Também acho que não se trata de uma questão de obediência e sim de respeito e este só pode existir com a confiança.
O Osky confia cegamente em nós cada vez que se sente em suposto perigo como nas idas à vet ou simplesmente quando se mete em alguma alhada. Como não é gato de estar ao colo (a não ser que para aí esteja virado, o que é raríssimo) e, a ajudar à festa, não há colo sem dentadinhas de amor

, costumo ouvir comentários do estilo: "Ele é mau! É arisco!... E outros que tais.
Nós que convivemos com ele e que somos aqueles em quem ele confia verdadeiramente, sabemos respeitar o seu espaço e a sua personalidade. Apesar de traquinas, há muitas atitudes que demonstram a doçura de que ele é capaz e o carinho que tem por nós.
Já a Mika tem o impulso de fugir, quando alguém se aproxima. Uma vez ao colo é um doce e uma verdadeira máquina de ronrons... Mas entenda-se, ao colo connosco em pé, assim que nós sentamos, lá vai ela. Aos poucos já começa a ser ela a pedir colinho... Patinha, ante patinha, olhinhos de mel como que a perguntar "posso?" A cada dia que passa, confia mais em nós e está a superar os seus medos.
No entanto, a Mika é sempre considerada a meiguina e o Osky o arisco... É fácil atribuirmos etiquetas sem conhecimento de fundo... E é pena que muitos donos de gatos se fiquem por estas leituras superficiais, não sabendo interpretar os sinais da personalidade de cada um.
No nosso caso sempre ouvi dizer que não sabemos disciplinar os nossos gatos. Sempre respondi que cá em casa moramos 4, nós e 2 gatos e o espaço é de todos. Há regras mas somos nós (os 4) que as estabelecemos. Este comentário surge porque ora sobem acima da mesa da sala ou porque dormem na nossa cama em cima dos lençóis.
Ora bem, se:
- Não tenho 1 único cortinado arranhado
- Não teem a mania das alturas. O mais alto que saltam é mesmo para a mesa da sala e basta um "Sai daí" para irem imediatamente para o chão.
- Não arranham tapetes, portas, armários ou seja o que fôr, para além do arranhador.
- O sofá está em bom estado.
- Tenho móveis de palhinha / ratan em várias partes da casa e estes não servem de arranhador.
Como o conseguimos? Simples, não seguindo os conselhos de quem "sabe" disciplinar gatos e sim o nosso instinto, baseado na relação que os 4 construímos.
Portanto, concluíndo esta epopeia que já vai longa, na minha opinião, a melhor maneira de disciplinar um gato é compreendê-lo e respeitá-lo por aquilo que ele é. Não há fórmulas mágicas... Há consequências das relações que com eles criamos.
<p>"Virá o dia em que a matança de um animal será considerada crime tanto quanto o assassinato de um homem." Leonardo da Vinci</p>