Gatos com sida felina. Que fazer ?

Fórum para todos os assuntos relacionados com os nossos amigos felinos.

Moderador: mcerqueira

fabriro
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sexta jun 27, 2003 4:25 pm

Concordo com a Anja quando diz que quem adopta tem direito a saber. Claro que tem. Mas eu por exemplo a grande maioria de gatos que dou para adopção são gatinhos bebés. Claro que não tenho possibilidades financeiras de testar todos. Dou-vos um exemplo. Os últimos gatinhos que recolhi foi uma ninhada de cinco que estava a morrer à fome num quintal porque a gata mãe tinha morrido atropelada dois dias antes de eu os encontrar. Foram criados a biberão e dois deles foram muito problemáticos e gastei no vet com esta ninhada mais de 100 contos. Há pessoas neste fórum que sabem que isto é absoluta verdade. (no ano 2010 acabo de pagar ao vet :-) ) Claro que de forma alguma tenho possibilidades financeiras de testar todos. Gostaria de saber a vossa opinião acerca disto. Acham que deverei deixar os gatinhos morrerem no seu ambiente porque não posso testar? Mas ainda mais importante ou tão importante como isto. É sabido que os testes deverão ser feitos aos 6 meses ou depois. Que fazer então? Ter os gatinhos em casa até essa altura e ficar com todos porque é sabido que em Portugal a grande maioria das pessoas que adopta gatos quer bebés? E se por acaso eu tivesse muito dinheiro e decidisse gasta-lo (mal) testando os bebés. Que fazia aos que dessem positivos? Voltava a pô-los no lugar para eles (segundo a opinião da maioria) contagiar os outros, ficava com eles todos ou “adormecia” um gato que poderia viver feliz e saudável longos anos? Gostaria de saber a vossa opinião a respeito disto porque já me aconteceu dar dois gatinhos bebés a uma pessoa e mais tarde ao fazer o teste um deles ser positivo! Claro que a pessoa em causa continua com ela e a gatinha está muito bem e saudável junto dos “irmãos” que só para informação continuam negativos um deles irmão da mesma ninhada!
Um abraço
Fátima
Al3xas
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sexta jun 27, 2003 5:03 pm

Oi!
Não quero fugir muito ao assunto!! Mas a minha gata nunca fez os testes de FIV e o FELV... Ela realmente veio da rua com dois meses e a mãe e os outros gatos todos estavam instalados num terraço com espaço numa casa...porque a dona da casa, nem se importou que eles fossem para lá,não trata deles porque não tem dinheiro, mas pelo menos dá-lhes de comer, e umas festinhas, fez casotas para eles,para não apanharem chuva, mas de resto os gatos são todos abadonados, apenas dormem por lá e comem! E eu nunca cheguei a fazer estes testes! A minha gata é magrinha, mas é porque nunca comeu muito! E nunca esteve doente, nem nunca teve uma aparência de doente, a menos que não se note!!
Já o irmão dela é gorduxo...mas é porque é castrado...e veio do mesmo sitio, mas é da ninhada a seguir á da minha gata!Mas este gato encontra-se numa casa onde já se encontram 9 gatos (na casa da vizinha da minha avó),ela dá de comer aos gatos lá da casa da senhor, porque nem sempre essa senhora tem comida para eles... então a vizinha da minha avó vai lá...qd vê algum gatinho bébé,leva para casa,e vai ao VET com ele...Uma vez,tava uma gata a ter os filhotes no meio do estrada, ela foi chamar o marido e foi tudo pa casa e dp po VET (no msm dia)...e por lá estão, felizes da vida! 6 gatinhos + a Mãe, a tia da minha gata (Petrusca), o Mano da minha gata (Igor) e mais um que é parecido com siames (Robin)... O 1º gatinho dela foi um gatinho preto LINDO de morrer... Yuri! Infelizmente morreu,mas teve uma vida optima...Morreu com 14 ou 15 anos!! Ok..mais uma vez fugi ao assunto! Mas acham que devo fazer o teste? a minha gata desde pequena que não está em contacto com outros gatos!!

