Os cães de guarda - como o dobermann - têm a ganhar com o corte de orelhas.
Ficam com um aspecto mais perigoso, o que, em si, afasta os criminosos.
Respeito a sua opinião, mas o cão não ganha nada com o corte de orelhas, apenas o dono que quer um cão mau para afastar criminosos e que orelhas espetadas o fazem parecer mais perigoso...., até porque o dobermann não sabe o que são criminosos, nem porque são criminosos. A moralidade acaba e começa no ser humano, projectar o que visionamos na vontade do cão não justifica o feito, pelo contrário.
Quem tem medo de cães grandes terá medo de um dobermann com orelhas inteiras ou cortadas. Quem não tem medo não vai avaliar a "perigosidade" do animal baseando-se no aspecto físico das orelhas. A não ser que você que não tem medo de dobermanns fuja a 7 pés quando vê um de orelhas cortadas (que aliás são quase todos em Portugal). Essas noções são baseadas em ideias do século passado. Tal como as que se baseiam em prender cães a correntes a vida toda para serem "maus" e bons cães de guarda.
Bom, há muitos cães com orelhas e caudas que têm problemas de comunicação, nomeadamente TODOS os cães de orelhas caidas, TODOS os galgos e ainda os cães de pêlo comprido, que não deixa que se perceba a piloerecção ao nível do pescoço.
As orelhas caídas não é sinónimo de não as poder mover para trás e para a frente, ao contrário das que são cortadas cuja mobilidade fica comprometida, como deve saber. Mas não deixo de concordar consigo, muitas raças têm mais dificuldades em comunicar do que outras dadas as suas características estéticas.
Não entendi muito bem o porquê da Animal Wellfare Act da Noruega emitida pelo ministério da Agricultura...
Quando se fala de cortes de orelhas e de caudas válidos está-se a falar do corte de orelhas, não dos cães de companhia mas dos milhões de cães de TRABALHO que existem no mundo.
Ok eu até admitira que um cão de trabalho pudesse ter vantagens no corte de caudas e orelhas,
como foi iniciado há uns séculos atrás. Nessa altura um caçador,
por exemplo, não correria o risco de perder a vida do cão por causa duma infecção numa cauda que se corta num arbusto durante uma caçada. O acesso aos cuidados veterinários eram escassos, caros e os poucos que existiam muitas vezes nem conseguiam solucionar os problemas que apareciam.
Sim claro, tem toda a lógica, porque o faziam
nessa altura!
Felizmente hoje estamos no século XXI e neste século os cuidados veterinários estão ao virar da esquina. Os cães que se magoam gravemente ao ponto de exigir uma caudectomia ou corte de orelhas antecipado são uma minoria tão pequena que nem vale a pena falar, porque hoje em dia
ninguém vive da caça, e quem tem cães para caçar como desporto, fá-lo noutras condições de forma diferente e tem condições diferentes no acesso ao tratamento que tiver que dar a um cão.
Portanto engane-se quando diz que não sei do que falo..sei de onde originou e porquê mas também sei que acompanho a evolução do que somos e da forma como nos relacionamos com os cães e pretendo não ficar presa a conceitos próprios de tempos passados que não fazem sentido hoje em dia.
De forma geral, acho que compete ao dono a decisão.
Ah sem dúvida que assim é. Como os donos que espancam os cães, ou os metem em varandas o dia todo, ou os prendem a correntes, ou não os vacinam, em tudo a decisão do que fazer com o objecto é do proprietário do mesmo, e isso ninguém pode negar, até que as leis mudem e evoluam para protegerem os animais, das pessoas que tomam essas decisões não considerando o animal, mas somente os seus interesses pessoais. Essa é a questão que levou o Kennel Club a proibir corte de caudas e ou orelhas assim como noutros países, e assim será em todos, porque caminhamos para a frente e não para trás.