As "mordidelas" dos gatos...

Fórum para todos os assuntos relacionados com os nossos amigos felinos.

Moderador: mcerqueira

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possibly
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Registado: quinta jun 12, 2003 10:08 am

quinta set 25, 2003 11:57 am

Desculpem ter aberto um novo tópico, mas relativamente ao comportamento da leo, que é semelhante em muitos gatos, geralmente novos, li um livro (“101 perguntas que o seu gato gostaria de fazer”) e vem lá um pequeno comentário sobre isso, do qual gostava de saber a vossa opinião.

Ora, uma das perguntas entitula-se “Porque mordo quando me estão a fazer festas?”.

Resposta: A razão pela qual um gato está no nosso colo, a ronronar, e de repente morder as nossas mãos, advêm dum trauma de infância. :o

O livro dá duas explicações:

- o gato pode associar a mão que o afaga à mão que lhe fez festas logo antes de o prender ou abandonar, no caso de gatos de rua; :?

- o gato ronrona porque experiência uma re-vivência da infância, em que a sua mãe ronronava quando ele se enroscava na sua barriga, e de repente, cai em si e fica furioso, demonstrando o trauma de ter sido retirado da mãe. :roll:

Por favor, digam-me que isto é mais uma daquelas teorias em que um gato fica para sempre assustado, ou para sempre agressivo quando o castigamos uma vez…:D ;)
Brum
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quinta set 25, 2003 12:14 pm

Ola´
Eu vou mais pelo natural das coisas, acho que é uma tência que uns têm e outros não, Sempre tive gatos adoptados ou abandonados e todos eles tiveram comportamentos diferentes ao lidar connnosco.
Esse tipo de atitude no Tigrinho ele só a tem quando quer brinacdeira, por exemplo o meu marido tem a mania de o excitar e brincar com ele como quem brinca com um cão (ele sempre teve cães), o Tigrinho claro começa a morder,e depois fica furioso e o meu marido diz que ele está a ficar maluco, então entro eu em cena e pego no Tigrinho, ele como ainda vem doido aproveita para me morder meia dúzia de vezes, e eu continuo a fazer-lhe festinhas e ele acalma.Na maior parte das vezes é isto que se passa, mas nas outra em que o Tigrinho endoidece sózinho com os tapetes e os brinquedos , nada o acalma, morde até se cansar ou na pior das hipotese eu canso-me de dizer NÂO e ele acba por levar um piparote.
S. senhoria fica muito ofendido :p :p
Mas lá vai parando
Roxanne
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Localização: O gato Merlin

quinta set 25, 2003 12:23 pm

Olá a todos, da minha experiência que é pouca (dois gatos quando era adolescente em casa dos meus pais e o Merlin agora) não associo tão radicalmente as mordidelas a traumas...mas como disse a minha experiência é reduzida...
Quanto ao Merlin, ele realmente dá as suas mordidelas mas noto que cada vez com menos frequencia...quando estou a fazer-lhe festas já sei que há zonas mais "sensíveis", por ex: se fizer festas na cabeça ou no pescoço posso lá estar as horas que aguentar...mas se fizer festas no parte de trás, tipo lombo, começam as mordidelas...
Outra coisa, ele não morde só a mim...mas também vários objectos...como explicar então o tal trauma??

Beijinhos e ronrons do Merlin
possibly
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quinta set 25, 2003 12:32 pm

Mas é exactamente isso que eu quero dizer com o tópico... Não acham este argumento é um pouco ridículo? Quer dizer, os gatos nunca vivem em paz! Têm sempre um trauma...! :o

Estes argumentos figuram num livro, supostamente, para conhecer melhor os gatos! Não acham que é assim um pouco rebuscado? :?

