Como procurar um gato

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Moderador: mcerqueira

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Sirikit
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quinta jul 21, 2011 3:51 pm

Encontrei estas dicas num site alemão e achei muito útil. Eu adaptei o texto para o português.


As pessoas andarem à procura do gato perdido lamentavelmente é uma realidade frequente.

Há várias medidas a serem tomadas neste caso.

1. Assim que sentire a falta do gato, o dono deve sair à procura do bichano. Ele ainda pode estar (e provavelmente estará mesmo) por perto.
2. Não o encontrado, deverá:
• fazer panfletos com uma descrição completa, fotos do gato, morada/telefone e data do desaparecimento;
• distribuir estes panfletos em veterinários, lojas, postes de iluminação, etc. (o dono deve apontar onde deixou os panfletos para retirá-los posteriormente!);
• verificar pessoalmente no asilo/canil da região (por telefone não se obtêm bons resultados);
• verificar com os vizinhos (o gato até pode estar preso numa arrecadação pouco usada);
• poderá fazer um anúncio no jornal local;
• poderá prometer uma recompensa;
• anunciar na Internet (fórum e em http://www.encontra-me.org);
• verificar também no órgão responsável pela remoção de cadáveres (pode ter havido um acidente fatal…).

Os gatos não se perdem sozinhos. Um gato que está habituado à liberdade, e que nestas circunstâncias desaparece, é mais difícil de ser encontrado. Se não lhe aconteceu algo de grave ou se ele não for mantido em cativeiro, ele geralmente retornará sozinho.

3. Já os gatos que nunca vão passear, e que por um descuido se vêem em liberdade, salvo em caso de cativeiro ou acidente, são uma situação à parte. Estes gatos ficam assustados com o movimento nas ruas, com os carros, cães, pessoas, outros gatos, o barulho que é tão diferente do que o da tão segura e acolhedora casa, aquele lar com as suas rotinas, do qual de repente sentem tanta falta. Um gato nesta situação acaba por ficar com medo e tenta encontrar um cantinho em que possa se esconder e ter sossego. Fica quieto, e enquanto for dia, enquanto houver a correria do dia-a-dia, não sai. Quando chega a noite, tudo fica mais calmo. Quando este gato perceber que toda aquela azáfama parou, ele também vai sossegando, acalmando.

E é nesta altura em que o dono deve voltar a procurá-lo.

Observe o horário em que a zona onde mora sossega. Dê mais umas duas ou três horas de sossego para o gato (ele tem de estar seguro de que o perigo passou). Geralmente entre as 02:00 e 05:00 horas da manhã o gato ganha mais confiança. E é este o horário ideal em que o dono deverá sair à procura do gato. Chamá-lo com voz baixinha e calma, escutar se há resposta, andar um pouco mais e voltar a chamá-lo, percorrendo lentamente o território vizinho. Reconhecendo a voz do dono ele costuma responder, pois a esta altura ele já está com saudades de casa.


BOA SORTE
Chamarrita
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quinta jul 21, 2011 4:29 pm

Muito obrigada pelas dicas! Infelizmente tenho um gato desaparecido desde Dezembro e a esperança de o encontrar é cada vez menor. Ele estava habituado a ir à rua e nunca se afastava de casa. Foi-me entregue com a irmã em Setembro e só após 3 meses começou a sair de casa - vivo numa moradia "no meio do nada", o Bhaji estava castrado desde novo e já tinha 10 anos, ficava sempre aqui ao pé da porta, na "eira", e eu tinha por hábito recolhê-lo sempre que me ausentava. Mas um dia não o recolhi, ele estava consolado a dormir ao sol, e julguei não me demorar... e quando voltei ele não compareceu para me receber, e nunca mais o vi. Procurei-o durante muito tempo, colei cartazes, andei pelo pinhal de lanterna, debrucei-me nos poços, nada. Imagino que tenha sido levado por alguém, embora me custe acreditar que alguém fosse roubar um gato preto, adulto (não aparentava ser velhote) e não muito dado a festas, mas quem sabe?

