Ficam também algumas dicas de pontos fundamentais a cumprir para uma boa saúde física e psicológica do nosso cãopanheiro.
Este tópico foi baseado em informação disponibilizada pelo site http://www.cachorroverde.com.br/
Espero que seja de alguma forma útil.
Dedicado à Fernanda, a perguntadeira insatisfeita

http://cachorroverde.com.br/site2009/?p=1619Nos tempos de nossos pais e avós, as técnicas de diagnóstico veterinário eram limitadas(...) Curiosamente, apesar de todo o impedimento e desconhecimento, nossos pais e avós vivem comentando que a saúde dos bichos da época deles dava de dez a zero na frágil condição dos cães e gatos da actualidade, que parecem adoecer com qualquer coisinha.
Os Totós e Bichanos de antigamente chegavam ao fim precocemente, aos 8, 10 anos de idade. Mas morriam em paz, segundo nos contam. Sob a árvore, no meio de um cochilo. Não tinham os dentes podres e a boca mal cheirosa. Não se coçavam por alergia – e sim por pulgas. Não desenvolviam todos esses tumores que vemos hoje e as fêmeas não apresentavam tanta piometra. E olha que naquela época as pessoas não castravam os bichos de estimação. Cálulos urinários eram raríssimos, de acordo com estatísticas veterinárias.
Onde quero chegar? Nossos animais estão vivendo mais, ultrapassando folgadamente os 10 anos que representavam o limite no passado. Mas será que estão vivendo melhor? Sinceramente, não é o que vejo por aí, lendo e-mails, blogs, livros, etc. O que percebo é uma explosão de enfermidades crônicas e desabilitantes, doença renal, doença hepática, gastrite, epilepsia, diabetes, displasia, doenças auto-imunes, câncer e alergias, lamentavelmente aparecendo cada mais cedo.
Paradoxalmente, a medicina veterinária clínica e suas especialidades, a cirurgia, as ferramentas diagnósticas e o mercado farmacológico nunca estiveram tão avançados e acessíveis. Então, o que está acontecendo?
Pessoalmente, acredito que o grande inimigo do bem estar, da saúde e da longevidade é o estilo de vida que os animais de companhia passaram a ter de duas décadas para cá. De casas, onde tomavam sol e se exercitavam mais, passaram a apartamentos cada vez menores. De comida caseira, passaram a dieta industrializada. Tomavam menos banhos e em casa. Hoje, batem ponto semanalmente em pet shops, onde são tratados com xampus, condicionadores, tonalizantes, perfumes.
A administração anual de vacinas contra 10 doenças (!), de pipetas inseticidas de uso mensal e de anestesia geral para raspagem de “tártaro”, é algo relativamente novo para o organismo dos pets. Há 20 anos, eram submetidos a muito menos intervenções. Tanta proteção intoxica. Abuse do arsenal que evita doenças agudas e o animal terá doenças crônicas. Fígado e rins precisam trabalhar para livrar o corpo dos resíduos desses produtos. O sistema imunológico corre o risco de ficar preguiçoso e até confuso, já que doses constantes de vacinas, vermífugos e inseticidas assumem parte de sua função na proteção do organismo.
Com tantas maneiras de evitar doenças agudas e brandas, nos esquecemos que adoecer pode ser um processo natural de renovação e fortalecimento do organismo.
Mas calma, você não deve virar as costas para as importantes descobertas e recomendações veterinárias dos últimos tempos. Nada disso. Prevenir é ótimo – e sempre será melhor do que remediar. Existem fármacos excelentes e pouco tóxicos no mercado. Mas podemos prevenir doenças sem depender exclusivamente de produtos sintéticos e intervenções rotineiras. Melhor do que isso: podemos prevenir doenças agindo de dentro para fora. Investindo na resistência natural do indivíduo.
Se resgatarmos o bom senso da época de nossos avós e associá-lo ao avançado conhecimento técnico que detemos hoje, teremos companheiros mais longevos que os do passado e mais saudáveis que os do presente.
Exercícios físicos regulares
Cães têm instinto de caça e não dispensam um bom passeio. A atividade física regular intensifica o vínculo cão-dono, fornece estímulo mental, tonifica os músculos, lubrifica as articulações, previne diabetes e obesidade, acalma e socializa o cão e, de quebra, esvazia a bexiga e estimula a sede, o que também ajuda a prevenir doenças, como cistite.
Com muita paciência e recompensa, alguns gatos podem ser acostumados a passear na guia.
A importância da saúde oral
Mal hálito, gengivite, dentes tomados por “crostas” amareladas ou esverdeadas? São sinais de doença periodontal, o “tártaro”, que acomete 80% dos cães e gatos de forma significativa a partir dos três anos de idade. Esse mal silencioso pode ter consequências desastrosas para os rins, para as articulações e para o coração, já que grandes volumes de bactérias da boca têm acesso à circulação sanguínea do animal, podendo se instalar nessas estruturas.
Previna essa doença oferecendo uma dieta abrasiva (que exija mastigação), como a Alimentação Natural, à base de meaty bones (ossos carnudos) crus. Semanalmente, dê um osso recreativo para o pet limpar com gosto os cantinhos dos dentes que não foram atingidos com a mastigação diária. Evite oferecer alimentos ricos em carboidratos aos pets. Eles não têm necessidade alguma de carboidratos na dieta e esse tipo de comida se Se possível, escove vigorosamente os dentes do pet pelo menos dia sim, dia não, com pasta e escova apropriadas para cães.
Esses cuidados, além de garantirem uma boca mais limpa e sadia, dispensarão a necessidade periódica de raspagem do cálculo dental (“tártaro”), que envolve anestesia geral e medicação com antibióticos.
O sol que cura
O contato dos raios solares com os capilares da pele faz com que o corpo sintetize a vitamina D, que é essencial para a imunidade, para combater tumores e obesidade, para o metabolismo do cálcio e para regulação do humor, dentre inúmeras outras funções.
Cães, gatos – e seus donos – devem passar pelo menos alguns minutinhos sob o sol, diariamente. Mas sol filtrado por vidraças não tem efeito! É preciso se expôr diretamente.
Oportunidades de urinar
Segurar o xixi por muitas horas concentra demais a urina, o que predispõe à formação de cálculos e infecções urinárias. Cães que moram em apartamento e foram treinados para fazer xixi apenas na rua, devem descer no mínimo três a quatro vezes por dia. Melhor mesmo é transformar um cantinho do apartamento em banheiro, usando jornal ou plataformas sanitárias. Assim, ele vai sempre que estiver apertado.
http://www.cachorroverde.com.br/microondas.phpEvite o Microondas
Esse forninho é uma mão na roda. Mas pesquisas alertam: seu uso rotineiro é contra-indicado. O microondas promove um aquecimento anormal que agita as moléculas dos alimentos de forma tão veloz e violenta, que leva a significativas perdas nutricionais. Pior que isso: mesmo exposições breves podem converter elementos da comida em substâncias que fazem mal à saúde, podendo causar câncer e distúrbios hormonais.
Equilíbrio emocional
Os pets, assim como nós, adoecem quando estão infelizes ou estressados. Todo cão precisa de doses diárias de companhia humana para ser feliz. Mas só um colinho não faz milagre. Cães e gatos precisam de constância na educação e no manejo, exercícios físicos regulares, estímulo mental e enriquecimento ambiental com brinquedos, ossos naturais, etc. E, muito importante: precisam de respeito e liberdade para serem cães e gatos. Eles podem ser nossos filhos. Mas são filhos caninos e felinos!
Cuidado com o excesso de banhos
O banho remove a camada de gordura que protege a pele dos pets, tornando-a vulnerável à ação de fungos, bactérias e substâncias que podem causar alergias. Mais de um banho a cada 10 dias é exagero. (Damos no máximo um banho por mês em nossos cães – todos de pelagem longa – e um banho a cada 3 semanas em nosso gato Persa.)
Prefira produtos sem odor forte e de pH neutro, adequados para a pele e para a pelagem felina ou canina. A dica quente para espaçar os banhos, é escovar frequentemente a pelagem. A escovação é prazeirosa, reforça o vínculo dono-cão, não sensibiliza a pele à ação de produtos químicos, remove pêlos mortos, sujeira e alérgenos e aumenta a circulação sanguínea local, o que deixa os pêlos mais bem nutridos e bonitos!
http://healthypets.mercola.com/sites/he ... blems.aspxManeire nos anti-pulgas e carrapaticidas
Como diz a veterinária norte-americana Dra. Karen Becker, “Só porque um composto é aplicado ou usado na pelagem do seu pet não significa que seja seguro. Lembre-se: o que é aplicado na pele do animal, também entra no organismo por absorção através da pele ou por ingestão quando o bicho se lambe”.
Esses produtos são inseticidas e apenas nos Estados Unidos estão relacionados a mais de 40 mil casos de intoxicações nos pets anualmente. Mais uma vez, não é para abolir seu uso. No pico do verão, por exemplo, pode ser muito difícil controlar infestações de pulgas e carrapatos sem a ajuda de um produto mais forte. Aqui, conseguimos controlar com sucesso pulgas e carrapatos com no máximo duas doses anuais de pipetas anti-pulgas. E olha que temos cães e gatos e moramos em casa com jardim.
