gripe das aves

Fórum para trocar ideias sobre os nossos amigos com penas.
andregameiro
Membro Júnior
Mensagens: 37
Registado: domingo mar 06, 2005 5:53 pm
Localização: 1cão, 3 gatos, 20 aves

terça out 11, 2005 11:28 am

Quais as precauções devemos tomar relativamente a este grave problema?
Nyara
Membro Veterano
Mensagens: 2202
Registado: sexta ago 12, 2005 12:30 pm
Contacto:

terça out 11, 2005 1:07 pm

Olá ;)

É extremamente díficil estarmos a precavermo-nos sobre uma epidemia sobre a qual sabemos ainda tão pouco :?

Tenho ouvido dizer nas notícias que todas as aves (íncluindo as de consumo: patos, galinhas, etc) devem ser colocadas em recintos fechados ou dentro de casa para que não entrem em contacto com outra qualquer ave selvagens e/ou infectada. É uma precaução :?

Problema são as aves migratórias que podem espalhar o virús pelos 4 cantos do mundo. Nesta época a Europa recebe algumas destas aves e já se começam a ouvir alguns casos :( :(

Acho que se isto se transformar numa pandemia vai ser terrível!!
Estou um pouco preocupada porque creio que nenhum pais está preparado para isso. E não creio que aja mto que possamos fazer para evitar :roll: :roll:
raioxpantera
Membro Veterano
Mensagens: 309
Registado: quinta fev 19, 2004 11:53 am
Localização: Canários
Contacto:

quarta out 12, 2005 12:31 pm

aqui fica parte de um texto que se encontra no meu forum:
Conselhos para o Público em Geral


Evite o contacto com aves doentes (galinhas, gansos, patos, etc.) ou outro tipo de animais que levantem suspeitas relativamente ao seu estado de saúde;
Lave sempre as mãos com água e sabão, após manusear qualquer tipo de aves ou outros animais;
Evite a promiscuidade entre alimentos crus e cozinhados;
Lave convenientemente todos os utensílios de cozinha (incluindo bancas e bancadas, pranchas para corte de alimentos, talheres, etc.), antes da sua reutilização na preparação de outros alimentos;
Consuma somente alimentos devidamente cozinhados e quentes;
Reforce e promova a adopção de medidas gerais de higiene individual (por exemplo, lave sempre as mãos com sabão, depois de utilizar os sanitários e antes de cozinhar ou preparar qualquer tipo de alimentos) e colectiva (por exemplo, não tussa nem espirre na direcção de outras pessoas e "proteja" sempre a tosse e o espirro com lenços, descartáveis de preferência);
Mantenha uma dieta equilibrada, faça regularmente exercício físico e tenha períodos de repouso suficientes, de modo a manter as defesas imunológicas do organismo;
Evite espaços fechados e sem ventilação natural adequada, bem como espaços fechados com grande concentração de pessoas.



Conselhos para os Criadores


Reduza ao mínimo o contacto directo com aves e sempre que o fizer use máscara protectora;
Lave sempre as mãos com água e sabão após o manuseamento das aves. Durante o manuseamento de aves e gaiolas, ou sempre que for efectuada a sua limpeza (ou de outros espaços utilizados por aves), procure utilizar luvas de borracha descartáveis. Após a remoção das luvas, lave sempre as mãos com água e sabão;
Nos viveiros, use vestuário adequado para protecção adicional (por exemplo, sapatos/botas de borracha, batas e/ou aventais). Este vestuário deve ser removido ao sair do local e nunca deve ser utilizado para outras actividades ou para andar em áreas onde existam outras pessoas;
Lave convenientemente todos os utensílios (incluindo bancas e bancadas, pranchas para corte de alimentos, comedouros, bebedouros, etc.), antes da sua reutilização;
Nos viveiros com abertura exterior, impeça o contacto das aves com aves silvestres;
Evite trabalhar por longos períodos de tempo em espaços onde existem aves, sobretudo se estes tiverem ventilação natural deficiente;
Se tiver febre ou outro problema respiratório, contacte de imediato o seu médico. Não se esqueça de lhe referir que esteve em contacto com aves.
cumprimentos
<p> </p>
<p style="background-color: rgb(255, 255, 255);"><strong>Moderador do </strong><a href="../../forum/viewforum.php?f=141" target="_blank">F&oacute;rum - Can&aacute;rio</a></p>
<a href="../../forum/viewforum.php?f=141" target="_blank"></a>
<p>&nbsp;</p>
ferreira_vn
Membro Veterano
Mensagens: 367
Registado: terça out 11, 2005 3:08 pm
Localização: cão, gata e 200 aves

quarta out 12, 2005 3:05 pm

[quote=andregameiro]
Quais as precauções devemos tomar relativamente a este grave problema?
[/quote]Olá boa tarde
Primeiro que tudo de onde é, pois infelizmente uma grande parte de Portugal vai ser contaminada e não tarda muito tempo,é uma vergonha o governo ainda não ter tomado as devidas precauções com as zonas que vão ser mais atingidas, fala-se nas aves aquaticas porque são éstas que defacto invadem todos os anos a Europa Central, por isso é que os teóricos e ignorantes portugueses que estão na UE só falam o que os seus colegas desses países dizem, não vêm o caso português,nós somos todos os Outonos nas primeiras chuvas em especial no Alentejo,Ribatejo e Estremadura,invadidos por milhões de pombos selvagens vindos precisamente das 6 regiões infestadas da Russia,quanto á contaminação esta faz-se por inalação.
Um abraço
Ferreira
andregameiro
Membro Júnior
Mensagens: 37
Registado: domingo mar 06, 2005 5:53 pm
Localização: 1cão, 3 gatos, 20 aves

quarta out 12, 2005 6:52 pm

eu sou de Almada...
Mozungo
Membro Veterano
Mensagens: 529
Registado: domingo set 08, 2002 11:34 am

sexta out 14, 2005 7:00 pm

Estar vivo é um risco....andar de carro então nem se fala. E no entanto não vejo grandes preocupações.
Quanto à gripe das aves, é so ter juizo e não inventar problemas onde eles não existem. Quando aparecer, cá estamos......gostaria que os órgãos de informação fossem sérios e honestos e não aterrorizassem a nossa gente com alarmismos exagerados....mas se exageram ( e exageram muito) é porque vende, porque do outro lado há uns sado-masoquistas que adoram, que consomem, que se babam de gozo pela desgraça.
Sobre a incúria do governo.....bem, é o nosso governo, eleito democraticamente; é o nosso espelho, este ou outro qualquer. Se é mau, não somos todos da mesma massa? Porque é que são sempre os outros a terem as culpas de tudo? Somos um povo de choramingas e cobardolas....passamos a vida a choramingar a lamentar-nos de tudo. CHEGAAAAAAAAAAA
zecouves
Membro Veterano
Mensagens: 203
Registado: domingo jan 02, 2005 7:23 pm

sexta out 14, 2005 9:44 pm

francisco_m
Membro
Mensagens: 86
Registado: sábado set 17, 2005 12:13 pm

sexta out 14, 2005 10:08 pm

Bem, felizmente para nós esta doença ainda não invadiu o nosso país mas tambem não é impossível acontecer.Na Roménia e na Turquia foram abitidos milhares de animais por causa desta doença contagiosa.Há k ter cuidado e tomar as devidas precauções, nomeadamnete evitar o contacto com outras aves.Dizem k neste momento os mais afectados são os pombos, andorinhas, patos bravos entre outras aves migratorias...Cumprimentos!
raioxpantera
Membro Veterano
Mensagens: 309
Registado: quinta fev 19, 2004 11:53 am
Localização: Canários
Contacto:

quinta out 20, 2005 10:16 am

tenho procurado e lido na net muita coisa sobre a gripe das aves.

compilei algumas dessas notícias.

caso queiram podem consultar o meu forum.

cumprimentos.
<p> </p>
<p style="background-color: rgb(255, 255, 255);"><strong>Moderador do </strong><a href="../../forum/viewforum.php?f=141" target="_blank">F&oacute;rum - Can&aacute;rio</a></p>
<a href="../../forum/viewforum.php?f=141" target="_blank"></a>
<p>&nbsp;</p>
Vanadis
Membro Veterano
Mensagens: 784
Registado: sexta ago 20, 2004 8:01 pm
Localização: piris, cães

sexta out 21, 2005 1:08 pm

Concordo com o Mozungo. ;)
Licinia
Membro
Mensagens: 55
Registado: domingo out 02, 2005 6:03 pm

sábado out 22, 2005 12:21 pm

Olá, boa tarde a todos!

Este assunto da possível pandemia da gripe das aves tem assustado muita gente, que temem não só pela saúde dos seus animais como pela sua própria saúde, pois parece haver a possibilidade de contágio aos seres humanos... pelo menos é o que temos lido e ouvidos todos os dias nas notícias.

Mas tenho em minha posse um comunicado difundido pela SPEA - Sociedade Portuguesa para o Estudos das Aves que, apesar de bastante longo (reúnam já toda a vossa coragem para lê-lo até ao fim;)), parece-me ser muito elucidativo e pode ajudar a dissipar algumas dúvidas.

Aqui vai:

"1) Informações sobre a gripe das aves

O tema da gripe das aves e da influência das aves selvagens numa eventual pandemia de gripe tem suscitado muito interesse por parte da comunicação social e da opinião pública. A SPEA tem-se esforçado por divulgar de forma actual e séria estes assuntos, no âmbito das suas competências, e este texto serve para informar os sócios e o público em geral sobre este tema. A informação dada pela SPEA diz respeito à distribuição das aves nas respectivas rotas migratórias, mas não tanto quanto às probabilidades de essas aves servirem de transportador dos vírus, questão essa que terá mais a ver com as respectivas entidades de veterinária e de saúde.

Estas são informações com os dados conhecidos à data de 18 de Outubro de 2005, que poderão alterar-se novamente com a rápida evolução das notícias sobre este tema.

Sobre a gripe das aves

O vírus H5N1 parece estar em franca expansão com os recentes acontecimentos na China, Cazaquistão, Mongólia, várias regiões da Rússia e dos países em redor do Mar Negro, após o alastramento que se tem vindo a verificar por toda a região do Sudeste Asiático desde 2003. Ainda não está completamente claro o modo como a doença se tem vindo a espalhar mas existe a hipótese de que as aves migradoras aquáticas possam estar envolvidas.

Existem numerosas estirpes (pelo menos 144) do vírus da gripe, muitos dos quais presentes em aves selvagens a níveis muito baixos, mas podem ocorrer mais frequentemente em aves aquáticas. A maioria destes vírus presentes as populações de aves selvagens são benignos.

As estirpes altamente patogénicas deste vírus podem causar elevados índices de mortalidade nas aves domésticas mas são muito raros em aves selvagens. O H5N1 é altamente patogénico mas nunca foi detectado em aves selvagens antes dos recentes acontecimentos no SE Asiático, Rússia e nos países circundantes ao Mar Negro. É possível que tenha tido origem em aves domésticas através da mutação de sub-tipos pouco patogénicos e, consequentemente, foi transmitido das aves domésticas para as aves selvagens.

A transmissão é promovida pelas aves domésticas devido à densidade de aves e o consequente contacto com fezes e outras secreções através das quais o vírus pode ser transmitido. As práticas avícolas do SE asiático onde as aves domésticas se misturam muitas vezes com aves selvagens, especialmente com patos e gansos, terá facilitado a transmissão para as aves aquáticas migradoras e conduzido ao aparecimento de várias aves mortas.

