Leishmaniose, tratar ou não?
Moderador: mcerqueira
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Venho lançar este temaà discussão, espero que séria:
1. A Leishmaniose deve ou não ser tratada, prolongando ao máximo o tempo de vida do animal doente, ou uma vez confirmada a doença, o animal deverá ser abatido?
2. Há ou não CURA para esta doença e meios de evitar que um animal em tratamento deixe de representar uma fonte de Leishmanias para o mosquito contagiar outros animais?
1. A Leishmaniose deve ou não ser tratada, prolongando ao máximo o tempo de vida do animal doente, ou uma vez confirmada a doença, o animal deverá ser abatido?
2. Há ou não CURA para esta doença e meios de evitar que um animal em tratamento deixe de representar uma fonte de Leishmanias para o mosquito contagiar outros animais?
Vou dar a minha opinião pessoal, especialmente sobre a primeira questão:
Se tivesse um cão com Leishmaniose faria tudo ao meu alcance para o tratar e prolongar a vida o mais que fosse possível porque se a doença for detectada a tempo (antes de haver lesões nos orgãos) e o animal estiver medicado tem excelentes hipóteses de ter uma boa qualidade de vida, sem sintomas e sem recaídas.
Não há cura propriamente dita porque o animal continua portador. No entanto já li em alguns sites que a transmissão cessa enquanto o animal estiver a ser tratado (e o tratamento é para o resto da vida). Não sei se isto é verdade ou não, gostaria de ver esclarecido.
Sei que no Brasil a política é de abate de todos os animais infectados e isto porque a estirpe brasileira também afecta o homem. No entanto, sendo o mosquito o factor de transmissão, não sei se essa medida ajuda em alguma coisa, porque outros animais também podem ser portadores de leishmanias. Percebe-se que seja mais fácil matar todos os cães infectados do que erradicar os mosquitos, no entanto não sei se essa medida tem tido algum efeito no controlo da doença até porque existem n animais infectados que não mostram sintomas ou sinais da doença.
Quanto á prevenção da transmissão ou do contágio, como sabem não há vacinas e os únicos preventivos são as coleiras repelentes como a Scalibor e pipetas de Pulvex, no entanto não são eficazes a 100%.
Mas sim, eu trataria e só optaria pelo abate se o animal estivesse numa fase avançada da doença.
Se tivesse um cão com Leishmaniose faria tudo ao meu alcance para o tratar e prolongar a vida o mais que fosse possível porque se a doença for detectada a tempo (antes de haver lesões nos orgãos) e o animal estiver medicado tem excelentes hipóteses de ter uma boa qualidade de vida, sem sintomas e sem recaídas.
Não há cura propriamente dita porque o animal continua portador. No entanto já li em alguns sites que a transmissão cessa enquanto o animal estiver a ser tratado (e o tratamento é para o resto da vida). Não sei se isto é verdade ou não, gostaria de ver esclarecido.
Sei que no Brasil a política é de abate de todos os animais infectados e isto porque a estirpe brasileira também afecta o homem. No entanto, sendo o mosquito o factor de transmissão, não sei se essa medida ajuda em alguma coisa, porque outros animais também podem ser portadores de leishmanias. Percebe-se que seja mais fácil matar todos os cães infectados do que erradicar os mosquitos, no entanto não sei se essa medida tem tido algum efeito no controlo da doença até porque existem n animais infectados que não mostram sintomas ou sinais da doença.
Quanto á prevenção da transmissão ou do contágio, como sabem não há vacinas e os únicos preventivos são as coleiras repelentes como a Scalibor e pipetas de Pulvex, no entanto não são eficazes a 100%.
Mas sim, eu trataria e só optaria pelo abate se o animal estivesse numa fase avançada da doença.
"A inveja é a arma do incompetente" Anónimo
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A minha opinião:
Deve falar abertamente com o vet. Saber o estado da doença, o que esperar e quanto lhe vai custar em €. Se vie que o tratamento vai para além das suas posses ou que o animal já tem orgãos vitais afectados, pondere o adormecer.
