TESTE DE QI CANINO
Moderador: mcerqueira
Os cães estão entre os seres mais inteligentes. Mas entre eles há variações individuais que podem ser medidas. Que tal saber o Quociente de Inteligência, o dito QI, do seu cão?
Com esse teste, você poderá afinal descobrir se ele é mesmo esperto. Talvez, até concluir que tem um superdotado em casa. Antes de matar a curiosidade, saiba que o QI é avaliado por apenas uma parte das manifestações da inteligência, mas muito importante. Aquela que permite a um indivíduo compreender o meio em que vive, interagir com ele e superar e superar os seus desafios. Pode ser chamado de inteligência Adaptável. Graças a ela, por exemplo, o cão pode deduzir a rota ideal para ir de um lugar a outro ou um jeito para alcançar uma guloseima aparentemente inacessível.
O psicólogo e treinador de cães Stanley Coren, autor do livro A Inteligência dos Cães, que contém o teste e é editado no Brasil pela Ediouro S.A., define que "a inteligência Adaptável reúne as capacidades mentais que permitem planejar os comportamentos, escolher ações específicas, apreender ou recuperar informações e empregá-las nas situações ao nosso alcance".
Outras dimensões da inteligência dos cães não são medidas pelo teste de QI. Coren destaca em seu livro, a inteligência de Obediência - capacidade de entender e executar ordens e ter prazer em fazê-lo -, e a Instintiva, aptidão inata para realizar determinadas tarefas, como pastorear, caçar ou defender o território. A soma total de todas os tipos de inteligência forma a inteligência Manifesta e cada dimensão se apresenta de forma variada conforme a raça e também por indivíduo.
CONSIDERAÇÕES: São 12 os testes apresentados por Coren para avaliar as três capacidades mais importantes da inteligência Adaptável. Por meio do aprendizado, o cão forma lembranças e associações utilizáveis e corretas; quanto menos demorar para aprender, mais sobressairá. A memorização é o armazenamento de informações, tanto a curto como a longo prazo. Com a resolução de problemas, o cão vence obstáculos a partir da experiência ou da descoberta de novas soluções, destacando-se aquele que chegar ao melhor resultado em menos tempo. Coren observa que não pesquisou cães em quantidade suficiente para avaliar o QI por raça.
No entanto, concluiu que há muitas diferenças entre indivíduos de várias raças e que uma parte delas sobressai na resolução de problemas, enquanto a outra se destaca no aprendizado e na memória. Ao aplicar o teste, tome cuidado para não comprometer os resultados. Não demonstre ansiedade se o cão agir diferentemente do que você gostaria, para não colocar em risco o bom desempenho das etapas seguintes.
Com exceção dos testes 7 e 8, que devem ser feitos em seqüência, os demais são independentes e podem ser aplicados em qualquer ordem. É melhor dar um intervalo entre os testes que usam petiscos: o cão pode se dar por satisfeito e perder o interesse em participar (opte por realizá-los em dois ou três dias diferentes). Se em algum momento o cão parecer cansado ou pouco motivado, transfira o teste para outra hora. Você vai precisar de um cronômetro ou um relógio que meça os segundos para controlar o tempo gasto na maioria dos testes.
Lembre-se de que a inteligência canina cresce à medida do convívio com o ser humano. Portanto, os melhores resultados podem ser esperados em cães adultos. A aplicação do teste é delimitada por Coren à idade mínima de 9 meses no cães de grande porte e em 1 ano, nos demais. Pode ser feita pelo dono ou por outra pessoa a quem o cão esteja habituado e tenha contato próximo há pelo menos 90 dias. É preferível que o cão more no local no mínimo há dez semanas. Em cada teste há uma explicação da capacidade avaliada e da pontuação a ser dada, conforme o desempenho. No final (quatro Resultados), a escala de pontos interpreta a soma geral das pontuações.
TESTE 1 - APRENDIZADO POR OBSERVAÇÃO: Mede o grau de associação entre idéias. Se você costuma sair com seu cão, simular um passeio é um ótimo teste. Se não, faça uma adaptação a outra atividade corriqueira realizada por você com o cão e caracterizada pelo uso de algum objeto específico. Em horário e lugar diferentes do habitual, mostre o objeto para ele (como a coleira, por exemplo) e observe a reação. Pontuação - Se o cão demonstrar interesse e excitação como se soubesse o que vai acontecer e correr até a porta ou vier direto em sua direção, dê 5 pontos. Se não, dê mais uma dica, como ir à porta e parar. Se ele agora der sinais de que entendeu que vai passear, dê 4 pontos. Se não, dê mais uma chance de ele perceber. Vire, por exemplo, a maçaneta da porta, fazendo barulho. Se ele finalmente compreender, dê 3. Caso tenha demonstrado apenas prestar atenção nas atividades anteriores, dê 2. Se não fez nada e nem prestou atenção, dê 1.
TESTE 2 - HABILIDADE EM SOLUCIONAR PROBLEMAS (GRAU 1): Avalia a habilidade de resolver situações por conta própria, utilizando experiências anteriores. Pegue um petisco, agite-o perto do cão e deixe que o cheire. Ponha o petisco no chão e uma lata sobre ele. Estimule-o a pegar o petisco, com gestos e palavras. Em seguida, meça o tempo. Pontuação - Se o cão derrubar a lata e pegar o petisco em até 5 segundos, dê 5 pontos. Se levar de 5 a 15 segundos, dê 4. Entre 15 a 30 segundos, dê 3. De 30 a 60 segundos, dê 2. Se tentar uma ou duas vezes, cheirando em torno da lata, mas não pegar a isca após 1 minuto, dê 1 ponto. Se não fizer qualquer esforço para pegá-lo, dê 0.
TESTE 3 - APRENDIZAGEM DO MEIO AMBIENTE : Verifica o quanto o cão memoriza a posição dos objetos em um local, criando um mapa mental do ambiente. Escolha um lugar familiar ao cão, com vários objetos. Sem ele ver, mude cinco objetos de lugar. Opte por aqueles de fácil acesso ao cão. Leve o cão para dentro do local e comece a medir o tempo, em silêncio Pontuação - Se ele explorar ou farejar qualquer dos objetos trocados de lugar dentro de 15 segundos, significa que percebeu rapidamente a mudança. Dê, então, 5 pontos. Se demorar de 15 a 30 segundos, dê 4 pontos. Se a fizer entre 30 e 60 segundos, dê 3. Se olhar em volta dando sinais de que percebeu algo diferente, mas não explorar nenhuma modificação, dê 2. Se, passado 1 minuto, o cão ignorar as mudanças, dê 0.
TESTE 4 - HABILIDADE EM SOLUCIONAR PROBLEMAS (GRAU 2) : Verifica como o cão sai de uma situação aflitiva. O cão precisa estar acordado e razoavelmente ativo. Faça-o cheirar uma toalha de banho. A seguir, use-a para cobrir a cabeça e parte do corpo dele. Marque o tempo e observe, em silêncio. Pontuação - Se o cão se livrar em até 15 segundos, dê 5 pontos. Se demorar de 15 a 30, dê 4. De 30 a 60, 3 pontos. De 1 a 2 minutos, 2 pontos. Se não tirar a toalha após 2 minutos, dê 1.
TESTE 5 - APRENDIZAGEM SOCIAL: Avalia a compreensão visual das expressões emocionais. Quando o cão estiver sentado ou deitado a cerca de dois metros de você, olhe fixamente para a cara dele. Assim que ele olhar para você, conte até 3 em silêncio e dê um grande sorriso. Pontuação - Se o cão vier até você abanando o rabo, dê 5 pontos. Se vier, mas devagar ou abanando o rabo apenas por uma parte do caminho, dê 4. Se estava sentado e ficar de pé ou se estava deitado e se sentar, mas não andar até você, dê 3. Se o cão se afastar de você, dê 2. Se não prestar atenção, dê 1.
TESTE 6 - HABILIDADE EM SOLUCIONAR PROBLEMAS (GRAU 3) : Mede como se sai em desafios que exigem persistência. Mostre um petisco ao cão. Deixe-o cheirá-lo e vê-lo por 5 segundos. Com grande exagero, ponha-o no chão e, enquanto o cão observa, jogue a toalha aberta em cima do petisco. Estimule-o, com palavras e gestos, a pegar o petisco. Marque o tempo. Pontuação - Se o cão estiver com o petisco na boca em até 15 segundos, dê 5 pontos. Em 15 a 30 segundos, dê 4. Em 30 a 60 segundos, dê 3. Em 1 a 2 minutos, dê 2. Se tentar apanhar o petisco, mas desistir, dê 1. Se ele nem tentar em 2 minutos, dê 0.