Fiquem Bem

Al3xas

.ps. se tiver erros, desculpem-me! :o :o :o :o [/url]
anjaazul
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sexta jun 27, 2003 6:41 pm

não sei porque há pessoas que têm de levar tudo ao extremo. dos gatos que tenho, 6 vieram da rua. nunca fiz testes e desconheço se estão infectados. no entanto, estou mentalizada para que isso possa acontecer. quando se trazem gatos da rua para oferecer, custa alguma coisa alertar o futuro dono para essa possibilidade? claro que há sempre o risco de a pessoa ficar alarmada. mas se o gato estiver mesmo doente? provavelmente, vai ser abatido, já não vai a tempo de ser tratado ou é abandonado. o importante é a forma como se aborda a questão. sem criar alarmismos.
pois... eu também nunca fiz testes aos meus gatos por questões de dinheiro. a vet, ao ver o estado deles, não tem achado necessário. mesmo com o serafim, que levou teeeempos a ficar bom.
CasadeAnaval
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sexta jun 27, 2003 7:16 pm

Fabriro, a vacina já está a ser comercializada nos EUA há algum tempo, se desejar contactos de veterinários norte-americanos que a aplicam, para acreditar... A situação da transmissão por contacto da saliva ainda não está provada nem colocada de parte. Existem correntes antagónicas ( como para tanta coisa nos EUA). Portanto jogue-se pelo seguro, como sugere o laboratorio que fabrica a vax.

Os hospitais vet. americanos têm procedimentos rígidos para animais infecto contagiosos ( ditados pela AVMA) como é o caso do Fiv e não é por terem possibilidade de andar às dentadas lá dentro.

Os gatos que vivem em conjunto há vários anos têm menos possibilidade de contágio ( mas podem ser contagiados na mesma) mas os gatos mais em causa aqui não são esse :

Quantas adopções não correm mal por os gatos já residentes não admitirem a bem um novo animal no seu território ? Aqui o risco é muito grande de lutas, não o neguem.

Não queria dizer que as pessoas que andem a dar gatos para adopção façam os testes mas sim que falem com os novos donos para os fazerem, desde que num laboratório e não os testes rápidos.

Pode desincentivar adopções ? Concordo que em alguns casos sim, mas serve para quem dá ter a consciência tranquila e por outro lado, uma pessoa que não gasta o dinheiro para despistar uma doença no gato dificilmente irá tratá-lo em caso de ele ser positivo e os problemas começarem a manifestar-se. É melhor dar 10 gatos nestas condições que 15 na incerteza, isso na minha opinião.
<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
CasadeAnaval
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sexta jun 27, 2003 7:58 pm

Obrigado Cleopatre, por acaso a idéia surgiu-me quando o Nunez disse que ponderava colocar o gato numa colónia não sendo ele sequer castrado.


Ainda há uma falta de informação muito grande tanto sobre alguams doenças bem como a forma de ajudar.

o ano passado apanhei um gato extremamente simpático que "vivia" à volta de minha casa e Zás ;) . Fez-se o teste e voilá, imaginem o que ele tinha... Curiosamente veio um vizinho queixar-se de que lhe tinha capado o gato de uma forma que parecia que tinha sido ele castrado ;) . Infelizmente o gato já tinha demasiada idade para perder os hábitos e ele morreu atropelado porque o dono não tinha consciência.

Não há nada pior que uma colónia de gatos adultos, sexualmente activos para aumentar o número de gatos simplesmente e para aumentar o número de gatos doentes...
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caneco
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sexta jun 27, 2003 9:16 pm

Já agora passo a traduzir a pesquisa efectuada pela Piolha:

:arrow: Disponivel em www.lbah.com/Feline/fiv.htm

O Virus da Imunodeficiência Felina, também conhecido por FIV, foi descoberto na California em 1986. É transmitido de gato para gato principalmente por mordidelas, pois o virus liberta-se na saliva. O contacto intimo através da pelagem, partilha de comida, etc. não espalha o virus. Esta doença está distribuída em todo o globo. O FIV está estreitamente associado com o FELV. Deverá informar-se sobre ambas as doenças se tiver um gato. O FIV infecta preferencialmente os glóbulos brancos que são parte essencial do sistema imunitário dos gato. O virus inutiliza ou destroi os glóbulos brancos e, deixa o gato susceptivel a infecções. Se um gato é infectado pelo FIV, fica infectado para toda a vida, podendo transmitir o virus se morder outro gato. Ainda assim este virus funciona de forma similar ao virus da SIDA nos humanos que, por sua vez não são infectados pelo FIV.
O FIV é causado por um retrovirus denominado "lentivirus". É similar ao retrovirus que causa FELV em gatos, causando sintomas similares, nomeadamente supressão do sistema imunitário. É ainda similar ao virus da SIDA nos humanos, sendo por vezes referido como a SIDA dos gatos. Não há provas de que as pessoas possam apanhar SIDA por um gato que tenha FIV. Apenas uma pequena percentagem de gatos nos EUA estão infectados por este virus.
Um dos meios mais predominantes da transmissão são feridas por mordidas entre gatos em luta, especialmente gatos errantes. As crias podem ser infectadas pelo virus no útero e durante a amamentação. Este virus é facilmente destruído por detergentes e desinfectantes comuns.

:arrow: mais um disponivel em http://web.vet.cornell.edu/Public/FHC/fiv.html

O principal modo de transmissão é através de feridas por mordidas. Contactos casuais não agressivos entre gatos não aparenta ser um meio eficiente de transmissão do FIV. Em raras ocasiões, a doença é transmitida de uma mãe infectada para as suas crias durante a gestação, aquando da passagem pelo canal de nascimento, ou quando os recém-nascidos ingerem leite infectado. O contacto sexual não é provavelmente o meio mais comum de disseminação da doença.
A transmissão de gato para gato do FIV numa casa com vários gatos, onde não existam lutas entre gatos aparenta ser bastante rara. Muitos gatos seropositivos em FIV não são diagnosticados senão depois de terem vivido no ambiente de vários gatos durante anos. Idealmente, quaisquer gatos infectados em tais casas deveriam ser separados dos que não estam infectados, mas na realidade, se a luta ou brincadeiras violentas não existirem, o risco para os gatos não infectados aparenta ser reduzido.

:arrow: outro disponivel em www.bestfriends.org/sanctuary/creature/FIV.htm

O FIV não é facilmente transmitido entre gatos. Não pode ser espalhado ao acaso como nos caixotes de areia, água e taças de comida, ou quando eles se abraçam ou brincam. É raramente transmitido de uma mãe para as suas crias


Caneco
CasadeAnaval
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sexta jun 27, 2003 9:35 pm

Tirado do mesmo site de Cornell a que o caneco se referiu .
http://web.vet.cornell.edu/Public/FHC/fiv.html
Citação:
Muitos gatos positivos não são diagnosticados até que tenham vivido muito anos em ambiente com vários gatos. Idealmente, quaisquer gatos infectados nessas casas devem ser separados dos não-positivos mas se a luta não tomar lugar os risco aparenta ser baixo

Quanto tempo posso esperar o meu gato com Fiv sobreviver ?

Não é possivel prever acuradamente a expectativa de vida de um gato infectado. Em circunstâncias ideiais, tais como isolamento dos gatos infectados eles estarão de boa saúde em períodos de muitos meses a muitos anos .

Novo gato em casa de gato com Fiv
Gatos com fiv estão frequentemente infectados com outros agentes infecciosos que podem ser uma ameaça para o recém-chegado por isso precauções devem ser tomadas, nomeadamente a desinfecção ou substituição de pratos de comida e tigelas de água, camas, casinha das necessidades. Na desinfecção a lexivia faz um óptimo desinfectante.

fim de citação.

E lembro.

Adoecimento de gatos sem Fiv que vivam com os positivos pode influenciar negativamente a saúde destes ultimos.

