TheZen Escreveu:
Há uma certa disciplina e limites da parte da mãe cadela como o Cesar se refere. Mas chegamos à parte humana e vimos eles nos encherem de mimos e lambidelas.
São a disciplina e os limites que tantas vezes faltam às crias humanas.
Pessoalmente, fascina-me bastante a área de comportamentos nos animais, porque isso me ajuda a compreender o comportamento humano. É mais fácil se imaginarmos as pessoas como cães e gatos, sendo o cão a esfera social e o gato a esfera privada; também nos podemos lembrar que há pessoas "de cães" e pessoas "de gatos", e isto passa pela identificação com uns ou com outros, pelo encontro de afinidades. Reconhecemo-nos nuns e noutros, mas identificamo-nos com aquele que nos reflectem. E isto pode ou não mudar ao longo da vida!
Pelo lado dos animais, a sua convivência conosco ensinou-lhes que obtêm mais se nos "mimarem". Quanto mais domesticado, mais próximo se torna e maiores são os comportamentos partilhados. Basta reparar como alguns animais se parecem com os donos e vice versa.

. Ora, quanto mais estreito o convívio, maior a humanização (há animais com graves psicoses que não se identificam com os da própria espécie...) e, como grandes observadores que são e partilhando a característica italiana de emitirem sons enquanto gesticulam, a linguagem corporal está extremamente desenvolvida e é a principal forma de comunicação. É por isso que os animais que vivem conosco parecem adivinhar as nossas intenções, que ocultamos pior do que o comprimido que levamos escondido

, somos péssimos na comunicação visual - privilegiámos a comunicação oral e escrita, mas os animais ainda falam a nossa língua, nós é que esquecemos a deles.
menciono os cães e gatos, porque são os animais domésticos mais comuns nos nossos lares. E a cohabitação ensinou-os também a exprimirem-se na "nossa" língua, emitindo vocalizações. Um lobo ão ladra, um gato selvagem não mia - salvo enquanto são bebés, e não ladram, latem, e não é um miado, é um vagido -, mas os nossos companheiros têm algumas dezenas de vocalizações que usam para comunicar connosco. E desenvolvem cada vez mais!
Portanto, concordo consigo, sim. E acho que, quanto mais próximo do ser humano se sente o animal, mais expressivo é.

Acredito na Paciência, na Persistência, no Pai Natal e no Poder do Fiambre!