Morgaine, a gatinha tartaruga Felv a precisar de um lar
Moderador: mcerqueira
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Boa noite,
Este será provávelmente o nosso último post aqui na arca.
Como a ajuda à Morgaine não apareceu e pelo vistos nem vai aparecer ela vai ter de ir para a União Zoofila. É com o enorme desgosto nosso que tal vai acontecer e o pior é saber que não podemos fazer mais nada uma vez que não temos dinheiro nem para vacinar os nossos 5 gatos contra o FELV para que ela pudesse ficar connosco, nem iriamos ter dinheiro para lhe providenciar todo o cuidado adicional que ela precisa graças à sua doença.
Pensávamos que tinhamos feito algo de bom, tirar um animal doente da rua, cuidar dele e arranjar um lar. Pensámos também que iria existir alguém como nós que se preocupasse e a acolhesse. Mas não. Neste mundo, toda a gente só quer o que é “socialmente aceitável” e isso vê-se até nas escolhas que fazem num parceiro de estimação.
Tem de ser perfeito, bébé, giro e querido, saudável e bonito para exibir.
Lembramo-nos de quando fomos buscar a nossa primeira gata. No meio de 5 irmãos “fofinhos, bonitos e saudáveis” estava a nossa Selena: muito doente, fanhosa, triste e com o pêlo mal tratado. Foi ela que veio para casa connosco.
Infelizmente a Morgaine não terá a mesma sorte e magoa-nos não poder fazer mais, não poder esquecer que simplesmente não há dinheiro cá em casa para mais um gato e trazê-la para um conforto e carinho que ela precisa.
Estamos tristes e desapontados, perdemos toda e qualquer esperança na raça humana.
Fomos tirar um animal da rua, que apesar de doente tinha carinho e alimento todos os dias e também a sua liberdade, para o fechar numa gaiola durante 1 mês e meio a ser tratada para NADA! A Morgaine está farta de estar fechada, o seu comportamento alterou-se um pouco esta última semana, está mais agressiva porque quer sair da gaiola, e o pior é que vai passar o resto dos seus dias numa, sem sequer receber o carinho e atenção que recebia na rua... ali ela vai ser só mais uma. Na rua ela era a Morgaine para nós, a Tininha para a senhora que a tratava e para mais umas quantas vizinhas.
Vemos o quanto ela foi posta de parte até pela associação que nos ajudou, que nem se deu ao trabalho de divulgar a menina no seu próprio blog, como se de uma praga qualquer se tratasse, sem lhe dar a miníma oportunidade de encontrar alguém que a acolha como se fosse uma vida de segunda categoria. Vemos em todo lado os olhares fugidios de quem se escapa a qualquer responsabilidade. Estamos cansados.
E por mais que isto nos custe nunca mais iremos tirar um animal da rua porque com esta experiência... se se dizem protectores de animais imagino se não o fossem.
Sem mais nada a dizer.
Bruno e Joana
Este será provávelmente o nosso último post aqui na arca.
Como a ajuda à Morgaine não apareceu e pelo vistos nem vai aparecer ela vai ter de ir para a União Zoofila. É com o enorme desgosto nosso que tal vai acontecer e o pior é saber que não podemos fazer mais nada uma vez que não temos dinheiro nem para vacinar os nossos 5 gatos contra o FELV para que ela pudesse ficar connosco, nem iriamos ter dinheiro para lhe providenciar todo o cuidado adicional que ela precisa graças à sua doença.
Pensávamos que tinhamos feito algo de bom, tirar um animal doente da rua, cuidar dele e arranjar um lar. Pensámos também que iria existir alguém como nós que se preocupasse e a acolhesse. Mas não. Neste mundo, toda a gente só quer o que é “socialmente aceitável” e isso vê-se até nas escolhas que fazem num parceiro de estimação.
Tem de ser perfeito, bébé, giro e querido, saudável e bonito para exibir.
Lembramo-nos de quando fomos buscar a nossa primeira gata. No meio de 5 irmãos “fofinhos, bonitos e saudáveis” estava a nossa Selena: muito doente, fanhosa, triste e com o pêlo mal tratado. Foi ela que veio para casa connosco.