TESTE 7 - MEMÓRIA DE CURTO PRAZO: Avalia o armazenamento momentâneo de informações. Escolha um ambiente de tamanho médio, arrumado, com poucos objetos e que seja familiar ao cão. Coloque uma guia no cão e faça-o ficar sentado no centro da sala (se precisar, peça a um ajudante para segurá-lo no lugar). Quando ele estiver olhando para você, mostre um petisco de cheiro forte. Ele pode cheirar o alimento. Faça uma encenação exagerada (sem dizer nada) e ponha o petisco num canto da sala, certificando-se sempre de que o cão está olhando você. Leve-o para fora e dê uma volta rápida de no máximo 15 segundos. Em seguida, traga-o de volta ao centro da sala. Solte-o da guia e comece a marcar o tempo. Imediatamente após esse teste, faça o próximo (teste 8 ). Pontuação - Se o cão for direto ao petisco, significa que memorizou bem. Dê 5 pontos. Se farejar metodicamente ao redor da sala e achar o petisco, é porque não fixou com exatidão o local onde estava o alimento. Dê 4. Se procurar à toa, sem rumo, mas mesmo assim achar o petisco em até 45 segundos é porque não memorizou o local. Está usando o faro e a visão para achá-lo. Dê 3. Se ele tentar achar, mas não conseguir após 45 segundos, dê 2. Se nem tentar, dê 1.
TESTE 8 - MEMÓRIA DE LONGO PRAZO: Verifica a capacidade de armazenar informações por muito tempo. Deve ser aplicado logo após o teste 7 e no mesmo local. Prenda o cão à guia e coleira e ordene que sente no centro da sala. Quando estiver olhando para você, mostre o petisco. Ele pode cheirar o alimento. Faça uma encenação exagerada (sem dizer nada) e ponha o petisco num quanto diferente do usado no teste 7. Observe bem se o cão está vendo. Leve-o para fora do local, por 5 minutos e traga-o de volta ao centro da sala. Solte-o da guia e marque o tempo. Pontuação - Se o cão for direto ao petisco, dê 5 pontos. Se foi ao quanto onde estava o primeiro petisco e depois rapidamente ao canto certo, ele confundiu os dois locais memorizados. Dê 4 pontos. Se cheirar metodicamente ao redor da sala e achar o petisco, dê 3 (usou o faro e a visão). Se parece procurar à toa, mas acha o petisco em até 45 segundos, dê 2. Se tentar achá-lo, mas sem sucesso após 45 segundos, dê 1. Se nem tentar, dê 0.
TESTE 9- RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E HABILIDADE DE MANUSEIO: Avalia a capacidade de vencer desafios, usando as patas. Faça dois montes, com dois livros ou tijolos empilhados em cada um, deixando-os um pouco separados. Coloque uma tábua sobre eles. A espécie é fazer uma espécie de mesa, baixa o bastante para que o cão não enfie a cabeça por baixo dela, mas suficiente para colocar as patas. Ponha sobre a tábua alguns livros pesados ou tijolos para que o cão não a derrube.. Mostre-lhe um petisco e deixe-o cheirá-lo. Com gestos exagerados, ponha o petisco sob a mesa. Estimule o cão a pegá-lo, mas aponte o local. Marque o tempo. Pontuação - Se o cão usar as patas e pegar o petisco em até 60 segundos, dê 5 pontos. De o apanhar em 1 a 3 minutos, dê 4. Se usar só o focinho ou as patas, mas não conseguir pegar o petisco após 3 minutos, dê 3. Se não usar as patas e se contentar em cheirar ou tentar pegar o petisco com o focinho uma ou duas vezes e desistir, dê 2. Se, após 3 minutos, não tiver tomado qualquer iniciativa para pegar o petisco, dê 1.
TESTE 10 - COMPREENSÃO DE LINGUAGEM: Verifica a capacidade de compreender o significado das palavras. Com o cão deitado, no mínimo a dois metros de você, diga uma palavra à qual ele não esteja acostumado, como "geladeira". Faça o mesmo tom de voz que costuma usar para chamá-lo. Pontuação - Se o cão mostrar vontade de ir até você, é sinal que reagiu ao tom de voz e não à palavra. Dê 3 pontos. Se não vier, diga outra palavra que ele não esteja acostumado a ouvir, como "filmes", no mesmo tom de voz que usa para chamá-lo. Se ele for em sua direção, dê 2 pontos. Se ele ainda não se manifestar, diga o nome dele e a palavra que usa para chamá-lo. Se ele vier ou mostrar tendência de ir até você, dê 5 pontos. Se não, chame-o mais uma vez. Se vier, dê 4. Se não, dê 1.
TESTE 11 - PROCESSO DE APRENDIZADO: Mede a habilidade de associar uma ação a um comando. Esse teste leva mais tempo que os outros - cerca de 10 minutos. O cão será induzido a um comportamento desconhecido: levantar-se da posição sentado, dar um passo à frente, dar meia-volta para ficar de frente com você e sentar-se de novo. O cão deve estar sentado, do seu lado esquerdo, com coleira e guia. Etapa 1 a 3 - 1) Com voz clara, dê uma ordem que o cão não conheça, como "frente". Ao mesmo tempo, dê tapinhas com uma ou ambas as mãos nas pernas dele, bem acima dos joelhos. 2) Guie-o para ficar na posição frente: dê um passo à frente com o pé esquerdo, e puxe a guia, em sentido horizontal diante da cabeça dele, para que levante e avance um ou dois passos. 3) Dê um passo para trás com a perna direita, puxando a guia para obrigá-lo a virar para você no sentido horário. Se for um cão grande, talvez você tenha de dar mais um passo para trás. Elogie imediatamente o cão e/ou dê-lhe um petisco. Coloque-o de novo sentado ao seu lado esquerdo e repita o exercício nas etapas 2 e 3. Etapa 4 a 5 - Igual à 1 a 3, só que você deve dar uma pausa de um segundo após a ordem frente e depois tentar deslocar o cão na posição frente, usando o mínimo ou nenhum movimento com sua perna esquerda. Etapa 6 - Dê a ordem frente e observe. Pontuação - Se ele sair do seu lado e for para a posição frente, mesmo de maneira desajeitada, de 6 pontos e considere o teste encerrado. Afinal, ele aprendeu todo o movimento do exercício. Se ele não se mexer após 5 segundos guie-o ao lugar certo e recompense-o, como se fosse apenas um treinamento. Etapas e testes subseqüentes - Repita 10 vezes, como treinamento, a etapa 4 a 5 e depois dê a ordem frente e observe. Pontuação - se o cão executar a manobra toda, dê 5 pontos. Se não, faça mais 10 vezes e repita pela última vez a ordem frente e observe. Se o cão executar o exercício sem nenhuma ajuda sua (não importa se o fizer de forma desajeitada, lenta ou confusa), dê 3 pontos. Se o cão der a volta até a sua frente, mas não sentar, dê 2. Se ficar de pé ao receber a ordem, mas não se mexer, dê 1. Se permanecer sentado dê 0.
TESTE 12 - RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS : Mede a capacidade de desenvolver soluções elaboradas. Pegue um pedaço de papelão bem mais alto e corte uma fenda vertical, deixando 5 centímetros de margem em cima e em baixo (veja ilustração). A fenda deve ter 8 cm de largura. Faça o papelão ficar em pé, prendendo-o com fita adesiva ou barbante em "paredes" laterais (podem ser duas caixas ou cadeiras, deitadas de lado). Ponha o cão diante do papelão, que funcionará como uma barreira (peça para alguém para segurá-lo, se preciso). Fique do mesmo lado. Estimule-o a olhar através do buraco. Com gestos exagerados, introduza um petisco através do buraco e coloque-o no chão a uma distância tal que o cão não possa alcança-lo com a pata. Marque o tempo e peça ao ajudante que solte o cão, enquanto você o estimula com gestos e palavras a pegar o petisco. Pontuação - Se o cão contornar o papelão e pegar o petisco em até 15 segundos, dê 5 pontos. É sinal de que percebeu que precisava dar a volta. Se levar entre 15 e 30 segundos, dê 4. De 30 a 60 segundos, dê 3. Se não tiver pego o petisco após 60 segundos, pare de estimulá-lo ativamente e fique calado por perto, marcando o tempo. Se pegar o petisco em 1 a 2 minutos, dê 2. Se tentar alcança-lo, enfiando a pata através do buraco e depois desistir, dê 1. Se não fizer nenhum esforço para pegá-lo após 2 minutos dê 0.