Não se está aqui como parece estar a temer-se, alarmar as pessoas e bloquear adopções mas sim alertar as pessoas:

Por exemplo, se eu adoptasse um gato com Fiv e a pessoa que mo deu não me tivesse informado da mesma, chegando o gato a minha casa, embrulha-se com um dos meus gatos e este apanha o fiv, eu no minimo ia pedir satisfações a quem me deu o gato por não me alertar.

Mais abaixo, link sobre a vacina :
http://www.aafponline.org/fiv_info_brief.htm

deste último url, da responsabilidade da Associação maericana de veterinários dedicados a felinos só retiro o abaixo:


cito:
Será impossivel assegurar a segurança de adoptar gatos com fiv em casas com gatos não infectados. vacinar todos os resindentes antes da adopção pode dar alguma segurança mas não será realista assumir que todos os vacinados estarão protegidos.

Ou seja, se mesmo vacinados os especialistas colocam reticências isso demonstra o meu ponto de vista. O risco na adopção. Ter dois gatos há 5 anos e um deles ser positivo agora é um risco talvez menor segundo dizem, ter um gato positivo agora é um risco real pois não sabemos como eles se vão dar.

A questão final é: Sabendo o que sabem agora vão correr o risco de adoptar um gato sem tomar precauções de saber exactamente o que levam para casa e a forma correcta de agir para não prejudicar o gato com fiv que entra ou os sem fiv que já lá estão ?

Não quero criticar o caneco mas cito esta frase dele
Última edição por CasadeAnaval em sexta jun 27, 2003 10:21 pm, editado 2 vezes no total.
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CasadeAnaval
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sexta jun 27, 2003 10:19 pm

O caneco diz e penso que a fabriro e a piolha apoiam ( em caso negativo as minhas desculpas a ambas)

Pensando que a transmissão do virus é fácil pode-se chegar ao ponto de ninguém querer adoptar gatos abandonado por terem uma probabilidade razoável de terem FIV. Já há demasiados donos a abandonar gatos por virem a saber que eles têm FIV.

Penso ser importante verificar o temperamento de um gato que se adopte e que se veio a saber que tem FIV. É que se for sociável é, a meu ver, preferível mantê-lo com os outros gatos da casa a ser eutanasiado. Se não for sociável então separava-o.
Se já há demasiados donos a abandonarem gatos por terem fiv, irão logicamente abandonar estes quando souberem. Sabendo dos riscos, como já vos mencionei, torna possivel que o futuro dono seja uma pessoa informada tanto da forma como agir para defender a saúde dos seus gatos com e sem fiv como se faz uma selecção natural de uma pessoa que gosta de gatos e de uma que não se arrisca.

2- É importante medir o temperamento do gato, concordo, o problema é que é necessária a informação correcta , desdramatizar o Fiv é tão mau como dizer que se transmite pelo olhar ( exagerando :) )
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caneco
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sexta jun 27, 2003 10:31 pm

CasadeAnaval Escreveu: Por exemplo, se eu adoptasse um gato com Fiv e a pessoa que mo deu não me tivesse informado da mesma, chegando o gato a minha casa, embrulha-se com um dos meus gatos e este apanha o fiv, eu no minimo ia pedir satisfações a quem me deu o gato por não me alertar.
Com certeza! Eu faria o mesmo (pediria satisfações). Para mim não teria pés nem cabeça dar um gato sabendo que tem FIV e sem dizer nada ou mesmo que não tivesse FIV informaria sobre FIV (e muito mais assuntos). As pessoas têm de ser informadas a maneira mais extensa possivel.

Como disse anteriormente, se fosse eu adoptar um gato com FIV, examinaria numa quarentena o seu comportamento e só os juntaria se visse que ele seria especialmente paxola. Mas para mim o mais importante é não abandonar ou eutanasiar um gato que se vem a saber mais tarde (por vezes anos) que afinal tinha FIV.

Caneco
CasadeAnaval
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sexta jun 27, 2003 10:36 pm

Agradeço o esclarecimento, é que eu estava ficar com uma ideia oposta.