Infelizmente a Morgaine não terá a mesma sorte e magoa-nos não poder fazer mais, não poder esquecer que simplesmente não há dinheiro cá em casa para mais um gato e trazê-la para um conforto e carinho que ela precisa.
Estamos tristes e desapontados, perdemos toda e qualquer esperança na raça humana.
Fomos tirar um animal da rua, que apesar de doente tinha carinho e alimento todos os dias e também a sua liberdade, para o fechar numa gaiola durante 1 mês e meio a ser tratada para NADA! A Morgaine está farta de estar fechada, o seu comportamento alterou-se um pouco esta última semana, está mais agressiva porque quer sair da gaiola, e o pior é que vai passar o resto dos seus dias numa, sem sequer receber o carinho e atenção que recebia na rua... ali ela vai ser só mais uma. Na rua ela era a Morgaine para nós, a Tininha para a senhora que a tratava e para mais umas quantas vizinhas.
Vemos o quanto ela foi posta de parte até pela associação que nos ajudou, que nem se deu ao trabalho de divulgar a menina no seu próprio blog, como se de uma praga qualquer se tratasse, sem lhe dar a miníma oportunidade de encontrar alguém que a acolha como se fosse uma vida de segunda categoria. Vemos em todo lado os olhares fugidios de quem se escapa a qualquer responsabilidade. Estamos cansados.
E por mais que isto nos custe nunca mais iremos tirar um animal da rua porque com esta experiência... se se dizem protectores de animais imagino se não o fossem.
Sem mais nada a dizer.
Bruno e Joana
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Bruno,
Várias vezes tenho falado e pensado, nestes dias, sobre a Morgaine. Várias vezes tenho estado para vir ao tópico, puxá-lo para cima, na esperança de que alguém com possibilidade de acolher a Morgaine aparecesse. Não o fiz, mea culpa.
A sua desesperança e grande tristeza é patente neste seu post. Não tentou escondê-la, e fez bem. É o sentimento que muitas vezes assola quem, sem pensar mais que duas ou três vezes, ainda assim resolve tirar um animal da rua, tratá-lo, cuidá-lo e tentar dar-lhe outra vida. A verdade é esta: nunca se sabe se a história vai acabar mal ou bem, embora, falo por mim, se tenda a pensar que se vai conseguir cuidar bem desse animal e dar-lhe um lar condigno.
Muitas das pessoas com o tal “olhar fugidio” não podem mesmo fazer nada pela Morgaine. Outras, talvez pudessem, mas não estão para isso, ou por egoísmo, ou por medo de sofrer, ou por medo de não serem capazes de enfrentar possíveis despesas acrescidas. Uns casos são mais compreensíveis que outros, e é complicado e possivelmente injusto estar a fazer juízos de valor.
A mim, dói-me que a Morgaine tenha de ir para a UZ. Não vou fazer juízos sobre esta associação, não a conheço bem, mas, ao que parece, as condições não são as melhores, seja por falta de meios, seja por sobrelotação, seja lá pelo que for.
Por isso, venho fazer aquilo que me propunha fazer já há algum tempo, que era apelar em nome da Morgaine. Disse já que o destino dela e o do meu Sabará estavam ligados, de certa maneira, porque, se o Sabará tivesse encontrado o lar que desejava para ele, a vaga que deixaria na FAT que só acolhe gatos FeLV (que pena não existirem mais, e é sobremaneira de louvar quem o faz) seria certamente para a Morgaine.
Já tem havido ajudas inesperadas aqui na Arca. Aquilo a que apelo é a que alguém que tenha um gatinho FeLV acolha a Morgaine; ou que não tenha gatos, e acolha a Morgaine; ou que possa ajudar na vacinação contra FeLV dos gatos do Bruno para que ele possa receber a Morgaine.
Há muitas Morgaine. Umas acabam por morrer à sua própria sorte, sem que ninguém dê conta; outras, como esta, chegam ao nosso conhecimento e têm a sorte de ter um Bruno a lutar por elas. Não o deixemos lutar sozinho. Não o deixemos tão magoado com a situação da sua menina e tão desesperançado ao ponto de ter dito o que disse no seu post anterior.
