Encontro de irmãos

[possibly]

Antes de mais desculpem o desabafo.

Quando fiquei com a minha Nina, uma amiga minha ficou com um dos seus irmãos. No primeiro dia, até estiveram os dois em minha casa, às turras e às cambalhotas, aprendendo a sorver o leite sem molhar os bigodes e o nariz, olhando curiosamente para tudo e dormindo horas e horas a fio. Depois a minha amiga levou-o e está cada um na sua casa.

Ontem, essa minha amiga perguntou-me se eu não poderia ficar com o gatinho dela (já com 3 meses) durante dois dias, pois tinha de se ausentar. Óbvio que eu disse que sim.

Quando o gato chegou a minha casa, a Nina chegou-se a ele, já um pouco eriçada, e cheiraram-se. Ele saiu da caixa e pôs-se à vontade. A nina curvou-se toda, de patas cruzadas e bufava. Nem eu me podia chegar perto. Quando eu falava com ela, não bufava, mas continuava eriçada e parecia que se afastava de mim.
Pensei: "Não há nada a fazer. Aqui o gato não pode ficar." Nesta altura a Nina já emitia um som esquisito, uma mistura de piar de rôla com coruja, ritmado e sempre igual, que até metia medo. Antes que houvesse sangue, meti o outro gato (que bufou umas poucas de vezes à Nina, mas por defesa) na caixa de transporte e sai. Foi impossível ficar com o gato.

E foi um cenário horrível. Embora eu saiba que é normal os gatos defenderem o seu território, e eu já estivesse a contar com uma guerrinha, nunca pensei ver isto. A Nina, a gatinha tão fofa e meiga de três meses, que morre de mimo, de repente tornar-se num gato selvagem, comportando-se tão instintivamente como nunca pensei que ela fosse capaz.

[sfigueira]

Olá!

Isso é uma reacção perfeitamente normal!
Ao fim de umas horas já deveriam estar na palhaçada, uma vez que são gatinhos bebés!

Julgo que não havia necessidade de ter desistido tão depressa de os manter juntos...

Cumprimentos,
Susana

[possibly]

Obrigado pela resposta.

Acredito que sim. Aliás eu sabia que ao principio eles não se iam dar bem, pois o território é da Nina, mas assustei-me mesmo com a reacção da Nina, e custou-me muito vê-la naquela aflição.

Já passava da meia noite qd isto aconteceu, e eu tive medo que durante a noite, não os podendo vigiar porque estava a dormir, entrassem numa bulha que eu não pudesse controlar e algum deles se magoasse.

Um dia, com tempo, havemos de os pôr novamente juntos, e aí dar-lhes tempo para se habituarem um ao outro. Mas ontem era impossível.

Bejinho

[Kathleen]

Olá

Pois, essa reacção é perfeitamente normal pelo que tenho lido. mas entendo o seu medo. tente de uma próxima vez com mais tempo.

beijokas
kathleen

[mai-mai]

Olá,

Deveria ter posto o visitante fechado, por exemplo, na casa de banho, de modo a que eles se cheirassem através da porta, ia ver como passadas algumas horas eles estariam a brincar todos felizes, foi pena não ter esperado, perdeu horas de felicidade em contemplá-los. Eu por exemplo, que tenho 6, nunca tive nenhum problema e incluir um novo aos residentes, claro que só o faço após o ter levado ao vet e feito os despistes todos, mas aceitam-se quase de imediato.

Mai-mai

[possibly]

foi pena não ter esperado, perdeu horas de felicidade em contemplá-los.

É verdade. Eu estava até muito contente por tê-los aos dois em casa.

Já agora, nenhum dos seus gatos fez aquele som que eu falei, que parecia uma mistura de piar de coruja com rola? O que é que isso quer dizer?

[possibly]

foi pena não ter esperado, perdeu horas de felicidade em contemplá-los.

É verdade. Eu estava até muito contente por tê-los aos dois em casa.

Já agora, nenhum dos seus gatos fez aquele som que eu falei, que parecia uma mistura de piar de coruja com rola? O que é que isso quer dizer?

[everblue]

Tenho uma gata de 4 meses que rosna qual puma enfurecido sempre que um dos outros gatos se aproxima muito dela, principalmente se for a outra gata mais pequena. Mas não passa de "garganta" não chega a entrar em conflito aberto, afasta-se e pronto. E ainda acredito que um dia se há-de entender com os outros, é uma questão de ter paciência e não nos darmos por vencidos logo...

