Como todos os donos de gatos sabem, muitos deles não tomam comprimidos de bom grado (vem-me à lembrança a história "Como Dar Um Comprimido a Um Gato).
É precisamente esse o desafio que vos lanço: como dar um comprimido a um gato que se recusa terminantemente a tomá-lo.
Para que não percam tempo a sugeri-las, adianto as técnicas que podem esquecer:
- TODAS as técnicas da história "Como Dar Um Comprimido a Um Gato";
- Enrolar o gato num toalhão de modo a imobilizá-lo e abrir-lhe a boca à força (hoje custou-me vários arranhães no interior do pulso direito e uma valente posta do polegar esquerdo);
- Agarrar o gato pela pele do cachaço de modo a que seja forçado a abrir a boca;
- Partir o comprimido em pedacinhos e disfarçá-los em pedacinhos de frango ou peixe (o gato cheira e diz que os coma eu);
- Desfazer o comprimido em pó e misturá-lo em comida de lata (mais uma vez, que a coma eu);
- Desfazer o comprimido em pó e misturá-lo em pasta dos pêlos ou na pasta das vitaminas (espuma-se todo e cospe);
- Desfazer o comprimido em pó e misturá-lo em manteiga;
- À beira da loucura, falar com ele e explicar-lhe que tem de tomar o comprimido porque é para o bem dele.
TODAS estas técnicas (ou uma combinação delas) foram tentadas sem resultados práticos (além dos arranhões e da posta do polegar já mencionados). Tentei com Drontal e com Milbemax.
Trata-se de um gato manso que nasceu em minha casa, e não de um gato selvagem (embora imite muito bem). Na última desparasitação, consegui desparasitá-lo com a técnica do comprimido desfeito e misturado com pasta de vitaminas, mas só ao fim de uma hora de luta, em que já arfava eu para um lado e o gato para o outro, sendo que o gato parecia prestes a entrar em combustão expontânea, de tão quente que estava. Desta vez, comecei logo por essa técnica, para obviar caminho, e nada...
Para quem esteja a pensar que sou eu que sou azelha e não sei dar comprimidos a gatos, adianto que desparasitei os outros 19, usando uma das técnicas descritas acima, dependendo do gato, sendo que alguns é só abrir-lhes a boca e atirar-lhes o comprimido lá para dentro. Nestes 19 gatos, incluem-se a mãe do que não consegui desparasitar, que é uma gata de rua selvagem que não consigo agarrar (demorei 2 minutos a dar-lhe um Drontal), uma outra gata de rua que agarro com alguma dificuldade, um gato de rua que apesar de manso fica uma fera quando se vê encurralado e não gosta de ser agarrado, uma gata que, apesar de mansa, se mija toda só de eu andar dela.
Pronto, descrito o cenário, venham de lá as ideias.
Já agora, sei que há desparasitante injectável, mas parece que não é completo (isto é, só dá para um tipo de vermes, não me lembro se para as lombrigas e vermes redondos ou se para as ténias). Em último caso, terei de recorrer a esse, mas preferia a desparasitação completa...
. Abro a boca e ... truca, lá para dentro!