Desplasia...
Moderador: mcerqueira
Boa noite a todos.
Parece que estou a passar pelo mesmo que o(a) amg... Tenho uma cadelinha com 6 meses a quem foi diagnosticada displasia da anca. Do lado esquerdo, grave. Não se põe em duas patas, tem dificuldade a levantar-se, hoje pela 1ª vez mancou um bocado...
A verdade é que agora estou mto preocupada pois não sei até que ponto ela poderá sofrer... Vai começar a tomar uns medicamentos (que são caríssimos) e para já a opção cirurgia foi apenas falada como uma possibilidade no futuro.
Tenho uma pergunta: O criador disse-me que tinha sido o feito o despiste da displasia, o que percebi mais tarde é que os pais não têm displasia (o que não quer dizer que os filhotes não venham a ter (ou quer?). Ele disse que me devolve o dinheiro do cão... não sei se falou por falar...
Deverei recorrer a outro médico? O exame de rastreio (com anastesia enerente) não é violento para uma cachorrinha tão novinha?
Peço a vossa ajuda.
Obg
Parece que estou a passar pelo mesmo que o(a) amg... Tenho uma cadelinha com 6 meses a quem foi diagnosticada displasia da anca. Do lado esquerdo, grave. Não se põe em duas patas, tem dificuldade a levantar-se, hoje pela 1ª vez mancou um bocado...
A verdade é que agora estou mto preocupada pois não sei até que ponto ela poderá sofrer... Vai começar a tomar uns medicamentos (que são caríssimos) e para já a opção cirurgia foi apenas falada como uma possibilidade no futuro.
Tenho uma pergunta: O criador disse-me que tinha sido o feito o despiste da displasia, o que percebi mais tarde é que os pais não têm displasia (o que não quer dizer que os filhotes não venham a ter (ou quer?). Ele disse que me devolve o dinheiro do cão... não sei se falou por falar...
Deverei recorrer a outro médico? O exame de rastreio (com anastesia enerente) não é violento para uma cachorrinha tão novinha?
Peço a vossa ajuda.
Obg
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Boas.
Deve sempre recorrer a segunda opinião.
Deve sempre recorrer a segunda opinião.
<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
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periquito FALCANITO
Esqueceu-se de dizer qual é a raça.
Alguns cães muito grandes (tipo grand danois ou rott) sofrem de dores de crescimento que depois passam.
Alimenta-a com uma boa ração ?
Mas se fôr displasia, pela sua descrição e tão cedo, é muito elevada.
Se fosse comigo procurava uma segunda opinião.
O tratamento e a operação são muito caros.
Por outro lado, nesta altura você já se afeiçoou à cadela...
É o diabo ...
Alguns cães muito grandes (tipo grand danois ou rott) sofrem de dores de crescimento que depois passam.
Alimenta-a com uma boa ração ?
Mas se fôr displasia, pela sua descrição e tão cedo, é muito elevada.
Se fosse comigo procurava uma segunda opinião.
O tratamento e a operação são muito caros.
Por outro lado, nesta altura você já se afeiçoou à cadela...
É o diabo ...
Boa noite.
Realmente no tópico que referiu poderá tirar já muita informação.
No entanto presumo que a sua cadela não foi radiografada, pelo menos com anestesia geral que permita uma posição adequada para o diagnóstico ser consistente.
De modo que o que eu faria se estivesse no seu lugar era:
- procurar uma clínica com experiência neste tipo de casos;
- fazer-lhe o exame radiológico sob anestesia geral (não +e grave já que a anestesia é dada segundo a idade/peso do cão);
- saber o diagnóstico do veterinário e a sua opinião sobre as possibilidades de cirurgia e resultados desta.
A displasia não tem cura por medicação; esta apenas pode diminuir a dor e retardar o desgaste da articulação.
Cumprimentos e boa sorte
José Carlos
Realmente no tópico que referiu poderá tirar já muita informação.