Mas 1ª fale e avalie a situação com o vet.
Deve falar abertamente com o vet. Saber o estado da doença, o que esperar e quanto lhe vai custar em €. Se vie que o tratamento vai para além das suas posses ou que o animal já tem orgãos vitais afectados, pondere o adormecer.
Mas 1ª fale e avalie a situação com o vet.
<p> Sou responsável pelo que digo, não pelo que os outros entendem - By Ziggyma</p>
<p>Quer lutar comigo pela Net? Força... ESCREVA TUDO EM MAIÚSCULAS ATÉ QUE ME CONSIGA MATAR!!!</p>
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<p>Quer lutar comigo pela Net? Força... ESCREVA TUDO EM MAIÚSCULAS ATÉ QUE ME CONSIGA MATAR!!!</p>
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1- Na minha opinião : Tendo sido detectada a doença a tempo de poder ser controlada e sem que isso implique perda na qualidade de vida do animal, eu defendo que se trate , sim.Terugkeren Escreveu:Venho lançar este temaà discussão, espero que séria:
1. A Leishmaniose deve ou não ser tratada, prolongando ao máximo o tempo de vida do animal doente, ou uma vez confirmada a doença, o animal deverá ser abatido?
2. Há ou não CURA para esta doença e meios de evitar que um animal em tratamento deixe de representar uma fonte de Leishmanias para o mosquito contagiar outros animais?
Mas não condeno quem não tenha estrutura para suportar a longa e dolorosa , em todos os aspectos, " jornada" e opte por abater o animal. Cada um sabe de si.
2- Do que tenho lido; cura penso que não há. Desde que controlado, medicado e prevenido ( com pipetas e coleiras ) não vejo porque será fonte de leishmanias. Se estiver protegido ( sabemos que a eficácia não é a 100% ) a possibilidade de ser picado pelo mosquito é mais reduzida. Tal como nos restantes cães. A probablidade de serem picados e muito maior se não estiverem de todo protegidos.
Dedico esta assinatura a quem lhe "acentar" a carapuça :
"Quem nasce lagartixa, nunca chega a jacaré, por muito que se inche .... " By , um amigo muito querido ...
"Dogs are better than human beings because they know but do not tell."
— Emily Dickinson
À espera que os frangos que o Terug, o Paulo Santos e o Zefe andam a virar, fiquem prontos.
... e já agora tambem das courgettes da LuMaria!;)
"Quem nasce lagartixa, nunca chega a jacaré, por muito que se inche .... " By , um amigo muito querido ...
"Dogs are better than human beings because they know but do not tell."
— Emily Dickinson
À espera que os frangos que o Terug, o Paulo Santos e o Zefe andam a virar, fiquem prontos.
... e já agora tambem das courgettes da LuMaria!;)
Minha opinião é, caso o cão seja detectado a tempo, não há porque adormecer porque em tratamento não contagia.
Eu tenho um cão com a doença faz 5 anos e esta perfeito. Levo as injecções e toma dois comprimidos por dia , faço analises cada 6 messes e são negativos.
Já quando a doença é muito avançada é diferente.
Eu tenho um cão com a doença faz 5 anos e esta perfeito. Levo as injecções e toma dois comprimidos por dia , faço analises cada 6 messes e são negativos.
Já quando a doença é muito avançada é diferente.
Mas é um facto que enquanto dura o tratamento o animal não contagia?
As leishmanias não desaparecem, porque nesse caso teriamos remissão, cura efectiva e não seria necessário medicar o animal até ao fim da vida.
Gostava de ver isto aqui esclarecido.
As leishmanias não desaparecem, porque nesse caso teriamos remissão, cura efectiva e não seria necessário medicar o animal até ao fim da vida.
Gostava de ver isto aqui esclarecido.