Várias vezes tenho falado e pensado, nestes dias, sobre a Morgaine. Várias vezes tenho estado para vir ao tópico, puxá-lo para cima, na esperança de que alguém com possibilidade de acolher a Morgaine aparecesse. Não o fiz, mea culpa.
A sua desesperança e grande tristeza é patente neste seu post. Não tentou escondê-la, e fez bem. É o sentimento que muitas vezes assola quem, sem pensar mais que duas ou três vezes, ainda assim resolve tirar um animal da rua, tratá-lo, cuidá-lo e tentar dar-lhe outra vida. A verdade é esta: nunca se sabe se a história vai acabar mal ou bem, embora, falo por mim, se tenda a pensar que se vai conseguir cuidar bem desse animal e dar-lhe um lar condigno.
Muitas das pessoas com o tal “olhar fugidio” não podem mesmo fazer nada pela Morgaine. Outras, talvez pudessem, mas não estão para isso, ou por egoísmo, ou por medo de sofrer, ou por medo de não serem capazes de enfrentar possíveis despesas acrescidas. Uns casos são mais compreensíveis que outros, e é complicado e possivelmente injusto estar a fazer juízos de valor.
A mim, dói-me que a Morgaine tenha de ir para a UZ. Não vou fazer juízos sobre esta associação, não a conheço bem, mas, ao que parece, as condições não são as melhores, seja por falta de meios, seja por sobrelotação, seja lá pelo que for.
Por isso, venho fazer aquilo que me propunha fazer já há algum tempo, que era apelar em nome da Morgaine. Disse já que o destino dela e o do meu Sabará estavam ligados, de certa maneira, porque, se o Sabará tivesse encontrado o lar que desejava para ele, a vaga que deixaria na FAT que só acolhe gatos FeLV (que pena não existirem mais, e é sobremaneira de louvar quem o faz) seria certamente para a Morgaine.
Já tem havido ajudas inesperadas aqui na Arca. Aquilo a que apelo é a que alguém que tenha um gatinho FeLV acolha a Morgaine; ou que não tenha gatos, e acolha a Morgaine; ou que possa ajudar na vacinação contra FeLV dos gatos do Bruno para que ele possa receber a Morgaine.
Há muitas Morgaine. Umas acabam por morrer à sua própria sorte, sem que ninguém dê conta; outras, como esta, chegam ao nosso conhecimento e têm a sorte de ter um Bruno a lutar por elas. Não o deixemos lutar sozinho. Não o deixemos tão magoado com a situação da sua menina e tão desesperançado ao ponto de ter dito o que disse no seu post anterior.
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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Ah, Bruno, e compreendo a mágoa que o fez dizer o que disse, mas não se arrependa de ter tirado a Morgaine da rua. Se não o tivesse feito, ela já cá não estava com toda a certeza. Assim, enquanto há vida, há esperança.
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
Tenho tanta pena de não poder ficar com essa gatinha...
Lamento tanto sentir tanta verdade e amargura nestes dois comentários!
Mundo mau em que vivemos... insensível... e pobre!!!


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... Carolina Homenagem ao meu Tareco: http://arcadenoe.sapo.pt/forum/viewtopi ... highlight=
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Também tenho imensa pena, mas não está mesmo ao meu alcance ficar neste momento com mais um animal... A situação não está facil!
Qual é o valor das vacinas contra o Felv? Não conseguiamos fazer uma vaquinha?
Não perca a esperança!!
Qual é o valor das vacinas contra o Felv? Não conseguiamos fazer uma vaquinha?
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Bom dia Bruno,
Venho também eu pedir-lhe que não desista dessa gatinha, e dizer-lhe que também contribuirei com a vaquinha para vacinar os seus 5 gatos para que possa considerar em ficar com a Morgaine até que apareça outro bom coração que possa ficar com ela.
Dê noticias.
P.S. Para meu mal não sou crente (acho que a vida é um pouca menos difícil para os que são) mas acredito que neste planeta ainda existe um numero considerável de boa gente como o Bruno, e a Joana. Bem hajam.