RESULTADOS: 54 pontos ou mais - Cão considerado brilhante. Um exemplar com esse nível de QI é muito raro. 43 a 53 pontos - Cão excelente, com QI extremamente alto. 42 a 47 pontos - Cão com QI médio superior. Será capaz de fazer praticamente qualquer tarefa que compete a um cão comum. 30 a 41 pontos - Cão com QI médio. Pode mostrar lampejos de brilhantismo intermitentes, mas em outras tarefas seu desempenho é às pouco inspirado. 24 a 29 pontos - Cão com QI médio baixo. Embora às vezes o cão pareça agir muito inteligentemente, a maior parte do tempo exigirá muito trabalho para fazê-lo entender o que queremos dele. 18 a 23 pontos - Cão com QI incerto. Pode ter dificuldade em se adaptar às exigências do cotidiano e às expectativas do dono. Mas em um ambiente estruturado, pouco estressante, pode se sair até razoavelmente. Menos de 18 pontos - Cão deficiente em muitas áreas do QI. Pode ser muito difícil conviver com ele.
Agradecemos à Ediouro S.A pela autorização da publicação do teste, parte integrante do livro A Inteligência dos Cães, e a Hannelore Fuchs, especialista em comportamento animal, pela consultoria ao texto de apresentação. Redação e adaptação; Carmen Olivieri. Edição de texto: Marcos Pennacchi.
Foto: Arquivo Cães & Cia
Prop.:Canil Fire Mountain
Fonte: petbrasil
Com esse teste, você poderá afinal descobrir se ele é mesmo esperto. Talvez, até concluir que tem um superdotado em casa. Antes de matar a curiosidade, saiba que o QI é avaliado por apenas uma parte das manifestações da inteligência, mas muito importante. Aquela que permite a um indivíduo compreender o meio em que vive, interagir com ele e superar e superar os seus desafios. Pode ser chamado de inteligência Adaptável. Graças a ela, por exemplo, o cão pode deduzir a rota ideal para ir de um lugar a outro ou um jeito para alcançar uma guloseima aparentemente inacessível.
O psicólogo e treinador de cães Stanley Coren, autor do livro A Inteligência dos Cães, que contém o teste e é editado no Brasil pela Ediouro S.A., define que "a inteligência Adaptável reúne as capacidades mentais que permitem planejar os comportamentos, escolher ações específicas, apreender ou recuperar informações e empregá-las nas situações ao nosso alcance".
Outras dimensões da inteligência dos cães não são medidas pelo teste de QI. Coren destaca em seu livro, a inteligência de Obediência - capacidade de entender e executar ordens e ter prazer em fazê-lo -, e a Instintiva, aptidão inata para realizar determinadas tarefas, como pastorear, caçar ou defender o território. A soma total de todas os tipos de inteligência forma a inteligência Manifesta e cada dimensão se apresenta de forma variada conforme a raça e também por indivíduo.
CONSIDERAÇÕES: São 12 os testes apresentados por Coren para avaliar as três capacidades mais importantes da inteligência Adaptável. Por meio do aprendizado, o cão forma lembranças e associações utilizáveis e corretas; quanto menos demorar para aprender, mais sobressairá. A memorização é o armazenamento de informações, tanto a curto como a longo prazo. Com a resolução de problemas, o cão vence obstáculos a partir da experiência ou da descoberta de novas soluções, destacando-se aquele que chegar ao melhor resultado em menos tempo. Coren observa que não pesquisou cães em quantidade suficiente para avaliar o QI por raça.
No entanto, concluiu que há muitas diferenças entre indivíduos de várias raças e que uma parte delas sobressai na resolução de problemas, enquanto a outra se destaca no aprendizado e na memória. Ao aplicar o teste, tome cuidado para não comprometer os resultados. Não demonstre ansiedade se o cão agir diferentemente do que você gostaria, para não colocar em risco o bom desempenho das etapas seguintes.
Com exceção dos testes 7 e 8, que devem ser feitos em seqüência, os demais são independentes e podem ser aplicados em qualquer ordem. É melhor dar um intervalo entre os testes que usam petiscos: o cão pode se dar por satisfeito e perder o interesse em participar (opte por realizá-los em dois ou três dias diferentes). Se em algum momento o cão parecer cansado ou pouco motivado, transfira o teste para outra hora. Você vai precisar de um cronômetro ou um relógio que meça os segundos para controlar o tempo gasto na maioria dos testes.
Lembre-se de que a inteligência canina cresce à medida do convívio com o ser humano. Portanto, os melhores resultados podem ser esperados em cães adultos. A aplicação do teste é delimitada por Coren à idade mínima de 9 meses no cães de grande porte e em 1 ano, nos demais. Pode ser feita pelo dono ou por outra pessoa a quem o cão esteja habituado e tenha contato próximo há pelo menos 90 dias. É preferível que o cão more no local no mínimo há dez semanas. Em cada teste há uma explicação da capacidade avaliada e da pontuação a ser dada, conforme o desempenho. No final (quatro Resultados), a escala de pontos interpreta a soma geral das pontuações.
TESTE 1 - APRENDIZADO POR OBSERVAÇÃO: Mede o grau de associação entre idéias. Se você costuma sair com seu cão, simular um passeio é um ótimo teste. Se não, faça uma adaptação a outra atividade corriqueira realizada por você com o cão e caracterizada pelo uso de algum objeto específico. Em horário e lugar diferentes do habitual, mostre o objeto para ele (como a coleira, por exemplo) e observe a reação. Pontuação - Se o cão demonstrar interesse e excitação como se soubesse o que vai acontecer e correr até a porta ou vier direto em sua direção, dê 5 pontos. Se não, dê mais uma dica, como ir à porta e parar. Se ele agora der sinais de que entendeu que vai passear, dê 4 pontos. Se não, dê mais uma chance de ele perceber. Vire, por exemplo, a maçaneta da porta, fazendo barulho. Se ele finalmente compreender, dê 3. Caso tenha demonstrado apenas prestar atenção nas atividades anteriores, dê 2. Se não fez nada e nem prestou atenção, dê 1.
TESTE 2 - HABILIDADE EM SOLUCIONAR PROBLEMAS (GRAU 1): Avalia a habilidade de resolver situações por conta própria, utilizando experiências anteriores. Pegue um petisco, agite-o perto do cão e deixe que o cheire. Ponha o petisco no chão e uma lata sobre ele. Estimule-o a pegar o petisco, com gestos e palavras. Em seguida, meça o tempo. Pontuação - Se o cão derrubar a lata e pegar o petisco em até 5 segundos, dê 5 pontos. Se levar de 5 a 15 segundos, dê 4. Entre 15 a 30 segundos, dê 3. De 30 a 60 segundos, dê 2. Se tentar uma ou duas vezes, cheirando em torno da lata, mas não pegar a isca após 1 minuto, dê 1 ponto. Se não fizer qualquer esforço para pegá-lo, dê 0.
TESTE 3 - APRENDIZAGEM DO MEIO AMBIENTE : Verifica o quanto o cão memoriza a posição dos objetos em um local, criando um mapa mental do ambiente. Escolha um lugar familiar ao cão, com vários objetos. Sem ele ver, mude cinco objetos de lugar. Opte por aqueles de fácil acesso ao cão. Leve o cão para dentro do local e comece a medir o tempo, em silêncio Pontuação - Se ele explorar ou farejar qualquer dos objetos trocados de lugar dentro de 15 segundos, significa que percebeu rapidamente a mudança. Dê, então, 5 pontos. Se demorar de 15 a 30 segundos, dê 4 pontos. Se a fizer entre 30 e 60 segundos, dê 3. Se olhar em volta dando sinais de que percebeu algo diferente, mas não explorar nenhuma modificação, dê 2. Se, passado 1 minuto, o cão ignorar as mudanças, dê 0.
TESTE 4 - HABILIDADE EM SOLUCIONAR PROBLEMAS (GRAU 2) : Verifica como o cão sai de uma situação aflitiva. O cão precisa estar acordado e razoavelmente ativo. Faça-o cheirar uma toalha de banho. A seguir, use-a para cobrir a cabeça e parte do corpo dele. Marque o tempo e observe, em silêncio. Pontuação - Se o cão se livrar em até 15 segundos, dê 5 pontos. Se demorar de 15 a 30, dê 4. De 30 a 60, 3 pontos. De 1 a 2 minutos, 2 pontos. Se não tirar a toalha após 2 minutos, dê 1.
