verdelhão k caiu do ninho
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Francisco,
Eu tentei, mas tive que comentar.
Cá está o resultado, parece que afinal as minhas reservas sempre têm algum fundamento...
Continuo a esperar que o sentido de responsabilidade dos criadores venha ao de cima. Não sabemos apesar de tudo a sorte que temos em vários aspectos, pela fiscalização não ser levada à risca, por as leis estarem nas gavetas, por as autoridades não se preocuparem tanto como poderiam com os passarinhos e por esta alteração ter quase que caido do céu, porque para quem seguiu o processo nos últimos anos foi em parte isso que aconteceu, com mais ou menos cordelinhos, ou estava tudo na mesma!!! Valeu a UE dar uns puxões de orelhas porque se estivéssemos à espera do resultado de pressões "institucionais"...
E quanto ao termos que ir comprar aves a Espanha isso não é uma verdade absoluta, pois se não estão no nosso mercado neste momento é porque não querem, visto que já o podem fazer sem qualquer impedimento. Além disso, mesmo que fosse o único meio de acesso a esas espécies (e não é pois o pólo de criação de indigenas está o trio holanda/alemanha/itália) trazer aves do estrangeiro é um processo mais que normal hoje em dia! Aliás a maioria das aves que são comercializadas não são criadas em Portugal e sim importadas de paises como Belgica, Holanda e outros...
É giro que no nosso caso foi admitido que se introduzissem aves destes paises quando por exemplo em algumas espécies cinegéticas isso não é normalmente permitido para evitar contaminação do pool genético... E mesmo assim ainda nos estamos a queixar.
As aves que caiem dos ninhos não são minimamente relevantes, nem para quem defende as populações naturais se preocupar com isso, nem para quem quer ganhar dinheiro com elas! Se o fosse teriamos o ICN ou outras entidades a percorrer todos o pais a apanhar passarinhos caidos dos ninhos e secalhar sempre se metiam as tais "redes" à volta dos ninhos. Ou então os passarinheiros não andavam a montar redes, visgo, alçapões, etc, mas sim de gatas a percorrer as matas deste pais.
O problema está nas que se "fazem cair" dos ninhos.
Contam-se pelos dedos os tópicos aqui discutidos sobre como CRIAR, REPRODUZIR, MANTER, ALIMENTAR estas espécies mas periodicamente andamos a discutir a ética do ter ou não ter, apanhar ou não apanhar, salvar ou não salvar. Enfim, talvez daqui a uns largos anitos se tenha avançado qualquer coisa, pelos vistos estamos a demorar a arrancar, pois estamos em Setembro praticamente e se estas espécies não entram no mercado até Outubro o primeiro ano de abertura está praticamente perdido.
Ricardo M.
Eu tentei, mas tive que comentar.
Cá está o resultado, parece que afinal as minhas reservas sempre têm algum fundamento...
Continuo a esperar que o sentido de responsabilidade dos criadores venha ao de cima. Não sabemos apesar de tudo a sorte que temos em vários aspectos, pela fiscalização não ser levada à risca, por as leis estarem nas gavetas, por as autoridades não se preocuparem tanto como poderiam com os passarinhos e por esta alteração ter quase que caido do céu, porque para quem seguiu o processo nos últimos anos foi em parte isso que aconteceu, com mais ou menos cordelinhos, ou estava tudo na mesma!!! Valeu a UE dar uns puxões de orelhas porque se estivéssemos à espera do resultado de pressões "institucionais"...
E quanto ao termos que ir comprar aves a Espanha isso não é uma verdade absoluta, pois se não estão no nosso mercado neste momento é porque não querem, visto que já o podem fazer sem qualquer impedimento. Além disso, mesmo que fosse o único meio de acesso a esas espécies (e não é pois o pólo de criação de indigenas está o trio holanda/alemanha/itália) trazer aves do estrangeiro é um processo mais que normal hoje em dia! Aliás a maioria das aves que são comercializadas não são criadas em Portugal e sim importadas de paises como Belgica, Holanda e outros...
