Ui, que isto hoje está concorrido.

Ora vamos lá por partes...
Kathleen Escreveu:
Além disso do que tenho sabido, muitas das vacinas para animais que têm desenvolvido têm sido retiradas do mercado por problemas.
Como disse antes, vacinas de farmacêuticas como a Intervet (com sede na Holanda) e a Merial (com sede no Reino Unido) são mais que seguras e também são comercializadas e utilizadas nos EUA (aliás, os EUA são uns dos grandes clientes da Merial e da Intervet). Suponho que essas vacinas de que fala seriam muito provavelmente de marcas de farmacêuticas pequenas, sem grande expressão, suponho eu.
CasadeAnaval Escreveu:
Afinal fala-se há anos que anualmente não se deve vacinar, e cai-se nos mesmo erro de dizer que de 3 em 3 anos se pode... e porque não de 4 em 4 ou de dois em dois, ou de sete em sete ?
CasadeAnaval Escreveu:
A melhor forma, a mais lógica, se se aponta que um reforço anual é excessivo ( e não digo que não seja) é apontar para um ponto intermédio.
Detesto ter de me repetir, mas aqui vai outra vez.

O protocolo de vacinação de 3 em 3 anos é um protocolo de compromisso entre o que se sabe e o que não se sabe. Não se sabe ainda ao certo por quanto tempo poderá durar a imunidade, mas sabe-se que a duração é superior a 3 anos: em alguns casos chega aos 7 anos, noutros poderá chegar aos 15 (ou seja, praticamente a vida inteira do animal). Além disto, sabe-se que uma vacinação excessiva é desnecessária e provoca efeitos secundários nocivos e sabe-se que até hoje ainda não foram apresentados dados científicos que comprovem a necessidade de revacinação anual tão apregoada pelas farmacêuticas.
CasadeAnaval Escreveu:
Afinal, as próprias vacinas não têm 100% de eficácia.
Pois não. Aliás, como já disse antes, vacinação não é garantia de imunidade. Daí que seja recomendado que, depois das habituais primo-vacinações, o animal seja revacinado logo um ano depois, caso as outras não tenha surtido efeito.
Fsetter Escreveu:
Na altura, ele disse-me que também estavam a pensar alterar o protocolo e que previa que daqui a uns 6 anos até já fosse esse o protocolo vigente, o protocolo trienal.
Finalmente alguém com bom-senso. Eu também quero um veterinário assim.
Fsetter Escreveu:
Contudo, acredito que os donos conscientes aplicariam o dinheiro que seria gasto na vacinação numa consulta de rotina para verificar o estado de saúde do animal.
Exacto, é nisso que eu aposto e penso que é aqui que o discurso dos veterinários deverá mudar. Agora, em vez de insistirem na importância da vacinação anual, deverão começar a educar e sensibilizar as pessoas quando à importância de um exame anual. Como já tive oportunidade de dizer antes, um check-up anual acaba por ser bem mais importante do que a vacinação em si. Fora que os donos deverão estar sempre atentos ao comportamento dos seus animais e levá-los de imediato ao veterinário assim que suspeitem que algo não estará bem. Tem de se apostar mais na medicina preventiva.
Fsetter Escreveu:
O que não nos pode deixar de chocar nesta história toda é como as empresas responsáveis pelo fabrico de vacinas não foram obrigadas a fazer estudos mais prolongados no passado.
A realidade é que as farmacêuticas *podem* efectuar estudos mais longos, mas não o farão porque isso exige muito tempo e, acima de tudo, muito mas muito dinheiro. Especialmente aqueles de longa duração como o estudo de duração da imunidade 7-15 anos (Dr. Schultz). As farmacêuticas o que querem é colocar o produto no mercado com o mínimo custo financeiro possível. Elas não querem gastar dinheiro a gerir grupos de estudos por um período até 15 anos, pelo que não fazem absolutamente mais nada do que aquilo que têm de fazer. As verdades são para serem ditas e todos sabemos que, para as farmacêuticas, tudo acaba por se resumir sempre a dinheiro...
Fsetter Escreveu:
e às tantas em vez de se morrer da doença morre-se da cura
Infelizmente é essa a tendência...
ccsantos, lamento muito o que sucedeu ao seu gatinho. Realmente o seu veterinário da altura procedeu mal, pois a vacina pode realmente provocar sérias reacções, entre elas o choque anafilático que, se não detectado a tempo, pode conduzir à morte (nos humanos acontece o mesmo)... agora se foi essa realmente a causa da morte do seu gatinho, nunca saberemos...
Mas não tem de ter medo de vacinar a sua nova gatinha. As vacinas são úteis e necessárias, a questão é que não devem ser dadas em excesso. Os donos devem é ficar atentos para o caso de ocorrer alguma reacção à vacina logo nas horas imediatas ou nos dias posteriores e levar o animal prontamente ao veterinário.