TESTE 5 - APRENDIZAGEM SOCIAL: Avalia a compreensão visual das expressões emocionais. Quando o cão estiver sentado ou deitado a cerca de dois metros de você, olhe fixamente para a cara dele. Assim que ele olhar para você, conte até 3 em silêncio e dê um grande sorriso. Pontuação - Se o cão vier até você abanando o rabo, dê 5 pontos. Se vier, mas devagar ou abanando o rabo apenas por uma parte do caminho, dê 4. Se estava sentado e ficar de pé ou se estava deitado e se sentar, mas não andar até você, dê 3. Se o cão se afastar de você, dê 2. Se não prestar atenção, dê 1.
TESTE 6 - HABILIDADE EM SOLUCIONAR PROBLEMAS (GRAU 3) : Mede como se sai em desafios que exigem persistência. Mostre um petisco ao cão. Deixe-o cheirá-lo e vê-lo por 5 segundos. Com grande exagero, ponha-o no chão e, enquanto o cão observa, jogue a toalha aberta em cima do petisco. Estimule-o, com palavras e gestos, a pegar o petisco. Marque o tempo. Pontuação - Se o cão estiver com o petisco na boca em até 15 segundos, dê 5 pontos. Em 15 a 30 segundos, dê 4. Em 30 a 60 segundos, dê 3. Em 1 a 2 minutos, dê 2. Se tentar apanhar o petisco, mas desistir, dê 1. Se ele nem tentar em 2 minutos, dê 0.
TESTE 7 - MEMÓRIA DE CURTO PRAZO: Avalia o armazenamento momentâneo de informações. Escolha um ambiente de tamanho médio, arrumado, com poucos objetos e que seja familiar ao cão. Coloque uma guia no cão e faça-o ficar sentado no centro da sala (se precisar, peça a um ajudante para segurá-lo no lugar). Quando ele estiver olhando para você, mostre um petisco de cheiro forte. Ele pode cheirar o alimento. Faça uma encenação exagerada (sem dizer nada) e ponha o petisco num canto da sala, certificando-se sempre de que o cão está olhando você. Leve-o para fora e dê uma volta rápida de no máximo 15 segundos. Em seguida, traga-o de volta ao centro da sala. Solte-o da guia e comece a marcar o tempo. Imediatamente após esse teste, faça o próximo (teste 8 ). Pontuação - Se o cão for direto ao petisco, significa que memorizou bem. Dê 5 pontos. Se farejar metodicamente ao redor da sala e achar o petisco, é porque não fixou com exatidão o local onde estava o alimento. Dê 4. Se procurar à toa, sem rumo, mas mesmo assim achar o petisco em até 45 segundos é porque não memorizou o local. Está usando o faro e a visão para achá-lo. Dê 3. Se ele tentar achar, mas não conseguir após 45 segundos, dê 2. Se nem tentar, dê 1.
TESTE 8 - MEMÓRIA DE LONGO PRAZO: Verifica a capacidade de armazenar informações por muito tempo. Deve ser aplicado logo após o teste 7 e no mesmo local. Prenda o cão à guia e coleira e ordene que sente no centro da sala. Quando estiver olhando para você, mostre o petisco. Ele pode cheirar o alimento. Faça uma encenação exagerada (sem dizer nada) e ponha o petisco num quanto diferente do usado no teste 7. Observe bem se o cão está vendo. Leve-o para fora do local, por 5 minutos e traga-o de volta ao centro da sala. Solte-o da guia e marque o tempo. Pontuação - Se o cão for direto ao petisco, dê 5 pontos. Se foi ao quanto onde estava o primeiro petisco e depois rapidamente ao canto certo, ele confundiu os dois locais memorizados. Dê 4 pontos. Se cheirar metodicamente ao redor da sala e achar o petisco, dê 3 (usou o faro e a visão). Se parece procurar à toa, mas acha o petisco em até 45 segundos, dê 2. Se tentar achá-lo, mas sem sucesso após 45 segundos, dê 1. Se nem tentar, dê 0.
TESTE 9- RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E HABILIDADE DE MANUSEIO: Avalia a capacidade de vencer desafios, usando as patas. Faça dois montes, com dois livros ou tijolos empilhados em cada um, deixando-os um pouco separados. Coloque uma tábua sobre eles. A espécie é fazer uma espécie de mesa, baixa o bastante para que o cão não enfie a cabeça por baixo dela, mas suficiente para colocar as patas. Ponha sobre a tábua alguns livros pesados ou tijolos para que o cão não a derrube.. Mostre-lhe um petisco e deixe-o cheirá-lo. Com gestos exagerados, ponha o petisco sob a mesa. Estimule o cão a pegá-lo, mas aponte o local. Marque o tempo. Pontuação - Se o cão usar as patas e pegar o petisco em até 60 segundos, dê 5 pontos. De o apanhar em 1 a 3 minutos, dê 4. Se usar só o focinho ou as patas, mas não conseguir pegar o petisco após 3 minutos, dê 3. Se não usar as patas e se contentar em cheirar ou tentar pegar o petisco com o focinho uma ou duas vezes e desistir, dê 2. Se, após 3 minutos, não tiver tomado qualquer iniciativa para pegar o petisco, dê 1.
TESTE 10 - COMPREENSÃO DE LINGUAGEM: Verifica a capacidade de compreender o significado das palavras. Com o cão deitado, no mínimo a dois metros de você, diga uma palavra à qual ele não esteja acostumado, como "geladeira". Faça o mesmo tom de voz que costuma usar para chamá-lo. Pontuação - Se o cão mostrar vontade de ir até você, é sinal que reagiu ao tom de voz e não à palavra. Dê 3 pontos. Se não vier, diga outra palavra que ele não esteja acostumado a ouvir, como "filmes", no mesmo tom de voz que usa para chamá-lo. Se ele for em sua direção, dê 2 pontos. Se ele ainda não se manifestar, diga o nome dele e a palavra que usa para chamá-lo. Se ele vier ou mostrar tendência de ir até você, dê 5 pontos. Se não, chame-o mais uma vez. Se vier, dê 4. Se não, dê 1.
TESTE 11 - PROCESSO DE APRENDIZADO: Mede a habilidade de associar uma ação a um comando. Esse teste leva mais tempo que os outros - cerca de 10 minutos. O cão será induzido a um comportamento desconhecido: levantar-se da posição sentado, dar um passo à frente, dar meia-volta para ficar de frente com você e sentar-se de novo. O cão deve estar sentado, do seu lado esquerdo, com coleira e guia. Etapa 1 a 3 - 1) Com voz clara, dê uma ordem que o cão não conheça, como "frente". Ao mesmo tempo, dê tapinhas com uma ou ambas as mãos nas pernas dele, bem acima dos joelhos. 2) Guie-o para ficar na posição frente: dê um passo à frente com o pé esquerdo, e puxe a guia, em sentido horizontal diante da cabeça dele, para que levante e avance um ou dois passos. 3) Dê um passo para trás com a perna direita, puxando a guia para obrigá-lo a virar para você no sentido horário. Se for um cão grande, talvez você tenha de dar mais um passo para trás. Elogie imediatamente o cão e/ou dê-lhe um petisco. Coloque-o de novo sentado ao seu lado esquerdo e repita o exercício nas etapas 2 e 3. Etapa 4 a 5 - Igual à 1 a 3, só que você deve dar uma pausa de um segundo após a ordem frente e depois tentar deslocar o cão na posição frente, usando o mínimo ou nenhum movimento com sua perna esquerda. Etapa 6 - Dê a ordem frente e observe. Pontuação - Se ele sair do seu lado e for para a posição frente, mesmo de maneira desajeitada, de 6 pontos e considere o teste encerrado. Afinal, ele aprendeu todo o movimento do exercício. Se ele não se mexer após 5 segundos guie-o ao lugar certo e recompense-o, como se fosse apenas um treinamento. Etapas e testes subseqüentes - Repita 10 vezes, como treinamento, a etapa 4 a 5 e depois dê a ordem frente e observe. Pontuação - se o cão executar a manobra toda, dê 5 pontos. Se não, faça mais 10 vezes e repita pela última vez a ordem frente e observe. Se o cão executar o exercício sem nenhuma ajuda sua (não importa se o fizer de forma desajeitada, lenta ou confusa), dê 3 pontos. Se o cão der a volta até a sua frente, mas não sentar, dê 2. Se ficar de pé ao receber a ordem, mas não se mexer, dê 1. Se permanecer sentado dê 0.
