RSPCA toma posição pública na contestação à BSL

[aisd]

A RSPCA é a maior e mais importante organização de assistência aos animais em Inglaterra e uma das mais conhecidas em todo o mundo.

Alguns de vocês talvez a conheçam pelo programa "hospital dos animais" na televisão.

Pela primeira vez esta organização em conjunto com mais duas resolveu vir a público contestar a lei dos cães perigosos (Section 1 of the 1991 Dangerous Dogs Act) segundo a qual cães são declarados ilegais e pressumívelmente perigosos únicamente baseado no seu aspecto físico e não em qualquer acto cometido pelo animal.

É intenção deste grupo (RSPCA,DDWATCH e C-fidos - estas últimas especializadas em assistência legal) promover a alteração da lei de forma a torná-la mais conforme a lei holandesa onde o peso da responsabilidade recai no dono e não no cão.

A notícia, em inglês, está aqui

http://www.dogmagazine.net/archives/164 ... nd-to-bsl/

Parece-me importante que os foristas sejam informados desta notícia que abre uma porta de esperança a tantos animais...

[pendragon]

tendo em conta que eu tenho uma cadela de uma raça potencialmente perigosa, isso seriam boas noticias, mas até chegar cá a iniciativa... não me doa a mim a cabeça!

[marijonscp]

O que eu gostava de ter em Portugal uma RSPCA, tanto por este como por muitos outros motivos.
Nãome parece é que em Portugal se siga esta iniciativa.

[aisd]

Portugal tem um grande defeito : funciona na anarquia.
Eu explico - é quase impossível conseguir formar uma organização e ainda menos que esta funcione.

Aqui toda a gente gosta de quem sacrifica a sua vida pessoal para ajudar muitos animais.É assim que, quem ajuda animais, sente pressão para ficar com 2,3, várias dezenas.Mas sem qualquer ajuda...

A única coisa que recebem é frases como "é um grande coração", "é uma santa" e, mesmo isso, acaba-se ao fim de um certo tempo, a não ser que continue a meter mais e mais animais...
Entretanto a pessoa em causa vê-se com dezenas de cães e gatos que precisam de ser alimentados, cuidados, limpos, etc.

Organizar, não.
Organizar implica disciplina, cumprir tarefas e horários, fazer mais do que levar um cão ou escrever frases sentimentais.
Isto ninguém quer.

Ora, para ter peso político, uma organização precisa de prestígio junto dos cidadãos e uma força de actuação que só se consegue dentro dos parâmetros de uma organização.
Que ninguém quer...

Mesmo as organizaçãoes que existem - associações - vivem de meia dúzia de pessoas e não escapam ao desporto nacional por excelência - a má lingua.

Resta esperar que a tendência que se verifica em países verdadeiramente democráticos e civilizados chegue cá, graças à Europa e ao desejo de imitar o moderno, que os nossos políticos têm.

O valor desta notícia é este - é possível que UK,Holanda sejam imitados por Franças, Itálias e quejandos e, depois disso, por cá também.

[imarcelo]

Mesmo as organizaçãoes que existem - associações - vivem de meia dúzia de pessoas e não escapam ao desporto nacional por excelência - a má lingua.

Resta esperar que a tendência que se verifica em países verdadeiramente democráticos e civilizados chegue cá, graças à Europa e ao desejo de imitar o moderno, que os nossos políticos têm.

O valor desta notícia é este - é possível que UK,Holanda sejam imitados por Franças, Itálias e quejandos e, depois disso, por cá também.

Não fosse a boa vontade de meia duzia de pessoas que se empenham em fazer alguma coisa e de outros tantos que se dispôem a quotizar essa boa vontade ... ainda estavamos na pré -história animal...

É verdade que gostamos muito de imitar os outros, mas pelo que tenho visto, no que toca aos animais pouco se tem feito e ao ver a ultimas noticias ... bem podemos todos esperar sentados...

Saem decretos-lei, para castrarem ainda mais os animais, outros tantos com imposições e regras de conduta que não são fiscalizados e no geral cada um faz o que quer e tudo fica impune.