A minha gata tb morde tudo e todos, excepto quando está cheia de sono... :) Tem quase 5 meses... é natural! Não é? :oops:
Brum
Membro Veterano
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Registado: quarta jul 16, 2003 1:23 pm

quinta set 25, 2003 12:47 pm

Tem toda a razão
agora anda toda a gente com a mania dos traumas, não se pode bater nas criancinhas porque elas ficam traumatizadas, só podem ter roupa de marca pq senão ficam traumatizadas....e por aí fora.
eu quando era pequena a minha Mãe de vez em quando dava-me um tabefe, e nunca me fez mal nenhum, acho que é exactamente como os animais, que também têm que ser educados com coerencia e firmeza, são como crianças pequenas e são também muito espertos , se não lhes ralharmos eles fazem o que querem,
Sempre ouvi dizer: " Quem ama , cuida e educa"
Isso são teorias de psicologo ( que me desculpem os psicologos), mas nem tanto ao mar nem tanto à terra
O Tigrinho já sabe, morde demais , leva um piparote, e eolhe que ele não tem nada ar de estar traumatizado, antes pelo contrário.
valexferreira
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Localização: Gato....Pipoca

quinta set 25, 2003 1:23 pm

Olá :p

Mais uma vez ...concordo com a Brum...nem 8 nem 80!!!

O Pipoca também é adepto do morderclub...mas sobretudo quando "brincam" com ele, entenda-se o brincar + como irritar, nessas alturas também pões as unhas de fora :x

Mas há uma coisa que ele detesta mesmo, e aí ele acaba mesmo por morder...à 1ª avisa (faz só o gesto), à 2ª morde a sério....por muito molinho que esteja!!!!!

Sabem a que me refiro....a muitos beijinhos repenicados :D :D :D

Isso é que ele fica mau comigo, já chegou a morder-me na cara...e aí nessa altura nem posso chegar a cabeça perto dele, pq ele associa aos beijnhos!!! :p

Mas quem é a culpada....EU...pq sei k ele não gosta e insisto (mas eu adoro dar-lhe beijos)...mas já me mordeu algumas x na cara..e nessa altura tenho de lhe mostrar k não se faz...e dp acalmo-o com festas!!!
Mas por norma não morde logo à 1ª....faz só o aviso !!!
:evil: TOU FARTO DESSES BEIJINHOS..CHATA :evil:
BETAFERI
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Localização: cães e gatos

quinta set 25, 2003 1:48 pm

Olá

Bem... eu não posso garantir se essa teoria é verídica ou não, eu não acredito muito nela sinceramente, o que vos posso contar é que eu tive uma gatinha que foi recolhida da rua, já adulta, não sabíamos se ela tinha ou não algum problema, fisicamente estava saudável, segundo o Vet., mas mais tarde descobrimos que era surda.
Tinha um comportamento verdadeiramente impressionante. Deitava-se ao nosso colo, isto aconteceu principalmente com o meu marido, muito calma e de uma serenidade extrema, de repente acordava e como o que tinha mais perto era os braços dele, agarrava-os com os dentes e as patas atacando-o de tal forma que era dificil de tirar. O resultado era sempre uma ida ao Hospital, de tal maneira ele ficava. Isto aconteceu por duas vezes.
Nunca se compreendeu o porquê deste procedimento. Depois do ataque, levava umas boas palmadas, como é lógico, ela voltava aquela paz e serenidade de sempre. Num mundo só dela.
Com "traumas" ficámos nós durante uns tempos. :( :( :( :( :(

Não sei se a surdez tinha alguma coisa com este comportamento se não, nunca mais tive um gato assim com estas manifestações de "carinho", apesar de ter quatro.

Franc
Kathleen
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Localização: Duas gatinhas persas (Amélia e Emilia) 4 Tartarugas (Margarida, Mafalda, Mariana e Alex)

quinta set 25, 2003 1:52 pm

Olá

Apesar de existirem gatos que são traumatizados, acredito mais que os traumas advenham do que eles passaram na rua ou em casa de quem os maltratou, do que por alguém lhe ter feito festas antes do abandono ou por se lembrarem da mãe... Parece mesmo a mania dos traumas que tantos psicologos têm...

