Bom dia. Como esta mensagem é algo longa e gostava de chegar ao maior número possível de pessoas, começo por um resumo: desde que o meu bébé nasceu, dois dos meus três gatos incompatibilizaram-se. Peço ajuda para tentar resolver o problema.
Agora o desenvolvimento:
Temos três gatos: duas fêmeas com 8 anos e um gato, com cerca de 4 anos. As gatas estão connosco desde pequenas. A reacção à chegada do gato foi diferente entre elas: a que foi primeiro para nossa casa nunca o aceitou muito bem, se ele se aproxima muito bufa e dá uma patada (já quando a segunda gata chegou não tinha reagido muito bem, mas passado pouco tempo aceitou-a e desde então dão-se bem). A segunda gata, que sempre foi medrosa, aceitou bem o gato, chegaram a dormir juntos.
Há um ano nasceu o nosso primeiro bébé. Pouco depois - assumimos que foi por causa da chegada dele - as coisas começaram a correr mal entre o gato e a segunda gata, a medrosa. Sempre que o gato se aproxima dela, ela bufa e ele, em resposta, salta para cima dela, engalfinham-se e a outra gata mete-se ao barulho a tentar desancar o gato. Nestas situações a gata medrosa muitas vezes faz xixi onde calha...
Não conseguimos perceber como é que começou, se foi o gato que começou a querer dominar pela força, se ela que começou a não tolerá-lo. Entre o gato e a gata “primogénita” as coisas mantiveram-se como dantes.
Ao fim de algum tempo passámos a tê-los separados, já lá vai um ano… Entretanto fomos ao veterinário, que sugeriu várias estratégias: difusor com hormona que eles segregam das glândulas faciais e que os acalma; fazer como se faz quando um gato novo chega a casa, ou seja, uma aproximação gradual. Não tivemos sucesso. Sempre que os juntamos, mais tarde ou mais cedo há bronca.
Se houver alguém por aí que tenha tido uma experiência semelhante, ou conheça casos semelhantes, gostava que partilhasse a sua experiência, sobretudo se tiver tido um final feliz!
Muito obrigado,
João
Gatos e bébés - Pedido de ajuda
Moderador: mcerqueira
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Boa noite, dejone.
Não é usual que com a chegada de um bebé, humano, os gatos tenham esse tipo de comportamento. Não pelo bebé, "for sure", mas sim, talvez, porque com a chegada do bebé, as atenções para com eles tenham tido uma redução drástica (?) e eles terem-se ressentido...! Ou, então, algo que não tendo nada a ver, nem com o bebé, nem com a redução das atenções, tenha sido, por qualquer outro motivo, entre eles, bastando para isso, a alteração no seu ambiente, como p.e., proibição a determinados acessos, que não acontecia anteriormente, ou até por um poder ter estado doente sem que vocês se tivessem apercebido mas que entre eles, eles sabem, e marginalizam/excluem do seu meio, o animal que esteja ou estivesse doente.
1º - Deixá-los resolverem as suas desavenças, com supervisão vossa, mantendo-os fechados só quando vocês não estão em casa e só até que percebam que já se estão a tolerar. Mantenham as unhas de todos eles, aparadas. É muito importante!
2º Passo a dar: Compensá-los com atenções... brincar com eles, enfim... prestar-lhes mais atenção.
3º passo: Tentar perceber qual deles apronta a disputa e por quê?!
4º passo: Não deixar ração à disposição e passar a dar-lhes a ração variadas vezes ao dia, a horas certas, tipo ritual, colocando os comedouros, um para cada um, lado a lado, obrigando-os a terem que comer paralelamente! Para os incentivar, inicialmente, a estarem a comer lado a lado, se eles gostarem de patê (alimento enlatado), dê-lhes patê. Durante este processo estejam atentos para poderem perceber se há "arrufos, ou não", na hora da paparoca?! Tenham em mão uma lata com peças metálicas dentro (chaves, p.e., etc...) para no caso duma briga mais acesa, a atirarem para perto deles com a finalidade de os dispersar.