[PauloC1]

O mal de grande parte das associações em Portugal é que todos querem ser "presidente de junta", todos querm decidir e ajudar os animais que eles encontram, que eles tratam, etc. Depois forma-se associações e 'grupos' de ajuda aos animais, em barda e sem o minimo de condições. Em vez de investir o esforço e o dinheiro em algo sólido e com cabeça tronco e membros. Aliás se a RSPCA se instalasse cá, tipo 'multinacional' fechavam de imediato centenas de canis camarários, canis de associações, etc. E provavelmente, muitos dos animais que esses grupos, associações e beneméritos individuais ajudam, seriam simplesmente abatidos. É que a RSPCA também gere recursos, e não os estou a ver salvarem a Lolita e a xiquita sem pernas, sem olhos e com um tumor pendurado, em vez de usarem os recursos para apoiarem na recuperação de animais recuperáveis.

[franxdaniele]

Um cão sem patas ou sem olhos é perfeitamente recuperável, e alguns tumores também são operáveis.

[PauloC1]

Um cão sem patas ou sem olhos é perfeitamente recuperável, e alguns tumores também são operáveis.

Franx, não sei se percebeu ou se no quis perceber! Mas eu faço-lhe um desenho: Sendo os recursos escassos, monetários e outros, mais facilmente eles usam esses mesmos recursos para animais mais facilmente recuperáveis e com mais certezas na sua recuperação do que num animal cuja recuperação é incerta e excessivamente onerosa.

[franxdaniele]

Eu percebi. Mas para mim as coisas não são assim tão preto no branco, ou seja, se me aparecesse uma cadela com esses problemas todos (bem, para ter isso tudo tinha que ter muito azar, coitada ) mas tivesse hipóteses de recuperar, ainda que fosse uma recuperação envolvendo alguns custos, eu não a poria de parte simplesmente pelo facto de poder gastar esse dinheiro noutros casos menos complicados... acho que é caso a caso...

Mas para mim é fácil falar, não tenho centenas de cães amontoados...

[PauloC1]

Eu percebi. Mas para mim as coisas não são assim tão preto no branco, ou seja, se me aparecesse uma cadela com esses problemas todos (bem, para ter isso tudo tinha que ter muito azar, coitada ) mas tivesse hipóteses de recuperar, ainda que fosse uma recuperação envolvendo alguns custos, eu não a poria de parte simplesmente pelo facto de poder gastar esse dinheiro noutros casos menos complicados... acho que é caso a caso...

Mas para mim é fácil falar, não tenho centenas de cães amontoados..N

Obviamente que a pensar assim, você nunca poderia gerir uma entidade como a RSPCA. E obviamente que, por muita gente pensar assim é que existem muitos 'amigos dos animais', mas dificilmente existirá em Portugal uma entidade como RSPCA. Aliás, Eu possivelmente também não seria capaz de fazê-lo.

[Siioux]

O mal de grande parte das associações em Portugal é que todos querem ser "presidente de junta", todos querm decidir e ajudar os animais que eles encontram, que eles tratam, etc . Depois forma-se associações e 'grupos' de ajuda aos animais, em barda e sem o minimo de condições. Em vez de investir o esforço e o dinheiro em algo sólido e com cabeça tronco e membros. Aliás se a RSPCA se instalasse cá, tipo 'multinacional' fechavam de imediato centenas de canis camarários, canis de associações, etc. E provavelmente, muitos dos animais que esses grupos, associações e beneméritos individuais ajudam, seriam simplesmente abatidos. É que a RSPCA também gere recursos, e não os estou a ver salvarem a Lolita e a xiquita sem pernas, sem olhos e com um tumor pendurado, em vez de usarem os recursos para apoiarem na recuperação de animais recuperáveis .

Exactamente.
Faz lembrar : Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão.

Qto à Lolita e Xiquita, por mais que doa, por mais cruel que possa parecer, há que fazer uma triagem. Não se podem salvar todos e pq todos nunca, na realidade, são salvos. Mtas adopções deixam mto a desejar, por isso há que salvar os possiveis e esses não são seguramente todos.