Já agora, que foi feito do gatinho? Acho que não li em lado nenhum para onde o levou... acho que devia pensar a sério em fazer uma nova tentativa. Muito dificilmente dois gatos se adoram à primeira vista, os da casa tem sempre o sentido do território muito apurado e a primeira reacção é rejeitar os novatos... mas deixando-os separados pelo menos um dia, para se habituarem ao cheiro, é uma óptima táctica. Experimente. A sua gatinha vai tirar daí mais benefícios do que mazelas, vai acabar por apreciar a companhia.

[possibly]

Já agora, que foi feito do gatinho? Acho que não li em lado nenhum para onde o levou...

O gatinho voltou para casa. O irmão dela vai ficar lá estes dias enquanto ela está fora.

Quanto aos barulhos estranhos, a minha gata bufou, mas tb fez um som muito estranho. Um uuuuu, tipo coruja. O que será? Será ameação, medo, defesa,...?

[everblue]

Os sons que a minha Ema faz assemelham-se a um qualquer documentário sobre felinos, parece mesmo uns rugidos meios histéricos. Dá ideia de ser ameaça, género " sai daqui senão levas", mas não passa daí. Talvez o som da sua gata seja semelhante, cada um ralha da forma que sabe... Não se preocupe e pense em arranjar-lhe uma companhia, dois gatos é sempre melhor do que um só, tornam-se mais calmos, menos carentes... com os meus foi assim. Enquanto ela é bebé é mais fácil adaptá-los, embora agora não lhe pareça... :d

[vcruz]

Peço desculpa a Possibly por estar a "invadir" o seu tópico, mas queria comentar/perguntar uma coisa sobre o que a EverBlue disse.
Tenho pensado ultimamente em dar uma companhia à Lolita, mas ao mesmo tempo, tenho medo.
Ela tem uma grande noção de território e é muito mimada, pelo que eu penso sempre que das 2, uma : ou deixava de me "falar" para sempre, ou "estrafegava" o outro bichanoso.
E depois, pergunto-me? Ía realmente ser bom para ela, ou eu estava apenas a pensar no meu prazer?
V.

[djinga]

Vcruz,

eu tinha esse medo em relação à Rasta. Ela é uma gata de ano e meio, mt mimada, com um certo mau feitio Mas passamos o dia inteiro no trabalho, achámos q ela, com o devido tempo, ia gostar da companhia.
Então levámos a Ginguba, uma gatinha linda de 2 meses habituada a estar com os irmãos e imensos gatos e cães. Possibly - compreendo perfeitamente o q sentiu!, mas n podiamos voltar atrás na decisão... A Rasta bufou imenso, fez usn ruidos estranhos, n deixava q a outra se aproximasse, q ainda por cima é mt atrevida e habituada a "ter q levar" com um pastor alemão e um rotweiler... n era uma Rastinha q lhe meter medo... mas a Rasta nunca a magoou, dava-lhe umas patadas mas sp sem unhas, só p impor respeito. Mas era sem dúvida uma visão um pc triste... por um lado a Rastinha estava chateada connosco, desprezava-nos e isso deixou-me triste, por outro lado a pequenina só queria brincar e miava pelos irmãos.
Mas pronto, isso passou!! Durou menos de uma semana a serem inseparáveis!!! Agora é uma delícia vê-las! sempre na correria uma atrás da outra, a Rasta está uma gata menos mimada e mt mais activa, pq nós nem sp tinhamos tempo (ou mm disposição) p correr atrás dela como ela gosta! Estou mm contentes com elas! São lindas!!!

Acho q é preciso teres em atenção uns promenores: n deixares de dar a mesma atenção q dás à Lolita p ela n se sentir à parte, a vet aconselhou-nos a n nos metermos nas briguinhas iniciais delas, ou seja, n repreender a Rasta por ser mazinha com a outra nem as obrigar a estar juntas - dar-lhes espaço e tempo... Por mim ficava já com outro pequenino o meu namorado é q n quer

beijinhos e marradinhas
angie

[mai-mai]