Quanto mais vezes os encerrar, separando-os, pior. Eles já foram gatos que se toleravam e ao separá-los pode estar a c onfundi-los, pois "lutar" por dominância de poder, é normal em felinos. Tem é que ter esse tipo de "lutas", o mais sob controle, possível. Os gatos é que definem a sua hierarquia, e não nós a defini-la por eles!
Boa sorte,
Leo
Não é usual que com a chegada de um bebé, humano, os gatos tenham esse tipo de comportamento. Não pelo bebé, "for sure", mas sim, talvez, porque com a chegada do bebé, as atenções para com eles tenham tido uma redução drástica (?) e eles terem-se ressentido...! Ou, então, algo que não tendo nada a ver, nem com o bebé, nem com a redução das atenções, tenha sido, por qualquer outro motivo, entre eles, bastando para isso, a alteração no seu ambiente, como p.e., proibição a determinados acessos, que não acontecia anteriormente, ou até por um poder ter estado doente sem que vocês se tivessem apercebido mas que entre eles, eles sabem, e marginalizam/excluem do seu meio, o animal que esteja ou estivesse doente.
1º - Deixá-los resolverem as suas desavenças, com supervisão vossa, mantendo-os fechados só quando vocês não estão em casa e só até que percebam que já se estão a tolerar. Mantenham as unhas de todos eles, aparadas. É muito importante!
2º Passo a dar: Compensá-los com atenções... brincar com eles, enfim... prestar-lhes mais atenção.
3º passo: Tentar perceber qual deles apronta a disputa e por quê?!
4º passo: Não deixar ração à disposição e passar a dar-lhes a ração variadas vezes ao dia, a horas certas, tipo ritual, colocando os comedouros, um para cada um, lado a lado, obrigando-os a terem que comer paralelamente! Para os incentivar, inicialmente, a estarem a comer lado a lado, se eles gostarem de patê (alimento enlatado), dê-lhes patê. Durante este processo estejam atentos para poderem perceber se há "arrufos, ou não", na hora da paparoca?! Tenham em mão uma lata com peças metálicas dentro (chaves, p.e., etc...) para no caso duma briga mais acesa, a atirarem para perto deles com a finalidade de os dispersar.
Quanto mais vezes os encerrar, separando-os, pior. Eles já foram gatos que se toleravam e ao separá-los pode estar a c onfundi-los, pois "lutar" por dominância de poder, é normal em felinos. Tem é que ter esse tipo de "lutas", o mais sob controle, possível. Os gatos é que definem a sua hierarquia, e não nós a defini-la por eles!
Boa sorte,
Leo
<p>Desejo a mesma sorte, que a triste sorte dos animais que nao sejam ajudados por quem nao deixa que se os ajude. Autor desconhecido</p>
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<p>Regurgito nas postas de pescada dos arrotadores. Autor desconhecido</p>
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<p>Regurgito nas postas de pescada dos arrotadores. Autor desconhecido</p>
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- Mensagens: 10
- Registado: domingo dez 01, 2013 5:13 pm
Boa Noite Dejone!!
Tive também uma situação semelhante com as minhas gatinhas! demorou cerca de 5 meses a resolver, mas felizmente as coisas voltaram há normalidade!
Eu tinha uma gatinha que adoptei em bebé, tem agora ano e meio, até que à 7 meses apareceu no meu quintal uma gatinha muita aflita e mal tratada, não resisti e tratei dela.
Houve uma apresentação inicial com a gata residente, naturalmente houve bufadelas e afins, mas passados 3 dias estavam amigas. Permaneceram assim durante sensivelmente 2 meses, até que um dia a gatinha que adoptara mais recentemente atacou a residente. Não sabemos o motivo, mas na verdade as coisas ficaram muito feias.
