Como em quase tudo em Portugal os dados relativos ao uso de veneno são escassos. No entanto todos os anos morrem centenas, senão milhares de animais domésticos e selvagens envenados. Ocasionalmente morrem também alguns seres humanos.
Para conhecer melhor a situação e tentar contrariar esta realidade foi criado o programa antídoto Portugal. Passo a citar o email que me enviaram
Estimados amigos,
Com o objectivo de conhecer a dimensão do uso de venenos em Portugal e
estabelecer medidas de controlo, foi criado o Programa Antídoto . Portugal.
A iniciativa pretende analisar o impacte desta prática, que é considerada
uma importante ameaça à conservação de
algumas espécies silvestres de hábitos necrófagos, como o Abutre-preto, o
Britango, o Grifo, o Milhafre-real ou o Lobo-ibérico, e assim contribuir
para a sua conservação.
O objectivo principal do Programa Antídoto . Portugal é conhecer a dimensão
real do uso de venenos em Portugal e as causas e motivações que estão na sua
origem para, dessa forma, interpretar o impacte sobre dete rminadas
populações de animais silvestres e contribuir para a sua conservação.
O Programa pretende igualmente propor medidas de controlo do uso de venenos
e contribuir para a redução da impunidade actual, forçando a pressão social
e moral sobre o uso de venenos.
Para obter mais informação sobre o uso de venenos e seus efeitos sobre a
fauna, e sobre o Programa antídoto e respectiva estratégia nacional contra o
uso de venenos, está disponível na Internet o sítio
http//antidotoportugal.no.sapo.pt.
Programa Antídoto . Portugal
Travessa da Ferradura n.º 14, 1º frente
6000-293 Castelo Branco
Tel 919457984/272324272
Fax 272324272
Correio electrónico [email protected]
Internet http//antidotoportugal.no.sapo.pt
Peço por favor a todos os que tiverem conhecimento de situações de envenamento de animais para o darem a conhecer a este programa. Em memória da Maia, minha primeira gata que penso que terá morrido envenenada.
Todos juntos podemos tornar o mundo um sítio melhor.
Ajudar a acabar com os envenenamentos-Programa antídoto Portugal
Moderador: mcerqueira
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- Membro Veterano
- Mensagens: 19895
- Registado: segunda dez 16, 2002 1:46 am
- Localização: Abul-Fadl Nadr al-Hamdani
Este tema é interessante, contudo penso e quero acreditar de que quem anda em foruns de animais, supostamente toma os devidos cuidados... a menos que não seja uma pura anedota os donos que para aqui vêem perguntar se deve levar o animal ao vet por suspeita de envenenamento...
Não sei em que é que isto (programa) vai ajudar os animais na prevenção de envenenamentos
Morrem milhares de animais todos os anos por envenenamento e as situação continua, com ou sem programas... basta que uns tantos ignorantes continuem a usar os venenos indiscriminadamente!
A solução seria a de não venenos de venda fácil ao público. Isso sim, mas não me acredito .
Leo
Não sei em que é que isto (programa) vai ajudar os animais na prevenção de envenenamentos

Morrem milhares de animais todos os anos por envenenamento e as situação continua, com ou sem programas... basta que uns tantos ignorantes continuem a usar os venenos indiscriminadamente!
A solução seria a de não venenos de venda fácil ao público. Isso sim, mas não me acredito .
Leo
<p>Desejo a mesma sorte, que a triste sorte dos animais que nao sejam ajudados por quem nao deixa que se os ajude. Autor desconhecido</p>
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<p>Regurgito nas postas de pescada dos arrotadores. Autor desconhecido</p>
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<p>Regurgito nas postas de pescada dos arrotadores. Autor desconhecido</p>
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- Membro Veterano
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- Registado: sexta out 25, 2002 11:19 am
- Localização: dois gatos (Rafa e Pepe), uma cadela (Flash), um cão (Tomé), uma galinha, um pato, uma pata, uma cab
Se não houver denúncias, não há numeros, enquanto não houver números não há argumentos para exercer pressão. Temos de começar por algum lado, não podemos todos cruzar os braços.
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- Membro Júnior
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- Registado: segunda fev 28, 2005 4:47 pm
- Localização: Gatos, Aves e Peixes
O emprego do uso de venenos é uma actividade ancestral. Acontece que em Portugal, como em Espanha, a sua utilização aumentou enormemente nos últimos anos. Em Portugal terá coincidido com a criação das zonas de regime cinegético especial, em que os gestores e os guardas dessas zonas de caça utilizam os venenos para eliminarem de modo não selectivo os predadores de caça menor (coelhos e perdizes).
São os animais selvagens aqueles que são mais afectados (aves de rapina, raposas, ginetes, lobos, etc). Por tabela, no campo, os animais domésticos das quintas e aldeias também morrem, em particular cães pastores. Nos grandes centros urbanos os animais domésticos são pouco afectados, a não ser pontualmente por maldade de alguns vizinhos que para acabarem com os animais que visitam os seus quintais colocam venenos. Não é comum, mas também não é raro (um gato dos meus pais que andava na rua morreu envenemado).
A aplicação de venenos não é fácil de acabar, pois não basta proibir a venda de venenos. A venda de estricnina já há muito que é proibida, mas pode-se comprar ilegalmente. Por outro lado, há à venda, legal e livremente, pesticidas e esses são também usados. Qualquer agricultor (ou pessoa) pode comprar. Mesmo que só se vendesse a agricultores comprovados o problema continuaria.
O programa Antídoto, similar ao espanhol, visa quantificar os casos de aplicação de venenos bem como a mortalidade e, através de sensibilização, desincentivar o seu emprego, procurar vias para a acabar ou minimizar o envenamento. Uma das vias é, como disse a educação e sensibilização ambiental.
Este não é meramente um problema relacionado com mortalidade animal. É um problema de conservação da natureza e um problema que nos deve preocupar a todos.
Nuno
São os animais selvagens aqueles que são mais afectados (aves de rapina, raposas, ginetes, lobos, etc). Por tabela, no campo, os animais domésticos das quintas e aldeias também morrem, em particular cães pastores. Nos grandes centros urbanos os animais domésticos são pouco afectados, a não ser pontualmente por maldade de alguns vizinhos que para acabarem com os animais que visitam os seus quintais colocam venenos. Não é comum, mas também não é raro (um gato dos meus pais que andava na rua morreu envenemado).
A aplicação de venenos não é fácil de acabar, pois não basta proibir a venda de venenos. A venda de estricnina já há muito que é proibida, mas pode-se comprar ilegalmente. Por outro lado, há à venda, legal e livremente, pesticidas e esses são também usados. Qualquer agricultor (ou pessoa) pode comprar. Mesmo que só se vendesse a agricultores comprovados o problema continuaria.
O programa Antídoto, similar ao espanhol, visa quantificar os casos de aplicação de venenos bem como a mortalidade e, através de sensibilização, desincentivar o seu emprego, procurar vias para a acabar ou minimizar o envenamento. Uma das vias é, como disse a educação e sensibilização ambiental.
Este não é meramente um problema relacionado com mortalidade animal. É um problema de conservação da natureza e um problema que nos deve preocupar a todos.
Nuno