Sabe-se que pulgas, carrapatos, mosquitos e outros parasitos se alimentam primeiro em animais menos saudáveis. Portanto, o objetivo do controle preventivo de pulgas e carrapatos é promover a saúde máxima de seu cão ou gato. Naturalmente isso tornará o pet mais resistente e menos atraente aos parasitos.
Não descuide da limpeza do ambiente, onde ficam 95% das formas imaturas de pulgas e carrapatos. Passe o aspirador de pó frequentemente, tomando o cuidado de jogar o saco fora a cada aspiração. Parece exagero, mas o calor do aspirador faz as pulgas emergirem das pupas e com isso o saco não descartado se torna um criatório de pulgas adultas famintas que rapidamente infestam o animal e o ambiente. Mantenha a grama do jardim sempre aparada e livre de folhas mortas, para que o sol destrua as fases intermediárias das pulgas. Deixe limpas caminhas, casinhas, cobertores e outras superfícies onde o animal dorme, lavando-as com frequência e colocando-as no sol diariamente.
http://www.cachorroverde.com.br/alimentacaonatural.phpDieta natural
“Você é o que você come.” E com seu pet não é diferente. Cada vez mais estudos estão comprovando aquilo que instintivamente já sabíamos: dietas caseiras balanceadas são superiores à alimentação industrializada. Não é à toa que os nutricionistas de humanos recomendam o consumo de alimentos frescos e variados e nos mandam maneirar nos industrializados, nas sopas de pacote, shakes, barrinhas, etc.
Uma dieta caseira contém 70% de umidade natural, o que favorece a saúde dos rins e da bexiga. Pode ser composta por alimentos frescos e saborosos, de alto valor nutricional, como carnes, fígado, ovos, peixes, legumes, verduras e frutas, o que garante a ingestão de vitaminas, minerais, aminoácidos, antioxidantes e ácidos graxos 100% naturais.
A dieta caseira dispensa aditivos químicos potencialmente prejudiciais à saúde, como conservadores, corantes, flavorizantes, aglutinantes, acidulantes, sal em excesso, etc, e pode ser formulada sob medida para a espécie, idade e condição de vida e de saúde de seu cão ou gato.
http://www.cachorroverde.com.br/dietacozida.php
http://www.cachorroverde.com.br/castracao.phpCastração
Esterilizar o pet cirurgicamente pode ser uma medida importante para a longevidade e saúde dele. A castração é indicada para todos os cães e gatos que não se destinam à reprodução oficial, conduzida por um criador apto e idôneo. Entretanto, tem-se discutido muito sobre as vantagens e desvantagens de se castrar os pets antes ou logo após a puberdade. Há que se pesar os prós e os contras. Por motivos que levanto nesse artigo, com 14 textos veterinários recentes como referência, preferi castrar os minhas cadelas após sua puberdade.
http://norbu.com.br/xoops/modules/artic ... .php?id=41
http://www2.dcn.org/orgs/ddtc/sfiles/Lo ... ogs.pdf%20
http://cachorroverde.com.br/site2009/?p=1447Genética/Canil
Se você está disposto a comprar um filhote, em vez de adotar, informe-se a respeito das principais doenças de caráter genético daquela raça e veja se existem exames confiáveis que avaliam os cães reprodutores quanto às chances de transmissão hereditária de doenças, como displasia coxofemoral, doença cardíaca, atrofia progressiva de retina, etc. Não existem garantias. Mas é uma maneira de tentar reduzir o risco de adquirir um filhote com doenças que podem ser controladas.
Também aconselhamos que você procure evitar a compra de filhotes frutos de acasalamentos consanguíneos, também chamados de inbreeding. Quando não estamos mais falando de raças em formação, quando já temos no mundo uma quantidade suficiente de exemplares de uma raça para diversificar os acasalamentos e ampliar o gene pool, será que o inbreeding continua sendo uma necessidade?
Pesquisas recentes indicam que a consangüinidade não é o atalho genético inócuo que muitos criadores acreditam ser. Coincidência ou não – pessoalmente, acredito que não – a média de longevidade dos Goldens das linhagens de trabalho, que carregam muito menor taxa de inbreeding, é superior à média de longevidade dos Goldens extremamente consangüíneos criados para exposições de beleza.
Outro ponto importante é o manejo do filhote no canil. Práticas contra-indicadas incluem:
•Desmame precoce, realizado antes dos 30 dias de vida da ninhada.