Venho também eu pedir-lhe que não desista dessa gatinha, e dizer-lhe que também contribuirei com a vaquinha para vacinar os seus 5 gatos para que possa considerar em ficar com a Morgaine até que apareça outro bom coração que possa ficar com ela.
Dê noticias.
P.S. Para meu mal não sou crente (acho que a vida é um pouca menos difícil para os que são) mas acredito que neste planeta ainda existe um numero considerável de boa gente como o Bruno, e a Joana. Bem hajam.
Clara
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Vou ser sincera, porque é essa a minha maneira de ser. Percebo a revolta do forista que criou este tópico mas acho de uma completa injustiça essa acusação de que as pessoas só querem bebés perfeitinhos. E acho um insulto para tantos forista que por aqui andam e que se esforçam por acolher animais fora desses "parâmetros". Tal como ele, as restantes pessoas também têm empecilhos nas suas vidas que não permitem ficar com este animal. Louvo muito a sua atitude de a retirar da rua mas não a sua falta de compreensão para o facto de que, tal como ele, as restantes pessoas também não a podem acolher. Seja porque têm mais gatos, seja porque têm medo de sofrer, seja porque estamos em crise e um animal doente significa despesa....
Desculpem lá mas acho que é um desabafo injusto e até uma certa infantilidade...
Desculpem lá mas acho que é um desabafo injusto e até uma certa infantilidade...
<p>"Os cães podem vir quando são chamados; os gatos anotam a mensagem e voltam a ligar mais tarde."</p>
<p> Mary Bly </p>
<p> Mary Bly </p>
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Peço desculpa garfield2010 mas não concordo consigo, não sinto o desabafo do Bruno injusto e até uma certa infantilidade, sinto-o com uma boa dose de desespero.
Mas ainda bem que existem interpretações diferentes das mensagens aqui deixadas, caso contrário os diálogos terminávam rápido.
Mas ainda bem que existem interpretações diferentes das mensagens aqui deixadas, caso contrário os diálogos terminávam rápido.
Clara
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Tem razão, Garfield, eu também acho que o Bruno cometeu algumas injustiças, nomeadamente em relação à associação de que fala, se é a que eu penso. Esta associação não discrimina gatinho nenhum, mas são meia dúzia (se forem) de pessoas com vidas absolutamente alucinantes e o tempo não chega para tudo. E varinhas de condão, já se sabe, só existem nos contos de fadas.
Mas foi um desafabo, isso notou-se perfeitamente, no meio de um sentimento de grande tristeza, e quando assim é todos nós ficamos com o raciocínio um bocadinho toldado.
Não lhe levemos a mal e vamos concentrar-nos em arranjar uma solução para a Morgaine que não passe por ela ir para a UZ.
Já várias pessoas se disponibilizaram para ajudar no sentido de ajudar o Bruno a vacinar os seus gatos contra o FeLV. Antes de mais nada, é preciso saber se isso seria uma solução para o Bruno e que ele se manifeste.
Mas foi um desafabo, isso notou-se perfeitamente, no meio de um sentimento de grande tristeza, e quando assim é todos nós ficamos com o raciocínio um bocadinho toldado.
Não lhe levemos a mal e vamos concentrar-nos em arranjar uma solução para a Morgaine que não passe por ela ir para a UZ.
Já várias pessoas se disponibilizaram para ajudar no sentido de ajudar o Bruno a vacinar os seus gatos contra o FeLV. Antes de mais nada, é preciso saber se isso seria uma solução para o Bruno e que ele se manifeste.
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
Eu também não considero um insulto o que o Bruno disse... todos aqueles que têm animais para adoptar tirados da rua, sentem que este desabafo vai de encontro à realidade com que lidam! Todos nós sabemos que nem todos os adoptantes podem ser medidos pela mesma bitola... por isso, todos nós sabemos que há quase sempre uma preferência para que a adopção de animais aparentemente "perfeitos e saudáveis" seja mais rápida que para os outros...
Todos nós que frequentamos este espaço podemos ver isso... eu vejo! E por isso senti o desabafo do Bruno como sincero e real... infelizmente!
