Xana, também há uns anos já tive tinha sem que nenhum dos meus gatos tivesse. Se bem me lembro, o tratamento, apesar de dispendioso, foi eficaz, e a tinha não me deu problemas de maior, nem comichões nem nada.
Também há meses recolhi uma gatinha de rua na qual, posteriormente, veio a manifestar-se tinha. Do que compreendi, muitos animais são portadores, sendo que a tinha se manifesta quando há um enfraquecimento do sistema imunitário. Embora a gatinha estivesse separada, quatro dos meus gatos foram contagiados (desta vez, eu não tive, deixa cá bater na madeira…

) Parece que os esporos são mesmo tramados…
Tratei todos os afectados com um xarope, e as lesões desapareceram. Mas, desses cinco gatos, houve uma que teve problemas hepáticos que estão ainda a ser tratados. No caso dela, parece ter havido a conjugação de uma gengivite que a impedia de comer tão bem como de costume e o facto de ser bastante gordinha e ter emagrecido por causa da gengivite, o que levou a uma (espero estar a reproduzir bem o que me foi dito) infiltração de gordura no fígado, que deixou de lidar tão bem com a toxicidade do medicamento como seria de esperar.
Segundo me foi explicado já por dois veterinários esta semana, todos os medicamentos orais para o tratamento da tinha são hepatotóxicos, mas, normalmente, o fígado dos animais é capaz de lidar bem com isso.
Mais: aconselhada a indagar do efeito benigno de um protector hepático, foi-me dito por esses mesmos veterinários que não está demonstrada a sua eficácia na sua administração conjunta com os tais medicamentos para a tinha. O que é aconselhado é a realização, algum tempo após o começo da administração destes medicamentos, de exames que verifiquem a normalidade da função hepática, caso necessário.
Não sei se ajudei ou se baralhei, mas esta é a minha experiência. Resumindo: pergunte tudo muito bem ao seu veterinário e, a partir daí, retire as suas conclusões.
As vossas melhoras.

«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke