labrador agressivo???

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Moderador: mcerqueira

meuobama
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segunda nov 02, 2009 3:41 pm

Boa tarde,

Como "dona de 1ª viagem" precisava da vossa ajuda em relação ao temperamento do meu Obama ( Labrador/ 1 ano)
Sempre foi muito brincalhão e sempre se meteu com todos os cães que encontrava nos nossos passeios diários, mas sempre para brincar com eles sem nunca ser violento.
Há cerca de 2/3 meses estávamos a chegar ao parque ( ia pela trela ) quando veio um cão, que não conhecia, direito a ele e atacou-o. A dona continuava sentada a dizer que ele não mordia mas a realidade é que o Obama ainda ganiu 2 ou 3 vezes e como os tentei separar também fui contemplada, isto para chegar a minha questão:

Devido a mudanças de rotina dos meus filhos, desde o inicio de Outubro começamos a ir passear a outro parque onde há imensos cães, que já se conhecem há muito tempo e como tal, a meu ver, já funcionam como uma matilha.
O Obama adora lá ir e farta-se de correr e brincar, o problema é que fica completamente louco por uma cachorra ( esterilizada) e assim que a vê esquece todo o resto e só pensa em "saltar-lhe para cima" (desculpem a a expressão ) ela não se chateia, mas os outros cães não gostam começaram a rosnar. O 1º a virar-se a ele foi um Bulldog françes, depois vieram mais 1 ou 2 e o Obama toca de se defender. Lá os afastamos e a coisa acalmou.Passado 2/3 dias foi um Scottish Terrier que o atacou ( ficou com o lábio a sangrar) A realidade é que agora é o Obama que rosna e se algum se aproxima dele quando ele está com a cadela e toca de atacar.
No ultimo Sábado um dos outros donos ( são tudo pessoas impecáveis e compreensivas ) sugeriu por-lhe um ansaime para ele se sentir mais intimidado e não rosnar aos outros, o que normalmente dá origem as "lutas". Mas na realidade nem isso o demoveu e assim que outro se chegou ao pé dele e da "namorada" ele rosnou e virou-se, mas como é lógico não passou
dai, porque estava condicionado. Um dos outros donos disse que se ele mesmo assim se mostrava agressivo talvez a única sugestão fosse a castração.

Acham que o sr. tem razão e este comportamento dele mostra que é um cão agressivo? ou está numa de " a melhor defesa é o ataque"
Acham que com o tempo eles se habituam uns aos outros, o ele será sempre considerado um estranho e como tal nunca será bem aceite.
Acham que deva desistir de ir a este parque, porque na realidade ele gosta muito de lá estar.

Peço desculpa pelo testamento, mas não sei o que fazer

Obrigada
NR
texuga
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segunda nov 02, 2009 4:13 pm

meuobama Escreveu:Boa tarde,



Acham que o sr. tem razão e este comportamento dele mostra que é um cão agressivo? ou está numa de " a melhor defesa é o ataque"
Acham que com o tempo eles se habituam uns aos outros, o ele será sempre considerado um estranho e como tal nunca será bem aceite.
Acham que deva desistir de ir a este parque, porque na realidade ele gosta muito de lá estar.

Peço desculpa pelo testamento, mas não sei o que fazer

Obrigada
NR
Este comportamento é um comportamento típico de macho, seja ele Labrador ou outra qualquer raça.

Pelo que descreve, o seu Labrador demonstra ser um cão dominante e possessivo relativamente à cadela que ele considera "namorada".

É normal que este comportamento não se altere se não considerar arranjar uma ajuda profissional, antes pelo contrário, irá piorar com a idade.

Pôr açaime não resolve nada, só evita que ele morda outros cães, mas não evita a luta nem que ele seja mordido sem hipótese de defesa.

