Será que se trata de um apartamento alto e sem paredes? Isso, de facto, seria perigoso para o bicho mas também o seria para os seus donos...

Qualquer que fosse o rumo a tomar na minha vida, eu colocaria os meus animais à frente e decidia consoante as suas necessidades assim como fui trabalhar para os manter porque os adoptei tal como se adopta uma criança mas com menos burocracia. Mas talvez essa burocracia devesse existir em adopções de animais que assim evitavam-se este tipo de situações.
Um bebé fala? Não! Um bebé pensa como nós? Não! Um bebé entende? Sim! Um bebé sente? Sim!
Um animal fala? Não! Um animal pensa como nós? Não! Um animal entende? Sim! Um animal sente? Sim!
Comparando (e como posso eu não comparar?), não é assim tão errado assumir um animal como filho; não é assim tão errado dizer que o Zeca é o meu bebé; não é assim tão errado dar-lhe um nome igual ao teu.
Talvez, ao fim ao cabo, os animais acabem por ser mais humanos que nós próprios no que respeita à fidelidade, à amizade, ao modo como nos guardam no coração e nos estimam.
E a pergunta é: é correcto abandonar um bebé? Não! Então porque é que é mais plausível abandonar um animal?