É giro que no nosso caso foi admitido que se introduzissem aves destes paises quando por exemplo em algumas espécies cinegéticas isso não é normalmente permitido para evitar contaminação do pool genético... E mesmo assim ainda nos estamos a queixar.
As aves que caiem dos ninhos não são minimamente relevantes, nem para quem defende as populações naturais se preocupar com isso, nem para quem quer ganhar dinheiro com elas! Se o fosse teriamos o ICN ou outras entidades a percorrer todos o pais a apanhar passarinhos caidos dos ninhos e secalhar sempre se metiam as tais "redes" à volta dos ninhos. Ou então os passarinheiros não andavam a montar redes, visgo, alçapões, etc, mas sim de gatas a percorrer as matas deste pais.
O problema está nas que se "fazem cair" dos ninhos.
Contam-se pelos dedos os tópicos aqui discutidos sobre como CRIAR, REPRODUZIR, MANTER, ALIMENTAR estas espécies mas periodicamente andamos a discutir a ética do ter ou não ter, apanhar ou não apanhar, salvar ou não salvar. Enfim, talvez daqui a uns largos anitos se tenha avançado qualquer coisa, pelos vistos estamos a demorar a arrancar, pois estamos em Setembro praticamente e se estas espécies não entram no mercado até Outubro o primeiro ano de abertura está praticamente perdido.
Ricardo M.
Ora temos aqui um engraçadinho.zang Escreveu: Depois de ler tudo o que se escreveu, fico sem palavras, mas, ainda assim, não resisto a dar a minha opinião. Para evitar que as pessoas apanhem os passarinhos que caiem dos ninhos e os criem por forma a darem-lhe pelo menos alguma felicidade, devia começar-se por colocar uma vedação em rede à volta do ninho para que os pequenitos não tivessem a veleidade de se aproximar de zonas perigosas. Depois colocar um cartaz com informação de forma que ele entendesse que não se devia aproximar da borda do ninho para evitar que os predadores, os ambientalistas, os ecologistas, etc. os eliminem cientificamente.
Está calor, mas aqui esta-se bem.
Boa tarde.

Cada um age como quizer. No entanto convem estar informado.
Assim sendo relembro a legislação em vigor : DL 140/99
Artigo 11.º
Espécies animais
1 - Com vista à protecção das espécies animais constantes do anexo B-IV e das espécies de aves que ocorrem naturalmente no estado selvagem no território nacional, referidas na alínea a) do n.º 1 do artigo 2.º, é proibido:
a) Capturar, abater ou deter os espécimes respectivos, qualquer que seja o método utilizado;
b) Perturbar esses espécimes, nomeadamente durante o período de reprodução, de dependência, de hibernação e de migração, desde que essa perturbação tenha um efeito significativo relativamente aos objectivos do presente diploma;
c) Destruir, danificar, recolher ou deter os seus ninhos e ovos, mesmo vazios;
d) Deteriorar ou destruir os locais ou áreas de repouso dessas espécies.
2 - Relativamente às espécies referidas no n.º 1, são ainda proibidas a exposição com fins comerciais, a venda, a oferta, a troca, a detenção, o transporte para fins de venda ou de troca e ainda a compra de espécimes retirados do meio natural, vivos ou mortos, incluindo qualquer parte ou produto obtido a partir dos mesmos, com excepção dos espécimes obtidos legalmente antes da entrada em vigor do Decreto-Lei n.º 75/91, de 14 de Fevereiro, com a redacção que lhe foi dada pelo Decreto-Lei n.º 224/93, de 18 de Junho, e do Decreto-Lei n.º 226/97, de 27 de Agosto.
