Ontem vivi uma cena desagradável que queria partilhar; calham-me sempre episódios de salvamento...
Com gatos tem corrido bem...
Mas ontem foi com um pavão do Jardim Zoológico...
Quando cheguei a casa da minha mãe (que mora perto do Zoo) encontrei-o no jardim entre os prédios. Tinha fugido. Às vezes acontece ali. Corri a casa da minha avó (só lá é que há telefone fixo) para ligar para o Zoo de modo a virem buscá-lo. Não consegui ligação a nenhum dos departamentos, nem administração (por ser Domingo), só mesmo a segurança. O senhor que me atendeu ouviu o que contei, que inclusivamente havia cães de grande porte e que o animal andava ali desorientado. Resposta do Zoo de Lisboa, gabinete Segurança: "Nós neste momento não temos cá ninguém responsável, já foi tudo embora, só amanhã." O que me revoltou bastante e ainda ripostei com argumentos que de nada me valeram, mas disse ao segurança que é normal, sim, andarem soltos DENTRO do Zoo (isso é uma coisa!); mas é completamente diferente andar no meio da rua, onde há carros, outros animais à solta e fora do ambiente dele, num calor de 40º e sem água disponível! Continuou o senhor: "Isso é normal, eles por vezes saem, deixe estar, ele volta pois sabem voar."
Liguei para a Câmara de Lisboa, mesmo sabendo que esta questão não é do âmbito deles. O senhor da linha de apoio ao cidadão foi excelente, incansável. Entendeu a situação, disse-me que apresentasse queixa, participação, na 2ª feira. Que reportasse a situação que era, no mínimo, ridícula. Deu-me 3 contactos, explicou que talvez não conseguisse os 2 primeiros por ser Domingo mas que, em último recurso, ligasse aos Bombeiros e expusesse a situação pois os Soldados da Paz são sensíveis a estas causas. Fi-lo de imediato após não ter sucesso ao ligar para os primeiros 2 números (Canil de Lisboa e Centro de Recuperação de Aves). Compreenderam a situação, pedi que apenas o viessem recolher e o levassem de volta ao Zoo; foi-me dito que estaria lá um carro em 3 ou 4 minutos. Dei morada e nome. De seguida fui para ao pé do animal, que permanecia no jardim sob a supervisão da minha mãe. Evitei que cães de grande porte se aproximassem dele e tentei mantê-lo ali até chegarem, não o deixando sair do perímetro. Esperei quase 2 horas. Pedi à minha mãe que fosse de novo a casa da minha avó ligar para os Bombeiros para saber o que se passava. A resposta deixou-me revoltada e derrotada. Não vinham. Não era responsabilidade deles. A primeira informação que me prestaram estaria errada. Não ia ninguém...
Eu não queria acreditar.
Ao fim do dia - e sem eu nunca sair dali - ele olhou para um ramo de árvore do jardim frente ao prédio da minha mãe (onde estavamos) e voou até ele. Ali ficou quieto a vocalizar imenso no que me pareceu um choro, um chamado, um pedido de orientação e socorro... pois ouviam-se, do outro lado do muro, os semelhantes dele também a vocalizar. Como que a comunicar.
Tive que ir embora passado um bocado pois era já noite e nem tinha ainda jantado. Quando vim embora para minha casa ali continuava quieto por entre os ramos, mas sem vocalizar.
Hoje não o vi. Espero que tenha conseguido entrar no Zoo sózinho pelo sítio por onde saiu.
Pelos vistos, para o ZOO DE LISBOA, estes animais só servem mesmo para se andarem a "pavonear" pelo Zoo, dando "graça à casa" e "fazendo bonito" para os visitantes... No que toca a responsabilidades...
Desabafo...
Este comportamento é perfeitamente normal para pavões, eles dormem sempre em sitios altos e vocalizam sempre, diga-se de pasagem que a vocalização não é particularmente agradavelDi1975 Escreveu:Ao fim do dia - e sem eu nunca sair dali - ele olhou para um ramo de árvore do jardim frente ao prédio da minha mãe (onde estavamos) e voou até ele. Ali ficou quieto a vocalizar imenso no que me pareceu um choro, um chamado, um pedido de orientação e socorro... pois ouviam-se, do outro lado do muro, os semelhantes dele também a vocalizar. Como que a comunicar.
Como é natural o Pavão corria algum perigo, principalmente da parte de cães, mas não muito, ele é suficientemente grande para se defender e para mais os esporões não são para brincadeiras, o calor não era grave já que eles tendo sombra ficam bem, a unica coisa que o poderia realmente prejudicar seriamente é o transito, e aí é que o Zoo tem responsabilidade, mas é um risco aceitavel, tendo os pavões em regime de semi liberdade é inevitavel que situações destas aconteçam, é uma infelicidade mas é assim
Di1975 Escreveu:Ontem vivi uma cena desagradável que queria partilhar; calham-me sempre episódios de salvamento...