TESTE 12 - RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS : Mede a capacidade de desenvolver soluções elaboradas. Pegue um pedaço de papelão bem mais alto e corte uma fenda vertical, deixando 5 centímetros de margem em cima e em baixo (veja ilustração). A fenda deve ter 8 cm de largura. Faça o papelão ficar em pé, prendendo-o com fita adesiva ou barbante em "paredes" laterais (podem ser duas caixas ou cadeiras, deitadas de lado). Ponha o cão diante do papelão, que funcionará como uma barreira (peça para alguém para segurá-lo, se preciso). Fique do mesmo lado. Estimule-o a olhar através do buraco. Com gestos exagerados, introduza um petisco através do buraco e coloque-o no chão a uma distância tal que o cão não possa alcança-lo com a pata. Marque o tempo e peça ao ajudante que solte o cão, enquanto você o estimula com gestos e palavras a pegar o petisco. Pontuação - Se o cão contornar o papelão e pegar o petisco em até 15 segundos, dê 5 pontos. É sinal de que percebeu que precisava dar a volta. Se levar entre 15 e 30 segundos, dê 4. De 30 a 60 segundos, dê 3. Se não tiver pego o petisco após 60 segundos, pare de estimulá-lo ativamente e fique calado por perto, marcando o tempo. Se pegar o petisco em 1 a 2 minutos, dê 2. Se tentar alcança-lo, enfiando a pata através do buraco e depois desistir, dê 1. Se não fizer nenhum esforço para pegá-lo após 2 minutos dê 0.
RESULTADOS: 54 pontos ou mais - Cão considerado brilhante. Um exemplar com esse nível de QI é muito raro. 43 a 53 pontos - Cão excelente, com QI extremamente alto. 42 a 47 pontos - Cão com QI médio superior. Será capaz de fazer praticamente qualquer tarefa que compete a um cão comum. 30 a 41 pontos - Cão com QI médio. Pode mostrar lampejos de brilhantismo intermitentes, mas em outras tarefas seu desempenho é às pouco inspirado. 24 a 29 pontos - Cão com QI médio baixo. Embora às vezes o cão pareça agir muito inteligentemente, a maior parte do tempo exigirá muito trabalho para fazê-lo entender o que queremos dele. 18 a 23 pontos - Cão com QI incerto. Pode ter dificuldade em se adaptar às exigências do cotidiano e às expectativas do dono. Mas em um ambiente estruturado, pouco estressante, pode se sair até razoavelmente. Menos de 18 pontos - Cão deficiente em muitas áreas do QI. Pode ser muito difícil conviver com ele.
Agradecemos à Ediouro S.A pela autorização da publicação do teste, parte integrante do livro A Inteligência dos Cães, e a Hannelore Fuchs, especialista em comportamento animal, pela consultoria ao texto de apresentação. Redação e adaptação; Carmen Olivieri. Edição de texto: Marcos Pennacchi.
Foto: Arquivo Cães & Cia
Prop.:Canil Fire Mountain
Fonte: petbrasil
Testes inuteis e muito subjéctivos ...
Simplesmente há cães mais treinaveis que outros, cães mais independentes do que outros ....
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Cat-gold
O seu post é, quanto a mim, no mínimo bastante interessante. No entanto tenho uma observação quanto à inteligencia dos cães. Atendendo a que existe cerca de 2 milhões de seres vivos no planeta, e sendo o cão um animal superior, é natural que seja um animal intelegente quando comparado com toda a massa de criaturas. De certeza é mais intelegente do que artropodos, moluscos (cuidado com as espécies de polvo), anelídeos, bactérias e por aí fora. No entanto quando chegamos aos mamíferos e às aves temos que comparar um pouco. Será o cão mais inteligente do que determinadas espécies de psitacídeos? A resposta é difícil para mim porque não conheço testes similares ao que apresentou executados em aves. Talvez tivessemos uma surpresa. Vamos aos mamíferos, excluindo os primatas. Será que o cão é mais inteligente do que uma ratazana? Outra dúvida que gostaria de ver respondida. Vi ratazanas a reagir a testes difíceis que me deixaram boqueaberto. Pergunta final: Será que o cão é mais inteligente que um gato? Resposta não. A vantagem do cão é comportamental. É um animal que vive em grupo, obedece a uma hierarquia e para o poder fazer tem que reconhecer um conjunto de sinais auditivos e visuais de outros animais e por isso aprende tão bem os ensinamentos dados pelo treinador e enfrenta problemas de uma forma similar à nossa. O gato é solitário e por isso limitado no número de truques que pode executar.
O seu post é, quanto a mim, no mínimo bastante interessante. No entanto tenho uma observação quanto à inteligencia dos cães. Atendendo a que existe cerca de 2 milhões de seres vivos no planeta, e sendo o cão um animal superior, é natural que seja um animal intelegente quando comparado com toda a massa de criaturas. De certeza é mais intelegente do que artropodos, moluscos (cuidado com as espécies de polvo), anelídeos, bactérias e por aí fora. No entanto quando chegamos aos mamíferos e às aves temos que comparar um pouco. Será o cão mais inteligente do que determinadas espécies de psitacídeos? A resposta é difícil para mim porque não conheço testes similares ao que apresentou executados em aves. Talvez tivessemos uma surpresa. Vamos aos mamíferos, excluindo os primatas. Será que o cão é mais inteligente do que uma ratazana? Outra dúvida que gostaria de ver respondida. Vi ratazanas a reagir a testes difíceis que me deixaram boqueaberto. Pergunta final: Será que o cão é mais inteligente que um gato? Resposta não. A vantagem do cão é comportamental. É um animal que vive em grupo, obedece a uma hierarquia e para o poder fazer tem que reconhecer um conjunto de sinais auditivos e visuais de outros animais e por isso aprende tão bem os ensinamentos dados pelo treinador e enfrenta problemas de uma forma similar à nossa. O gato é solitário e por isso limitado no número de truques que pode executar.
Mais inteligente ? Porque razão ?De certeza é mais intelegente do que artropodos, moluscos (cuidado com as espécies de polvo), anelídeos, bactérias e por aí fora.
Enquanto podem ser treinados ?
No meu ponto de vista, tanto os artropodes, anelideos, cordados conseguiram fazer vida, ou seja, arranjar um "estilo/metodo" de vida que lhes permitessem reproduzir e continuar com a especie. Nisso, todos conseguiram, desde a mais pequena bacteria ao elefante, mostrando possuir a inteligencia necessária.
Agora, comparar especies diferentes de animais no meu ver é ridiculo e sem logica nenhuma. No entanto, só a minha opiniao
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Viva! Ainda bem que aceitou a minha sujestão
. Apesar de algumas pessoas gostarem de atacar logo ao princípio (não me estou a referir a ninguém em especial) com o tempo vai ver que vão acabar por o aceitar, e compreender que se quiser tem muito potencial. Continue por aqui, leia algumas coisas, aprenda, e se tiver dúvidas em relação a qualquer coisa, estou à sua disposição, Cat-gold. A minha caixa de entrada das pm's não está muito cheia...
Achei o tópico deveras interessante
Fiquem bem



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Estes testes são totalmente subjectivos e têm dado muita polémica. Por curiosidade, qual é o seu objectivo com este tópicos ? Como é somente uma citação...
<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
Este texto foi copiado (Fonte: Petbrasil). Entretanto concordo com voçês sobre o "cão ser o ser mais inteligente" (não é mais inteligente que o gato ou humano). Também já vi uma ave a fazer uma coisa, que eu própria não conseguiria
.
Da próxima vez ponho tópicos mais utéis


Da próxima vez ponho tópicos mais utéis



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Viva! Ora acho que não é preciso dizer mais nada... muitos foristas deveriam ter a mesma humildade que o(a) Cat-gold. Mais uma vez não me refiro a ninguém em especial.Cat_Gold Escreveu:
Da próxima vez ponho tópicos mais utéis![]()
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Cat_Gold como lhe disse gostei bastante do seu post...não tem que pedir desculpas a ninguém. Aliás acrescenta um pouco ao meu mediocre conhecimento sobre canicultura em geral.