<p>Francisco Barros</p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
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Também eu estou á espera do sentido de responsabilidade dos criadores portugueses, mas pelo que tenho visto de alguns, aqui neste forum, que se dizem criadores, tenho muitas dúvidas.Avilandia Escreveu: Francisco,
Eu tentei, mas tive que comentar.
Cá está o resultado, parece que afinal as minhas reservas sempre têm algum fundamento...
Continuo a esperar que o sentido de responsabilidade dos criadores venha ao de cima. Não sabemos apesar de tudo a sorte que temos em vários aspectos, pela fiscalização não ser levada à risca, por as leis estarem nas gavetas, por as autoridades não se preocuparem tanto como poderiam com os passarinhos e por esta alteração ter quase que caido do céu, porque para quem seguiu o processo nos últimos anos foi em parte isso que aconteceu, com mais ou menos cordelinhos, ou estava tudo na mesma!!! Valeu a UE dar uns puxões de orelhas porque se estivéssemos à espera do resultado de pressões "institucionais"...
E eu sinceramente não vejo as leis nas gavetas, vejo é carencia de fiscalização. Também não tenho conhecimento de puxões de orelhas por parte da UE.
Mas quem fala em Espanha, fala de TODOS os países que criam em cativeiro aves indígenas EUROPEIAS há muitos anos legalmente e com o pool genético de cativeiro.Avilandia Escreveu: E quanto ao termos que ir comprar aves a Espanha isso não é uma verdade absoluta, pois se não estão no nosso mercado neste momento é porque não querem, visto que já o podem fazer sem qualquer impedimento. Além disso, mesmo que fosse o único meio de acesso a esas espécies (e não é pois o pólo de criação de indigenas está o trio holanda/alemanha/itália) trazer aves do estrangeiro é um processo mais que normal hoje em dia! Aliás a maioria das aves que são comercializadas não são criadas em Portugal e sim importadas de paises como Belgica, Holanda e outros...
Não confunda as coisas. As aves de espécies cinegéticas têm como objectivo a libertação na natureza (repovoamentos) e está-se a falar de espécies diferentes que hibridizam entre si. As aves de gaiola, são isso mesmo, são com o objectivo da domesticação servindo como fins ornamentais. Não são de modo algum para libertação na natureza e quando muito podem ser subespécies da mesma espécie.Avilandia Escreveu: É giro que no nosso caso foi admitido que se introduzissem aves destes paises quando por exemplo em algumas espécies cinegéticas isso não é normalmente permitido para evitar contaminação do pool genético... E mesmo assim ainda nos estamos a queixar.
Sim, as aves que caiem dos ninhos não são minimamente relevantes em ambos os aspectos.Avilandia Escreveu: As aves que caiem dos ninhos não são minimamente relevantes, nem para quem defende as populações naturais se preocupar com isso, nem para quem quer ganhar dinheiro com elas! Se o fosse teriamos o ICN ou outras entidades a percorrer todos o pais a apanhar passarinhos caidos dos ninhos e secalhar sempre se metiam as tais "redes" à volta dos ninhos. Ou então os passarinheiros não andavam a montar redes, visgo, alçapões, etc, mas sim de gatas a percorrer as matas deste pais.
O problema está nas que se "fazem cair" dos ninhos.
Quanto ao resto, só pode estar a brincar. Provavelmente sabe tão bem quanto eu que o facto de alguem deter uma ave de espécie protegida em cativeiro, pode dar (e dá) azo a que muitos façam cair muitas do ninho. E mais grave ainda, as montagens de visgo, redes de tombo, redes chinesas, etc. Isto tudo porque há procura. Procura essa de muitas pessoas que gostaram de observar as tais aves engaioladas.
Por isso, acho essencial que se diga abertamente (e não fugindo á questão com floreados) que se detêm aves ilegais quando é o caso. Se as pessoas ficam ofendidas, problema delas.