Não existe qualquer prova de que os seres humanos infectados pelo H5N1 o tenham adquirido através de aves selvagens. Estas infecções ocorreram em indivíduos que contactaram muito de perto com aves domésticas. O risco de perigo para a saúde vindo das aves selvagens é baixo e pode ser minimizado evitando o contacto com aves doentes ou mortas. Contudo, existe a possibilidade de o vírus se desenvolver numa estirpe que possa ser transmissível de ser humano para ser humano. Se este cenário se verificar, o mais provável é que aconteça no sudoeste asiático, de onde se poderia espalhar rapidamente para o resto do mundo em forma de pandemia de gripe.

A situação desenvolve-se rapidamente de dia para dia e a nossa posição sobre a doença e as medidas de controlo propostas continuarão a ser desenvolvidas à medida que surjam novos dados. Os pontos abaixo são baseados na informação disponível datada de 18 de Outubro de 2005:

1. Os recentes acontecimentos indicam que as aves migradoras podem ter transmitido a doença entre países ou regiões. Embora esta hipótese não esteja ainda comprovada é uma possibilidade que não deve ser ignorada. As movimentações de aves domésticas, uma outra possível via de transmissão, estão largamente implicadas na expansão do vírus no Sudeste Asiático.

2. Não existe qualquer registo da transmissão da doença entre aves selvagens infectadas e o ser humano. O H5N1 não é, actualmente, contagioso entre humanos e os casos verificados de seres humanos infectados foram associados a um estreito contacto com aves domésticas infectadas. O risco de seres humanos contraírem a doença através de uma ave selvagem é remota, a não ser que tenha existido contacto com aves infectadas e os seus excrementos.


Sobre as rotas migratórias

3. As aves migradoras invernantes, especialmente aves aquáticas, que ocorrem em Portugal e que são possíveis portadores do vírus da gripe aviária, chegam predominantemente a partir desta época, originárias das regiões mais setentrionais da Europa e também da Sibéria e da Rússia. Há contudo ainda algum desconhecimento sobre as áreas de origem exactas de algumas das espécies que nos visitam, e é verdade que no início do Verão foram detectados casos de gripe aviária na Sibéria Ocidental e Rússia Central, dentro das áreas de distribuição das espécies de aves que, seguindo o corredor migratório ocidental, invernam na Europa ocidental, Portugal inclusive.

4. Na Europa as aves migradoras fazem as suas viagens outonais para Sul através de três vias migratórias principais: (i) uma mais oriental, orientada para o estreito do Bósforo, onde foram detectados os casos de gripe aviária da Turquia, da Roménia e da Grécia; (ii) uma via central, utilizada por aves que seguem por Itália para daí transporem o Mediterrâneo em direcção ao Norte de África; e (iii) uma via ocidental, que passa pelo Norte da Europa até à Península Ibérica, utilizada pelas as aves que invernam em Portugal.

5. Na via migratória oriental foram já registados casos de gripe aviária na Grécia, na Turquia e na Roménia que são do domínio público. Não se sabe ao certo qual a origem desses casos. O facto de terem ocorrido próximo de zonas de concentração de aves aquáticas faz levantar a suspeita, não confirmada, de que possam estar relacionados com aves selvagens. Frisamos que este modo de contágio não está de forma alguma comprovado, mas não se pode ignorar a possibilidade de ter acontecido.

6. As duas restantes vias migratórias não apresentam, até à data, qualquer registo de ocorrência de vírus da gripe aviária. Em princípio, o facto de não haver registos e o facto de termos populações de aves aquáticas migradoras relativamente pouco numerosas quando comparadas com outros países envolvidos na mesma via migratória (exemplos: Holanda, Reino Unido, França) traz alguma tranquilidade. Mas estes factos, embora positivos, não significam que tal não pode acontecer, como se pode ler abaixo.