Sei também, que este desabafo pode magoar aqueles que com os seus actos maravilhosos, não se enquadram nesse tipo de desabafo... é o caso da Garfield... e de muitos outros que com o seu coração especial, não se importam com o tipo de animal que adoptam... mas, temos que ser realistas e entender que esse tipo de pessoas são em numero muito diminuto!
E logicamente que tudo tem uma razão para que assim seja, seja ela monetaria, humanitária... ou lá o que lhe queiram chamar... mas infelizmente é assim!
Todos nós que frequentamos este espaço podemos ver isso... eu vejo! E por isso senti o desabafo do Bruno como sincero e real... infelizmente!
Sei também, que este desabafo pode magoar aqueles que com os seus actos maravilhosos, não se enquadram nesse tipo de desabafo... é o caso da Garfield... e de muitos outros que com o seu coração especial, não se importam com o tipo de animal que adoptam... mas, temos que ser realistas e entender que esse tipo de pessoas são em numero muito diminuto!
E logicamente que tudo tem uma razão para que assim seja, seja ela monetaria, humanitária... ou lá o que lhe queiram chamar... mas infelizmente é assim!
... Carolina Homenagem ao meu Tareco: http://arcadenoe.sapo.pt/forum/viewtopi ... highlight=
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- Localização: 1 Oscar,1 Garfield,1 Vicente, 1 Pintarolas, 2 "caturros",1 Diamante de Gould,1 casal periquitos...
Continuo a afirmar que não é assim que se procede. Não se pode retirar um animal da rua e depois disparar em todas as direcções só porque não o conseguimos encaminhar para outro lado. Quando retiramos, temos de ser responsáveis por todas as consequências que advenham. Eu penso assim. Por que senão, também pode ser censurado por ele próprio não estar a procurar soluções alternativas, certo?
Afinal, não é só recolher e fazer depois ultimatos e acusações....
Afinal, não é só recolher e fazer depois ultimatos e acusações....
<p>"Os cães podem vir quando são chamados; os gatos anotam a mensagem e voltam a ligar mais tarde."</p>
<p> Mary Bly </p>
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Bom dia,
O desabafo anterior não foi de forma alguma dirigido a qualquer pessoa aqui da arca, onde temos sido constantemente apoiados.
Sabemos também que grande parte das/os foristas ajudam vários animais, são fats, tiram animais da rua, adoptam e tratam deles com tanto carinho, amor e dedicação como nós dos nossos.
Estamos simplesmente a comentar a sociedade em geral que se espelha nesta situação, do quão dificil é conseguir adopção para um caso como o da Morgaine.
A comentar também que todas as pessoas que conhecemos e com quem falámos, que poderiam ser adoptantes da Morgaine, pessoas que não têm gatos e com condições económicas, simplesmente não querem saber e não pelos motivos que são perfeitamente compreensíveis: falta de dinheiro para comportar despesas, alergias, gatos saudáveis em casa sem estarem vacinados contra a doença, ou simplesmente porque é impossivel ter mais um gato em casa, porque por mais que se diga “onde comem 5 comem 6” esse nem sempre é o caso, é triste mas é verdade.
Tassebem, a associação prontificou-se a ajudar-nos sim, e por tal estamos-lhe muito gratos, mas a verdade é que se for ao blog, no meio de gatos que nós já vimos irem para a clínica através da associação posteriormente à Morgaine, esses já estão lá divulgados mesmo ainda estando na clínica, a Morgaine que já lá está há quase 2 meses e nem vê-la divulgada.
Isso para nós são duplos padrões que nos incomodam, mas lá está, são opiniões. Para nós a Morgaine é tão digna de divulgação como um gatinho fofinho e saudável apesar de compreendermos que o segundo caso é de longe mais apetecível, no entanto poderia haver alguém que se interessasse por ela no meio desses casos de adopção mais fácil.
Não estamos aqui para ofender ninguém. Estamos apenas tristes e desesperados por uma vida que merece tanto respeito como qualquer outra. Só não queremos que aconteça o pior: que ao tirar a Morgaine da rua para aliviar o seu sofrimento, acabemos por a sujeitar a um sofrimento ainda maior.
