Vai fazer um ano, amigo, que estou sem ti. As vezes estou a janela, a noite, naquela janela que nos separou. Imagino que tu me consegues ver, lá da distancia. Ainda te lembras dos nossos dias felizes?
Lembras das promessas que te fiz, que um dia ia acabar o curso e que podíamos viver melhor? Tenho a tua patinha gravada numa das minhas fitas de finalista. Estavas tão contente naquele dia que vesti a capa, achaste tanta graça.
Mas tu já não estas ca para eu cumprir as promessas que te fiz, para te recompensar as vezes que me esperaste, o carinho que me davas, a companhia que me fazias durante aqueles anos tão difíceis.
Não sei se estas bem ou se estas mal. Não sei se estas vivo ou se estas morto.
Os dias tem me passado, as vezes ainda penso que estas lá em casa a minha espera. Escondido atras de alguma porta, para depois saltares para me dar um grande susto. Maroto.
Tentei ser forte, Tobias. Sabes que sou uma pessoa tímida. Mas andei noite atras de noite com a tua fotografia ao peito nas ruas. Os desviar de olhos, os risos, nada me incomodou, mas os teus posters no chão rasgados e amarrotados era como o arrancar do meu coração.
A dor, a dor é tão grande. Mesmo passado um ano tu consegues estar comigo.
Quando era pequenina a minha mãe disse me que durante a minha vida ia conhecer pessoas que me iam marcar. Não não es uma pessoa, mas marcaste me para sempre minha bolinha de pêlo com olhos verdes.
Marcaste me.
Perdoa me amigo,
A tua eterna Teresa