No entanto presumo que a sua cadela não foi radiografada, pelo menos com anestesia geral que permita uma posição adequada para o diagnóstico ser consistente.
De modo que o que eu faria se estivesse no seu lugar era:
- procurar uma clínica com experiência neste tipo de casos;
- fazer-lhe o exame radiológico sob anestesia geral (não +e grave já que a anestesia é dada segundo a idade/peso do cão);
- saber o diagnóstico do veterinário e a sua opinião sobre as possibilidades de cirurgia e resultados desta.
A displasia não tem cura por medicação; esta apenas pode diminuir a dor e retardar o desgaste da articulação.
Cumprimentos e boa sorte
José Carlos
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- Localização: Yorkshire Terriers
- Contacto:
[quote=Teresam]
Tenho uma pergunta O criador disse-me que tinha sido o feito o despiste da displasia, o que percebi mais tarde é que os pais não têm displasia (o que não quer dizer que os filhotes não venham a ter (ou quer?). Ele disse que me devolve o dinheiro do cão... não sei se falou por falar...
Deverei recorrer a outro médico? O exame de rastreio (com anastesia enerente) não é violento para uma cachorrinha tão novinha?
Peço a vossa ajuda.
Obg
[/quote]
Boa noite Teresa,
Em relação à doença não sei grande coisa. Quando à responsabilidade do criador, se a displasia é uma doença congénita (acho que sim) o criador é responsável. Foi-lhe data alguma garantia escrita quando comprou a sua cadelita? A questão é que não existe legislação especifica para este tipo de questões. A maioria dos criadores não dão qualquer garantia e quando o fazem os prazos não ridiculos, por ex. um prazo de 6 meses para doenças que só se manifestam entre os 5/8 meses. Obviamente também existem criadores que assumem as suas responsabilidades sempre que necessário. E ter casos de doenças congénitas nas suas ninhadas não é nada agradável porque afinal estão a procriar com cães que estão doentes ou são portadores de doenças.
O conselho que lhe dou é arranjar um óptimo Veterinário, pedir-lhe ajuda na determinação das causas da displasia, e se chegar à conclusão que foi transmitido pelos pais, apresente a conta ao criador. Não se esqueça que pagou o preço pedido pelo criador e que estava a comprar uma cadelita saudável.
Tenho uma pergunta O criador disse-me que tinha sido o feito o despiste da displasia, o que percebi mais tarde é que os pais não têm displasia (o que não quer dizer que os filhotes não venham a ter (ou quer?). Ele disse que me devolve o dinheiro do cão... não sei se falou por falar...
Deverei recorrer a outro médico? O exame de rastreio (com anastesia enerente) não é violento para uma cachorrinha tão novinha?
Peço a vossa ajuda.
Obg
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Boa noite Teresa,
Em relação à doença não sei grande coisa. Quando à responsabilidade do criador, se a displasia é uma doença congénita (acho que sim) o criador é responsável. Foi-lhe data alguma garantia escrita quando comprou a sua cadelita? A questão é que não existe legislação especifica para este tipo de questões. A maioria dos criadores não dão qualquer garantia e quando o fazem os prazos não ridiculos, por ex. um prazo de 6 meses para doenças que só se manifestam entre os 5/8 meses. Obviamente também existem criadores que assumem as suas responsabilidades sempre que necessário. E ter casos de doenças congénitas nas suas ninhadas não é nada agradável porque afinal estão a procriar com cães que estão doentes ou são portadores de doenças.
O conselho que lhe dou é arranjar um óptimo Veterinário, pedir-lhe ajuda na determinação das causas da displasia, e se chegar à conclusão que foi transmitido pelos pais, apresente a conta ao criador. Não se esqueça que pagou o preço pedido pelo criador e que estava a comprar uma cadelita saudável.

A displasia da anca não é uma doença congénita. È hereditária e tem contornos muito complexos.