Outra solução é não soltar o seu cão e mudar de parque. Os cães têm obrigatoriamente de passear a trela.
http://www.apterrariofilia.org<a href="http://www.amphibio.org/apterrariofilia" target="_blank"> </a>
meuobama
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segunda nov 02, 2009 4:27 pm

Obrigada pela resposta.
Ele tem aulas de obediência 3 vezez por semana e é sempre calmo, nunca teve este comportamento durante a 1 + 1/2 que lá está.

Quanto a trela, sim anda sempre, só o solto como disse quando chegamos a este parque porque todos andam soltos.

E a sugestão da castração, tem lógica ou nem por isso?

NR
texuga
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segunda nov 02, 2009 4:35 pm

meuobama Escreveu:Obrigada pela resposta.
Ele tem aulas de obediência 3 vezez por semana e é sempre calmo, nunca teve este comportamento durante a 1 + 1/2 que lá está.

Quanto a trela, sim anda sempre, só o solto como disse quando chegamos a este parque porque todos andam soltos.

E a sugestão da castração, tem lógica ou nem por isso?

NR
O problema do seu cão é com a cadela, já tentou a confraternização do seu cão com os outros, sem a presença da cadela? Peça ajuda ao treinador :wink:

A castração poderá ajudar, mas poderá também não fazer nada, pois se o cão agiu por instinto, esse comportamento poderá já ter passado a comportamento aprendido, e ele irá reagir agressivamente para os outros cães aquando da presença da cadela, pois já aprendeu que na presença dela, é para atacar.
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JonhyRico
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segunda nov 02, 2009 7:01 pm

Na minha opinião não faz qualquer sentido levar o cão para um parque onde os outros cães andam à solta...

Os cães são animais de matilha e assim que coloca o seu cão com outros cães eles começam a estabelecer hierarquia... a bem ou a mal. Depois podem surgir problemas de vários tipos como os que refere.

O treinador do seu cão não lhe explicou isso?

A única circunstância em que deixo cães que estão ao meu cuidado interagir com outros cães é se estiverem em fase de sociabilizar e só e apenas com cães que eu conheço muito bem o temperamento (que obviamente não pode agressivo para outros cães).
Jose Miguel Gomes

A minha página sobre treino de cães com reforço positivo
https://www.facebook.com/TrainMePlease
CMNogueira
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segunda nov 02, 2009 7:48 pm

Viva,

O problema que relata é, na minha opinião, um problema comum a muitos donos.

Ter um cão sociável ou trabalhar o seu processo de sociabilização, não passa por deixar o cão interagir livremente e de forma continuada com outros cães. A partir do momento que tal acontece, os cães começam a criar as suas regras e a criar as suas hierarquias.

Este cenário, igualmente, desvaloriza o relacionamento do cão com o seu dono, tornando-o, principalmente nas circunstancias que relatou, num cão desobediente e descontrolado. É aqui também que se "queimam" comandos, os quais os cães percebem que afinal não tem que obedecer. Pelo menos às primeiras vezes. Chamar um cão quando ele está montado numa cadela ou num reboliço com outros cães, apenas serve para desvalorizar o comando de chamada.

O uso de açaime para estas situações não traz qualquer valor acrescentado, assim como a castração do cão.

Acima de tudo o que o cão precisa, na minha opinião, é de estabelecer uma boa relação com o dono e inerente a este processo uma boa obediência e controlo.

Se me permite ou se me permitem, aproveito para divulgar a reformulação do novo site Amigo do Rottweiler a qual irá ocorrer já no próximo dia 9 de Novembro. Este espaço será agora também dedicado a outras raças e incidirá exactamente em questões relacionadas com a Educação, Sociabilização e treino de um cão.

Vejam o vídeo promocional em:
http://www.youtube.com/watch?v=FXLxJ4094e4

Obs. - Neste vídeo, por acaso, existem "referencias" a labradores...e não só.

