tanta coisa fica por contar....
agapina
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quinta mai 15, 2003 12:10 am

Olá

Depois de ler tantas histórias de amizade, de dedicação e porque não de amor pelos nossos amiguinhos, aqueles que mais nos marcaram, pela sua dedicação e pela sua fidelidade.
Pela minha infância umpouco distante já, foram passando alguns amigos que me foram bastante fieis. Grandes companheiros nas horas de infortúnio, com conhecimentos enexplicáveis para nos alegrarem e darem mais valor à vida. Foram sendo colocados em vários sectores da minha memória, com igual destaque por variadíssimas razões. Como esquecer aquele cão rafeiro que, ainda no Alentejo, ia buscar o meu pai todos os dias às 6 da tarde à porta do emprego e o trazia para casa. Sempre atento e alerta a guardar aquele quintal enorme. Na hora da bricadeira deixava-se levar pelo entusiasmo e era vê-lo vestido com a roupa das bonecas que eu lhe vestia. Quantos anos não se passaram entretanto e a memória faz-lhe aqui hoje esta pequena homenagem.

Isto já está bastante longo e não era essa a minha intenção, mas assim ficaram a saber um pouco da história do Pope o cão da minha infância

Franc
papoila
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quinta mai 15, 2003 12:19 am

Repito: que histórias tão bonitas.
Demonstram tanto carinho que é impossível não ficar com um pouquinho de cada amigo vosso no meu coração.
Joana, que cão-espectáculo! Até ía à mercearia! Os nossos amiguitos deixam-nos recordações tão boas que só podem ter destaque nos pedestais das nossas memórias.
Aproveitemos os momentos em que podemos estar com eles e disfrutar do amor incondicional que nos dedicam.

Bjs,
Carla
Rosinha2000
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quinta mai 15, 2003 12:40 am

Bem o cao que mais me marcou foi o 1º que recolhi da rua, devia ter eu uns 8 anos, dei-lhe o nome de « Rabicho », era um purissimo SRD sem cauda. Ainda me lembro do 1º banho que lhe dei, foi de regador com água fria ( lol ) ele adorou ( acho eu ), certo é q ele ali andou cerca de 3 ou 4 anos, com uns desaparecimentos pelo meio, na altura da caça, deveriam pensar que ele seria um excelente caçador ( que o era ) mas aparentemente recusava a comida, pois aparecia sempre 15 dias 3 semanas depois magrissimo, o meu pai ate o alcunhou de teclado de piano. Era super asseado, tendo sempre o cuidado de ir para o outro lado da rua para fazer as necessidades, e o mais engraçado e que olhava para os dois lados. Era um cão extraodinário. Ironia do destino e mesmo com tanto cuidado dele, morreu atropelado, pois lembrou-se de ir fazer buracos para o jardim de uma vizinha, e esta sem se lembrar que ele tinha pavor de pedras mostrou-lhe uma, e ele fugiu, mas fugiu para a estrada. Levou uma pancada, e ficou apenas desmaiado ( isto foi o que me contaram pois eu não estava lá ) como não se levantou de imediato, um 2º carro passou-lhe por cima. Um vizinho que assistiu a tudo, imediatamente o colocou no carro, mas por incrivel que pareça não encontrou ( após cerca de 2 horas a volta ) uma clinica aberta. Voltou para casa, o Rabicho deu o último suspiro a minha porta, nunca me hei-de esquecer dele, nem daqueles latidos que se enfiavam nos nossos ouvidos, ou até do seu projecto de rabo a dar a volta da mesa a espera de qualquer coisa. Certo é que ninguem me queria dizer o que se tinha passado, ate que o vizinho que o tinha tentado salvar me veio perguntar como eu estava, acabamos os 2 a chorar sentados num degrau, eu por causa do Rabicho, e ele a lembrar-se da esposa que tinha morrido atropelada no mesmo sitio onde o Rabicho havera sido.
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