Fique bem :)
caneco Escreveu:
CasadeAnaval Escreveu: Por exemplo, se eu adoptasse um gato com Fiv e a pessoa que mo deu não me tivesse informado da mesma, chegando o gato a minha casa, embrulha-se com um dos meus gatos e este apanha o fiv, eu no minimo ia pedir satisfações a quem me deu o gato por não me alertar.
Com certeza! Eu faria o mesmo (pediria satisfações). Para mim não teria pés nem cabeça dar um gato sabendo que tem FIV e sem dizer nada ou mesmo que não tivesse FIV informaria sobre FIV (e muito mais assuntos). As pessoas têm de ser informadas a maneira mais extensa possivel.

Como disse anteriormente, se fosse eu adoptar um gato com FIV, examinaria numa quarentena o seu comportamento e só os juntaria se visse que ele seria especialmente paxola. Mas para mim o mais importante é não abandonar ou eutanasiar um gato que se vem a saber mais tarde (por vezes anos) que afinal tinha FIV.

Caneco
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anjaazul
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sexta jun 27, 2003 11:56 pm

o problema não é eutanasiar ou abandonar um gato com fiv. eu na terceira, via constantemente gatos a serem abatidos (e a terem) essas doenças. em lx, pasmei quando a vet disse que isso não era necessário. essas pessoas desconheciam como se transmite a doença e vacinas, está quieto. o mesmo se passa com a esgana nos cães.

por muito manso que um gato seja, é gato. eu costumava dizer que o joão e a joana eram a única família feliz que conhecia. mas de vez em quando , dava-lhes a verdasca e era pancadaria. mais paxola que o pantufa ou a cinderela, só papa :roll: :roll: :roll: mesmo assim, por vezes brincam e magoam-se. alguns andam com peladas por causa de arranhões. sem falar no serafim que tem uma ferida na cara há que semanas. não cicatriza porque a maluqueira é muita. então, como garantir que um gato doente nunca vai magoar outro? seria mais prudente, ter apenas um gato, caso este sofresse de fiv/felv. estar sempre de olho aberto e esperar pelo pior. o pantufa tem uma insuficiência renal,´e é essa atitude que tenho. grande vigilância e esperar que um dia as coisas dêem para o torto. desejo que isso só aconteça daqui a mais 7 anos.
Florinda
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sábado jun 28, 2003 12:11 am

Olá

Este assunto já foi aqui discutido várias vezes, mas nunca é de mais (Porquê a ironia, Piolha?)...
Tenho 16 gatos em casa, todos testados para FIV e FELV, todos com resultado negativo, todos com testes de kit... Segundo as minhas vets, os testes de kit para o FIV e o FELV são fiáveis. Isso não quer dizer que não possam falhar. Até as análises de laboratório podem falhar, porque há sempre uma margem de erro associada...

Testes de PIF em kit são para esquecer! (Penso que era a esses que a fabriro se referia, quando disse que não eram fiáveis) Os de laboratório, segundo pesquisas que fiz recentemente, são muito demorados e complicados, não basta uma única análise (de fezes ou de sangue), é necessária uma bateria de testes, ao longo de vários meses, e, mesmo assim, podem dar falso negativo, porque há sempre a hipótese de a colheita de fezes ser feita numa altura em que o vírus não está a ser "largado" nas fezes.

Quanto ao modo de transmissão de FIV e FELV, nunca pesquisei muito, mas uma amiga minha pesquisou, porque tem 4 gatos com FIV (que ela saiba...) e uma gatinha com FELV. Nos gatos com FIV, é fundamental terem as vacinas em dia, pelos motivos óbvios.

Creio que a Piolha falou de alguém a quem deu dois gatinhos e um deles veio a saber-se que tinha FELV e que a pessoa optou por não os separar. Bom, no caso do FELV isso não é tão grave como no caso do FIV porque há uma vacina para o FELV, certo? Ok, não é 100% eficaz, mas nenhuma vacina o é! Não é por isso que deixamos de vacinar os gatos, certo?
No caso do FIV, a eficácia fica-se pelos 80%. Não é genial, e talvez por isso ainda não se tenha difundido muito. Mas, vistas as coisas, 80% é melhor que 50% que é melhor que 0%...