Cumprimentos e até breve,

Cláudio M. Nogueira

www.amigodorottweiler.com
http://amigodorottweiler.blogspot.com
www.youtube.com/cnogueira
http://twitter.com/amigorottweiler
LuluB
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segunda nov 02, 2009 8:22 pm

Se fosse comigo, eu optaria por passear o cão nesse parque a uma hora a que essa cadela lá não estivesse. E se ela aparecer durante o passeio do cão seu apaixonado, prendê-lo é uma maneira de o controlar.

No entanto, há uma coisa que está a passar despercebida: ele foi primeiro atacado por outros cães. Exigir aos donos desses cães que os prendam é uma obrigação.
O Obama adora lá ir e farta-se de correr e brincar, o problema é que fica completamente louco por uma cachorra ( esterilizada) e assim que a vê esquece todo o resto e só pensa em "saltar-lhe para cima" (desculpem a a expressão ) ela não se chateia, mas os outros cães não gostam começaram a rosnar. O 1º a virar-se a ele foi um Bulldog françes, depois vieram mais 1 ou 2 e o Obama toca de se defender. Lá os afastamos e a coisa acalmou.Passado 2/3 dias foi um Scottish Terrier que o atacou ( ficou com o lábio a sangrar) A realidade é que agora é o Obama que rosna e se algum se aproxima dele quando ele está com a cadela e toca de atacar.
<p>Ol&aacute;, eu sou a Bronkas de outros f&oacute;runs e aqui j&aacute; fui a LucNun. :mrgreen:</p>
<p>&nbsp;</p>
<p><strong>Cada vez me conven&ccedil;o mais que h&aacute; pessoas que t&ecirc;m o intestino ligado &agrave; testa.</strong> - "By" algu&eacute;m que tem ambas as coisas no seu devido lugar. :mrgreen:</p>
aisd
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periquito FALCANITO

segunda nov 02, 2009 8:57 pm

Eu mudava de parque.

Mas, antes, dizia umas coisinhas aos outros donos de cães...
Eles é que tem a obrigação de não deixar os seus cães atacarem...
Por outro lado, você tem a obrigação de velar para que o seu cão não chateie a cadela (o seu cão deve ser muito novo para não perceber que a cadela não está no cio - depois dos 2 anos, normalmente, isso passa...).

Já não é a primeira vez que os donos dos meia-lecas se armam em parvos.
Lá porque o cão é pequenino segue-se que é não faz mal é um querido...

O cão tem o direito de se defender, como qualquer um de nós.
É essencial, do ponto de vista do que está certo, saber quem ataca primeiro.

Agora, não interessa a ninguém continuar nesse ambiente...
Como já disse, eu mudava de parque.
<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>
Fjord
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terça nov 03, 2009 7:05 am

aisd Escreveu: Já não é a primeira vez que os donos dos meia-lecas se armam em parvos.
Lá porque o cão é pequenino segue-se que é não faz mal é um querido...
Giro, se eu substituir "meia-lecas" por "fofuxos" (com os Labradores à cabeça) estas frases ficam 5 estrelas. Talvez completasse "Lá porque o cão é fofuxo segue-se que não faz mal é um querido toda a gente tem que o aturar ...", a começar pela pobre cadela :roll:
"Se n&atilde;o houvesse t&oacute;t&oacute;s para enganar, n&atilde;o havia t&oacute;t&oacute;s enganados"&nbsp; (Eu)
aisd
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periquito FALCANITO

terça nov 03, 2009 9:21 am

"fofuxos" (com os Labradores à cabeça)
A sua experiência é diferente da minha.
Na minha, o tamanho é que conta.
Tive imenso trabalho a convencer as pessoas que a Zorra é meiga e pacifica, continuo a ter sempre que saio cá da terra.
É verdade que quando digo "é labradora", as pessoas relaxam, mas até lá...
Tive de enfrentar o que passam os donos de rotts e pits - as pessoas a mudarem de passeio, as bocas, os sobressaltos.

Mas acho natural - irrita-me, mas é de se esperar.
Responsabilizo os media pelo histerismo assim criado e que é responsável pela morte de inúmeros cães.