Bruno e Joana.
O desabafo anterior não foi de forma alguma dirigido a qualquer pessoa aqui da arca, onde temos sido constantemente apoiados.
Sabemos também que grande parte das/os foristas ajudam vários animais, são fats, tiram animais da rua, adoptam e tratam deles com tanto carinho, amor e dedicação como nós dos nossos.
Estamos simplesmente a comentar a sociedade em geral que se espelha nesta situação, do quão dificil é conseguir adopção para um caso como o da Morgaine.
A comentar também que todas as pessoas que conhecemos e com quem falámos, que poderiam ser adoptantes da Morgaine, pessoas que não têm gatos e com condições económicas, simplesmente não querem saber e não pelos motivos que são perfeitamente compreensíveis: falta de dinheiro para comportar despesas, alergias, gatos saudáveis em casa sem estarem vacinados contra a doença, ou simplesmente porque é impossivel ter mais um gato em casa, porque por mais que se diga “onde comem 5 comem 6” esse nem sempre é o caso, é triste mas é verdade.
Tassebem, a associação prontificou-se a ajudar-nos sim, e por tal estamos-lhe muito gratos, mas a verdade é que se for ao blog, no meio de gatos que nós já vimos irem para a clínica através da associação posteriormente à Morgaine, esses já estão lá divulgados mesmo ainda estando na clínica, a Morgaine que já lá está há quase 2 meses e nem vê-la divulgada.
Isso para nós são duplos padrões que nos incomodam, mas lá está, são opiniões. Para nós a Morgaine é tão digna de divulgação como um gatinho fofinho e saudável apesar de compreendermos que o segundo caso é de longe mais apetecível, no entanto poderia haver alguém que se interessasse por ela no meio desses casos de adopção mais fácil.
Não estamos aqui para ofender ninguém. Estamos apenas tristes e desesperados por uma vida que merece tanto respeito como qualquer outra. Só não queremos que aconteça o pior: que ao tirar a Morgaine da rua para aliviar o seu sofrimento, acabemos por a sujeitar a um sofrimento ainda maior.
Bruno e Joana.
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Bruno, não vou discutir pormenores porque não estou dentro deles. Sei é o que é o dia-a-dia das voluntárias dessa associação, isso sei. Ainda ontem, por mero acaso, deixei noutro tópico um relato de um diazinho só de uma delas.
Eu sou uma pessoa um bocado para o prático e, portanto, acho que interessa agora é falar do presente e do futuro imediato da Morgaine. A menos que apareça rapidamente um adoptante, o que parece ser improvável, e como já várias pessoas se manifestaram dispostas a ajudar no sentido de o Bruno poder vacinar os seus gatos para receber a Morgaine, o que diz em relação a isso?
Eu sou uma pessoa um bocado para o prático e, portanto, acho que interessa agora é falar do presente e do futuro imediato da Morgaine. A menos que apareça rapidamente um adoptante, o que parece ser improvável, e como já várias pessoas se manifestaram dispostas a ajudar no sentido de o Bruno poder vacinar os seus gatos para receber a Morgaine, o que diz em relação a isso?
«Ninguém cometeu maior erro do que aquele que nada fez, só porque podia fazer muito pouco.» Edmund Burke
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Garfield, isto não foi de forma alguma um ultimato ou uma ameaça do género: ou adoptam a Morgaine ou ficamos zangados, etc.
O post que escrevemos não foi mais do que constactar uma realidade e como tal não lhe vamos pôr açúcar em pó por cima só para ficar bonito. Escrevemos apenas o que se passa, sem mais nem menos e é o que temos feito aqui desde o início, com a maior das sinceridades.
A Morgaine foi a primeira gata de rua que ajudámos (isto sem poder ficar com ela, porque senão a nossa gata Selena seria então a primeira), portanto estamos longe de saber todos os procedimentos correctos que grande parte dos/as foristas já conhece. Não estamos portanto “vacinados” para situações mais tristes como a da Morgaine. Trata-se de um sentimento de desespero e impotência e nada mais que isso.