Ainda segundo pesquisas da minha amiga, não é de descartar a hipótese de o FIV ser transmitido através da saliva entre gatos que se lambam uns aos outros, como é normal em gatos que se dêem bem. Claro que há quem afirme peremptoriamente que esse contágio não é possível. A minha amiga não duvida que seja possível, até porque os primeiros gatos que deram positivo para o FIV davam-se todos bem, não andavam à bulha. Podiam, por uma grande coincidência, já estar contaminados quando ela os adoptou, de várias origens. Quem vai saber agora? Ela, na altura, também nunca tinha ouvido falar da doença. Soube dela da pior maneira: um dos gatos dela adoeceu, começou a ser tratado e continuava a definar. Os vets falaram-lhe de um teste, ela mandou fazê-lo, deu positivo. Começou a testar os outros, encontrou mais dois positivos. Parou por aí. Para quê saber se havia mais algum? Não ia mandar abatê-los, isso estava fora de questão. Ela sabe perfeitamente que há risco de contágio, apesar de eles serem mais ou menos pacíficos. Posteriormente, adoptou mais dois com FIV. Não lhe passa pela cabeça adoptar um gato saudável. O risco pode ser muito baixo, mas existe. Para quê correr o risco? Também não está nos planos dela adoptar mais gatos com a doença. Isso iria aumentar o risco para os que ainda não estão contaminados. Penso que ninguém contesta que o stress aumenta a susceptibilidade às doenças...

Quanto ao FELV, e ainda segundo as pesquisas da minha amiga, pode transmitir-se até pelos bebedouros e comedouros e através de secreções nasais, ao contrário do FIV. Felizmente, há uma vacina.

Uma vez que todos os meus gatos deram negativo para FIV e FELV, não me passaria pela cabeça adoptar um positivo. Quem junta animais saudáveis e animais doentes, com certeza tem consciência do risco. Espero que tenha. Assumir esse risco fica ao critério de cada um e da sua consciência. Mas tenham consciência de que o risco existe, por muito pequeno que seja. Desdramatizar a questão não me parece correcto.

A questão de dar animais sem serem testados... Pois, o ideal era serem testados. Mas quem é que tem dinheiro para testar todos os que lhes passam pela mão? Eu não tenho! Acho que quem adopta é que deverá levar o gato ao veterinário e pedir para fazer os testes, se quiser saber. E se der positivo? Deve ir pedir satisfações a quem lho deu? Essa questão é mais complicada...
Se o gato for de raça e for vendido, penso que não há dúvidas de que a responsabilidade é do "criador", que tem a obrigação moral de só reproduzir e vender animais saudáveis. Mas no caso de animais recolhidos da rua... que responsabilidade tem alguém que o recolhe e tenta encaminhá-lo para um lar, onde espera que o animal seja bem tratado? Terá alguma responsabilidade? Eu acho que não! Se essa pessoa souber que o gato está infectado, tem o dever moral de informar a pessoa interessada em adoptá-lo, para que essa pessoa possa tomar uma decisão informada. Um animal infectado com uma doença destas não se pode impor a ninguém. Claro que se se vier a descobrir que o gato é FIV positivo, alguém vai ter de tomar uma decisão. Difícil, sem dúvida nenhuma. Nunca me aconteceu, e espero que nunca me aconteça. É um dilema que não desejo a ninguém. De uma coisa tenho a certeza: eu não assumiria, neste momento, o risco de o pôr em contacto com os meus.