Os sem dono grandes desapareceram daqui.
Até me dói o coração quando penso numa cadela grande amarela de pêlo curto qua se apressaram a denunciar - era a coisinha mais pacífica que se possa imaginar.
Os rotts e pits deixaram de aparecer no café, mas também o enorme rafeiro alentejano (outro doce), o serra da estrela, etc.
Ainda apareço eu, um dono de golden e uma dona de rafeiro com os seus cães.

A minha tese é, e sempre será, que os cães fazem parte do mundo dos homens, não se destinam a estar fechados em casa, em crates, presos com correntes, presos em canis.
A nossa sociedade, pelo contrário, orienta-se no sentido do objectivo "não ter chatices".
Nem com cães, nem com velhos, nem com deficientes, nem com crianças.
Admirável mundo novo.
<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>
marcoliv
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terça nov 03, 2009 10:05 am

aisd Escreveu:
A nossa sociedade, pelo contrário, orienta-se no sentido do objectivo "não ter chatices".
Nem com cães, nem com velhos, nem com deficientes, nem com crianças.
Admirável mundo novo.
Sad but true... :cry:
meuobama
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terça nov 03, 2009 2:22 pm

Obrigada a todos pelas sugestãoes.

Como expliquei sou dona de 1ª viagens e honestamente tudo é novo para mim alias está-me a custar mais aprender a lidar com tudo isto do que quando fui mãe de 1ª viagem :D
mas como acho que quando fazemos escolhas devemos dar o nosso melhor, estudar para aprender a lidar com as situações ( os erros fazem parte de qualquer processo de aprendizagem) e não meter a cabeça na areia, aqui estou eu a pedir ajuda a quem já vi ter bastante mais experiência que eu.
Mas, antes, dizia umas coisinhas aos outros donos de cães...
Eles é que tem a obrigação de não deixar os seus cães atacarem...
Pois mas os intrusos somos nós, eles já lá andam há uns tempos e isso também tenho de respeitar. No entanto verdade seja dita que as pessoas são super impecáveis, nunca senti qualquer agressividade da parte dos donos e até hoje têm sido sempre prestáveis para tentar que o Obama se adapte ao grupo e os outros a ele. Daí terem sido os 1ºs a prenderem os cães que atacaram o Obama, mas como disse somos nós que estamos a invadir os espaço deles....talvez não me reste mesmo outra solução mas mudar de parque :( :(
No entanto, há uma coisa que está a passar despercebida: ele foi primeiro atacado por outros cães. Exigir aos donos desses cães que os prendam é uma obrigação.
sim os ataques partiram inicialmente dos outros, por sinal os tais "meia-lecas" porque com os "grandes" nunca teve problemas
Por outro lado, você tem a obrigação de velar para que o seu cão não chateie a cadela (o seu cão deve ser muito novo para não perceber que a cadela não está no cio - depois dos 2 anos, normalmente, isso passa...).
O Obama fez 1 ano há 15 dias....espero mesmo que passe por volta dos 2 :roll: Quanto a pobre da cadela, não deixo, faço o que o treinador disse ( agarro no cachaço e digo NÂO depois obrigo-o a sentar até eu dar ordem de sair)....mas volta sempre ao mesmo :-(
Ter um cão sociável ou trabalhar o seu processo de sociabilização, não passa por deixar o cão interagir livremente e de forma continuada com outros cães. A partir do momento que tal acontece, os cães começam a criar as suas regras e a criar as suas hierarquias.
então mas o trabalho de socialização não passa pelas aulas ( onde já vai) e pelas regras que todos os dias aplico e treino em casa com insistência....ou deverei isola-lo até ter todas as regras 100% assimiladas, é isso?? A sério que nunca pensai que "fechando" o cão, não o deixando convivendo com outros, estava a contribuir para fazer o cão feliz/sociavel, mas talvez seja a minha faceta de principiante....

Obrigada
NR
meuobama
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terça nov 03, 2009 2:22 pm

Obrigada a todos pelas sugestãoes.