Mas também fui reparando, desde que aqui vivo e tenho gatos com acesso ao exterior, que eles ficam um bocado perdidos se saem do seu território, e aí agem como aqueles que fogem de casa. Por algum motivo ele pode ter-se assustado e ter ido para mais longe, e não conseguir regressar; um cão solto a ladrar, outros gatos (mesmo castrados, podem escorraçar elementos que não querem no grupo), podem ter impedido o regresso. E é extremamente difícil encontrar um gato que "não quer" ser encontrado, porque tem medo de tudo fora do local que conhece. Outros gatos que trouxe da rua escolheram deliberadamente quintais próximos, sei onde estão, se não os vejo a vizinhança informa-me. Mas o Bhaji, nunca mais ninguém o viu... :(
Acredito na Paciência, na Persistência, no Pai Natal e no Poder do Fiambre!
Sirikit
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quinta jul 21, 2011 6:31 pm

Este é o problema dos gatos que andam soltos. Como eles conhecem o ambiente exterior, os barulho e o movimento, eles tendem ir cada vez mais longe. Eles não se perdem, têm um ótimo sentido de direção. Eles podem é encontrar um lugar com condições que preferem (por exemplo uma colónia de gatas :lol: ), ou sofrerem um acidente...

Uma amiga minha, quando se mudou do Brasil para a Alemanha, deu a gata para a minha mãe (na altura era muito mais caro levar). Mesmo ela estando grávida, voltou para a casa da minha amiga (4,5 km de floresta - não deve ter ido pela estrada, que era mais longe). Apareceu lá 3 ou 4 dias depois de ter desaparecido. Levemos-a de volta para a casa da minha mãe e achamos que depois de ter os bebês ela ficaria bem. Mas NÃO, ela resolveu carregar os bebês com ela. Um caseiro de um vizinho da minha mãe a viu com os bebês (ela era daquelas "siamesas", e os bebês também) a pegou e depois tentou vender para minha mãe. Imagine só, da casa da minha mãe até ao portão eram uns 500 metros, e ela carregou os dois bebês, ainda de olhos fechados, tranquilamente até ao portão.

Procurar gatos que não têm saída livre é mais fácil, pois o mundo lá fora para eles é uma grande ameaça e eles logo procuram um lugar para se esconderem.

Pelos vistos você tinha o gato há pouco tempo. Talvez ele esteja tentanto voltar para o seu antigo lar. Um gato macho adulto que ganhamos na minha infância também desapareceu depois de já estar conosco já alguns meses. Ele não voltou para a casa antiga (percorrer cerca de 50 km dentro da cidade de São Paulo seria impossível ele sobreviver). Ele ficou numa casa qualquer (era muito peludo, alguém deve ter achado que era persa :D ), e depois de vários meses reapareceu e resolveu ficar conosco.

Não perca as esperanças, ele ainda pode voltar.
leonildecarvalho
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quinta jul 21, 2011 6:39 pm

Bom artigo, mas os gatos, em regra geral, entram em pânico muito facilmente e, mesmo conhecendo o território, basta uma situação de pânico como por exemplo: um ruído de rateres de um veículo, o ruído duma uma travagem brusca de um veículo, a perseguição de um miúdo ou de um cão, para se afastar bastante da área que dominava e sentir-se perdido, mesmo que esteja perto de casa. Portanto, nem sempre um gato encontra o "regresso a casa", mesmo estando perto, infelizmente.

