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Moderador: mcerqueira

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Kathleen
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sexta mai 09, 2003 10:37 am

Olá

Li algures que as pessoas admiram e não gostam de gatos pelos mesmos motivos, gostavam de poder ser tão independentes como eles e poderem virar as costas a tudo sem dar satisfações...

Talvez seja verdade.

Beijokas
kathleen
hecep
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sexta mai 09, 2003 6:36 pm

Olá!
Acho que já contei a minha experiência com a esterilização da Lindi aqui no fórum mas resolvi repetir para tranquilizar a Ana e explicar como passei a ser uma acérrima defensora da esterilização:
Quando adoptei a Maia, minha primeira gatinha também pensei em deixá-la ter pelo menos uma ninhada antes de esterilizar e até já tinha arranjado alguns donos para os seus futuros filhotes. A vet não disse que achava bem, nem mal, não emitiu opinião. A verdade é que a Maia morreu prematuramente na mesma semana em que adoptei a Lindi. Tive um enorme desgosto e foi nessa altura que começei a frequentar este fórum e li mais para me informar. Concluí que por cada filhote que a Maia tivesse tido iria ficar mais uma Lindi na rua por recolher, sujeita a tudo e a todos. Hoje olho para a beleza de gata que é a Lindi e penso no que lhe teria acontecido se tivesse ficado na rua, ela estava doente, ferida e a morrer de fome. Teria morrido depressa ou lentamente? Um doce de gata que ela é, que logo que lhe pego ronrona, iria terminar logo ali a sua vida? Acho tão injusto o que acontece aos gatinhos de rua! Assim aos 6 meses a Lindi foi logo esterilizada. Acho que ela não percebeu lá muito bem o que lhe aconteceu mas percebeu que eu estava ali para a ajudar a recuperar no que estivesse ao meu alcance e ela procurou conforto no meu colo várias vezes. A esterilização em si é uma cirurgia relativamente simples para os vets treinados. Claro que envolve riscos, como qualquer cirurgia, por isso deve ser feita por um vet de confiança. Eu assisti a duas esterilizações de gatas de rua e ao contrário do que pensava não me fez muita impressão, não é nada do outro mundo. A Lindi foi anestesiada ao meu colo com uma injecção, quando já estava a dormir a vet levou-a para operar. Quando acordou da anestesia a Lindi teve vómitos durante bastante tempo (segundo a vet uma consequência da anestesia) e estava um bocado tonta. Ela usou colete por cima do penso dos pontos. Um cuidado que tive foi em tentar pegar nela com muito cuidado de forma a não causar pressão no seu abdómen, que eu já fui operada e sei o que custa quando se muda de posição. Por exemplo se tinha de pegar nela e ela estava em cima de uma mantinha usava a mantinha como uma espécie de maca para evitar mexer muito com a posição dela. Tive de deixar a Lindi fechada na transportadora por umas 2 horas após a cirurgia porque ela estava muito agitada e ía a cambalear contra as coisas. Quando ela acalmou deixei-a sair, a coitadinha foi até ao caixote de areia meteu lá dentro as 2 patas da frente e fez xixi cá fora, fiquei cheia de pena dela! Como sabia que ela não podia pular pus uma mantinha no chão para ela lá dormir mas a desgraçada decidiu que tinha de ir para o sofá. Lá peguei nela e pu-la no sofá. No dia seguinte ela continuava muito em baixo e tive de a convencer com muito jeitinho a beber água, pus um saquinho de água quente por baixo de uma mantinha ao pé dela e ela lá se enroscou e descansou. A minha outra gata a Mercy é que não a reconhecia (devia vir com cheiro a vet) e bufou-lhe imenso mas acabou por se lembrar. No dia seguinte à operação à tarde algo de milagroso aconteceu, a Lindi levantou-se, começou a lamber muito o colete que a envolvia (o que fez até o retirar na vet passados 4 dias) e foi apanhar sol para o quintal. A partir daí mostrou melhorias quase de hora para hora, começou a comer e beber e foi recuperando a mobilidade. Continuo a achar que foi a decisão correcta e a Mercy também já tem a esterilização marcada. Agora tento ajudar também gatas de rua, nomeadamente esterilizando-as, e fazendo panfletos apelando à esterilização. É muito pouco mas vou fazendo alguma coisa. Os nossos gatos são sempre especiais, e se eu quiser mais um gato especial sei que há sempre um na rua que precisa dos meus carinhos e eu dos dele, não precisam de ser filhos das minhas gatas para serem especiais.
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