Não entendi. Quer que se instigue as pessoas que recolhem aves caidas do ninho a reproduzir (com aves ilegais)?? É que isso compete a quem percebe o que está a fazer e com pool genético de cativeiro.Avilandia Escreveu: Contam-se pelos dedos os tópicos aqui discutidos sobre como CRIAR, REPRODUZIR, MANTER, ALIMENTAR estas espécies mas periodicamente andamos a discutir a ética do ter ou não ter, apanhar ou não apanhar, salvar ou não salvar. Enfim, talvez daqui a uns largos anitos se tenha avançado qualquer coisa, pelos vistos estamos a demorar a arrancar, pois estamos em Setembro praticamente e se estas espécies não entram no mercado até Outubro o primeiro ano de abertura está praticamente perdido.
Ricardo M.
E não é uma questão meramente ética, é sobretudo uma questão LEGAL.
Se se está a demorar a arrancar, a principal culpa será dos criadores que ainda não se dignaram a importar efectivos suficientes para reprodução com vista ao mercado nacional.
Eu espero que em breves anos tenhamos um efectivo criado em cativeiro no mercado nacional que faça com que não valha a pena as absurdas capturas massivas ilegais. Era menos uma dor de cabeça para mim.
<p>Francisco Barros</p>
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E tudo isto porque eu coloquei em causa uma sugestão dada...Pedro21 Escreveu: Bom, devo dizer que é suprendente como uma pergunta tão simples levou a uma discusão tão complexa.
E que diga-se de pasagem se está a desviar do topico.
Pedro Ramalho
<p>Francisco Barros</p>
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Bom, na minha opinião devo dizer que a técnica sugerida originalmente, que era a de colocar a cria numa gaiola por um período de tempo LIMITADO, até que fosse capaz de voar é valida e usada comunamente em recuperação de crias de aves, e tem varias vantagens;
Proporciona um abrigo seguro á cria
Impede o imprinting
È fácil estabelecer a altura ideal para a sua libertação, é só esperar que o restante da ninhada abandone o ninho para soltar a cria
Mantêm o contacto familiar
Na verdade o único problema real da técnica é o mau uso que algumas pessoas lhe dão, mas isso nada tem a ver com a técnica em si, que é valida.
Pedro Ramalho
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Pedro Ramalho
Não foi isso de todo que me pareceu... nem isso foi especificado.Pedro21 Escreveu: Bom, na minha opinião devo dizer que a técnica sugerida originalmente, que era a de colocar a cria numa gaiola por um período de tempo LIMITADO, até que fosse capaz de voar é valida e usada comunamente em recuperação de crias de aves, e tem varias vantagens;
Mas ás tantas sou eu que sou como o "gato escaldado que de água fria tem medo"...
<p>Francisco Barros</p>
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Não foi isso que foi dito...Pedro21 Escreveu: Bom, na minha opinião devo dizer que a técnica sugerida originalmente, que era a de colocar a cria numa gaiola por um período de tempo LIMITADO, até que fosse capaz de voar é valida e usada comunamente em recuperação de crias de aves, e tem varias vantagens;
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Pedro Ramalho
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Estimado Sr. Fang,
Compreendo a sua posição relativamente há legalidade dos actos, mas não podemos entrar em atitudes estritamente legalistas, esquecendo o bom senso que o legislador não está obrigado a ter quando produz as suas Leis. Aliás, as Leis, por si só, não podem contemplar todas as situações e aqui, parece-me que há lugar ao bom senso de cada um. Eu se encontrasse um pássaro caído do ninho seria incapaz de o deixar abandonado à sua sorte, sabendo que dentro de pouco tempo passava um gato ou um cão e papava-o.
Depois, é por demais evidente, a pessoa criou uma ave que encontrou caida do ninho, passado algum tempo essa ave faz parte da sua "família", porque quem não gosta dos animais irracionais dificilmente gosta dos racionais.