7. Tanto quanto se sabe, as aves que são infectadas pelo vírus e que contraem a doença acabam por morrer rapidamente, o que obviamente limita bastante a sua capacidade migratória. Quer isto dizer, que uma ave infectada na Sibéria, tem probabilidades reduzidas de chegar até ao nosso país.

8. Dado o desconhecimento relativo das áreas de reprodução destas populações de aves aquáticas, não é de afastar a hipótese de existir alguma sobreposição de áreas de reprodução de aves que sigam vias migratórias distintas. Se tal acontecer há possibilidade de infecção de aves que se distribuem em todas as vias migratórias.

9. Existem algumas espécies aquáticas migradoras que efectuam migrações fora destas vias principais acima descritas, por exemplo o zarro (Aythya ferina) e o arrabio (Anas acuta). Para além destas, outras espécies movimentam-se em toda a região mediterrânica, podendo viajar das regiões mais orientais para o nosso país. Exemplos destas aves são o flamingo (Phoenicopterus ruber), o pernilongo (Himantopus himantopus) ou o colhereiro (Platalea leucorodia). Acresce que existe a possibilidade de existirem movimentos de aves em consequência de condições climáticas particulares, como vagas de frio e tempestades.

10. Em resumo, consideramos que a probabilidade de ocorrência de aves migradoras infectadas em Portugal é neste momento reduzida, mas não impossível. A probabilidade de ocorrência nas regiões autónomas dos Açores e da Madeira é praticamente nula, pois receberão números perfeitamente residuais de aves migradoras.


Prevenção de focos de contágio

11. Mesmo no caso de ocorrerem registos de infecção na via migratória ocidental é de excluir qualquer abate de efectivos populacionais de aves selvagens migradoras, que serão inúteis para o controlo da doença e extremamente difíceis de pôr em prática. Esta posição é partilhada pela Organização Mundial de Saúde, pela FAO das Nações Unidas e pela Organização Mundial para o Bem-estar Animal, conforme se pode consultar em www.birdlife.net. Assim, o abate de aves aquáticas não é de maneira nenhuma uma solução para ‘controlar’ a doença, antes pelo contrário – promove a dispersão das aves por um grande número de locais, o que traria consequências negativas no caso do eventual aparecimento do vírus em Portugal.

12. As técnicas de controlo mais eficientes envolvem uma comprovada segurança biológica, primeiramente da produção aviária, de modo a reduzir o contacto entre animais domésticos e aves selvagens ou com fontes de água infectadas. Estas medidas necessitam ser complementadas com abates completos e rápidos das aves domésticas infectadas. Devem ser consideradas medidas adicionais que podem incluir um controlo mais apertado dos mercados de aves bem como o transporte de aves domésticas. Tais medidas devem ser introduzidas a nível mundial. Os países onde actualmente não se verifica nenhum caso de doença deveriam equacionar banir as importações de aves domésticas e de aves selvagens provenientes de áreas afectadas. Impedir o acesso público a locais infectados é igualmente uma medida sensata.

13. Para além do impacto da doença na economia e no modo de vida das populações e dos potenciais riscos para a saúde, existem igualmente potenciais implicações a nível da conservação das aves. Por exemplo, estima-se que entre 5% e 10% da população mundial de ganso-de-cabeça-listada Anser indicus desapareceu devidos aos recentes acontecimentos na China.

14. É nossa posição que se deve desde já ter extremo cuidado no manuseamento de aves selvagens, especialmente as que forem encontradas mortas ou doentes. Isto aplica-se a caçadores ou a investigadores que trabalhem em contacto directo com aves como medida preventiva. Recomendamos que seja considerada a interdição parcial ou total da caça, no país ou numa determinada região, se o vírus for identificado no nosso país ou numa região próxima. Note-se que a Turquia e a Roménia, bem como alguns países da região (Bulgária, Sérvia e Montenegro, Polónia), decretaram no fim-de-semana passado a interdição temporária da caça como meio de ajudar a controlar o combate a esta virose.