Como expliquei sou dona de 1ª viagens e honestamente tudo é novo para mim alias está-me a custar mais aprender a lidar com tudo isto do que quando fui mãe de 1ª viagem :D
mas como acho que quando fazemos escolhas devemos dar o nosso melhor, estudar para aprender a lidar com as situações ( os erros fazem parte de qualquer processo de aprendizagem) e não meter a cabeça na areia, aqui estou eu a pedir ajuda a quem já vi ter bastante mais experiência que eu.
Mas, antes, dizia umas coisinhas aos outros donos de cães...
Eles é que tem a obrigação de não deixar os seus cães atacarem...
Pois mas os intrusos somos nós, eles já lá andam há uns tempos e isso também tenho de respeitar. No entanto verdade seja dita que as pessoas são super impecáveis, nunca senti qualquer agressividade da parte dos donos e até hoje têm sido sempre prestáveis para tentar que o Obama se adapte ao grupo e os outros a ele. Daí terem sido os 1ºs a prenderem os cães que atacaram o Obama, mas como disse somos nós que estamos a invadir os espaço deles....talvez não me reste mesmo outra solução mas mudar de parque :( :(
No entanto, há uma coisa que está a passar despercebida: ele foi primeiro atacado por outros cães. Exigir aos donos desses cães que os prendam é uma obrigação.
sim os ataques partiram inicialmente dos outros, por sinal os tais "meia-lecas" porque com os "grandes" nunca teve problemas
Por outro lado, você tem a obrigação de velar para que o seu cão não chateie a cadela (o seu cão deve ser muito novo para não perceber que a cadela não está no cio - depois dos 2 anos, normalmente, isso passa...).
O Obama fez 1 ano há 15 dias....espero mesmo que passe por volta dos 2 :roll: Quanto a pobre da cadela, não deixo, faço o que o treinador disse ( agarro no cachaço e digo NÂO depois obrigo-o a sentar até eu dar ordem de sair)....mas volta sempre ao mesmo :-(
Ter um cão sociável ou trabalhar o seu processo de sociabilização, não passa por deixar o cão interagir livremente e de forma continuada com outros cães. A partir do momento que tal acontece, os cães começam a criar as suas regras e a criar as suas hierarquias.
então mas o trabalho de socialização não passa pelas aulas ( onde já vai) e pelas regras que todos os dias aplico e treino em casa com insistência....ou deverei isola-lo até ter todas as regras 100% assimiladas, é isso?? A sério que nunca pensai que "fechando" o cão, não o deixando convivendo com outros, estava a contribuir para fazer o cão feliz/sociavel, mas talvez seja a minha faceta de principiante....

Obrigada
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CMNogueira
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terça nov 03, 2009 4:53 pm

Viva,

Sem me permitem, ainda sobre esta questão, gostava de adicionar um comentário, começando por fazer uma pequena analogia com o que se passou com as raças ditas potencialmente perigosas.

São hoje todos, ou quase todos, que se insurgem contra a legislação em torno das raças ditas potencialmente perigosas. No entanto, este tipo de classificação, não surgiu por esse mundo fora, apenas porque alguém se lembrou de o fazer de animo leve. Incidentes atrás incidentes (não vamos agora discutir as razões, os motivos , sensacionalismo, etc) levaram a que "alguém", em desespero de causa, não sabendo como, impusesse uma lei (não vamos agora discutir a eficiência e ética da mesma).

Resumindo, a criação sem rigor, irresponsabilidade (consciente e inconsciente) dos donos, ausência total de respeito por terceiros (animais e pessoas) onde cães proliferam pelas ruas/jardins/parques públicos, praias, etc, regidos pelas leis e critérios dos seus donos, levaram a que alguém pensasse: "Estes tipos dos cãezinhos e jovens imaturos de Pit Bulls e Rottweilers tem que ser travados". Hoje temos uma lei discriminatória para donos e cães que penaliza severamente a sua imagem e a sua vivencia.