Parece-me, que nesta primeira fase em que não temos espécies indigenas legais em quantidades suficientes para o mercado, poderia-se permitir aos criadores interessados que produzissem em cativeiro aves fornecidas pelo IPN. E aqui as associações ornitológicas também podem dar uma ajuda. Sendo a partir daí, as associações ornitológias responsáveis pela colocação no mercado dessas aves com a fiscalização do IPN.
Concordo consigo que deve haver regras para evitar abusos que, segundo tenho lido, existem, porque, infelizmente somos um país onde os foras de Lei são protegidos e mimados, ignorando-se na maior parte das vezes as suas vítimas.
Estou certo que se não houvesse estas Leis, mesmo mal feitas, haveria muito mais casas com piscina, muito mais casas de praia à conta do património que também é nosso.
Não queria que ficasse melindrado com o exagero da minha primeira intervenção, mas não gosto de ver abordadas estas situações de forma tão quadada, tão legalista, que, em meu entender, nem sempre é o melhor caminho. Quantas vezes há assaltos a casas, em que os ladrões matam os proprietários indefesos, são julgados e condenados a 25 anos de prisão. Passados 10 ou 12 anos são postos em liberdade, sinto eu, com um grande pedidos de desculpas da sociedade por lhe termos retirado a liberdade. Durante esse tempo trabalhámos, quantas vezes de sol a sol, para lhe darmos a alimentação que muitas vezes não temos, a televisão que muitas vezes não temos, jornais que muitas vezes não podemos comprar, a prática desportiva que não fazemos por falta de tempo, etc. Não parece, mas tudo isto é legal. Haverá alguém que encontre nisto alguma moralidade?
Compreendo a sua posição relativamente há legalidade dos actos, mas não podemos entrar em atitudes estritamente legalistas, esquecendo o bom senso que o legislador não está obrigado a ter quando produz as suas Leis. Aliás, as Leis, por si só, não podem contemplar todas as situações e aqui, parece-me que há lugar ao bom senso de cada um. Eu se encontrasse um pássaro caído do ninho seria incapaz de o deixar abandonado à sua sorte, sabendo que dentro de pouco tempo passava um gato ou um cão e papava-o.
Depois, é por demais evidente, a pessoa criou uma ave que encontrou caida do ninho, passado algum tempo essa ave faz parte da sua "família", porque quem não gosta dos animais irracionais dificilmente gosta dos racionais.
Parece-me, que nesta primeira fase em que não temos espécies indigenas legais em quantidades suficientes para o mercado, poderia-se permitir aos criadores interessados que produzissem em cativeiro aves fornecidas pelo IPN. E aqui as associações ornitológicas também podem dar uma ajuda. Sendo a partir daí, as associações ornitológias responsáveis pela colocação no mercado dessas aves com a fiscalização do IPN.
Concordo consigo que deve haver regras para evitar abusos que, segundo tenho lido, existem, porque, infelizmente somos um país onde os foras de Lei são protegidos e mimados, ignorando-se na maior parte das vezes as suas vítimas.
Estou certo que se não houvesse estas Leis, mesmo mal feitas, haveria muito mais casas com piscina, muito mais casas de praia à conta do património que também é nosso.
Não queria que ficasse melindrado com o exagero da minha primeira intervenção, mas não gosto de ver abordadas estas situações de forma tão quadada, tão legalista, que, em meu entender, nem sempre é o melhor caminho. Quantas vezes há assaltos a casas, em que os ladrões matam os proprietários indefesos, são julgados e condenados a 25 anos de prisão. Passados 10 ou 12 anos são postos em liberdade, sinto eu, com um grande pedidos de desculpas da sociedade por lhe termos retirado a liberdade. Durante esse tempo trabalhámos, quantas vezes de sol a sol, para lhe darmos a alimentação que muitas vezes não temos, a televisão que muitas vezes não temos, jornais que muitas vezes não podemos comprar, a prática desportiva que não fazemos por falta de tempo, etc. Não parece, mas tudo isto é legal. Haverá alguém que encontre nisto alguma moralidade?