Recomendações para observadores de aves

A SPEA tem sido questionada sobre os riscos de transmissão da doença para profissionais ou amadores, observadores de aves, caçadores ou público em geral. Acresce que a SPEA organiza diversas iniciativas que envolvem trabalho voluntário, nomeadamente os Censos de Aves Comuns (CAC), o projecto Novo Atlas das Aves Nidificantes em Portugal e as Contagens de Aves no Natal e Ano Novo (CANAN), pelo que é nosso dever informar os nossos voluntários sobre este tema.

O conhecimento actual permite-nos dizer que o risco de contágio de aves selvagens para o homem é extremamente reduzido, provavelmente mais reduzido do que o risco de ‘importar’ a doença através de aves importadas, legal ou ilegalmente. Este grau de risco é baseado na informação acima descrita sobre as rotas migratórias para a Península Ibérica. Para além disso é importante notar que não existem registos de transmissão do vírus de aves selvagens para o homem, sendo os casos conhecidos causados pela proximidade do homem com aves domesticadas.

No entanto, a situação e o cálculo de risco deve ser constantemente reavaliado e considerado. Para isso contribuem os rastreios que têm sido conduzidos pela Direcção-Geral de Veterinária e pelo Instituto da Conservação da Natureza através de amostras de aves aquáticas nas principais zonas húmidas portuguesas. Para complementar esta informação será extremamente útil que os observadores de aves estejam alerta para o problema e comuniquem rapidamente às autoridades casos de grandes mortalidades de aves selvagens nos seus habitats. As aves aquáticas são as espécies mais sujeitas e vulneráveis a este tipo de infecção. Note-se que é relativamente normal encontrarem-se aves mortas no campo, logo deve-se usar o bom-senso, comunicando apenas os casos de mortalidade mais fora do vulgar.

O vírus pode ser transmitido através de secreções nasais e excrementos, logo não se deve nunca mexer em aves encontradas mortas ou agonizantes. No caso de anilhadores credenciados de aves, estes devem seguir as recomendações transmitidas pela central portuguesa de anilhagem de aves (CEMPA).

Frisamos que a probabilidade de o vírus H5N1 ocorrer em aves selvagens em Portugal é neste momento reduzida. Continuamos obviamente a acompanhar todos os factos sobre este tema e actualizaremos esta informação no caso de surgir qualquer aumento do risco.


Sitios onde obter mais informação:

UE: http://europa.eu.int/comm/health/ph_thr ... nza_en.htm

UE: http://europa.eu.int/comm/food/animal/d ... dex_en.htm

OMS: http://www.who.int/csr/disease/avian_influenza/en/

FAO: http://www.fao.org/ag/againfo/subjects/ ... avian.html

BirdLife International: http://www.birdlife.org/action/science/ ... index.html "

Este texto também está no fórum dos Cães, das Aves e dos Gatos, porque penso que é um assunto que está a suscitar polémica e estas podem ser informações preciosas para tranquilizar as pessoas, e assim é uma forma de chegar ao maior número de pessoas possível.

Fiquem bem,
Licínia
heliolemos
Membro Júnior
Mensagens: 19
Registado: sexta out 29, 2004 10:11 pm
Localização: aves

domingo out 23, 2005 11:15 pm

Licinia gostava de dizer que vou ajudar como poder para transmitir esta mensagem para que as pessoas possam tem um pouco mais de bom senso que aliais já vai faltando. A responsabilidade e inpacto deste assunto no meio comercial e economico é muito grande e acho que a os a informação em geral so se lembra de aumentar a desgraça e não progredir ao encontro de soluções bem como de pessoas que saibam bem o que estão a dizer. Até agora ainda não vi um especialista em aves defender com saber e com logica o que é a doença como se transmite ao homem. Vi apenas repetidas vezes as mesmas reportagens do pato e do papagaio. De automovel tambem morre muitos humanos por minuto até mas nem por isso é noticia a toda a hora.
zecouves
Membro Veterano
Mensagens: 203
Registado: domingo jan 02, 2005 7:23 pm