Nenhum criador honesto pode garantir que um cachorro vendido aos 2 ou 3 meses NÃO virá a ser displásico. O mais que o criador pode garantir é que os progenitores foram testados e classificados aptos para criar.
De 2 caes ISENTOS de displasia podem nascer cachorros displásicos. È isso que as pessoas precisam saber. O facto de os pais estarem isentos não garante nada a 100 p.c., o mais que pode é minimizar o risco dos cachorros serem displásicos.
Isabel
Nenhum criador honesto pode garantir que um cachorro vendido aos 2 ou 3 meses NÃO virá a ser displásico. O mais que o criador pode garantir é que os progenitores foram testados e classificados aptos para criar.
De 2 caes ISENTOS de displasia podem nascer cachorros displásicos. È isso que as pessoas precisam saber. O facto de os pais estarem isentos não garante nada a 100 p.c., o mais que pode é minimizar o risco dos cachorros serem displásicos.
Isabel
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- Registado: quarta jul 03, 2002 11:01 pm
- Localização: 1 cão Serra da Estrela, 1 gata, 3 tartarugas, 3 coelhos anões
Oi!
Tenho um serra da estrela com 3 anos e meio e quando era pequeno foi-lhe diagnosticada displasia. Foi operado no Hospital Veterinário do Porto e hoje tem uma vida completamente normal.
Isto para dizer que nem o pai nem a mãe do meu cão tinham displasia, nem nenhum dos irmãos (pelo menos da mesma ninhada). POr isso, penso que seja difícil o criador poder garantir que o cão não terá displasia.
Boa sorte para a cadelinha!
Sara
Tenho um serra da estrela com 3 anos e meio e quando era pequeno foi-lhe diagnosticada displasia. Foi operado no Hospital Veterinário do Porto e hoje tem uma vida completamente normal.
Isto para dizer que nem o pai nem a mãe do meu cão tinham displasia, nem nenhum dos irmãos (pelo menos da mesma ninhada). POr isso, penso que seja difícil o criador poder garantir que o cão não terá displasia.
Boa sorte para a cadelinha!
Sara
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- Registado: domingo mar 17, 2002 4:49 pm
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Na realidade a displasia é uma doença genética e não de um mas de multiplos genes por isso tem contornos muito complexos.Com efeito de 2 cães isentos de displasia podem nascer cachorros displásicos bem como de 2 cães displasicos os cachorros , ou algum deles , pode não vir a manifestar a doença.Isto porque apesar de ser uma doença genética a sua manifestação é muito influênciada pelas condições de vivência do cahorro isto é tipo e quantidade de alimentação ( por isso ela tem mais incidência em raças médias/grandes que são mais pesadas) , tipo de piso onde o cachorro se move ( pisos lisos e duros exigem mais esforço das articulações). quantidade e qualidade do exercício do cachorro, etc.Pedra Escreveu: A displasia da anca não é uma doença congénita. È hereditária e tem contornos muito complexos.
Nenhum criador honesto pode garantir que um cachorro vendido aos 2 ou 3 meses NÃO virá a ser displásico. O mais que o criador pode garantir é que os progenitores foram testados e classificados aptos para criar.
De 2 caes ISENTOS de displasia podem nascer cachorros displásicos. È isso que as pessoas precisam saber. O facto de os pais estarem isentos não garante nada a 100 p.c., o mais que pode é minimizar o risco dos cachorros serem displásicos.
Isabel
Quando se exige os certificados de isenção de displasia dos progenitores do cachorro não é porque se obtenha a prova 100% segura de que o cachorro não vai ser displasico mas apenas que a probabilidade de isso vir a suceder é menor.Pode perfeitamente suceder que os avós do cachorro sejam displasicos , os pais não e os netos sim. A genética não é própriamente uma ciência exacta como a matemática ( e mesmo esta...