No que toca a responsabilidade pela Morgaine, acho que é importante realçar que nunca a deixámos de ir ver, ir acompanhando o caso e divulgando, grande parte das pessoas iria virar as costas e deixá-la entregue à associação, é sempre mais fácil lavar as mãos e pensar “já fiz o que podia fazer”. Mas nós continuámos e continuaremos a acompanhá-la mesmo que ela vá para a UZ.
Tassebem, acho que já deixámos claro que não se trata só dos custos da vacina contra o FELV, que depois deverá ter de levar reforços periódicos para os quais não há dinheiro cá em casa. Além do mais a Morgaine vai precisar de mais assistência veterinária que um gato saudável, coisa que não podemos comportar com a maior das infelicidades. Vocês não fazem ideia da ginástica que se faz cá em casa para ter os nossos 5 gatos e para alimentar uma ninhada de bufanitos de rua de 4 (incluindo a mãe) que nasceu aqui na rua de trás. Estamos literalmente no nosso limite e acredite que não é por má vontade que não ficamos com ela, porque um lugar no nosso coração já ela conquistou. Ela precisa de alguém que lhe dê o que nós não vamos poder dar.
O post que escrevemos não foi mais do que constactar uma realidade e como tal não lhe vamos pôr açúcar em pó por cima só para ficar bonito. Escrevemos apenas o que se passa, sem mais nem menos e é o que temos feito aqui desde o início, com a maior das sinceridades.
A Morgaine foi a primeira gata de rua que ajudámos (isto sem poder ficar com ela, porque senão a nossa gata Selena seria então a primeira), portanto estamos longe de saber todos os procedimentos correctos que grande parte dos/as foristas já conhece. Não estamos portanto “vacinados” para situações mais tristes como a da Morgaine. Trata-se de um sentimento de desespero e impotência e nada mais que isso.
No que toca a responsabilidade pela Morgaine, acho que é importante realçar que nunca a deixámos de ir ver, ir acompanhando o caso e divulgando, grande parte das pessoas iria virar as costas e deixá-la entregue à associação, é sempre mais fácil lavar as mãos e pensar “já fiz o que podia fazer”. Mas nós continuámos e continuaremos a acompanhá-la mesmo que ela vá para a UZ.
Tassebem, acho que já deixámos claro que não se trata só dos custos da vacina contra o FELV, que depois deverá ter de levar reforços periódicos para os quais não há dinheiro cá em casa. Além do mais a Morgaine vai precisar de mais assistência veterinária que um gato saudável, coisa que não podemos comportar com a maior das infelicidades. Vocês não fazem ideia da ginástica que se faz cá em casa para ter os nossos 5 gatos e para alimentar uma ninhada de bufanitos de rua de 4 (incluindo a mãe) que nasceu aqui na rua de trás. Estamos literalmente no nosso limite e acredite que não é por má vontade que não ficamos com ela, porque um lugar no nosso coração já ela conquistou. Ela precisa de alguém que lhe dê o que nós não vamos poder dar.
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Acho que ninguém está "vacinado", Bruno. Para se tirar um animal da rua, pensa-se sempre positivo. Depois, por vezes, a vida troca-nos as voltas, e não se consegue dar a esses animais a vida que desejávamos para eles (ou mesmo a vida, sequer).
Compreendo a situação. Mas -- e isto somos nós a ter ideias, que podem ser praticáveis ou não -- e se os seus gatos fizessem apenas uma vacinação, de modo a imunizá-los por um ano? Isso daria tempo para receber a Morgaine e, com mais tempo, mais divulgação e sem o stress de a Morgaine estar numa gaiola, podia ser que aparecesse o desejado adoptante definitivo.
Compreendo a situação. Mas -- e isto somos nós a ter ideias, que podem ser praticáveis ou não -- e se os seus gatos fizessem apenas uma vacinação, de modo a imunizá-los por um ano? Isso daria tempo para receber a Morgaine e, com mais tempo, mais divulgação e sem o stress de a Morgaine estar numa gaiola, podia ser que aparecesse o desejado adoptante definitivo.
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