Com gatos tem corrido bem...
Mas ontem foi com um pavão do Jardim Zoológico...
Quando cheguei a casa da minha mãe (que mora perto do Zoo) encontrei-o no jardim entre os prédios. Tinha fugido. Às vezes acontece ali. Corri a casa da minha avó (só lá é que há telefone fixo) para ligar para o Zoo de modo a virem buscá-lo. Não consegui ligação a nenhum dos departamentos, nem administração (por ser Domingo), só mesmo a segurança. O senhor que me atendeu ouviu o que contei, que inclusivamente havia cães de grande porte e que o animal andava ali desorientado. Resposta do Zoo de Lisboa, gabinete Segurança: "Nós neste momento não temos cá ninguém responsável, já foi tudo embora, só amanhã." O que me revoltou bastante e ainda ripostei com argumentos que de nada me valeram, mas disse ao segurança que é normal, sim, andarem soltos DENTRO do Zoo (isso é uma coisa!); mas é completamente diferente andar no meio da rua, onde há carros, outros animais à solta e fora do ambiente dele, num calor de 40º e sem água disponível! Continuou o senhor: "Isso é normal, eles por vezes saem, deixe estar, ele volta pois sabem voar."
Liguei para a Câmara de Lisboa, mesmo sabendo que esta questão não é do âmbito deles. O senhor da linha de apoio ao cidadão foi excelente, incansável. Entendeu a situação, disse-me que apresentasse queixa, participação, na 2ª feira. Que reportasse a situação que era, no mínimo, ridícula. Deu-me 3 contactos, explicou que talvez não conseguisse os 2 primeiros por ser Domingo mas que, em último recurso, ligasse aos Bombeiros e expusesse a situação pois os Soldados da Paz são sensíveis a estas causas. Fi-lo de imediato após não ter sucesso ao ligar para os primeiros 2 números (Canil de Lisboa e Centro de Recuperação de Aves). Compreenderam a situação, pedi que apenas o viessem recolher e o levassem de volta ao Zoo; foi-me dito que estaria lá um carro em 3 ou 4 minutos. Dei morada e nome. De seguida fui para ao pé do animal, que permanecia no jardim sob a supervisão da minha mãe. Evitei que cães de grande porte se aproximassem dele e tentei mantê-lo ali até chegarem, não o deixando sair do perímetro. Esperei quase 2 horas. Pedi à minha mãe que fosse de novo a casa da minha avó ligar para os Bombeiros para saber o que se passava. A resposta deixou-me revoltada e derrotada. Não vinham. Não era responsabilidade deles. A primeira informação que me prestaram estaria errada. Não ia ninguém...
Eu não queria acreditar.
Ao fim do dia - e sem eu nunca sair dali - ele olhou para um ramo de árvore do jardim frente ao prédio da minha mãe (onde estavamos) e voou até ele. Ali ficou quieto a vocalizar imenso no que me pareceu um choro, um chamado, um pedido de orientação e socorro... pois ouviam-se, do outro lado do muro, os semelhantes dele também a vocalizar. Como que a comunicar.
Tive que ir embora passado um bocado pois era já noite e nem tinha ainda jantado. Quando vim embora para minha casa ali continuava quieto por entre os ramos, mas sem vocalizar.
Hoje não o vi. Espero que tenha conseguido entrar no Zoo sózinho pelo sítio por onde saiu.
Pelos vistos, para o ZOO DE LISBOA, estes animais só servem mesmo para se andarem a "pavonear" pelo Zoo, dando "graça à casa" e "fazendo bonito" para os visitantes... No que toca a responsabilidades...
isto é Portugal!!!
Lopaulos
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- Registado: sexta set 01, 2006 11:17 pm
- Localização: Cão traçado de pastor alemão e canários. Muitos.
Boa noite,
Infelizmente passou-se há tempos algo parecido comigo, só que o animal em causa era um cachorro atropelado, valeu-lhe para minorar o sofrimento o pessoal de uma bomba de gasolina que o terá "aguentado" até segunda-feira, pois da parte das autoridades foi-me comunicado não haver pessoal para aquela situação.
Talvez não fosse má ideia haver divulgação de instituições ou organismos que prestem (se é que os há) auxílio a casos similares.
Saudações ornitológicas.
Infelizmente passou-se há tempos algo parecido comigo, só que o animal em causa era um cachorro atropelado, valeu-lhe para minorar o sofrimento o pessoal de uma bomba de gasolina que o terá "aguentado" até segunda-feira, pois da parte das autoridades foi-me comunicado não haver pessoal para aquela situação.
Talvez não fosse má ideia haver divulgação de instituições ou organismos que prestem (se é que os há) auxílio a casos similares.
Saudações ornitológicas.