Sempre que tentávamos a aproximação as coisas complicavam-se e a gata residente ficava em pânico e muito assanhada cada vez que via a outra. Tentamos de tudo, troca das mantas, a questão das comidas, feliway (que na minha opinião não resulta absolutamente nada pois experimentei em spra e difusor) e nada, inclusive a veterinária que as seguia chegou a dizer que não tinha mais soluções, que teria que abdicar de uma.
Obviamente não fiquei contente com esta resposta e procurei outro veterinário que nós ajudou a ultrapassar a situação. Com as nossas meninas o que resultou foi:
- Numa primeira fase mete-las dentro das transportadoras frente a frente; (as portas mesmo coladas)
- Numa segunda fase íamos alternando uma presa outra solta (causava curiosidade e iam interagindo lentamente)
- Numa terceira fase juntamos as transportadoras mas sem as portas para que se pudessem tocar e interagir (sempre com supervisão). Nesta fase utilizávamos brinquedos para as estimular e para elas descontraírem.
Por fim, e o que resolveu definitivamente a questão foi leva-las em simultâneo ao vet, deixa-las andar pela sala do vet as duas soltas (estavam as duas em território desconhecido, o que fez com que andassem sempre juntas a explorar) e por fim traze-las para casa dentro da mesma transportadora.
a par disto continuamos a fazer tudo o que a leonilde referiu.
As coisas estão agora bem cá em casa, costumamos dizer que parecem duas crianças, não podem estar uma sem a outra, mas por vezes ainda se chateia, mas acabam sempre por voltar a brincar!
Espero ter ajudado, boa sorte para si, e o melhor conselho que posso deixar é que tenha paciência porque ao longo destes meses houve muitos avanços e retrocessos, mas conseguimos um final feliz
Tive também uma situação semelhante com as minhas gatinhas! demorou cerca de 5 meses a resolver, mas felizmente as coisas voltaram há normalidade!
Eu tinha uma gatinha que adoptei em bebé, tem agora ano e meio, até que à 7 meses apareceu no meu quintal uma gatinha muita aflita e mal tratada, não resisti e tratei dela.
Houve uma apresentação inicial com a gata residente, naturalmente houve bufadelas e afins, mas passados 3 dias estavam amigas. Permaneceram assim durante sensivelmente 2 meses, até que um dia a gatinha que adoptara mais recentemente atacou a residente. Não sabemos o motivo, mas na verdade as coisas ficaram muito feias.
Sempre que tentávamos a aproximação as coisas complicavam-se e a gata residente ficava em pânico e muito assanhada cada vez que via a outra. Tentamos de tudo, troca das mantas, a questão das comidas, feliway (que na minha opinião não resulta absolutamente nada pois experimentei em spra e difusor) e nada, inclusive a veterinária que as seguia chegou a dizer que não tinha mais soluções, que teria que abdicar de uma.
Obviamente não fiquei contente com esta resposta e procurei outro veterinário que nós ajudou a ultrapassar a situação. Com as nossas meninas o que resultou foi:
- Numa primeira fase mete-las dentro das transportadoras frente a frente; (as portas mesmo coladas)
- Numa segunda fase íamos alternando uma presa outra solta (causava curiosidade e iam interagindo lentamente)
- Numa terceira fase juntamos as transportadoras mas sem as portas para que se pudessem tocar e interagir (sempre com supervisão). Nesta fase utilizávamos brinquedos para as estimular e para elas descontraírem.
Por fim, e o que resolveu definitivamente a questão foi leva-las em simultâneo ao vet, deixa-las andar pela sala do vet as duas soltas (estavam as duas em território desconhecido, o que fez com que andassem sempre juntas a explorar) e por fim traze-las para casa dentro da mesma transportadora.
a par disto continuamos a fazer tudo o que a leonilde referiu.
As coisas estão agora bem cá em casa, costumamos dizer que parecem duas crianças, não podem estar uma sem a outra, mas por vezes ainda se chateia, mas acabam sempre por voltar a brincar!
Espero ter ajudado, boa sorte para si, e o melhor conselho que posso deixar é que tenha paciência porque ao longo destes meses houve muitos avanços e retrocessos, mas conseguimos um final feliz