"A inveja é a arma do incompetente" Anónimo
Pois, eu também não concordo com o abate se o cão estiver nas condições referidas nas respostas anteriores.
A doença é transmissível de animais a humanos, sim, pois o mosquito vector tanto pica (e transmite) animais como humanos. Mas enquanto que o tratamento se salda numa cura total entre as pessoas atingidas, infelizmente o mesmo não acontece com os animais, neste caso os cães.
No entanto, o que sempre me foi dito e explicado pelos veterinários é que sendo o animal tratado e as leishmanias controladas por esse tratamento, e sendo utilizadas nos animais as coleiras e pipetas antimosquitos e os meios de controlo de pragas nas habitações e instalações dos cães, bem como a correcta limpeza dos terrenos e zonas húmidas em volta dos aglomerados, o risco torna-se mínimo.
Em Portugal a leishmaniose, ou calaazar, entre os humanos já foi uma problema sério, que foi tratado e mitigado. Desde meados do século passado que os casos declarados em pessoas desceram para pouco mais de uma dezena por ano. No entanto, também se registaram, há poucos anos, alguns casos mortais em doentes com HIV, por motivos evidentes: eram organismos cujo sistema imunitário estava já completamente destruído pelo vírus.
No Brasil, as coisas são diferentes. Existem duas espécies de mosquitos vectores, e ao que parece as leishmanias também podem diferir, pois foi possível desenvolver uma vacina para uma das estirpes, etc. Por outro lado, os problemas logísticos e de saúde pública também devem diferir muito dos de cá. Mas quanto a isto, só um brasileiro conhecedor desses problemas poderá esclarecer-nos devidamente, penso eu.
Abater um animal com leishmaniose? Só no caso de estar a sofrer e num estado que não permita já nenhuma recuperação, acho eu. Como, aliás, se passa com qualquer outra doença.
A doença é transmissível de animais a humanos, sim, pois o mosquito vector tanto pica (e transmite) animais como humanos. Mas enquanto que o tratamento se salda numa cura total entre as pessoas atingidas, infelizmente o mesmo não acontece com os animais, neste caso os cães.
No entanto, o que sempre me foi dito e explicado pelos veterinários é que sendo o animal tratado e as leishmanias controladas por esse tratamento, e sendo utilizadas nos animais as coleiras e pipetas antimosquitos e os meios de controlo de pragas nas habitações e instalações dos cães, bem como a correcta limpeza dos terrenos e zonas húmidas em volta dos aglomerados, o risco torna-se mínimo.
Em Portugal a leishmaniose, ou calaazar, entre os humanos já foi uma problema sério, que foi tratado e mitigado. Desde meados do século passado que os casos declarados em pessoas desceram para pouco mais de uma dezena por ano. No entanto, também se registaram, há poucos anos, alguns casos mortais em doentes com HIV, por motivos evidentes: eram organismos cujo sistema imunitário estava já completamente destruído pelo vírus.
No Brasil, as coisas são diferentes. Existem duas espécies de mosquitos vectores, e ao que parece as leishmanias também podem diferir, pois foi possível desenvolver uma vacina para uma das estirpes, etc. Por outro lado, os problemas logísticos e de saúde pública também devem diferir muito dos de cá. Mas quanto a isto, só um brasileiro conhecedor desses problemas poderá esclarecer-nos devidamente, penso eu.
Abater um animal com leishmaniose? Só no caso de estar a sofrer e num estado que não permita já nenhuma recuperação, acho eu. Como, aliás, se passa com qualquer outra doença.
<p>Olá, eu sou a Bronkas de outros fóruns e aqui já fui a LucNun.
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<p><strong>Cada vez me convenço mais que há pessoas que têm o intestino ligado à testa.</strong> - "By" alguém que tem ambas as coisas no seu devido lugar.
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<p><strong>Cada vez me convenço mais que há pessoas que têm o intestino ligado à testa.</strong> - "By" alguém que tem ambas as coisas no seu devido lugar.