segunda out 24, 2005 7:29 am

Criadores de aves de cativeiro contra suspensão das feiras

"As nossas aves são única e exclusivamente criadas em cativeiro, não estando em contacto com aves da fauna europeia, aves migratórias ou galináceos". Luís Francisco Fernandes, presidente da Associação de Avicultores de Portugal (que representa cerca de 1.200 criadores), não acredita napossibilidade das aves de cativeiro virem a ser atingidas pela gripe das aves. "É praticamente impossível", afirma, mostrando-se"muito revoltado" com a decisão da União Europeia de proibiras exposições, feiras e mercados de aves. Luís Fernandes considera tratar-se de "um acto desumano e deselegante, tanto mais que, recorda, "não houve qualquer punição imposta à caça e aí, sim, poderá tratar-se de uma situação de risco". O responsável conta que desde o final do Verão, quando surgiram as notícias sobre a gripe das aves, os associados começaram a encontrar dificuldades nas feiras ou exposições. "Houve locais onde nos obrigavam a passar os pés e até as gaiolas por desinfectantes e chegaram a pedir-nos que apresentássemos um certificado veterinário em como os nossos animais não iriam estar contaminados no dia da exposição", conta, considerando estar a viver-se uma situação de "alarme desmedido".
zecouves
Membro Veterano
Mensagens: 203
Registado: domingo jan 02, 2005 7:23 pm

terça out 25, 2005 10:49 am

Informação referente à Influenza Aviária


http://www.avespt.com/infos/OQUEPRECISASABER.pdf
patbarbosa
Membro Veterano
Mensagens: 859
Registado: quarta out 27, 2004 6:56 pm
Localização: 1 tartaruga de faces rosadas; 5piriquitos, 1 cão e 2 cadelas (SRD), 6 rolas brancas e 3 porquinhas-

quarta out 26, 2005 5:00 pm

Peço desculpa por estar a "intrometer-me" num fórum onde não costumo participar, mas este tópico interessa-me particularmente.

Concordo que a comunicação social não a está a fazer o melhor trabalho possível, que podia transmitir mais informação de qualidade, mas discordo completamente que tudo não passe de alarmismo.

Apesar de todos os "ses", a verdade é que o vírus vai sofrer mutações e vai ser transmitido aos humanos. E o que me preocupa, fundamentalmente, é a mentalidade das pessoas. Uns dizem, se tiver que morrer, paciência, outros dizem que é tudo uma questão de "alarme", outros ainda, como eu vi, pegam numa galinha e dizem"olhem para esta carne, acha que isto que tem alguma gripe?"

Enfim...o que devemos fazer é prevenir, afastar as nossas aves do contacto com outras aves selvagens, protegê-las.

Não duvidem que a pandemia vai aparecer e não se descuidem. Tomem as vossas precauções e não se limitem a dizer que a culpa é do Governo. Desde fevereiro deste ano que está preparado com um plano de contingência e as autoridades de saúde continuam a trabalhar sobre o assunto. Se mesmo assim acham que é tudo "treta", façam uma pesquisa nos sites dos ministérios da saúde dos países europeus e vejam quais os destaques...influenza....influenza...influenza....
Dêem uma vista de olhos no site da Direcção Geral da Saúde (www.dgsaude.pt), leiam, informem-se.

Não sei se o alarmismo é demasiado, mas sei que mais vale prevenir que remediar. Tenho piriquitos e rolas brancas, e construí uma protecção em plástico para evitar o contacto com os passáros que por lá andam (costumo alimentar pombos, pardais, melros e tudo o que me aparece no jardim).

Protejam-nos a eles e a vocês.
Responder

Voltar para “Aves”