A Amélia morde em duas situações, ela detesta estar ao colo a não ser que seja ela que se deita nele por livre vontade, se eu lhe pego e ela começa a querer sair e eu não deixo ela começa a ameaçar que vai morder, até que morde mesmo.
A outra situação eu acho que é provocação para a brincadeira, empina-se toda e atira-se (ás vezes com força a mais), mas se for preciso foge a correr para irem atrás dela :roll:

beijokas
kathleen
Elsa_Pereira
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Localização: Gatos: Chico, Marieta, Rita e Olívia (4)

quinta set 25, 2003 11:03 pm

Olá a todos,

os gatos podem-nos morder na brincadeira. Se repararem, quando eles brincam uns com os outros e ensaiam lutas, também se mordem. Agora, um gato retirado demasiado novo da mãe, pode não ter aprendido até que ponto pode ou não fazer força, e exagerar na dose de brincadeira. Nesse momento, cabe-nos a nós fazer esse trabalho. Tenho essa situação com a Olívia. Independentemente de ela ter sido abandonada por volta dos 7-8 meses e possivelmente ter sido maltratada (....se eu lhe falava num tom mais severo, começava logo a rosnar... :( ), ela apresentava um comportamento típico de gata cujo processo de socialização não tinha sido completo. Tive durante algum tempo, de manter a firmeza necessária e impedi-la de me tentar morder, o que se consegue colocando no momento em que o gato o tenta fazer, um dos nossos dedos pela sua boca a dentro. A pobrezinha quase vomitava.. :o , mas noutras alturas era muito meiga com ela, inspirando-lhe confiança e fazendo-a entender que estava num lar onde era amada. Actualmente, após 2 anos de a termos, a Olívia é completamente diferente da Olívia inicial. Nunca coloca as unhas de fora quando está a brincar connosco, é muito menos bruta a morder (....embora nunca tenha abandonado na totalidade este tipo de brincadeira...) e tem demonstrações de ternura inimagináveis inicialmente. Por isso, não há trauma ou ausência de educação inicial (...embora essa não seja a situação ideal...) que não possa ser superada. Exige, como é óbvio, vontade e determinação da nossa parte.
carlaaoliveira
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quinta out 02, 2003 4:16 pm

Acho q é mesmo para chamar à atenção :o
vcruz
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Localização: Gata - Lolita

quinta out 02, 2003 4:47 pm

Elsa,
já tinha aqui lido anteriormente que o dedo enfiado pelos gorgomilos abaixo fá-los desistir de nos morder.
Gostava que Lolita acreditasse nisso... :roll:
V.
palhares
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Localização: Chartreux e Bullmastiff
Contacto:

quinta out 02, 2003 5:21 pm

Concordo com a Elsa_Pereira. Já o tinha referido no outro tópico. As fases de crescimento do gatinho são etapas muito importante para o seu futuro comportamento e sociabilização. Aos gatos adoptados ou abandonados não sabemos (se os recolhermos já com uns mesitos) do passado deles, se viveram ou não com a mãe nos primeiros meses de vida. Talvez por isso o comportamento dos gatos não é igual em todos eles.

Junto anexo um texto, peço desculpa mas está em francês, muito elucidativo.


As quatro fases dos gatinhos por Mr Jérome Holuigue (http://chartreux.webstyle-fr.com/)

Premières phases de la vie du chaton
Règles élémentaires à connaître afin d’élever des chatons équilibrés
Il y a différentes phases dans la vie d'un chaton.
Le développement d'un chaton est rapide et couvre 3 mois.
Nous pouvons distinguer 4 périodes dans la vie d'un chaton :

Première période :
La première période (qui correspond en fait à la période de gestation) est une période pendant laquelle la mère doit être manipulée (avec grande douceur) et évoluer dans un environnement sans stress. En effet, la sensibilité tactile du chaton apparaissant à partir du 21ème jour de gestation, il s'agit de manipuler la mère essentiellement au cours du deuxième mois de gestation.
Il est très important qu'une chatte gestante ne soit pas stressée car le moindre stress engendre une contraction de l'utérus, laquelle se répercute sur les embryons qui ressentent très fortement ce stress, et ont tendance à se mordre les pattes et la queue.
A ce titre, des chats qui, à l'age adulte, se mordillent les pattes et/ou la queue sont des chats dont la mère a pu faire l'objet de stress.
Enfin, dans la mesure où des stimulations gustatives sont perçues par l'embryon, il faut donner à la mère une alimentation variée afin d'amener une diversité de goût au futur chaton

