Com a enorme quantidade de animais errantes e abandonados que há, o que podemos oferecer-lhes não é, muitas vezes, o ideal, mas o possível -- desde que esse possível respeite as condições mínimas de bem-estar animal, o que, pelo que o ChipMix descreveu, me pareceu ser o caso.
Vemo-nos muitas vezes em dilemas, como o que o paulograve descreveu ou até tão simples como: tiro a trela ao meu cão no jardim para ele poder correr? ou não tiro porque pode correr para a rua e ser atropelado?
É como em tudo na vida: a liberdade tem um preço, e a segurança também.
ChipMix, sinto muito pelo Amarelinho.
O meu amarelinho morreu
Moderador: mcerqueira
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Eu não defendo nenhuma posição radical... Não duvido que o gato estivesse bem alojado, mas um gato não é um cão. Cães não podem, legalmente, viver em liberdade, por exemplo. Quanto à esperteza, varia de animal para animal e também depende dos seus hábitos. Tanto vejo gatos como cães atropelados, tanto uns como outros atravessam estradas desvairados. Só que os cães não PODEM andar soltos. A única cadela que tive que sabia andar na rua e evitar os carros, "desaprendeu" após poucos anos de vida de casa e andar à trela.
Em última instância, a culpa é mesmo do jardineiro, que não tinha nada de abrir a porta ao bichano que, obviamente, não estava habituado a andar na rua. Eu também odeio ver cães acorrentados e aves engaioladas e não ando aí a soltá-los, bolas. O gatito provavelmente assustou-se... a liberdade não pode ser dada assim, tem de ser ensinada...
Em última instância, a culpa é mesmo do jardineiro, que não tinha nada de abrir a porta ao bichano que, obviamente, não estava habituado a andar na rua. Eu também odeio ver cães acorrentados e aves engaioladas e não ando aí a soltá-los, bolas. O gatito provavelmente assustou-se... a liberdade não pode ser dada assim, tem de ser ensinada...
Última edição por Chamarrita em domingo mar 27, 2011 3:30 pm, editado 1 vez no total.
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Verdade. Mas nunca vi gatos a atravessarem nas passadeiras e a olhar para ambos os lados antes de atravessar, e cães, já vi fazerem isso, inclusive errantes. Claro que já vi cães a atravessarem a estrada à doido, ainda no outro dia quase atropelava um, e sim também conheço um gato siamês que está sempre à beira da estrada nacional com o dono velhote e não vai para a estrada nem se assusta com o transito ( e diga-se que estão num passeio com meio metro) mas não é normal, são excepções...Chamarrita Escreveu: Quanto à esperteza, varia de animal para animal e também depende dos seus hábitos.
O felino apesar de meigo tem mais genes selvagens que o cão.
<p><strong> "A grandeza de uma nação e o seu progresso moral podem ser avaliados pelo modo como os seus animais são tratados." -Mahatma Gandhi </strong></p>
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Depende de onde se more, se morar numa rua movimentada as probabilidades de atropelamento são bem altas, e eu não colocaria a vida dos meus gatos em risco.Chamarrita Escreveu:a liberdade não pode ser dada assim, tem de ser ensinada...
Como disse a Tassebem, Segurança tem um preço, a liberdade também.
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Não é uma questão de genes, é uma questão de aptidão para a sobrevivência. Enquanto no cão estas capacidades são atrofiadas ou atenuadas pela domesticação, um gato tem os seus instintos ainda bastante despertos e não está tão adaptado à vida urbana; também tem uma "mente" muito diferente da do cão e basta ver que, quando um gato que não está habituado a sair de casa vai para a rua, entra em pânico e esconde-se no buraco mais próximo, enquanto os cães correm quilómetros.paulograve Escreveu:[
O felino apesar de meigo tem mais genes selvagens que o cão.
Graças a esses instintos e ao seu "design", um gato safa-se muito melhor na natureza do que um cão. O cão está demasiado próximo do homem, chegando a aprender comportamentos como atravessar na passadeira e olhar para os dois lados da rua. O seu "território" é muito maior do que o de um gato. Não são comparáveis, nem é usual um gato comportar-se como um cão, nem um cão comportar-se como um gato.
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passemos às sempre agradáveis comparações com as pessoas
, especialmente com crianças
: uma criança que cresça num meio rural brinca com os vizinhos na rua, sobe às árvores, vai aos ninhos, suja-se de terra, leva ferroadas de abelhas... adapta-se a esse meio e aprende a viver nele, ora sendo ensinada, ora imitando os comportamentos dos seus semelhantes. Uma criança que vive numa cidade, e numa zona movimentada, que cresce no seio de uma família "normal", não vai para a rua brincar. Há muidos que passam tida a sua infância em condomínios fechados, onde há tudo, desde escola, médico, supermercado...
Sabem atravessar a estrada, ligar o microondas, brincam juntas na escola, mas ao fim do dia regressam às 4 paredes. Nas férias, quando vão passar 15 dias a casa dos avós, têm medo de tudo, não querem sujar-se, incomoda-as o silêncio, não conhecem as brincadeiras, e são alvo de riso quando aparecem com a sua btt e um equipamento que mais parece uma armadura...
Podia dar muitos outros exemplos, até aquele em que vamos daqui até Inglaterra e temos de conduzir com o volante do lado "errado", no lado errado da estrada, fazer as rotundas ao contrário... se ignoramos as regras, é provável que tenhamos um acidente.
Os animais são muito mais simples do que nós, e a sua essência é quase puramente biológica. Conseguem aprender um nº de regras bastante limitado, e dependem de nós para viverem em segurança.
Mas tratando-se de seres vivos, crianças, animais ou plantas, devemos proporcionar-lhes a melhor vida possível. E a melhor vida possível é algo muito relativo. Eu não seria capaz de viver em Lisboa, detesto cidades, mudei-me para o campo logo que pude. E enquanto vivi em apartamento - durante quase 40 anos - sempre me senti "prisioneira". Fui uma felizarda na infância, pois vivia numa rua quase sem movimento, podia brincar sem a vigilância de adultos (pelo menos que eu notasse
), fui ensinada a não falar com estranhos, a não atravessar a estrada a correr...
Para mim, as cidades nem são boas para nós, quanto mais para os animais. Mas há pessoas que pensam de modo diferente, que adoram a vida urbana, que conseguem dormir apesar do som dos motores, das sirenes, apesar do betão, das filas, dos semáforos. e odeiam o campo, e sofrem de alergias...
Como disse, é tudo muito relativo. Quem gosta de animais, deseja para eles o que deseja para si. Há quem prefira a liberdade, há quem prefira a segurança.
O jardinéiro é que não tinha nada que abrir a porta, pronto.