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Eu concordo quase na generalidade com aquilo que acabou de dizer, no entanto, se não existir uma forma de ver as coisas mais "legalista" corre-se o risco das pessoas acharem que podem fazer tudo impunemente.zang Escreveu: Estimado Sr. Fang,
Compreendo a sua posição relativamente há legalidade dos actos, mas não podemos entrar em atitudes estritamente legalistas, esquecendo o bom senso que o legislador não está obrigado a ter quando produz as suas Leis. Aliás, as Leis, por si só, não podem contemplar todas as situações e aqui, parece-me que há lugar ao bom senso de cada um. Eu se encontrasse um pássaro caído do ninho seria incapaz de o deixar abandonado à sua sorte, sabendo que dentro de pouco tempo passava um gato ou um cão e papava-o.
Depois, é por demais evidente, a pessoa criou uma ave que encontrou caida do ninho, passado algum tempo essa ave faz parte da sua "família", porque quem não gosta dos animais irracionais dificilmente gosta dos racionais.
Parece-me, que nesta primeira fase em que não temos espécies indigenas legais em quantidades suficientes para o mercado, poderia-se permitir aos criadores interessados que produzissem em cativeiro aves fornecidas pelo IPN. E aqui as associações ornitológicas também podem dar uma ajuda. Sendo a partir daí, as associações ornitológias responsáveis pela colocação no mercado dessas aves com a fiscalização do IPN.
Concordo consigo que deve haver regras para evitar abusos que, segundo tenho lido, existem, porque, infelizmente somos um país onde os foras de Lei são protegidos e mimados, ignorando-se na maior parte das vezes as suas vítimas.
Estou certo que se não houvesse estas Leis, mesmo mal feitas, haveria muito mais casas com piscina, muito mais casas de praia à conta do património que também é nosso.
Não queria que ficasse melindrado com o exagero da minha primeira intervenção, mas não gosto de ver abordadas estas situações de forma tão quadada, tão legalista, que, em meu entender, nem sempre é o melhor caminho. Quantas vezes há assaltos a casas, em que os ladrões matam os proprietários indefesos, são julgados e condenados a 25 anos de prisão. Passados 10 ou 12 anos são postos em liberdade, sinto eu, com um grande pedidos de desculpas da sociedade por lhe termos retirado a liberdade. Durante esse tempo trabalhámos, quantas vezes de sol a sol, para lhe darmos a alimentação que muitas vezes não temos, a televisão que muitas vezes não temos, jornais que muitas vezes não podemos comprar, a prática desportiva que não fazemos por falta de tempo, etc. Não parece, mas tudo isto é legal. Haverá alguém que encontre nisto alguma moralidade?
A verdade é que, na maior parte dos casos, as situações que ouvimos contar sobre o passarinho que caiu do ninho, na verdade ele até nem caiu, foi empurrado

Como é óbvio, eu acho que isto acontece com todos nós que gostamos de aves, esse gosto enorme por elas, levou-nos, quando crianças, a pilhar os ninhos, isto é uma verdade, eu fi-lo e muitos outros o fizeram.
A verdade é que o meu tempo de criança já lá vai, infelizmente, há algum tempo, só que há pessoas que pararam nessa fase, e continuam hoje a pilhar os ninhos, a montar armadilhas de visco, redes e outros artefactos, provocando ás aves sofrimento desnecessário e privando-as de uma liberdade que é delas por direito.
Isto sem querer agora entrar em áreas mais técnicas e falar de todas as consequências inerentes à captura destas aves.
E nós também sabemos bem que, boa parte das pessoas que aqui aparecem, não admitem essas situações, fazem-se de coitadinhos, apanharam o passarinho do chão, e vai na volta, todos os dias "apanham do chão" uns 20 ou 30 passarinhos, mas quando são advertidos ou informados acerca da legislação em vigor, fazem-se de coitadinhos e dizem que só queriam ajudar o passarinho.
