Apesar dos inúmeros posts, com conteúdo deste género estarem presentes neste fórum, estão demasiado dispersos, o que causa uma certa dificuldade a quem precise deles.
Como tal, resolvi escrever este artigo para os inamovíveis.
Anote-se que apesar do título e texto fazerem menção a “dois gatos”, estes conselhos podem ser seguidos por quem tenha ou venha a ter mais que dois gatos.
Normalmente, quando o novo elemento chega ao lar, o que normalmente acontece é um desenrolar de curiosidade por parte de ambos e essa nunca deve ser entreposta por parte dos donos, mas sim encorajada, embora que com supervisionamento, a fim de não haverem percalços…!
Ter a certeza de que o gatinho tem as unhas cortadas para que não fira o o outro, bem como ter as unhas do já residente, igualmente cortadas (aparadas) com a finalidade de não haverem ferimentos aquando uma aproximação mais "feroz" e ter a certeza de que nunca deixa os dois a sós enquanto não houverem certezas concretas de que são “fieis” amigos. Sempre que se tiver de ausentar da casa, deve mantê-los separados até ao próximo reencontro.
Nunca insistir com o felino residente para estar junto do novo elemento. Ele entenderá, a seu tempo, quando a melhor altura duma aproximação… como diz o ditado “a curiosidade matou o gato” e o que quero dizer é que será ele, por iniciativa própria, que irá fazer uma abordagem ao novo amiguinho a fim de “matar” a sua curiosidade felina.
Caso não resulte na primeira apresentação, insista numa segunda e se a recusa de aceitação se mantiver, então terá mesmo de separar o novo elemento numa outra divisão da casa. Deixar, por uns dias, que se cheirem pelas frestas da porta que os divide, e ir insistindo diariamente com uma ténue apresentação super vigiada por si.
Ir trocando as mantinhas de um e outro para que os cheiros de cada um sejam assimilados pelo outro até se identificarem...

Nunca deve fazer festinhas ao novo “hóspede” em primeiro lugar. Acariciar sempre o já residente, em primeiro lugar e, só depois ao novo "hóspede" para que não espolete ciúmes.
O dia chegará em que se vai aperceber quando deve deixá-los interagir

Não esquecer de levar o novo “hóspede” a um check-up veterinário, desparazitação interna e externa, etc, antes de o levar para casa e juntá-lo com o já residente.
Como cada gato é um gato… querendo com isto dizer que, cada animal mesmo dentro da mesma espécie, tem o seu próprio carácter! A socialização não tem um tempo padrão para que se complete. Por vezes esta socialização leva muito pouco tempo a concluir-se com êxito mas, por vezes, pode demorar bastante tempo. Cabe ao “tratador” avaliar quando a melhor ocasião para os juntar.
Ainda, há gatos que, sem nunca virem a ser grandes amigos, acabam por se tolerarem no mesmo espaço; no Lar, o que já é um bom indicador de um dia poderem vir a ser grandes amigos, ou não?!
Leo