Leo
<p>Desejo a mesma sorte, que a triste sorte dos animais que nao sejam ajudados por quem nao deixa que se os ajude. Autor desconhecido</p>
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<p>Regurgito nas postas de pescada dos arrotadores. Autor desconhecido</p>
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quinta jul 21, 2011 7:02 pm

Sirikit Escreveu:Este é o problema dos gatos que andam soltos. Como eles conhecem o ambiente exterior, os barulho e o movimento, eles tendem ir cada vez mais longe. Eles não se perdem, têm um ótimo sentido de direção. Eles podem é encontrar um lugar com condições que preferem (por exemplo uma colónia de gatas :lol: ), ou sofrerem um acidente...



Não perca as esperanças, ele ainda pode voltar.
a questão das gatas não se põe, que ele tinha 10 anos e tinha sido castrado ainda antes de ter um ano. Também já me passou pela cabeça que a "densidade populacional" lhe tenha desagradado, já que sempre tinha vivido só com a irmã. Eu já nem espero q ele volte, só queria saber que está bem, numa casa "por sua conta" - condição que ele, de certeza, preferia. E se calhar escolheu mesmo ir embora...

Mas os bichos mudam mesmo. Com a primeira dona, com quem viveu a vida inteira, NUNCA queria sair de casa; era medroso, mariquinhas. Já a irmã era uma gaiteira, passava dias fora, chegou a ter ninhadas fora de casa. Quando me foram entregues, o Bhaji começou a querer sair nem um mês depois de estar cá, eu é que não deixei antes de completar dois meses. E NUNCA se afastou mais de 10 metros da porta. Já a irmã, ficou caseirinha... demorou mais a adaptar-se do que ele e, como estava com vários casos em mãos na altura, deixei a esterilização dela para o final do ano, queria fazer análises antes, ver se estava tudo bem, por causa da idade. Com óptimos resultados, foi operada, teve um excelente pós operatório e... continua a não sair. Não se dá especialmente com os outros, tolera-os, mas o mais longe que vai é o peitoril da janela. PODE sair, mas não quer... vá-se lá entender! E mais: depois de alguns dias a miar, chamando o irmão, começou a comportar-se de uma forma... como quem finalmente tem toda a atenção para si! O Bhaji não gostava de toda a gente, mas é um gato carismático, adora estar no centro das atenções, dormia sempre comigo, é um gato dependente. Ela... não era. Mas ficou! Uns dias antes do sumiço do Bhaji, andaram meio amuados, ele vinha dormir comigo e ela ficava na sala (costumavam estar juntos, esperavam-me na cama enroscadinhos um no outro, depois ele ia para debaixo do edredon e ela por cima, encostada às minhas pernas e ao "montinho" que o corpo do irmão fazia). Cá para mim houve zanga...

sei lá. Alguma coisa aconteceu, o quê, nunca saberei. mesmo que ele regresse, não vai contar nada...
Acredito na Paci&ecirc;ncia, na Persist&ecirc;ncia, no Pai Natal e no Poder do Fiambre!
Chamarrita
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quinta jul 21, 2011 7:19 pm

leonildecarvalho Escreveu: a perseguição de um miúdo ou de um cão, para se afastar bastante da área que dominava e sentir-se perdido, mesmo que esteja perto de casa. Portanto, nem sempre um gato encontra o "regresso a casa", mesmo estando perto, infelizmente.

Leo
É bem verdade, Leonilde... eu costumava deixar a janela que dá para o pátio aberta, porque alguns gatos gostavam de dar a volta, descer pelo telhado e entrar pela janela, mesmo com as cadelas no pátio. Eles não precisavam de pisar o chão, coloquei uma escada e uma mesa alta junto à janela do lado de fora, para lhes facilitar a entrada sem as cadelas chatearem. E a última vez que foi visto, pelos meus vizinhos, estava justamente a dirigir-se para as traseiras da casa. As cadelas podem tê-lo assustado e ele ter-se desorientado, sem conseguir entrar em casa, ter ido procurar outra entrada, ter fugido em pânico, sei lá. Ele nunca tinha ido longe, não conhecia nada. E com 10 anos os sentidos já não são o que eram...
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