Importante! Reacções das pessoas ao facto de gostarmos de gatos...

[imarcelo]

Os seres mais indefesos para mim são as crianças os animais e os idosos.

Eu amo os animais e de que maneira, mas o amor que tenho pela minha filha é incomparável a qualquer outro sentimento que possa ter.

Foi falado aqui na revista cais.É verdade que a revista tem temas que muitas pessoas não acham interessantes, mas o que está por trás da revista é ajuda, é a única sobrevivência de muita gente.

Conheci um rapaz ( 30 e poucos anos) ucraniano, doente, com 4 ou 5 filhos, que tinha como único meio de sobrevivência a venda da revista. Por trás tinha todo o apoio da revista, quer na ajuda médica quer na sua própria sobrevivência.

E ele contribuia. Fazia questão nisso! Por isso quando me contou a hoistória e me pediu que eu o ajudasse a vender no espaço onde trabalho onde estaria abrigado do frio, e onde passam centenas de pessoas por dia, eu não exitei, consegui o que ele precisava para sobreviver.

Eu vi o empenho, a honestidade daquele homem, que quando a sua doença o não deixou continuar a trabalhar me veio informar que deixava de vir ele , mas se podia vir em seu lugar o seu filho mais velho.

Uma pessoa da revista cais teve a gentileza de me ligar, e de comunicar a situação dramática, e triste desta familia, que a todo o custo a revista esta a ajudar.

Hoje quando vejo alguem a vender a revista, sei o que está por trás dela!

[LuMaria]

Vou ser honesta, pela primeira vez, desde que ando pela arca, um tópico deixou-me furiosa, triste e revoltada.

[texuga]

Calma loirinha linda!

Anda, salta comigo -->



Xuga

[patricias]

Muito bom dia para todos,

eu vou fazer a vontade à patux e escrever algo.

Quando eu resolvi sair de casa dos meus pais para a minha casa e resolvi começar à procura de um gato (amarelo/laranja, branco e bebé) apareceram-me vários gatos nestas condição, mas nenhum na zona de Lisboa. Como o tempo ia passado, resolvi rever as condição e optei por ir à UZ ver de um gato adulto (Peewee), quando lá fui senti-me bastante sensível e acabei por não adoptar nenhum gato (o Peewee não era o gato mais indicado para mim, segundo uma pessoa da UZ me disse, como soubesse qual o gato que o seria...).

Acabei por contactar uma senhora na outra margem que inicialmente disse que tinha, mas depois quando a contactei disse-me que o gato adulto amarelo já tinha sido adoptado. E então eu "baixei" os braços e disse: "Qual é o gato mais desgraçado que tem para ser adoptado, aquele que ninguem quer. Eu fico com ele" E foi assim que eu adoptei a Tri... O mais estranho foi quando eu cheguei a casa da senhora e ela disse-me que a Tri era uma gata muito reservada, então nós abrimos as transportadoras e a Tri como quem não quer a coisa foi para dentro da minha transportadora... Eu mal a vi!

Bjokas,
Patrícia

[amarantaursula]

2 questões:

1) honestamente, esta discussão ganhou contornos, no mínimo, surreais. Poios então agora é preciso escolher os animais merecem mais ajuda que as pessoas? Parece-me que se tratam de perspectivas simplistas. Eu gosto muito de gatinhos, especialmente do meu pequenito, mas também gosto de pessoas. Obviamente não de todas as pessoas, mas por haver pessoas más eu não generalizo abusivamente pressupondo que as pessoas são todas viciosas, caloteiras, preguiçosas e que pedem para não trabalhar. Não, eu não preferia só falar com animais.
Parece-me abusivo passar do pedinte da minha rua para todas as pessoas afectadas pelo empobrecimento que se tem verificado nos últimos anos. É não querer olhar para todos os dados que indicam que esse empobrecimento se tem generalizado e aumentado progressivamente. É acima de tudo, viver fechado num mundinho em que o desemprego (sim, a falta conjunta de emprego e trabalho) e a pobreza se vem entranhando em camadas cada vez mais largas da população. Sinceramente, fazer a escolha entre os direitos dos animais a serem bem tratados e os das pessoas (como aqui foi feito) parece-me um exercício de matemática inaplicável a estas questões. Parece-me, aliás, um belo exemplo de falta de humanidade.

2) quanto ao tema inicial desta discussão: também me irrita solenemente que as pessoas achem muito estranho (e o manifestem) o facto de eu tratar o meu gato com afecto e respeito, por o levar à veterinária quando necessita, por o desparasitar no dia certo e por verificar regularmente sinais de doença ou outros. Não alinho naquela história do gato como o animal interesseiro que não conhece dono (geralmente versus o cão). Creio que é preciso reabilitar a imagem dos gatos, sobretudo dos pretos. Os meus pais também tinham essa teoria e ao fim de um mês com o Eneias cá em casa já lhes tinha passado. Mas a melhor forma de reabilitar a imagem dos gatos (e dos animais em geral) não é insultando automaticamente aqueles que, por qualquer razão, não tiveram uma boa experiência co animais (ou não a quiseram ter) e sobretudo não é insinuando que estes valem mais que os seres humanos.

[leonildecarvalho]

Lógicamente que não se deve recusar ajuda a quem precisa e infelizmente há muita miséria no nosso País. Contudo há muita desonestidade nesse campo e, acaba por pagar o "justo pelo pecador" infelizmente.
As pessoas, cada vez mais, deixam de se sensibilizar perante certas situações de pobreza porque muitas poderiam ser evitadas e outras não são reais...!
Penso que é aqui que se coloca a questão..?!

Eu também prefiro ajudar os inocentes...os animais, mas há ocasiões em que se nota nitidamente a fome em certos mendigos... e a esses eu também não recuso. É preciso é saber diferenciá-los...
Leo

Quando referi ajudar inocentes, refiro-me mesmo a inocentes...a pessoas que pelo sistema Social, Político e Económico, que temos acabam por ficar na miséria sendo que alguns de um momento para o outro! E, inocentes, também, os animais! . Esses, então, se não forem um pequeno punhado de pessoas a preocuparem-se com eles, não será com toda a certeza com fundos Governamentais que sobrevivem. Além de que esses não têm quaisquer meios de subsistência... não estamos numa época primitiva em que os animais subsistiam com o que caçavam!

Leo