Fiquem bem

Florinda Lopes
fabriro
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domingo jun 29, 2003 12:00 pm

Florinda tudo o que disseste e que contaste que a tua amiga faz vem de encontro ao que eu sinto. A proposito dos testes quando falei dos kits estava a referir-me não só ao Pif mas a todos . Sei que fiv e felv tem uma margem de erro menor mas se o meu Prince tivesse dado positivo eu ia querer confirmar em laboratório por isso quando fizer aos outros vou faze-lo logo em laboratório, para quê gastar “dois dinheiros”? :-)
A tua amiga faz aquilo que eu sempre afirmei que faria se um dos meus gatos desse positivo, nunca o separaria. Neste momento tenho o Prince e a Ninja a disputarem um rato que mais parecem duas crianças, a Patuska empenhada em não me deixar escrever e o Pantufinhas como sempre mais isolado mas a apreciar a brincadeira da pequenada! Olhando para eles e imaginando que amanhã terei um positivo a fiv ou felv não me passa sequer pela cabeça dota-lo ao isolamento. Que me desculpem os mais sensiveis mas preferiria “adormece-lo” como sei que nunca faria tal coisa só me resta mante-los juntos. Não estou com isto a dizer que o fiv e felv não acarretam perigos, é certo e sabido que sim mas também o virus da coriza é dos mais se não o mais mortal de todos e mais contagioso se o tratamento não for muito cuidado e nem por isso um gato constipado é rotulado de doente perigoso!
Agora em relação a quem defende que os donos tem direito a serem avisados. Estamos todos de acordo. Mas gostaria que me dessem dicas de como o fazer. É que a teoria como em tudo na vida é fácil mas a prática torna-se mais complicada. Que discurso é que eu, a Florinda, a Sara e todos aqueles que tem gatinhos bebés para doação devem adoptar? Uma coisa do género. "Olhe a senhora está agora a adoptar-me um gatinho com dois meses mas tem que ter atenção que existe o fiv e o felv. Como é mais seguro fazer o teste para saber se é positivo quando o gato tiver 6 meses espere até essa altura. Nessa altura faça o teste e se der positivo tem algumas hipóteses. Ou continua com o gato, ou o abandona, ou mo devolve ou o põe a “dormir”. Não estou a conseguir lembrar-me de outra forma de abordar o assunto. Claro que quem dá gatos como nós iríamos, com toda a certeza, ficar com a casa cheia de gatos positivos a uma ou outra coisa ao fim de uns tempos. Mas como não podia ser injusta também teria que alertar para o Pif, para a coriza para milhentas coisas que são tão ou mais perigosas para o animal. Não será mais fácil fazer aquilo que tenho sempre feito? Alertar para uma boa alimentação, para uma boa assistência veterinária e durante muito tempo acompanhar com telefonemas, mail’s ou visitas a casa das pessoas o gato que dei sem rotular doenças? Ainda ontem de manhã fui com a dona de dois “afilhados” meus ao vet porque ela me pediu. Já foram dados há mais de um mês, na semana passada tive a visita duma gatinha que dei há mais de quatro meses, amanhã vou desparazitar e limpar os ouvidos a dois gatinhos que dei em bebés e que agora são matulões de 8 meses. Não faço a minima ideia se são positivos ou negativos a fiv ou felv, mas tenho certeza absoluta que são felizes, saudáveis e que os donos os adoram!
Um abraço
Fátima
Adopte ou apadrinhe um gato visite www.felinus.tk
CasadeAnaval
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domingo jun 29, 2003 1:36 pm

Acho que tem toda a razão, mas talvez haja algo a fazer sobre isso, em termos de informar as pessoas sobre as doenças.

O Fiv acaba por estar mais em foco que outras doenças por ser relativamente menos conhecido e no nosso país ainda não existir vacina disponível, pelo que complica a prevenção que se faz no plano geral de vacinação.
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caneco
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domingo jun 29, 2003 6:38 pm

Relativamente a pedir explicações quanto a um gato ter FIV, tal só faria sentido se tivesse suspeitas que a pessoa sabia de antemão que ele tinha FIV e não me tivesse referido nada.
Também acho que a Fabriro tem razão quanto aos pontos que foca.
Como refere CasadeAnaval, sempre há algo a fazer em termos de informar as pessoas sobre as doenças, porém o acompanhamento que a Fabriro faz em relação aos gatos que dá, demonstra que está sempre em cima do acontecimento, sendo difícil fazer melhor.

Caneco
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