quimioterapia

[anita07]

alguem ja fez quimioterapia a sua gata!???o k me podem dizer sobre isso? vale a pena??

[dricaas]

Olá anita07, nunca tive um gato/gata que precisasse de quimioterapia, felizmente (é o meu 1º gato), mas na minha opinião acho que se colaborar para o recuperamento da sua miau, pois seja.

É apenas a minha opinião, talvez outras pessoas aqui possam ter mais experiência neste assunto e possuam mais conhecimento que eu. :D

Espero ter ajudado, as melhoras da gatita...

[leonildecarvalho]

O meu cão fez, recentemente.
Gatos...nunca passei por isso, felizmente. Mas, a MiausRafa tem actualmente um gato, o Lourenço, a fazer quimio... Ela seria a pessoa mais indicada para falar consigo sobre isso...
De qualquer forma, existem vários tipos de quimio... dependendo da situação... e cada caso é um caso mas, já digo como a outra forista: se é para dar mais qualidade de vida ao animal, vale a pena.

Leo

[Bingley]

Eu tenho uma gata a fazer quimioterapia.
Nem todas as quimios são iguais, depende do tipo de problema, mas vou falar do meu caso concreto.
Foi detectado à Misty, em Fevereiro deste ano, um papo na patinha, estava em ferida e não sarava. Foi extraido imediatamente e foi para análise. O resultado foi que se tratava de um hemangiosarcoma cutâneo.
Dado o potencial de reincidência deste tipo de tumor, foi feita a amputação total da patinha. Para eliminar ao máximo eventuais celulas cancerigenas que já se tivesses espalhado, depois de estar recuperada da cirurgia, iniciou a quimio.
Esta é intravenosa e acompanhada de soro. O protocolo utilizado foi tratamentos semanais durante 2 meses e agora faz 1 vez por mês. A quimio é acompanhada de um tratamento com cortisona.
Os 2 meses iniciais foram um pouco duros, a quimio provocava algum enjoo, principalmente nos dias imediatamente após o tratamento. O pelo rapado por causa da cirurgia demorou muito a crescer (ainda não está do tamanho do outro) e cairam-lhe sobrancelhas e bigodes.

Tinha também que fazer análises semanais e duma das vezes estava com os globulos brancos um pouco em baixo, que era efeito secundario desta quimio, mas foi passageiro.
temos ainda pela frente alguns meses de quimio, mas no geral a Misty está muito bem e, dado que é uma gata ainda jovem, acho que valeu a pena o sacrificio, que não foi excessivo, para tentar assegurar que não haja metastases.

[MiausRafa]

O meu gatinho Lourenço está a fazer quimioterapia oral há já dois meses e meio em sequência de um tumor no fígado. Não se sabe exactamente o tipo de tumor porque na altura estava quase sem plaquetas e seria muito arriscado picar o fígado para fazer citologia, no entanto não restam dúvidas de que é maligno.
O Lourenço tem tolerado bem a medicação, não tem náuseas, diarreia ou qualquer manifestação de intolerância a este químico.
Um dos efeitos secundários mais frequentes desta medicação é a diminuição da produção de células pela medula óssea com consequente diminuição de alguns dos elementos do sangue.
Têm sido feitas análises de sangue regularmente e felizmente os valores estão normais excepto alguns relativos ao fígado como é normal para a situação dele.
Além da quimio faz outro tipo de medicação para ajudar na sua qualidade de vida. Felizmente neste período tem andado bem e comido com apetite. Teve uma recaída que foi ultrapassada com a inclusão de outra medicação. O Veterinário está a ponderar operar o Lourenço, não vai ser uma decisão fácil, tem que ser muito bem pensada e medidos os prós e contras desta decisão, não quero de forma nenhuma aumentar o sofrimento do meu animal, o que me interessa como sempre é que o meu gato viva o máximo mas com qualidade.