•Aplicação de vacina polivalente V8 ou V10 antes dos 60 dias de vida. Melhor seria aplicar uma vacina com menos antígenos, como a V2 (“Puppy”), que protege contra cinomose e parvovirose, as doenças que mais acometem filhotes novinhos. Nessa idade, vacinas com mais “doenças” são um exagero, o organismo do bebê não tem condições de formar anticorpos para dez antígenos e a maior parte deles será destruída pelos anticorpos maternos.
•Vacinar e entregar o filhotinho no mesmo dia. É um duplo desafio para o organismo, com consequências para a imunidade. E o corpo leva pelo menos 7 dias para formar anticorpos.
•Entregar o filhotinho antes de pelo menos 60 dias de vida. Quanto mais tempo o filhote puder passar com a mãe e com os irmãozinhos, melhor. Um filhote entregue antes disso teve que ser vacinado muito antes, o que é contra-indicado até pelos fabricantes de vacinas e pode prejudicar seriamente o frágil e imaturo sistema imunológico.
http://www.cachorroverde.com.br/vacinacao.phpNão exagere nas vacinas
Essa é a questão mais polêmica de todas. Mas, na nossa opinião, é também uma das mais importantes. Vacinas protegem com eficiência nossos pets contra doenças virais perigosas, como a parvovirose e a cinomose. Entretanto, muitos veterinários, imunologistas e pesquisadores vêm questionando, há mais de 30 anos, a recomendação de re-vacinar cães e gatos anualmente.
Você pode não acreditar, mas essa recomendação foi criada pelos fabricantes de vacinas na década de 1970 e não é apoiada por nenhum (nenhum!) estudo científico. Tanto é que nenhuma pessoa que você conhece recebe vacinas todos os anos. Isso é absurdo e desnecessário, já que nossa imunidade – e a dos animais – tem memória. Não é questão de abolir as vacinas. E sim de usá-las com cautela, de saber quando e quais devem ser aplicadas de acordo com o estilo de vida e com os riscos reais que cada pet corre.
As vacinas da série de filhote são super importantes. Um reforço das vacinas realmente importantes e eficientes feito a cada três anos, até o início da velhice do animal, me parece razoável. Mais do que isso, é exagero. E pode fazer muito mal, segundo apontam inúmeros artigos escritos por veterinários, como esse, esse, esse e esse. Para muitos especialistas, o excesso de vacinas é o principal suspeito de causar alergias e câncer nos pets. Na Europa, Estados Unidos, Canadá e Oceania essa questão é amplamente difundida. Se seu veterinário desconhece esses conceitos, envie esse material a ele.
http://www.weim.net/emberweims/Vaccine.html
http://www.news.wisc.edu/8413
Vermifugação com critérios
Vermífugos são…veneno. Literalmente. Veneno para vermes. É sabido, por exemplo, que seu uso rotineiro afeta o fígado. Entretanto, assim como é o caso com as vacinas, não é preciso fugir dos anti-parasitários, mas saber usá-los. Fêmeas devem ser vermifugadas antes de serem acasaladas, por exemplo, para evitar que sofram com parasitismo durante a gestação, quando fica arriscado vermifugar a cadela ou a gata.
Com 15 dias de vida, os filhotinhos devem ser vermifugados, uma vez que um processo natural aconteceu durante a gestação: a migração de larvas de vermes presentes nos músculos das mães, para os fetos. Duas semanas depois, esses filhotes devem receber uma nova dose de vermífugo, para destruir os vermes que resistiram à primeira medicação. Em situações como essas, o vermífugo é útil e necessário. Mas vermifugar a cada 3 meses, para o resto da vida? Não concordo. Na idade adulta, o organismo adquire resistência e parasitos intestinais redondos e chatos deixam de ser um problema. Se incistam na musculatura, onde não causam nenhum desconforto ou doença ao hospedeiro.
Em vez de repetir a vermifugação dos meus pets, o que faço quando eles atingem a vida adulta é submeter periodicamente amostras de suas fezes ao exame coproparasitológico. Esse exame pesquisa a presença de parasitos intestinais. Se o exame deu negativo e eles estão sem sintomas de verminose, não faço absolutamente nada. (Até hoje os exames sempre deram negativos – olha aí a imunidade!). Meu cão mais velho, nascido em 2001, recebeu a última dose de vermífugo há pelo menos 6 anos. Em caso de exame positivo, é só medicar de acordo com o parasito encontrado.
http://www.cachorroverde.com.br/comedouros.phpMaterial das tigelas
Com tantos tipos de comedouros e vasilhas para água, como saber qual escolher? De plástico? De cerâmica? De alumínio? De inox? De vidro? Entenda porque você deve aposentar o quanto antes os potinhos de plástico e de alumínio em favor de recipientes de inox ou vidro.