[franxdaniele]

Eu percebi. Mas para mim as coisas não são assim tão preto no branco, ou seja, se me aparecesse uma cadela com esses problemas todos (bem, para ter isso tudo tinha que ter muito azar, coitada ) mas tivesse hipóteses de recuperar, ainda que fosse uma recuperação envolvendo alguns custos, eu não a poria de parte simplesmente pelo facto de poder gastar esse dinheiro noutros casos menos complicados... acho que é caso a caso...

Mas para mim é fácil falar, não tenho centenas de cães amontoados...

Obviamente que a pensar assim, você nunca poderia gerir uma entidade como a RSPCA.

Pois não, nem quereria. Prefiro trabalhar com pequenos grupos a grandes organizações com direcção centralizada.

[aisd]

Quando se lida com muitos cães tem de se criar regras.
Como em qualquer organização (incluindo o estado), o indíviduo desaparece na força dos números.
Mas as regras - que devem ter por objectivo "o melhor para o maior número" - não impedem que indíviduos ajudem casos isolados.

O que eu quero dizer é que é muito compreensível que uma associação decida, pex, eutanasiar cães velhos, ou deficientes ou com doenças crónicas dispendiosas para poder gastar os fundos de que dispõe com crias, cães jovens, melhores condições, etc.

Agora, eu - a pessoa A - se resolvo pagar do meu bolso o tratamento, o alojamento, alimentação, etc. de um cão velho, zarolho e perneta, ninguém tem nada com isso.
Ninguém tem o direito de dizer - usa esse dinheiro em 12 cães jovens e adoptáveis - como diria uma organização, que eu não sou.

Digo isto só para tornar claro que uma coisa somos nós, pessoas, e outra é uma organização.
Parece-me que grande parte dos males está na confusão entre os nossos sentimentos pessoais e as regras de orientação de uma organização.

Compreenda-se : eu admiro as pessoas que sacrificam a sua vida para ajudar animais mas acho injusto que os tais 12 cães jovens e saudáveis sejam sacrificados para ajudar o velhote perneta e zarolho.
Agora, eu, que me afeiçoei ao dito cujo zarolho e que nunca vi os tais 12,
faço o que entendo melhor...

[marijonscp]

O mal de grande parte das associações em Portugal é que todos querem ser "presidente de junta", todos querm decidir e ajudar os animais que eles encontram, que eles tratam, etc . Depois forma-se associações e 'grupos' de ajuda aos animais, em barda e sem o minimo de condições. Em vez de investir o esforço e o dinheiro em algo sólido e com cabeça tronco e membros. Aliás se a RSPCA se instalasse cá, tipo 'multinacional' fechavam de imediato centenas de canis camarários, canis de associações, etc. E provavelmente, muitos dos animais que esses grupos, associações e beneméritos individuais ajudam, seriam simplesmente abatidos. É que a RSPCA também gere recursos, e não os estou a ver salvarem a Lolita e a xiquita sem pernas, sem olhos e com um tumor pendurado, em vez de usarem os recursos para apoiarem na recuperação de animais recuperáveis .

Exactamente.
Faz lembrar : Casa onde não há pão, todos ralham e ninguém tem razão.

Qto à Lolita e Xiquita, por mais que doa, por mais cruel que possa parecer, há que fazer uma triagem. Não se podem salvar todos e pq todos nunca, na realidade, são salvos. Mtas adopções deixam mto a desejar, por isso há que salvar os possiveis e esses não são seguramente todos.

Não podia estar mais de acordo.

[karrla]

Olá a todos, não sei se posso perguntar isto aqui, mas aqui vai...
Eu moro em Albufeira e a minha mãe tem um vizinho que mantém desde á uns bons dois anos dois cães amarrados a uma corrente com um metro de comprimento. os animais ganem os dias seguidos, não há já quem aguente ouvir os pobres animais a ganir dias e noites seguidas, existe algum organismo aqui no algarve que acautele estas situações de maus tratos? a GNR não tinha um departamento assim tipo de protecção aos animais? é que para além disso o homem é horrivel, ao ponto de eu desconfiar que foi ele que "deu fim" numa cadelinha que eu tinha só por gozo... e tenho medo que ele se vingue nos proprios animais se nós fizermos queixa á GNR pelo barulho que os animais fazem... ele é bem capaz de ir lá e maltratar os bichos ou até pegar numa caçadeira e alvejá-los. O que possso fazer?