AlunoBioGeo Escreveu: Equilíbrio na zona urbana, sendo em tão grande número não sou muito a favor dessa teoria, uma vez que populações demasiado expressivas trazem sempre consequências, por vezes que possam ser invisiveis a curto prazo...
O nº pode não representar grande coisa. Depende do nº das presas (que podem ser praga, no caso das ratazanas). Um "habitat urbano" em plena Lisboa, falta-lhe muitas peças no puzzle e a espécies opurtonistas (muitas delas exóticas) são as que mais proliferam, muitas vezes sem quaisquer predadores naturais.
AlunoBioGeo Escreveu:
O artigo que eu falei refere que numa dada zona com uma população de gatos entre 800 e 3100 (cerca de 1/4 eram gatos com dono que eram libertados), matam em média 16.000 a 47.000 aves durante a época de reprodução, o que equivale a um mínimo 1 ave/km/dia... E isto falando só em aves...
Na minha zona de naturalidade, Póvoa de Varzim, houve uma vez uma captura de gatos (ainda andava no secundário) numa área não maior que 1km2, perto da casa dos meus avós ... Os funcionários da Câmara, numa semana capturaram cerca de 100 gatos, sendo que nenhum tinha coleira... Era uma zona urbana, e sei que haviam muitos com coleira e que andavam soltos (uma vizinha da minha avó tinha 9 gatos e que dizia que os gatos "eram animais que tem que andar soltos para matar as bichesas")...
Por isso, depois de ter lido o artigo e conhecer algumas coisas sobre os gatos como animal de estimação, refiro o animal como praga uma vez que está descontrolado...
Mas os impactos são diferentes de local para local. Não vais comparar gatos vadios em plena Lisboa com gatos vadios em zona de ocorrencia do rato de Cabrera.
AlunoBioGeo Escreveu:
Por isso acho que se devem cumprir as normas já previstas na lei, assim como fazer alguma coisa para se readquirir o controlo, então como dizes e bem, nas áreas rurais é mais que necessária intervenção, uma vez que o caso já se demonstrou ser muito preocupante...
Por uma questão de precaução, seria aplicar a legislação em todo o país (que continuo a não perceber porque não é aplicada...). Seria mais do que suficiente para travar o problema.
Posteriormente, as "ações" preconizadas pelo ICNB (que citei acima) fariam abrandar ou travar esta problemática.
Acções essas que varias pessoas por aqui já defendem... pelo menos a parte da esterilização...
PS: Arranja mas é uma
metodologia eficiente para mais um estudo do impacto dos gatos em zonas rurais. As zonas urbanas não me preocupam de momento.
Digo isto porque, embora até tivesse havido alguma colaboração por parte dos detentores de gatos, aquele estudo não demonstra a realidade e deixa muito a desejar. Basta o facto de se recolher registos verbais...
Repara: Quando me afirmam que viram o gato em 2 dias a comer um rato e mais informação não consigo, sou obrigado a registar
Rodentia sp., o que não me serve de muito, pois roedores, tanto podem ser espécies praga, como espécies em risco....