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Hoje soubemos que o nosso cao adoptado benny, que está com os meus pais na Guarda, tem leishmaniose.... O meu Tosa esteve ainda há duas semanas com ele, epero que nao lhe tenha acontecido nada. Vou pedir os testes para ficar mais descansado...
Só para informar todos que o Benny desde sempre que lhe foi dado as pipetas pulvex e usa sempre a Scalibor, e ainda por cima a viver na guarda, a uma altitude tao elevada, é incrivel como ainda assim foi picado....
Só para informar todos que o Benny desde sempre que lhe foi dado as pipetas pulvex e usa sempre a Scalibor, e ainda por cima a viver na guarda, a uma altitude tao elevada, é incrivel como ainda assim foi picado....
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um flebo não infectado que passe num cão com leish pode passar aos outros cães que pique a seguir sim...pelo menos foi a explicação que me deu o meu vet...tenho um cão que foi detectado bem cedo, não tem qualquer aspecto de estar doente, até agora tem a mesma qualidade de vida que um saudavel e ja faz tratamento diario vai para dois ou 3 anos...ghosts Escreveu:Estando em tratamento não contagia. Os análises dão negativo mais tem que ser tratados de por vida.
O flebótomo transmissor, embora seja também conhecido como mosca da areia, dá-se em qualquer ambiente húmido e com detritos acumulados, suponho que não será característico só de baixas altitudes. E as Beiras eram (e ao que parece ainda são) férteis em flebótomos, havia muita gente afectada pelo calaazar, sim.
Tenho a ideia de que também prolifera com o calor, o que não abunda precisamente na Guarda. Será que foi mesmo lá que o cão a apanhou?
Tenho a ideia de que também prolifera com o calor, o que não abunda precisamente na Guarda. Será que foi mesmo lá que o cão a apanhou?
<p>Olá, eu sou a Bronkas de outros fóruns e aqui já fui a LucNun.
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Sim, o cao nunca saiu de lá...LuluB Escreveu:O flebótomo transmissor, embora seja também conhecido como mosca da areia, dá-se em qualquer ambiente húmido e com detritos acumulados, suponho que não será característico só de baixas altitudes. E as Beiras eram (e ao que parece ainda são) férteis em flebótomos, havia muita gente afectada pelo calaazar, sim.
Tenho a ideia de que também prolifera com o calor, o que não abunda precisamente na Guarda. Será que foi mesmo lá que o cão a apanhou?
Faça uma análise ao seu cão, sim, mas ao sangue, não confie em testes de kit, mesmo que o vet lhe diga que são fiáveis. Não o são totalmente, dão com frequência falsos positivos e falsos negativos.
<p>Olá, eu sou a Bronkas de outros fóruns e aqui já fui a LucNun.
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um flebo não infectado que passe num cão com leish pode passar aos outros cães que pique a seguir sim...pelo menos foi a explicação que me deu o meu vet
Fiz a traduccão dum veterinário espanhol:
Para que um cão seja transmissor através do mosquito deve ter uma face de leishmania no sangue e que o mosquito a absorva.
Caso o cão seja tratado e bem controlado não deveria ter uma face activa em sangue por o que ao picar o mosquito não apanha a leishmania e não poderia transmitira
A transmissão é frequente em cães que não estão tratados e a sangue periférica tem muita leishmania que é a que apanha o mosquito.
http://comunidad.vetpunta.com/ftopic21599.html
Fiz a traduccão dum veterinário espanhol:
Para que um cão seja transmissor através do mosquito deve ter uma face de leishmania no sangue e que o mosquito a absorva.
Caso o cão seja tratado e bem controlado não deveria ter uma face activa em sangue por o que ao picar o mosquito não apanha a leishmania e não poderia transmitira
A transmissão é frequente em cães que não estão tratados e a sangue periférica tem muita leishmania que é a que apanha o mosquito.
http://comunidad.vetpunta.com/ftopic21599.html