Saudações
Na verdade um cão pode ser assintomático e ser portador do gene responsável pela displasia; se a cadela com quem o cruzamos é também portadora do mesmo gene, é maior a possibilidade de formação de alelos com essa característica, o que aumenta as possibilidades de os cachorros nascidos dessa monta contraírem a doença.
Voltando ao caso do Clube de Pastores Alemães da Alemanha (SV), este desenvolveu mais um instrumento de consulta, para além do despiste obrigatório, que permite aos criadores minimizarem esse risco - é o HD Zuchtwert, que pode ser entendido como índice de transmissibilidade. A descendência de cada cão é contabilizada estatísticamente, e quantos mais desendentes displásicos um cão tiver maior é o seu índice de transmissibilidade. Considera-se como base o nº 100: quanto maior fôr o indice, maior a taxa de transmissibilidade do cão. Assim, o criador ao planear uma monta deve preocupar-se que os índices do macho e da fêmea, somados, sejam inferiores a 200.
Há casos de PAs com A normal com um índice de 116 (transmitem bastante) enquanto outros com a fast.normal têm índice de 75 (reduzem o risco de transmissão).
Este simples dado leva-nos a compreender a dimensão da cinofilia no nosso país...
Cumprimentos
José Carlos
Voltando ao caso do Clube de Pastores Alemães da Alemanha (SV), este desenvolveu mais um instrumento de consulta, para além do despiste obrigatório, que permite aos criadores minimizarem esse risco - é o HD Zuchtwert, que pode ser entendido como índice de transmissibilidade. A descendência de cada cão é contabilizada estatísticamente, e quantos mais desendentes displásicos um cão tiver maior é o seu índice de transmissibilidade. Considera-se como base o nº 100: quanto maior fôr o indice, maior a taxa de transmissibilidade do cão. Assim, o criador ao planear uma monta deve preocupar-se que os índices do macho e da fêmea, somados, sejam inferiores a 200.
Há casos de PAs com A normal com um índice de 116 (transmitem bastante) enquanto outros com a fast.normal têm índice de 75 (reduzem o risco de transmissão).
Este simples dado leva-nos a compreender a dimensão da cinofilia no nosso país...
Cumprimentos
José Carlos
A displasia é uma doença genética, de múultiplos genes e recessiva, o que explica porque é que dois cães sem quaisquer sinais de displasia podem ter filhotes displásicos. No entanto, a probabilidade de dois cães displásicos terem filhotes normais tende para zero.
Alguns artigos sobre o assunto:
http://alunos.lis.ulusiada.pt/11084000/ ... a_anca.htm
http://www.hospvetporto.pt/v1.0/paginas ... a_anca.htm
http://www.hospvetprincipal.pt/displais.htm
Na minha cadela foi detectado um angulo de Norberg-Olsson de 90º com sinais de subluxações articulares e artroses, o que classifica com E.
Para saber o que fazer terá que submeter o cachorro a um exame radiográfico com anestesiaq, o que obviamente tem alguns riscos, mas suficientemente baixos que não colocarem em causa a realização do exame.
Alguns artigos sobre o assunto:
http://alunos.lis.ulusiada.pt/11084000/ ... a_anca.htm
http://www.hospvetporto.pt/v1.0/paginas ... a_anca.htm
http://www.hospvetprincipal.pt/displais.htm
Na minha cadela foi detectado um angulo de Norberg-Olsson de 90º com sinais de subluxações articulares e artroses, o que classifica com E.
Para saber o que fazer terá que submeter o cachorro a um exame radiográfico com anestesiaq, o que obviamente tem alguns riscos, mas suficientemente baixos que não colocarem em causa a realização do exame.
amg Escreveu: Na minha cadela foi detectado um angulo de Norberg-Olsson de 90º com sinais de subluxações articulares e artroses, o que classifica com E.


Com 6 meses e isso tudo? Não estou a duvidar de si, mas... fez esse exame num local como deve ser?
Isabel