Morte (in)evitável???

[BETAFERI]

Olá

Claro que fica sempre esta dúvida, esta sensação de que não se fez tudo o que devíamos ter feito se… se… se…
Comigo já se passaram três anos que os meus amigos partiram, primeiro a Punky, uma cadelinha linda que já fazia parte da família, pois viveu connosco durante 15 anos, cada vez que a recordamos, os olhos enchem-nos de lágrimas, é uma saudade infinita, mesmo agora ao escrever estas simples linhas, lá estou eu de lágrima no olho, morreu de ataque cardíaco, nada se pode fazer, mas mesmo assim dói muito. Depois foi a Tareca, uma gatinha que recolhi e que já vinha muito doente, tinha 6 meses e deixou uma saudade imensa, era extremamente meiga, nunca tive outra assim, fui eu que tive de decidir a sua vida, disse que nunca mais voltaria a fazer uma coisa dessas, ser Deus foi a opção mais difícil da minha vida
Mas o destino tem destas coisas e quem lida com tantos animais, acabamos por ter de enfrentar a morte muitas vezes, mesmo que não o queiramos de todo, pouco depois tive de voltar a ter de tomar outra decisão igual, num caso ainda mais complicado, uma gatinha que recolhi da rua e que sofria de um comportamento extremamente violente e que acabou por enlouquecer, depois de ter os filhos. Mais uma decisão dolorosa, que não se esquece tão depressa. Principalmente para um elemento da minha família para quem aquela gatinha representava muito.
Como vêm, eu compreendo perfeitamente o que a Miadores e a Charlotte estão a passar, mas têm de fazer um esforço muito grande e tentar, não digo esquecer, porque isso nunca se esquece, mas tentar que essa recordação seja doce e calma, eles estão lá do outro lado da ponte, onde todos os nossos amiguinhos se encontrar, aquecidos pelo arco iris que ilumina as suas vidas.

Franky

[Charlotte]

Obrigada a todos foi bom poder saber que há mais pessoas com a mesma dúvida para tentar perder este sentimento de culpa que que eu deveria ter feito mais, apesar de na altura não perceber rigorosamente nada dessa doença.