Adestramento e educação
Cães educados e adestrados são mais equilibrados e nos compreendem melhor. A comunicação mais fácil reduz a frequência de broncas e castigos e isso diminui o estresse e a ansiedade do cachorro. Além disso, cães educados se comportam melhor e isso leva a mais oportunidades de frequentar shoppings, praças, padarias, parques, praias, etc. Caso escape da guia, um cachorro adestrado poderá ser ordenado a sentar e a ficar e isso poderá impedir acidentes, fugas e brigas com outros cães.
Evite a obesidade
Atualmente sabemos que animais obesos:
•Vivem em média 2 anos a menos, conforme mostrou um estudo com Labradores;
•Apresentam maior incidência de cardiopatias;
•Desenvolvem diabetes por resistência à insulina;
•Apresentam intolerância ao exercício físico;
•Sofrem mais com doenças osteoarticulares;
•Podem apresentar dificuldade respiratória;
•Têm a imunidade mais baixa;
•Estão mais predispostos a hiperlipidemia (gordura em excesso no sangue);
•Enfrentam mais dificuldades para emprenhar, gestar e parir;
•Têm mais tendência a desenvolver tumores mamários;
•Estão mais sujeitos à malasseziose e outras afecções dermatológicas;
•Correm mais riscos anestésicos;
•Tornam difícil a realização de exames exploratórios, como radiografia, palpação e auscultação;
•Têm mais chance de romper o ligamento cruzado;
•Freqüentemente apresentam infiltração gordurosa no fígado;
•Correm mais risco de sofrer uma pancreatite hemorrágica aguda;
•São mais propensos à hipertermia em dias quentes;
•Têm maior tendência à formação de cálculos urinários de oxalato de cálcio;
•São mais predispostos (no caso de fêmeas) à incontinência urinária;
•Apresentam maior incidência de infecções urinárias;
•Formam mais calos de apoio.
Ou seja, um pet gordinho não é um animal mais fofo, mais forte, nem mais feliz. Ele sofre com o sobrepeso. As células de gordura produzem substâncias inflamatórias, que acentuam as dores e as limitações. Se seu cão tem brigado com a balança, você precisa ler nosso guia para perda de peso com dieta caseira. Você vai aprender a determinar o peso ideal de seu cão, analisará todos os fatores que o levaram à obesidade e poderá instituir, com acompanhamento do veterinário, nossas sugestões de dietas caseiras. Com essa reeducação alimentar e incorporação de caminhadas diárias, seu melhor amigo retornará ao peso ideal sem sofrimento e com saúde.
Em relação a gatos, a coisa é mais complicada. Gatos obesos precisam ser acompanhados de perto por um veterinário com experiência em endocrinologia felina. Isso, porque os gatos têm uma particularidade: se emagrecem muito depressa, têm o fígado inundado por gordura, o que literalmente emperra o funcionamento desse importantíssimo órgão. Devido a essa condição, chamada lipidose hepática, o gato adoece rapidamente e pode morrer em questão de dias.
Check-ups periódicos
Você sabia que foi pensando nos check-ups anuais que na década de 1970, os fabricantes de vacinas, em conjunto com os veterinários, criaram a recomendação dos reforços vacinais anuais? Naquela época, os pets eram vacinados somente quando filhotes, assim como acontece com nossas crianças. Depois de adultos, esses animais voltavam pouco ao consultório, apenas quando desenvolviam sintomas percebidos pelos donos. Pensando em aumentar o número de consultas e também em prevenir doenças por meio de exames rotineiros, veterinários e farmacêuticos investiram na ideia dos reforços vacinais anuais.
A iniciativa claramente pegou, embora na minha opinião – e na opinião de inúmeros veterinários – os reforços anuais tragam mais problemas do que benefícios aos animais. E o que é pior: frequentemente, os veterinários se esquecem de realizar um check-up completo antes de imunizar o animal, o que ironicamente põe a perder todo o propósito dessa iniciativa.
Em resumo: leve seu cão ou gato ao veterinário anualmente. Não pelas vacinas, mas pelo exame preventivo. Principalmente quando ele tiver mais de 7 anos. O veterinário vai pesar o animal, palpá-lo, auscultar o coração e os pulmões, olhar os dentes, examinar os olhos e os ouvidos, inspecionar a pele e a pelagem e solicitar exames, caso ache necessário. Esse cuidado previne ou detecta problemas no comecinho, evitando sofrimentos e surpresas desagradáveis lá na frente.