Deuxième période
La deuxième période couvre les 3 premières semaines à compter de la date de naissance du chaton. Pendant cette période, le chaton est complètement dépendant de sa mère. Au cours de ces trois semaines, l'olfaction se développe, et les bruits sont perçus à partir du 15ème jour. Les yeux s'ouvrent à partir du 10ème jour en moyenne.
Pendant cette période, le chaton doit être quotidiennement à la lumière (des chatons souffrant d'un manque de luminosité peuvent être partiellement aveugles), exposé à différents bruits, à différentes odeurs notamment afin que tous leurs sens se développent.
Une chose essentielle réside dans le fait que le chaton doit être manipulé afin d'accepter le contact (humain) sans la moindre difficulté.

Troisième période
Pendant cette troisième phase, le chaton va prendre conscience de son appartenance à l'espèce féline. Il est primordial que le chaton soit avec sa mère (à laquelle il s'attache).
Le chaton acquiert l'ouie à l'âge de 4 semaines et la vue (d'une façon quasi définitive) à la fin de la cinquième semaine.
Le chaton joue avec sa mère et ses frères et soeurs à partir de l'âge de 4 semaines. Il commence à gratter au cours de la 5ème semaine.
Dans la mesure où le chaton procède beaucoup par imitation, il est important qu'il puisse voir sa mère faire ses besoins dans la litière. Il lui sera ainsi donnée la tentation d'imiter sa mère afin (notamment) de faire ses besoins dans la litière (et de les recouvrir en imitant là aussi sa mère).
C'est au cours de la 4ème semaine que commence le sevrage. C'est à partir de l'âge de 5
semaines que la socialisation peut commencer.


Quatrième période
C'est la période la plus importante et déterminante pour la vie du chat. L'apprentissage par imitation se poursuit et est important concernant notamment l'apprentissage de la propreté, l'alimentation (dès lors que le chaton voit sa mère manger des croquettes, il ira manger les croquettes également) (il faut d'ailleurs privilégier de petites croquettes).
C'est au cours de cette période que le chaton développe ses rapports avec d'autres espèces (espèce canine notamment) et apprend à découvrir des endroits nouveaux lui permettant de percevoir d'autres dimensions.
Au cours de cette période, le chaton va jouer énormément avec sa mère, ses frères et soeurs et les jouets qu'il trouvera. Le jeu contribue à la socialisation du chaton.
En jouant avec sa mère, ses frères et soeurs, il apprendra à doser notamment ses coups de patte (sa mère le corrigera en lui donnant un coup de patte sur le nez), ainsi que la brutalité de ses morsures. Le jeu va permettre de l'inhiber tant au niveau des griffes qu'au niveau des dents.
C'est ainsi que le chat à l'âge adulte ne mordra pas et ne griffera ni son maître, ni les enfants ; ce qui peut être particulièrement important dans de nombreux foyers. Le chaton doit être manipulé tous les jours par l’éleveur afin de le familiariser au contact et pouvoir le porter en toute circonstance et pendant toute sa vie.
Afin d’établir un lien de subordination entre le chaton et son maître, il est très important de prendre le chaton par la peau de la nuque, le coucher sur son flanc (gauche ou droit), et lui gratter (avec modération quand même) le ventre pendant au moins 2 - 3 minutes par jour. Le chat sera d’autant plus docile et facile à soigner chez le vétérinaire qu’il aura «subi» ce genre de traitement.
Cette période d'inhibition et de socialisation se poursuit jusqu'à l'âge de 12 semaines. Cette socialisation est absolument indispensable. C'est pourquoi il est intolérable de voir des chatons quitter leur mère et leurs frères et soeurs avant l'âge de 12 semaines.
De plus, cette période permettra au chaton de se détacher NATURELLEMENT et progressivement de sa mère.


Cumprimentos

A.Palhares
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