Olá,

Os meus gatos têm formas diferentes para se expressar, que variam de gato para gato e conforme a ocasião, uns são mais faladores do que outros, uns quase não miam, que é o caso da Rita que mal se ouve mas de vez em quando dá um "bufido" quando não quer que os outros a incomodem, outros como a Maggie conversa, conversa e não se cala enquanto a não entendo, o Rickie não mia, choraminga, o Karim, faz hummm!Hummm! e só de vez em quando, quando quer chamar as gatas, dá um hurro, mas cala-se logo.Os miados para abrir portas são diferentes dos miados de quando estou a prepar os pratos. De vez em quando, muito raramente, o Karim lá resolve mostrar ao filho, o Rickie, que quem manda ali é ele e então dá-lhe uns rosnidos e umas bofetadas, sendo logo ajudado pela Maggie, mãe do Rickie e pela Linda-Lu, ficando os desgraçadinho todo encolhidinho num canto a choramingar, então eu agarro-o e dou-lhe muitos beijinhos para o compensar (ele fica todo contente e vai logo deitar-se no meio das almofadas da cama, lugar muito disputado por todos, com um ar de "consegui miminhos e o lugar")sendo fulminada com olhares assassinos pelo pai que também quer a sua dose de beijinhos (que recebe, claro, mas só passado um bocado de lhe ter ralhado, para ele não pensar que o estou a recompensar), mas nunca chegam a vias de facto. Mesmo quando estão a tentar cruzar não interferem, é claro que nessas ocasiões eu os separo, não por medo de se pegarem mas para que não haja misturas!!!!
A Rita, quando o lugar preferido está ocupado por outro, olha com um olhar muito fixo e "aterrorizante" para o usurpador, que se apressa lho ceder.

Eles têm todos a sua personalidade diferente e, talvez por isso, diferentes formas de expressão.


Mai-Mai

[Phil]

É natural que os animais não reajam positivamente à chegada de um potencial rival que lhe irá "roubar" as festas e atenções da família. No fundo, connosco passa-se o mesmo: Como reagiria se um perfeito desconhecido passasse, de um dia para o outro, a partilhar a sua casa? Calculo que não lhe bufaria mas tentaria esclarecer o que ele ali estava a fazer na sua casa, e frisaria, com certeza, que aquela era a SUA casa. Agora suponhamos que a dita pessoa era muda ou que, por qualquer outra razão, não conseguia comunicar-lhe que tinha sido levada para ali sem saber muito bem como nem porquê. Nesse caso, só com tempo é que poderia perceber se a pessoa era ou não uma ameaça. É isso que tem de fazer, dar tempo a que os animais se habituem à presença uns dos outros e acabem por se tornar amigos.

Tanto eu como a Everblue conhecemos pessoalmente o forista Caneco, que já conta neste momento com 3 gatinhas, e que apresentou a sua experiência aqui. No caso dele até nem foi muito fácil porque a 2ª gatinha é muito independente e não se adaptou facilmente, mas conscienciosamente o Caneco não desistiu (não ia devolver nem abandonar a gatinha, não é?) e ao fim de alguns meses já convivem as 3 muito bem. Agora é uma delícia ver as 3 juntas!!!

Felizmente, nem todas as experiências são tão problemáticas e, na grande maioria das vezes, bastam alguns dias para que os animais se tolerem e ultrapassem a fase da defesa do seu território, e passem à amizade. Há com certeza mensagens de vários foristas cujas experiências foram positivas. Mencionei o Caneco porque é um caso que conheço pessoalmente, mas a própria Everblue é ainda um melhor exemplo!

O que é muito importante é não desistir à primeira contrariedade. Não vou repetir os conselhos de tentativas de aproximação porque já há aqui muitas mensagens sobre isso. Reveja-as e considere a hipótese de possibilitar que a Lolita tenha uma companhia. Ela adorará!

Boa sorte!

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[possibly]

Antes de mais, muito obrigado pelas respostas. É a primeira vez que tenho um gato e há coisas que vamos aprendendo...

Já me tinha lembrado de adoptar outro gatinho. Aliás, qd fui buscar a Nina era para trazer outro irmaozinho. Mas fiquei com muitas dúvidas.

1º Eu e o meu namorado trabalhamos, portanto era óptimo a Nina ter companhia durante o dia. Mas dois gatos juntos não irão por a casa em "estado de sítio"?

2º Tenho medo de não conseguir repartir as atenções entre os dois gatos. Tenho medo de, sem querer, dar mais atenção a um do que a outro.

3º Em termos financeiros, a diferença é muito grande? O dobro da comida, o dobro da areia, o dobro das consultas...

Já vi que há aqui muitos foristas com mais do que um gato. Se me puderem esclarecer...