É necessário não esquecer-mos que estamos na net, e do lado de lá do PC quem escreve pode ser aquilo que quiser, o maior bandido vestido de santo, o maior santo armado em bandido.
De qualquer modo, compreendo a postura do Fang e estou certo que, qualquer um de nós se vivesse a mesma realidade profissional que ele vive, encarava as coisas da mesma forma, embora também ache que existem outras situações mais importantes e que nos merecem maior atenção, mas.... como o Zang disse e muito bem, o legislador não está obrigado ao bom senso e muito boa gente também desconhece o que isso é
um abraço
Olá Francisco!
Aprecio que defendas as espécies selvagens, com unhas e dentes. Aliás, todos o deveriamos fazer. E acredita que todas as situações de desrespeito para com os animais, me revoltam.
Mas não será com uma atitude arrogante e pouco simpática que irás convencer as pessoas, a fazerem aquilo que está certo.
A forma como comentaste a seguinte frase "...até em gaiolas os alimentam..." é de lamentar.
A forma como a frase foi apresentada não foi feliz, mas o teu comentário não foi muito melhor.
Aprecio a tua sensiblidade para com os animais, mas não te cegues com a tua revolta. Ainda existem muitas pessoas que respeitam e protegem os animais.
Aprecio que defendas as espécies selvagens, com unhas e dentes. Aliás, todos o deveriamos fazer. E acredita que todas as situações de desrespeito para com os animais, me revoltam.
Mas não será com uma atitude arrogante e pouco simpática que irás convencer as pessoas, a fazerem aquilo que está certo.
A forma como comentaste a seguinte frase "...até em gaiolas os alimentam..." é de lamentar.
A forma como a frase foi apresentada não foi feliz, mas o teu comentário não foi muito melhor.
Aprecio a tua sensiblidade para com os animais, mas não te cegues com a tua revolta. Ainda existem muitas pessoas que respeitam e protegem os animais.
bruno_gcp Escreveu:
Mas não será com uma atitude arrogante e pouco simpática que irás convencer as pessoas, a fazerem aquilo que está certo.
A forma como comentaste a seguinte frase "...até em gaiolas os alimentam..." é de lamentar.
A forma como a frase foi apresentada não foi feliz, mas o teu comentário não foi muito melhor.


O caro amigo decerto anda a ler as coisas na diagonal.
<p>Francisco Barros</p>
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Boas,zang Escreveu: Olhem que o facto de o papagaio ter caído do ninho tem dado pano para mangas!
Agora é o horizonte está na diagonal!
Mas, onde é que vamos parar?
Não acha este comentário desnecessário?? Sobretudo depois da sua ultima intervenção neste tópico com a qual até não discordo totalmente.
Mas não se Zang

Para mim esta conversa já chega. Só não entendo porque fica tudo "encrespado" quando se fala em legislação... ou se calhar até entendo...
PS: Não é IPN mas sim ICN.
Bye!!
<p>Francisco Barros</p>
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Pelos vistos aqui também andam muitas que não respeitam e que fazem actos ilicitos e se gabam dos mesmos na Internet.bruno_gcp Escreveu: Olá Francisco!
Aprecio que defendas as espécies selvagens, com unhas e dentes. Aliás, todos o deveriamos fazer. E acredita que todas as situações de desrespeito para com os animais, me revoltam.
Mas não será com uma atitude arrogante e pouco simpática que irás convencer as pessoas, a fazerem aquilo que está certo.
A forma como comentaste a seguinte frase "...até em gaiolas os alimentam..." é de lamentar.
A forma como a frase foi apresentada não foi feliz, mas o teu comentário não foi muito melhor.
Aprecio a tua sensiblidade para com os animais, mas não te cegues com a tua revolta. Ainda existem muitas pessoas que respeitam e protegem os animais.