Bom dia ao fórum.
Muito se tem falado em legalidade e ética na detenção de aves indígenas, mas existe uma grande diferença entre moralização e paranóia; quando integrada na resposta a determinadas questões, parece-me normal, desejável e até indispensável que se escreva ou diga que a situação legal da ave é irregular, mas transformar um em cada três tópicos num debate repetitivo, abandonando o tema inicial, que normalmente até visa a protecção da ave, parece-me demasiado... Claramente, como em tudo o mais na República Portuguesa, não existe fiscalização capaz ou sequer visível, mas ignorar o que se faz à frente dos olhos de todos é negligente. Nunca existiu uma verdadeira operação num dos mercados ou feiras onde estes negócios altamente lucrativos se fazem impunemente. Bastaria que, digamos bimensalmente, existisse uma visita de agente ou inspector à Malveira e o cuidado seria outro; mais, seria suficiente fazer umas chamadas tipo "agente provocador" para os classificados de alguns sites, e esta actividade passaria a ser o que, de facto, é - marginal. No mínimo, faria tremer o tal sentimento de impunidade.
Neste momento é uma actividade apenas ilegítima ou ilegal mas não é minimamente combatida. Talvez os responsáveis devam fazer como alguns agentes dos Órgãos de Polícia Criminal, que usam o seu tempo livre para agir em tese de moralização em vez de se limitarem a escrever longos textos em fóruns (seriam certamente horas superiormente empregues).
Quanto à questão ética que tão graciosamente é utilizada em última análise, pergunto qual é o divino mandamento moral que instiga à criação de aves que nunca vão conhecer a liberdade, apenas porque não chegam naturalmente a um ou outro Estado? O facto de serem autóctones da Indonésia condena-as e a todas as suas gerações futuras a prisão perpétua em Portugal? Grande diferença entre o honesto e cumpridor Pintassilgo e o flibusteiro pirata do Bengalim...
Notem que não há nenhuma "Teoria da Conspiração"; avisem sim senhor, moralizem concerteza, mas sobretudo esclareçam e ajudem a criar melhores condições aos animais (porque jamais serão libertados, VExas saberão disso). E, já agora, apareçam; onde é que estão? Através do teclado não surgem resultados objectivos. Lembrem-se ainda que, em miúdos, grande parte de vós detiveram melros e pintassilgos e pilharam ninhos de pardais sem objectivo válido, talvez alguns destes verdelhões que caem do ninho sejam também de crianças...
Obrigado e cumprimentos.
Funcionalismo ou paranóia ?!?
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- Localização: 8 gatos, 17 gerbos da mongolia,1 chinchila, 1 cão, 3 peixes
Suponho q é uma questão de bom senso, não apanhar espécies autoctones. Se bem q como tudo, é discutível...
Se um criador de hamsters se lembrar de os soltar numa floresta onde não tenham predadores, isso provavelmente terá danos maiores de que alguém ter uns pintassilgos, ou apanhar um melro no ninho.
Se um criador de hamsters se lembrar de os soltar numa floresta onde não tenham predadores, isso provavelmente terá danos maiores de que alguém ter uns pintassilgos, ou apanhar um melro no ninho.
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- Membro Veterano
- Mensagens: 8292
- Registado: quarta abr 30, 2003 9:05 pm
Quandom o que se fala aqui é de comercio ilegal e captura ilegal...sera paanoia ?
<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
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- Membro Veterano
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Quandom o que se fala aqui é de comercio ilegal e captura ilegal...sera paanoia ?
<p><a href="http://www.antidoto-portugal.org">http://www.antidoto-portugal.org</a></p>
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- Membro Veterano
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- Registado: sexta mai 10, 2002 3:46 pm
- Localização: labradora retriever ZORRA
periquito FALCANITO
Como em tudo, é preciso bom senso.
Mas não nos vamos esquecer de certos foristas que apareceram aqui a pedir ajuda para capturarem pintassilgos, melros e outros...
Não nos podemos esquecer dessas pessoas que vendem as nossas aves nas feiras por uns tostões, aves essas que foram aprisionadas.
Um coisa é ter pássaros criados em cativeiro que, sabemos muito bem, não tem hipóteses de sobreviver no mundo exterior.
Outra coisa é tirar a uma ave selvagem a sua liberdade para ganhar uns tostões ou porque simplesmente dá gozo dizer que se apanhou um verdilhão...
Não vejo problema em tratar de uma ave que caiu do ninho.
Todos sabemos muito bem que essas aves, na natureza, não sobrevivem.
Outra aves , de maior porte - nem caídas do ninho...
Vou contar uma história :
aqui há uns meses a minha Zorra (labradora), num passeio no estádio nacional, pôs-se a ladrar muito a qualquer coisa.
Quando fui ver era uma corujinha bébé, refugiada numa moita.(pensamos que terá caído do ninho, embora não víssemos de onde poderia ser pois as árvores, naquele sítio, são eucaliptos finos e altos).
Com a ajuda dos seguranças do estádio, chamámos o ICN que foram lá logo de seguida e levaram a ave para o parque que têm em Monsanto.
Tratava-se de uma coruja das florestas, a maior que existe em Portugal e alimenta-se de ratinhos.
Uma ave destas nunca se deve tentar criar em cativeiro.
É uma ave grande, uma jóia da coroa da nossa natureza.
Nem sequer saberíamos como tratar dela...
E quando crescesse, como seria ?
Lembremo-nos que as nossas aves são isto - são de todos nós.
Compete-nos velar pela sua preservação em liberdade e na natureza.
Mas não nos vamos esquecer de certos foristas que apareceram aqui a pedir ajuda para capturarem pintassilgos, melros e outros...
Não nos podemos esquecer dessas pessoas que vendem as nossas aves nas feiras por uns tostões, aves essas que foram aprisionadas.
Um coisa é ter pássaros criados em cativeiro que, sabemos muito bem, não tem hipóteses de sobreviver no mundo exterior.
Outra coisa é tirar a uma ave selvagem a sua liberdade para ganhar uns tostões ou porque simplesmente dá gozo dizer que se apanhou um verdilhão...
Não vejo problema em tratar de uma ave que caiu do ninho.
Todos sabemos muito bem que essas aves, na natureza, não sobrevivem.
Outra aves , de maior porte - nem caídas do ninho...
Vou contar uma história :
aqui há uns meses a minha Zorra (labradora), num passeio no estádio nacional, pôs-se a ladrar muito a qualquer coisa.
Quando fui ver era uma corujinha bébé, refugiada numa moita.(pensamos que terá caído do ninho, embora não víssemos de onde poderia ser pois as árvores, naquele sítio, são eucaliptos finos e altos).
Com a ajuda dos seguranças do estádio, chamámos o ICN que foram lá logo de seguida e levaram a ave para o parque que têm em Monsanto.
Tratava-se de uma coruja das florestas, a maior que existe em Portugal e alimenta-se de ratinhos.
Uma ave destas nunca se deve tentar criar em cativeiro.
É uma ave grande, uma jóia da coroa da nossa natureza.
Nem sequer saberíamos como tratar dela...
E quando crescesse, como seria ?
Lembremo-nos que as nossas aves são isto - são de todos nós.
Compete-nos velar pela sua preservação em liberdade e na natureza.
<p>"O auto-convencimento manifesta-se pela falta de cordialidade nas palavras" - Teofrasto</p>