Olá!
Conseguimos finalmente elaborar um texto-minuta para enviar às várias Câmaras do País. Se tiverem alguma observação a fazer (algo que gostassem de acrecentar ou retirar) agradecemos que digam para que o texto seja do agrado da maioria. Quem quiser pode assinar no final. Quando passarem 3 dias desde a última assinatura, podemos depreender que mais ninguém quererá participar. Nessa altura, os interessados poderão enviar tudo para as Câmaras das áreas pelas quais ficaram responsáveis.
Cá vai a nossa proposta:
Ex.mo Sr. Vereador do Ambiente da Câmara Municipal de (…),
Numa recente visita ao Parque Municipal de Oeiras pudemos verificar os excelentes resultados do Projecto-piloto de Biocontrolo de Roedores posto em prática há 6 anos naquele espaço verde. Procurámos saber pormenores sobre a iniciativa e encontrámos algumas informações de extraordinário interesse num artigo da Revista Municipal de Oeiras (Outubro de 1998) disponível em
http://www.cm-oeiras.pt/Revista/1998_10/gatos.html
O Projecto-piloto de Biocontrolo de Roedores foi concebido pela bióloga Prof.ª Dr.ª Maria Webb e consiste em travar a proliferação de roedores (ratos, toupeiras, etc.) através da acção predadora de gatos, de modo a evitar a utilização de substâncias químicas (raticidas) prejudiciais ao ambiente e extremamente tóxicas para humanos e restantes animais. Para tal, foi criada uma colónia de gatos, constituída por elementos errantes – ou seja, foram recolhidos gatos abandonados que se multiplicariam descontroladamente, constituindo uma ameaça para a saúde pública – e foram feitas algumas infra-estruturas de acolhimento para estes. Paralelamente, foi promovida uma campanha de castração e esterilização dos machos e fêmeas, de forma a controlar o número de elementos da colónia, apenas substituídos em caso de morte.
Este plano de acção recebeu desde o início o patrocínio da Whiskas que assegura a alimentação essencial dos animais e providencia os cuidados veterinários periódicos (desparasitações, vacinações, assistência em casos de urgência). Uma funcionária da Câmara Municipal foi encarregue da limpeza, alimentação diária de todos os animais e vigilância de modo a evitar o aumento ilegal por abandono propositado.
Numa altura em que as questões do Ambiente, da Ecologia e da Saúde Pública ganham terreno e se afirmam como preocupações mundiais debatidas em importantes Cimeiras, este tipo de projectos afigura-se como uma solução possível para alguns dos grandes problemas dos municípios, estando a conhecer uma enorme difusão em parques urbanos dos Estados Unidos. Ao mesmo tempo, assumem uma importante dimensão pedagógica, na medida em que sensibilizam directamente as diferentes camadas da população para a preservação do ambiente e para os problemas do abandono e reprodução descontrolada de animais de companhia, salientando os benefícios dos métodos de contracepção definitiva.
Sendo, sem dúvida, uma aposta no futuro dos municípios, vimos por este meio apelar à viabilização de projectos similares por parte dos Pelouros do Ambiente das várias Câmaras do País.
Pensamos que os custos poderão ser muito reduzidos, uma vez que posto este projecto em acção não faltarão voluntários prontos a ajudar na limpeza e tratamento dos gatos e respectivos parques, e entidades interessadas em patrocinar a iniciativa. Tão nobre acção traria certamente uma grande afluência aos locais do empreendimento e promoveria os municípios aderentes a nível nacional.
Ficando à disposição para o que julgarem necessário, subscrevemo-nos com os nossos melhores cumprimentos,
Susana Almeida – Barreiro
Cátia Rodrigues – Parede