Sabem atravessar a estrada, ligar o microondas, brincam juntas na escola, mas ao fim do dia regressam às 4 paredes. Nas férias, quando vão passar 15 dias a casa dos avós, têm medo de tudo, não querem sujar-se, incomoda-as o silêncio, não conhecem as brincadeiras, e são alvo de riso quando aparecem com a sua btt e um equipamento que mais parece uma armadura...
Podia dar muitos outros exemplos, até aquele em que vamos daqui até Inglaterra e temos de conduzir com o volante do lado "errado", no lado errado da estrada, fazer as rotundas ao contrário... se ignoramos as regras, é provável que tenhamos um acidente.
Os animais são muito mais simples do que nós, e a sua essência é quase puramente biológica. Conseguem aprender um nº de regras bastante limitado, e dependem de nós para viverem em segurança.
Mas tratando-se de seres vivos, crianças, animais ou plantas, devemos proporcionar-lhes a melhor vida possível. E a melhor vida possível é algo muito relativo. Eu não seria capaz de viver em Lisboa, detesto cidades, mudei-me para o campo logo que pude. E enquanto vivi em apartamento - durante quase 40 anos - sempre me senti "prisioneira". Fui uma felizarda na infância, pois vivia numa rua quase sem movimento, podia brincar sem a vigilância de adultos (pelo menos que eu notasse

Para mim, as cidades nem são boas para nós, quanto mais para os animais. Mas há pessoas que pensam de modo diferente, que adoram a vida urbana, que conseguem dormir apesar do som dos motores, das sirenes, apesar do betão, das filas, dos semáforos. e odeiam o campo, e sofrem de alergias...
Como disse, é tudo muito relativo. Quem gosta de animais, deseja para eles o que deseja para si. Há quem prefira a liberdade, há quem prefira a segurança.
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Chamarrita, concordo inteiramente consigo.
Quem gosta de animais deseja para eles o que deseja para si. Eu desejo viver numa herdade
, no entanto vivo num T2 no 3º andar... nem sempre é possível ter as condições ideais, mas pelo menos esforçar-mo-nos por dar-lhes as melhores possíveis!
Quem gosta de animais deseja para eles o que deseja para si. Eu desejo viver numa herdade

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O tópico foi editado. Insinuações e provocações não são permitidas. Por favor debatam assuntos mantendo respeito.
Melhores cumprimentos,
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ola chipmix,
lamento muito o sua perda, não têm culpa nenhuma no que aconteceu ,o que é de lamentar é que há pessoas sempre prontas para atacar as outras e culpabiliza- las ,enfim é a sociedade que vivemos .
muito obrigada pela ajuda sobre a minha gata
lamento muito o sua perda, não têm culpa nenhuma no que aconteceu ,o que é de lamentar é que há pessoas sempre prontas para atacar as outras e culpabiliza- las ,enfim é a sociedade que vivemos .
muito obrigada pela ajuda sobre a minha gata

Muito obrigado a todos pelo apoio, esta semana tem sido complicada porque mesmo agora que o amarelinho não esta junto a mim eu quase sempre que chego da faculdade vou a esse meu "abrigo" na esperança de o encontrar e quando la chego vem-me á ideia o sucedido e fico de de novo de rastos, quanto ao jardineiro já prescindi dos serviços deste senhor e neste momento já tenho outro, espero que este não tenha as mesmas ideias do anterior...