Quanto a este tipo de testes serem subjectivos isso já é outra história. Vamos supor que temos um conjunto de testes "subjectivos" com origens diferentes e metodologias diferentes mas as respostas obtidas para cada indivíduo têm interpretação semelhante. Isto não quererá dizer qualquer coisa? Em ciencia, neste caso psicologia, trabalha-se com o método científico e para quantificar e analisar respostas utiliza-se uma ferramenta que se chama estatística. Pormenorizando, na estatística utilizam-se leis de probabilidade e como tal admite-se que se aceita um conjunto de resultados se obedecer a uma percentagem de probabilidade calculada como verdadeira. Isto não quer dizer que não existam indivíduos que não obedeçam ao comportamento do resto da população.
Quanto a este tipo de testes serem subjectivos isso já é outra história. Vamos supor que temos um conjunto de testes "subjectivos" com origens diferentes e metodologias diferentes mas as respostas obtidas para cada indivíduo têm interpretação semelhante. Isto não quererá dizer qualquer coisa? Em ciencia, neste caso psicologia, trabalha-se com o método científico e para quantificar e analisar respostas utiliza-se uma ferramenta que se chama estatística. Pormenorizando, na estatística utilizam-se leis de probabilidade e como tal admite-se que se aceita um conjunto de resultados se obedecer a uma percentagem de probabilidade calculada como verdadeira. Isto não quer dizer que não existam indivíduos que não obedeçam ao comportamento do resto da população.
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Olá Cat Gold
Não fique desiludido. Aqui há uns bons meses atrás também lancei um tópico exactamente sobre a inteligência dos cães e tive uma reacção muito semelhante à que teve. Só depois me apercebi que há uma série de estudos sobre a inteligência dos cães e respectivos testes, não existindo, realmente, coincidência de valores.
Ora muito bem. Na altura meti a viola no saco, mas já que isto vem novamente à baila gostaria de dizer duas tretas.
O que é a inteligência?
Pois, aqui é que está o busilis. As pessoas pensam que sabem o que é a inteligência, mas na realidade o que têm é um conceito muito primário e, diria, muito "social" do que é a inteligência. Possuem um conceito estereotipado de inteligência, aplicado às tarefas normais da sociedade.
Um indivíduo considerado inteligente é aquele que consegue resolver os problemas com que se depara com mais facilidade do que outro que é "menos inteligente".
Assim, a classificação dos graus de inteligência nas pessoas é feita por áreas: inteligência espacial, lógica, etc. Tem-se reconhecido que indivíduos possuem uma inteligência superior em áreas que não são abrangidas pelos testes psicotécnicos. No entanto, nas áreas normalmente ligadas ao trabalho, revela-se com poucas ou médias aptidões. Como se vai então classificar este indivíduo? Pouco ou muito inteligente?
Desculpem esta dissertação (eu nem sequer sou especialista), mas dá para compreender que se é difícil estabelecer o grau de inteligência de uma pessoa, muito mais difícil se torna de um animal. E por uma razão muito simples. Assim como em relação às pessoas há a tendência de aferir a sua inteligência em função das tarefas a desempenhar na sociedade, também quando de atribuem graus de inteligência ao cão se serve de bitola (erradamente) a capacidade de ele desempenhar determinadas tarefas que são da exclusiva competência do homem. Isto é, inconscientemente estamos a exigir que o cão tenha um tipo de inteligência que se aproxime da nossa. Estamos, sem querer, a humanizá-lo.
Com isto quero dizer que esses estudos não são propriamente subjectivos. O que partem é de parâmetros diferentes, daí o apresentarem resultados distintos.
De qualquer modo, quanto mais não seja pela curiosidade e pelo mistério que estas coisas envolvem, acho que esses testes são giros (passe a expressão).
Mas numa coisa estou plenamente de acordo. Não servem para nada.
Não fique desiludido. Aqui há uns bons meses atrás também lancei um tópico exactamente sobre a inteligência dos cães e tive uma reacção muito semelhante à que teve. Só depois me apercebi que há uma série de estudos sobre a inteligência dos cães e respectivos testes, não existindo, realmente, coincidência de valores.
Ora muito bem. Na altura meti a viola no saco, mas já que isto vem novamente à baila gostaria de dizer duas tretas.
O que é a inteligência?
Pois, aqui é que está o busilis. As pessoas pensam que sabem o que é a inteligência, mas na realidade o que têm é um conceito muito primário e, diria, muito "social" do que é a inteligência. Possuem um conceito estereotipado de inteligência, aplicado às tarefas normais da sociedade.
Um indivíduo considerado inteligente é aquele que consegue resolver os problemas com que se depara com mais facilidade do que outro que é "menos inteligente".
Assim, a classificação dos graus de inteligência nas pessoas é feita por áreas: inteligência espacial, lógica, etc. Tem-se reconhecido que indivíduos possuem uma inteligência superior em áreas que não são abrangidas pelos testes psicotécnicos. No entanto, nas áreas normalmente ligadas ao trabalho, revela-se com poucas ou médias aptidões. Como se vai então classificar este indivíduo? Pouco ou muito inteligente?
Desculpem esta dissertação (eu nem sequer sou especialista), mas dá para compreender que se é difícil estabelecer o grau de inteligência de uma pessoa, muito mais difícil se torna de um animal. E por uma razão muito simples. Assim como em relação às pessoas há a tendência de aferir a sua inteligência em função das tarefas a desempenhar na sociedade, também quando de atribuem graus de inteligência ao cão se serve de bitola (erradamente) a capacidade de ele desempenhar determinadas tarefas que são da exclusiva competência do homem. Isto é, inconscientemente estamos a exigir que o cão tenha um tipo de inteligência que se aproxime da nossa. Estamos, sem querer, a humanizá-lo.
Com isto quero dizer que esses estudos não são propriamente subjectivos. O que partem é de parâmetros diferentes, daí o apresentarem resultados distintos.
De qualquer modo, quanto mais não seja pela curiosidade e pelo mistério que estas coisas envolvem, acho que esses testes são giros (passe a expressão).
Mas numa coisa estou plenamente de acordo. Não servem para nada.
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Viva! Ora acho que não é preciso dizer mais nada... muitos foristas deveriam ter a mesma humildade que o(a) Cat-gold. Mais uma vez não me refiro a ninguém em especial.Cat_Gold Escreveu:
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gary Escreveu: Eu acho que os teste são bué da úteis.
Não consigo é que os cães façam a cruzinha com lápis![]()
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Oh Gary, os cães já não usam lápis. Eles estão na era da informática. Põe-lhes um teclado à frente e vais ver.



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- Localização: Pastores Alemães, Rottys, F. S.Miguel
Olá
Vá entretenham-se e façam uns testezitos aos bobis, mas como disse o Nel ponham-nos em frente de um teclado.
Eu fiz isso e os gajos urinaram( tou dentro do padrão) para cima do computas. Pode que...
Vá entretenham-se e façam uns testezitos aos bobis, mas como disse o Nel ponham-nos em frente de um teclado.
Eu fiz isso e os gajos urinaram( tou dentro do padrão) para cima do computas. Pode que...
TESTE DE QI CANINO
Os cães estão entre os seres mais inteligentes. Mas entre eles há variações individuais que podem ser medidas. Que tal saber o Quociente de Inteligência, o dito QI, do seu cão?
Com esse teste, você poderá afinal descobrir se ele é mesmo esperto. Talvez, até concluir que tem um superdotado em casa. Antes de matar a curiosidade, saiba que o QI é avaliado por apenas uma parte das manifestações da inteligência, mas muito importante. Aquela que permite a um indivíduo compreender o meio em que vive, interagir com ele e superar e superar os seus desafios. Pode ser chamado de inteligência Adaptável. Graças a ela, por exemplo, o cão pode deduzir a rota ideal para ir de um lugar a outro ou um jeito para alcançar uma guloseima aparentemente inacessível.
O psicólogo e treinador de cães Stanley Coren, autor do livro A Inteligência dos Cães, que contém o teste e é editado no Brasil pela Ediouro S.A., define que "a inteligência Adaptável reúne as capacidades mentais que permitem planejar os comportamentos, escolher ações específicas, apreender ou recuperar informações e empregá-las nas situações ao nosso alcance".
Outras dimensões da inteligência dos cães não são medidas pelo teste de QI. Coren destaca em seu livro, a inteligência de Obediência - capacidade de entender e executar ordens e ter prazer em fazê-lo -, e a Instintiva, aptidão inata para realizar determinadas tarefas, como pastorear, caçar ou defender o território. A soma total de todas os tipos de inteligência forma a inteligência Manifesta e cada dimensão se apresenta de forma variada conforme a raça e também por indivíduo.