Nos dias de hoje, no seio da comunidade de donos de cães, é com frequência que ouço muitos donos comentar que, Portugal não é um pais civilizado já que a presença de animais é proibida na maior parte dos sítios. É um facto, mas porque será que assim é?

Uma vez mais, o hábito do cão solto, aliada ao velho argumento "Não tenha medo que o meu cão não morde", tem em muito contribuído para que, cada vez mais o cerco aperte. Os cães pequenos, considerados por muitos como embirrentos, regem-se também eles pela conduta canina dos cães de porte maior. Facto que os leva a poderem também ser dominantes. Algo que, dado a vivencia que tem nas suas casas (dormir na cama/ao colo do dono, andar ao colo, partilharem das refeições dos donos, escolherem o lugar do carro que mais lhes convém etc), leva a que adoptem essa postura.

Se me permitem a opinião, os cães pequenos, são na sua maioria, cães com grande capacidade de aprendizagem e podem, no verdadeiro sentido da palavra, serem excelentes cães de companhia e cães extremamente agradáveis. No entanto, para muitos donos destes cães, o facto de serem pequenos, mesmo que mordam alguém, nunca será nada de mais. Em casa, qualquer comportamento negativado, pode ser resolvido com um "sopro" e lá vai o cão. O resultado de tudo isto, na rua, é temos cães que são provocadores e que não se intimidam com cães maiores. Estando muitas vezes na origem das quezílias que bem conhecemos. A culpa não é das raças pequenas, mas dos seus donos.

Quando num jardim/parque publico vimos cães que, no entender dos seus donos, podem brincar com tudo e com todos, inconscientemente, estão a candidatar-se a que os seus cães possam vir a ser feridos ou a ferirem outros cães. Deste cenário uma vez mais a vitima é o cão e, em segundo lugar, podem nascer conflitos com os demais donos e, em terceiro lugar, alguém se queixa e, passado 15 dias, está um sinal a indicar a proibição de cães no parque que tanto gostávamos de frequentar. Se ao invés de um parque estivermos a falar de um café, a situação repete-se. Se mudarmos de parque, será tudo uma questão de tempo.

Obs. - Penso que já devem ter ouvido relatos de cães que a correm atrás uns dos outros já foram atropelados ou provocaram acidentes de viação.

Resultado de tudo isto, nasce uma grande revolta e um sentido de incompreensão para quem tem cães. Mas, curiosamente, o problema foi originado pelos donos dos cães e não por mais ninguém. Sendo que, devemos sempre respeitar aqueles que não gostam de cães ou que deles receiam.

Recentemente, junto de minha casa, ocorreu comigo o seguinte episódio:

Há alguns dias reparava que havia surgido um gato que se cruzava no "meu caminho" e do meu Rotweiler quando o ia passear para o campo. Gato que fazia questão de não fugir, mas sim marcar a sua presença de forma ameaçadora (Totalmente Eriçado e a evidenciar os seus dentinhos). Dado ter o meu cão à trela, evitei a situação varias vezes. Com o andar do tempo (alguns dias) o gato começou a tentar barrar-nos o caminho, o que culminou num ataque ao meu cão e posteriormente (ainda na mesma situação) a mim próprio. Nunca tal na vida me tinha acontecido.

Perante este cenário, dado o gato ter dono, confirmado com a sua coleira de sininho, após identificação da casa, fui falar com os donos. Após ter explicado a situação, a resposta foi: "Não se preocupe, se o cão lhe fizer mal, azar o dele. Ninguém o manda ser parvo. Em casa anda sempre com esse tipo de atitudes, mas por acaso não nos magoa."

Moral da historia, mais uma vez, de acordo com os donos, o gato pode andar solto e caso faça uma vitima ou seja vitima, são coisas de animais. Pelos vistos voltamos à lei da selva onde impera a lei do mais forte.