Há quatro anos atrás tive outra situação de quimioterapia a uma gatinha a quem apareceu um tumor na região lombar na parte traseira, local onde havia sido vacinada.
Em dois meses esta massa tumoral aumentou bastante mas sem nunca ulcerar, foi feita citologia de resultado inconclusivo. A gatinha foi submetida a cirurgia e o resultado da análise à massa extraída com 4 cm de comprimento foi a de fibrohistiocitoma maligno com zonas tipo fibrossarcoma.
Não foi aconselhada quimioterapia, passado um mês ocorreu recidiva. Consultei entretanto um veterinário especializado em oncologia que não concordou com o colega que tratou a gatinha anteriormente. Prescreveu-lhe quimioterapia injectável em sessões de cada vinte e um dias sempre com controlo de análises sanguíneas. A gatinha no dia seguinte à quimio ficava um pouco mais murchinha e nauseada, com apetite diminuído, mas no segundo dia já estava normal, brincalhona, faladora e pronta a correr e saltar como sempre.
O tumor regrediu bastante e entretanto foi feita nova cirurgia que correu muito bem, cicatrizou rapidamente e o pêlo tal como da primeira vez cresceu de forma normal.
Era a minha Pitinha que depois de vencer esta grande batalha acabou por subitamente, quando menos se esperava ser vítima de uma trombo-embolia, fez paragem cardíaca e a tentativa por parte do vet para a reanimar foi sem êxito, faleceu na clínica sem que eu estivesse por perto.
Anita07 desculpe o relembrar desta história no seu tópico. Se voltasse atrás voltaria a fazer quimioterapia à minha gatinha, aliás seria feita na primeira vez que a maldita doença apareceu.
A minha opinião é de que todos os tratamentos disponíveis que possam aumentar o tempo e qualidade de vida dos nossos animais devem ser feitos.
A quimioterapia nos animais não tem as mesmas manifestações que nos humanos, os enjoos e vómitos são menos frequentes ou por um período menor, normalmente nos gatos não há queda de pêlo, é mais frequente a queda dos bigodes mas nem sempre, nenhum dos meus gatos ficou sem bigodes ou com queda de pêlo anormal.
Há muitos tipos de quimioterápicos uns com mais efeitos secundários do que outros mas na maioria os tratamentos são indolores.
Os riscos do tratamento vão sendo avaliados pelo controlo feito por hemogramas frequentes, normalmente antes de cada sessão.

[paulograve]

A minha Pretita também iniciou a quimio, devido a um linfosarcoma renal, provavelmente devido a ser FeLV.
Infelizmente apenas fez uma sessão e faleceu, não devido à quimio, mas devido a anemia brutal em que se encontrava, nem a transfusão lhe valeu.

O mais importante, qualidade de vida, se existir tudo valerá a pena! Se o animal deixa de a ter e passa a viver em sofrimento permanente, deve ser ponderado o que nenhum dono quer e dar paz ao animal.

[anja-azul]

há 2 anos tive uma gata a fazer quimioterapia devido a um fibrosarcoma. não podia ser operada e deram-lhe 2 meses de vida. não ficou boa mas durou cerca de 1 ano. nas primeiras sessões, tudo correu pelo melhor. vinha fresca que nem uma alface e cheia de apetite. o tumor regrediu. depois, talvez porque me atrasei no tratamento, visto morar quase a 200 kms do vet, a kitty começou a piorar. de qualquer forma, sem este tratamento o fim seria mais próximo

[Marioskita]

Não sei se é idêntico nos canitos e nos gatos mas, tenho o Sebastião (canito) a fazer quimioterapia oral desde Janeiro pois foi-lhe diagnostícada uma leucemia crónica.

No dia 17 de Janeiro e, sem que nada o fizesse prever, o Sebastião já de madrugada quis ir á rua (jardim) e, quando regressava já não conseguiu subir as escadas assim como o seu andar era cambaleante.

De imediato foi para o vet onde chegou praticamente morto ... conseguiram "recuperá-lo" e ficou internado para exames pois estava com uma anemia brutal.

Foi então diagnosticada leucemia crónica e ainda no vet começou logo a fazer quimioterapia oral e cortisona. Valeu mesmo a pena pois o Sr. Bi com quase 14 anitos está aí para as curvas. Pula, corre, brinca, salta e com um apetite desmedido. Temos de ter imenso cuidado pois ele rouba tudo. Ele que era um biqueiro com a comida ... agora tudo quanto lhe aparecer à frente marcha.

O prognóstico após a descoberta da doença é variável mas, é entre a um ano e um ano e meio. Até ao momento ele está excelente e aprendemos a viver um dia de cada vez pois, com a leucemia ou sem ela, o tempo de vida do Bi também não iria ser muito mais longo.

As melhoras da sua gatinha e ... enquanto for possível e ela tiver qualidade de vida ... vale sempre a pena lutar.