CONSIDERAÇÕES: São 12 os testes apresentados por Coren para avaliar as três capacidades mais importantes da inteligência Adaptável. Por meio do aprendizado, o cão forma lembranças e associações utilizáveis e corretas; quanto menos demorar para aprender, mais sobressairá. A memorização é o armazenamento de informações, tanto a curto como a longo prazo. Com a resolução de problemas, o cão vence obstáculos a partir da experiência ou da descoberta de novas soluções, destacando-se aquele que chegar ao melhor resultado em menos tempo. Coren observa que não pesquisou cães em quantidade suficiente para avaliar o QI por raça.
No entanto, concluiu que há muitas diferenças entre indivíduos de várias raças e que uma parte delas sobressai na resolução de problemas, enquanto a outra se destaca no aprendizado e na memória. Ao aplicar o teste, tome cuidado para não comprometer os resultados. Não demonstre ansiedade se o cão agir diferentemente do que você gostaria, para não colocar em risco o bom desempenho das etapas seguintes.
Com exceção dos testes 7 e 8, que devem ser feitos em seqüência, os demais são independentes e podem ser aplicados em qualquer ordem. É melhor dar um intervalo entre os testes que usam petiscos: o cão pode se dar por satisfeito e perder o interesse em participar (opte por realizá-los em dois ou três dias diferentes). Se em algum momento o cão parecer cansado ou pouco motivado, transfira o teste para outra hora. Você vai precisar de um cronômetro ou um relógio que meça os segundos para controlar o tempo gasto na maioria dos testes.
Lembre-se de que a inteligência canina cresce à medida do convívio com o ser humano. Portanto, os melhores resultados podem ser esperados em cães adultos. A aplicação do teste é delimitada por Coren à idade mínima de 9 meses no cães de grande porte e em 1 ano, nos demais. Pode ser feita pelo dono ou por outra pessoa a quem o cão esteja habituado e tenha contato próximo há pelo menos 90 dias. É preferível que o cão more no local no mínimo há dez semanas. Em cada teste há uma explicação da capacidade avaliada e da pontuação a ser dada, conforme o desempenho. No final (quatro Resultados), a escala de pontos interpreta a soma geral das pontuações.
TESTE 1 - APRENDIZADO POR OBSERVAÇÃO: Mede o grau de associação entre idéias. Se você costuma sair com seu cão, simular um passeio é um ótimo teste. Se não, faça uma adaptação a outra atividade corriqueira realizada por você com o cão e caracterizada pelo uso de algum objeto específico. Em horário e lugar diferentes do habitual, mostre o objeto para ele (como a coleira, por exemplo) e observe a reação. Pontuação - Se o cão demonstrar interesse e excitação como se soubesse o que vai acontecer e correr até a porta ou vier direto em sua direção, dê 5 pontos. Se não, dê mais uma dica, como ir à porta e parar. Se ele agora der sinais de que entendeu que vai passear, dê 4 pontos. Se não, dê mais uma chance de ele perceber. Vire, por exemplo, a maçaneta da porta, fazendo barulho. Se ele finalmente compreender, dê 3. Caso tenha demonstrado apenas prestar atenção nas atividades anteriores, dê 2. Se não fez nada e nem prestou atenção, dê 1.
TESTE 2 - HABILIDADE EM SOLUCIONAR PROBLEMAS (GRAU 1): Avalia a habilidade de resolver situações por conta própria, utilizando experiências anteriores. Pegue um petisco, agite-o perto do cão e deixe que o cheire. Ponha o petisco no chão e uma lata sobre ele. Estimule-o a pegar o petisco, com gestos e palavras. Em seguida, meça o tempo. Pontuação - Se o cão derrubar a lata e pegar o petisco em até 5 segundos, dê 5 pontos. Se levar de 5 a 15 segundos, dê 4. Entre 15 a 30 segundos, dê 3. De 30 a 60 segundos, dê 2. Se tentar uma ou duas vezes, cheirando em torno da lata, mas não pegar a isca após 1 minuto, dê 1 ponto. Se não fizer qualquer esforço para pegá-lo, dê 0.
TESTE 3 - APRENDIZAGEM DO MEIO AMBIENTE : Verifica o quanto o cão memoriza a posição dos objetos em um local, criando um mapa mental do ambiente. Escolha um lugar familiar ao cão, com vários objetos. Sem ele ver, mude cinco objetos de lugar. Opte por aqueles de fácil acesso ao cão. Leve o cão para dentro do local e comece a medir o tempo, em silêncio Pontuação - Se ele explorar ou farejar qualquer dos objetos trocados de lugar dentro de 15 segundos, significa que percebeu rapidamente a mudança. Dê, então, 5 pontos. Se demorar de 15 a 30 segundos, dê 4 pontos. Se a fizer entre 30 e 60 segundos, dê 3. Se olhar em volta dando sinais de que percebeu algo diferente, mas não explorar nenhuma modificação, dê 2. Se, passado 1 minuto, o cão ignorar as mudanças, dê 0.
TESTE 4 - HABILIDADE EM SOLUCIONAR PROBLEMAS (GRAU 2) : Verifica como o cão sai de uma situação aflitiva. O cão precisa estar acordado e razoavelmente ativo. Faça-o cheirar uma toalha de banho. A seguir, use-a para cobrir a cabeça e parte do corpo dele. Marque o tempo e observe, em silêncio. Pontuação - Se o cão se livrar em até 15 segundos, dê 5 pontos. Se demorar de 15 a 30, dê 4. De 30 a 60, 3 pontos. De 1 a 2 minutos, 2 pontos. Se não tirar a toalha após 2 minutos, dê 1.
TESTE 5 - APRENDIZAGEM SOCIAL: Avalia a compreensão visual das expressões emocionais. Quando o cão estiver sentado ou deitado a cerca de dois metros de você, olhe fixamente para a cara dele. Assim que ele olhar para você, conte até 3 em silêncio e dê um grande sorriso. Pontuação - Se o cão vier até você abanando o rabo, dê 5 pontos. Se vier, mas devagar ou abanando o rabo apenas por uma parte do caminho, dê 4. Se estava sentado e ficar de pé ou se estava deitado e se sentar, mas não andar até você, dê 3. Se o cão se afastar de você, dê 2. Se não prestar atenção, dê 1.
TESTE 6 - HABILIDADE EM SOLUCIONAR PROBLEMAS (GRAU 3) : Mede como se sai em desafios que exigem persistência. Mostre um petisco ao cão. Deixe-o cheirá-lo e vê-lo por 5 segundos. Com grande exagero, ponha-o no chão e, enquanto o cão observa, jogue a toalha aberta em cima do petisco. Estimule-o, com palavras e gestos, a pegar o petisco. Marque o tempo. Pontuação - Se o cão estiver com o petisco na boca em até 15 segundos, dê 5 pontos. Em 15 a 30 segundos, dê 4. Em 30 a 60 segundos, dê 3. Em 1 a 2 minutos, dê 2. Se tentar apanhar o petisco, mas desistir, dê 1. Se ele nem tentar em 2 minutos, dê 0.
TESTE 7 - MEMÓRIA DE CURTO PRAZO: Avalia o armazenamento momentâneo de informações. Escolha um ambiente de tamanho médio, arrumado, com poucos objetos e que seja familiar ao cão. Coloque uma guia no cão e faça-o ficar sentado no centro da sala (se precisar, peça a um ajudante para segurá-lo no lugar). Quando ele estiver olhando para você, mostre um petisco de cheiro forte. Ele pode cheirar o alimento. Faça uma encenação exagerada (sem dizer nada) e ponha o petisco num canto da sala, certificando-se sempre de que o cão está olhando você. Leve-o para fora e dê uma volta rápida de no máximo 15 segundos. Em seguida, traga-o de volta ao centro da sala. Solte-o da guia e comece a marcar o tempo. Imediatamente após esse teste, faça o próximo (teste. Pontuação - Se o cão for direto ao petisco, significa que memorizou bem. Dê 5 pontos. Se farejar metodicamente ao redor da sala e achar o petisco, é porque não fixou com exatidão o local onde estava o alimento. Dê 4. Se procurar à toa, sem rumo, mas mesmo assim achar o petisco em até 45 segundos é porque não memorizou o local. Está usando o faro e a visão para achá-lo. Dê 3. Se ele tentar achar, mas não conseguir após 45 segundos, dê 2. Se nem tentar, dê 1.