Se gostamos de animais de um modo geral e dos nossos em particular, devemos saber que a integração dos mesmos em sociedade passa por uma correcta educação, sociabilização e treino dos nossos cães, a par de um grande sentido de respeito pelo próximo. Como se costuma dizer, a nossa liberdade termina onde começa a dos outros.

Como comentário final, sobre a questão das aulas e do seu acreditar que com a idade esse comportamento passa, deixe-me ainda acrescentar o seguinte:

Conhecer metodologias de treino é sem duvida importante, mas mais importante para os donos mais inexperientes, é conhecer e entender o seu cão. Este ultimo aspecto irá ser fundamental para o posterior processo de treino. No caso da idade, mesmo que passe (não é de todo garantido que assim seja), até lá muitos dissabores podem acontecer.

Embora a minha raça de eleição seja o Rottweiler, tenho uma grande paixão por Labradores. Que cães fantásticos. No entanto, o facto de serem a opção de muitos donos por acharem ser um cão que não trás problemas de maior, entenda-se agressividade para terceiros, acaba por trazer grandes problemas de vivencia (principalmente no seu crescimento) atendendo à sua "hiperactividade" e funcionalidade inata. procuram e comem tudo o que encontram, puxam a trela que nem uma quadriga de cavalos, correm para ir ter com um cão a 50m de distancia, saltam para cima de tudo e de todos, etc,etc.
Rentabilizar as características deste tipo de raça, até quase que dava para os mandar cantar aos Idolos.

Se não teve oportunidade de espreitar o vídeo que coloquei num Post anterior, embora se trate de um vídeo promocional, irá ver que um Labrador preto que está completamente embrulhado numa brincadeira com outro branco, mais à frente, está completamente concentrado na minha pessoa, apesar de eu estar a falar e os demais cães ali continuarem. Está a ser explicado como se descondiciona o cão dos outros cães e como se pode mostrar ao cão que: Afinal o dono é o melhor que há para brincar. Ainda neste filme vê-se um Pincher anão, extremamente dominante (julgava ele) para animais e pessoas. Posteriormente, com os demais cães presentes, a motivação para ir ter com a dona é tal, que sai que nem uma flecha.

Volto a colocar aqui o link do video em causa bem como duas outras pequenas reportagens que abordam um pouco esta problemática e a minha visão sobre a mesma.

Amigo do Rottweiler...e não só!
http://www.youtube.com/watch?v=FXLxJ4094e4

Reportagem TVI
http://www.youtube.com/watch?v=lvdu2_Ivg00

Reportagem RTP-MADEIRA
http://www.youtube.com/watch?v=UK35QDneo2I

Felicidades e que tudo corra pelo melhor!

Cumprimentos e até breve

Cláudio M. Nogueira
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aisd
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periquito FALCANITO

terça nov 03, 2009 7:06 pm

A mim, também me acontece ter de aturar duas minis que odeiam a minha cadela.
Ladram e rosnam furiosamente enquanto a Zorra - abana a cauda...
Felizmente as donas são pessoas educadas, pedem desculpa ("são cadelas","cadela com cadela, sabe ?") e controlam as suas.
Penso que o mal destas cadelas é estarem muito tempo fechadas e isoladas - não estão sociabilizadas...

O que me deixou irritada quando li o post inicial foi isto
disse que se ele mesmo assim se mostrava agressivo talvez a única sugestão fosse a castração
.
Quer dizer o cão dele ataca o da forista e o da forista é que precisa ser castrado ?
E, já agora, porque não abatido ?
Daí que tenha pensado que os donos dos outros cães resolveram atribuir as culpas ao cão da forista, e de forma agressiva.

Também já me deparei por diversas vezes com cães que insistem em montar a Zorra - fora do cio.
Ela deixa - é mesmo muito pacifica- eu é que me irrito.
Não acho a menor graça.
Coincidência ou não, eram todos adolescentes caninos.
O que me preocupa na sua história é que o cão está a habituar-se a ser agressivo com outros cães.
Não é bom.
Um dia encontra um igual ou maior - como vai ser ?
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