Este texto é uma critica mto directa resultante de uma experiência vivida na primeira pessoa.
Resido em Lisboa e aproveitando umas curtas, mas deliciosas férias efectuei um périplo pela bela região do minho. Sendo um interessado por cinófilia, visitei a região de Castro Laboreiro. As minhas expectativas eram as de ter um contacto com animais da raça pela mão de um criador e na melhor das hipóteses observar um dos animais desta raça em acção/trabalho.
Sabia que estava a ser óptimista, mas dirigia-me ao Solar da raça, se aí isso não fosse expectável, aonde o seria???

Abordei a Primeira paragem: Cães de castro Laboreiro vende-se!!!
Após manifestar o interesse em ver cães de Castro Laboreiro, mostraram-me dois cachorros com 4 meses fechados numas traseiras, mas dos quais não me podia aproximar, apesar de eles implorarem por contacto, informaram-me q o os outros andavam pro monte e fechou-se o portão.
Ok....percebi q ali não havia tempo a perder, mas ainda tentei justificar-me, pensando q talvez os privassem do contacto para serem melhores guardas e que nem toda a gente tem tempo para conversas, etc...é mesmo assim, em suma ainda tinha esperança. Romântico...
2ª Paragem: 11:40 O mesmo discurso na tabuleta à beira da estrada, mas com a nota extra: Filhos de campeões.
Após dirigir-me ao local aonde estava o "criador" e explicar que tinha vindo de Lisboa para conhecer os cães de Castro Laboreiro, fui confrontado com mto pouca disponibilidade. Com alguma rudeza responderam-me que tinha vindo em má hora, que lá para as 16 horas talvez fosse melhor.

Não estava à espera que o mundo parasse por minha causa e perante a indecisão entre as duas pessoas que me responderam, (uma delas mais simpática, acedia em mostrar, a outra não), perguntei se era ou não possivel, já disposto a ir-me embora.
Assim lá fomos ao local e voltei a ver cachorros fechados, mas desta vez num local práticamente sem luz, a abarrotar de moscas, apesar de tudo achei q tinham bom aspecto. Devia ser a selecção natural a funcionar.
Os adultos estavam nas traseiras, não me apercebi se tinham mto espaço ou não, só os pude ver através de uma rede e durante pouco tempo, mas tb não é essa a questão.
A pessoa em questão, que afirmou ser o único na região com papéis(LOP,etc), não mostrou o mínimo interesse em informar o que quer que fosse, sobre a raça. Fiquei sem perceber o que é os cães tinham de especial, para serem selecionados como raça.
Não sei se foi por não ser ter falado em €, mas não vou por as coisas nesses termos, para não estar a chamar nomes a ninguém.
Perguntei se havia mais algum sitio que pudésse visitar, mas informaram-me q ali não havia mto mais pessoas a criar e despediram-se com um "Tá visto"!! que me deixou triste. Voltei de Castro Laboreiro, mais cedo do que esperava, com pouco mais do que leváva e sem uma pinga de romantismo.

Resumindo:
Até podia ter vindo do Burkinafaso para comprar um Cão de castro Laboreiro, que certamente não teria comprado.
As minhas conclusões:
1 - É uma questão de mentalidade. Tem tudo a haver como as pessoas encaram o que fazem e não com o que fazem.
2 - Estas pessoas como criadores são maus, como comerciantes, são péssimos!!
3 - Não estou tomar a parte pelo todo, mas assim esta raça não vai a lado nenhum!!
4 - Se as vossas experiências forem contrárias, acreditem que lhes reconheço igual validade.
Dário