TESTE 8 - MEMÓRIA DE LONGO PRAZO: Verifica a capacidade de armazenar informações por muito tempo. Deve ser aplicado logo após o teste 7 e no mesmo local. Prenda o cão à guia e coleira e ordene que sente no centro da sala. Quando estiver olhando para você, mostre o petisco. Ele pode cheirar o alimento. Faça uma encenação exagerada (sem dizer nada) e ponha o petisco num quanto diferente do usado no teste 7. Observe bem se o cão está vendo. Leve-o para fora do local, por 5 minutos e traga-o de volta ao centro da sala. Solte-o da guia e marque o tempo. Pontuação - Se o cão for direto ao petisco, dê 5 pontos. Se foi ao quanto onde estava o primeiro petisco e depois rapidamente ao canto certo, ele confundiu os dois locais memorizados. Dê 4 pontos. Se cheirar metodicamente ao redor da sala e achar o petisco, dê 3 (usou o faro e a visão). Se parece procurar à toa, mas acha o petisco em até 45 segundos, dê 2. Se tentar achá-lo, mas sem sucesso após 45 segundos, dê 1. Se nem tentar, dê 0.
TESTE 9- RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS E HABILIDADE DE MANUSEIO: Avalia a capacidade de vencer desafios, usando as patas. Faça dois montes, com dois livros ou tijolos empilhados em cada um, deixando-os um pouco separados. Coloque uma tábua sobre eles. A espécie é fazer uma espécie de mesa, baixa o bastante para que o cão não enfie a cabeça por baixo dela, mas suficiente para colocar as patas. Ponha sobre a tábua alguns livros pesados ou tijolos para que o cão não a derrube.. Mostre-lhe um petisco e deixe-o cheirá-lo. Com gestos exagerados, ponha o petisco sob a mesa. Estimule o cão a pegá-lo, mas aponte o local. Marque o tempo. Pontuação - Se o cão usar as patas e pegar o petisco em até 60 segundos, dê 5 pontos. De o apanhar em 1 a 3 minutos, dê 4. Se usar só o focinho ou as patas, mas não conseguir pegar o petisco após 3 minutos, dê 3. Se não usar as patas e se contentar em cheirar ou tentar pegar o petisco com o focinho uma ou duas vezes e desistir, dê 2. Se, após 3 minutos, não tiver tomado qualquer iniciativa para pegar o petisco, dê 1.
TESTE 10 - COMPREENSÃO DE LINGUAGEM: Verifica a capacidade de compreender o significado das palavras. Com o cão deitado, no mínimo a dois metros de você, diga uma palavra à qual ele não esteja acostumado, como "geladeira". Faça o mesmo tom de voz que costuma usar para chamá-lo. Pontuação - Se o cão mostrar vontade de ir até você, é sinal que reagiu ao tom de voz e não à palavra. Dê 3 pontos. Se não vier, diga outra palavra que ele não esteja acostumado a ouvir, como "filmes", no mesmo tom de voz que usa para chamá-lo. Se ele for em sua direção, dê 2 pontos. Se ele ainda não se manifestar, diga o nome dele e a palavra que usa para chamá-lo. Se ele vier ou mostrar tendência de ir até você, dê 5 pontos. Se não, chame-o mais uma vez. Se vier, dê 4. Se não, dê 1.
TESTE 11 - PROCESSO DE APRENDIZADO: Mede a habilidade de associar uma ação a um comando. Esse teste leva mais tempo que os outros - cerca de 10 minutos. O cão será induzido a um comportamento desconhecido: levantar-se da posição sentado, dar um passo à frente, dar meia-volta para ficar de frente com você e sentar-se de novo. O cão deve estar sentado, do seu lado esquerdo, com coleira e guia. Etapa 1 a 3 - 1) Com voz clara, dê uma ordem que o cão não conheça, como "frente". Ao mesmo tempo, dê tapinhas com uma ou ambas as mãos nas pernas dele, bem acima dos joelhos. 2) Guie-o para ficar na posição frente: dê um passo à frente com o pé esquerdo, e puxe a guia, em sentido horizontal diante da cabeça dele, para que levante e avance um ou dois passos. 3) Dê um passo para trás com a perna direita, puxando a guia para obrigá-lo a virar para você no sentido horário. Se for um cão grande, talvez você tenha de dar mais um passo para trás. Elogie imediatamente o cão e/ou dê-lhe um petisco. Coloque-o de novo sentado ao seu lado esquerdo e repita o exercício nas etapas 2 e 3. Etapa 4 a 5 - Igual à 1 a 3, só que você deve dar uma pausa de um segundo após a ordem frente e depois tentar deslocar o cão na posição frente, usando o mínimo ou nenhum movimento com sua perna esquerda. Etapa 6 - Dê a ordem frente e observe. Pontuação - Se ele sair do seu lado e for para a posição frente, mesmo de maneira desajeitada, de 6 pontos e considere o teste encerrado. Afinal, ele aprendeu todo o movimento do exercício. Se ele não se mexer após 5 segundos guie-o ao lugar certo e recompense-o, como se fosse apenas um treinamento. Etapas e testes subseqüentes - Repita 10 vezes, como treinamento, a etapa 4 a 5 e depois dê a ordem frente e observe. Pontuação - se o cão executar a manobra toda, dê 5 pontos. Se não, faça mais 10 vezes e repita pela última vez a ordem frente e observe. Se o cão executar o exercício sem nenhuma ajuda sua (não importa se o fizer de forma desajeitada, lenta ou confusa), dê 3 pontos. Se o cão der a volta até a sua frente, mas não sentar, dê 2. Se ficar de pé ao receber a ordem, mas não se mexer, dê 1. Se permanecer sentado dê 0.
TESTE 12 - RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS : Mede a capacidade de desenvolver soluções elaboradas. Pegue um pedaço de papelão bem mais alto e corte uma fenda vertical, deixando 5 centímetros de margem em cima e em baixo (veja ilustração). A fenda deve ter 8 cm de largura. Faça o papelão ficar em pé, prendendo-o com fita adesiva ou barbante em "paredes" laterais (podem ser duas caixas ou cadeiras, deitadas de lado). Ponha o cão diante do papelão, que funcionará como uma barreira (peça para alguém para segurá-lo, se preciso). Fique do mesmo lado. Estimule-o a olhar através do buraco. Com gestos exagerados, introduza um petisco através do buraco e coloque-o no chão a uma distância tal que o cão não possa alcança-lo com a pata. Marque o tempo e peça ao ajudante que solte o cão, enquanto você o estimula com gestos e palavras a pegar o petisco. Pontuação - Se o cão contornar o papelão e pegar o petisco em até 15 segundos, dê 5 pontos. É sinal de que percebeu que precisava dar a volta. Se levar entre 15 e 30 segundos, dê 4. De 30 a 60 segundos, dê 3. Se não tiver pego o petisco após 60 segundos, pare de estimulá-lo ativamente e fique calado por perto, marcando o tempo. Se pegar o petisco em 1 a 2 minutos, dê 2. Se tentar alcança-lo, enfiando a pata através do buraco e depois desistir, dê 1. Se não fizer nenhum esforço para pegá-lo após 2 minutos dê 0.
RESULTADOS: 54 pontos ou mais - Cão considerado brilhante. Um exemplar com esse nível de QI é muito raro. 43 a 53 pontos - Cão excelente, com QI extremamente alto. 42 a 47 pontos - Cão com QI médio superior. Será capaz de fazer praticamente qualquer tarefa que compete a um cão comum. 30 a 41 pontos - Cão com QI médio. Pode mostrar lampejos de brilhantismo intermitentes, mas em outras tarefas seu desempenho é às pouco inspirado. 24 a 29 pontos - Cão com QI médio baixo. Embora às vezes o cão pareça agir muito inteligentemente, a maior parte do tempo exigirá muito trabalho para fazê-lo entender o que queremos dele. 18 a 23 pontos - Cão com QI incerto. Pode ter dificuldade em se adaptar às exigências do cotidiano e às expectativas do dono. Mas em um ambiente estruturado, pouco estressante, pode se sair até razoavelmente. Menos de 18 pontos - Cão deficiente em muitas áreas do QI. Pode ser muito difícil conviver com ele.
Agradecemos à Ediouro S.A pela autorização da publicação do teste, parte integrante do livro A Inteligência dos Cães, e a Hannelore Fuchs, especialista em comportamento animal, pela consultoria ao texto de apresentação. Redação e adaptação; Carmen Olivieri. Edição de texto: Marcos Pennacchi. Foto: Arquivo Cães & Cia
Prop.:Canil Fire Mountain
Um abraço