Pedro21 Escreveu:
Não te esqueças que a alteração da legislação é recente e que muita gente ainda não está informada da mesma, para alem de que os mecanismos para depois podermos comprovar que as aves são efectivamente criadas em cativeiro não estão estabelecidos.
Pedro, desculpa lá...
O facto da alteração ser recente não é desculpa. Segundo sei, os "mecanismos" estão em fase final de modo a facilitar o processo.
De qualquer modo é sempre possível importar exemplares legais, mesmo que acompanhados de comprovativos dos progenitores (ok, sei que nem todos os criadores os guardam, mas é possível) ou até á 3ª geração.
Continua a não ser desculpa o facto de neste momento haver muita carga burocrática (sobretudo de papeis comprovativos...) para cada exemplar.
Ou os criadores não estão para ter grandes trabalhos e chatices??
Pedro21 Escreveu:
Não te esqueças que os criadores andavam à anos a reclamar pela alteração da lei vigente precisamente porque considerávamos que era a melhor maneira de diminuir as capturas, portanto se a situação se arrastou a culpa não é nossa já que não tínhamos opções.
Pois é... mas até 1989, não havia legislação. Alguem se preocupou em criar indígenas em cativeiro??
Até 1994, foram passadas licenças de captura de indígenas.
Alguem se preocupou em reproduzi-las?? Não!! Hibridos e mais hibridos. Criar as espécies tá quieto!
Ainda para mais abusaram descaradamente das licenças relativamente ao nº de animais capturados, o que motivou o cancelamento das mesmas até hoje!.
Pedro21 Escreveu:
Tenho que concordar contigo que MESMO com a criação legalizada vai continuar a haver capturas para criara “mestiços” mas também em circunstancias iguais a esta.
Claro que sim, mas nesse caso (quando estiver tudo certinho e sem "espinhas") deixo de "fechar os olhos" a cada animal ilegal em gaiola e vai tudo a eito. E olha que já dava agua pela barbas... Só punidas, as pessoas aprendem a comportar-se numa sociedade gerida por um estado de direito.
Pedro21 Escreveu:
Era importante, para não dizer fundamental que o ICN (supondo que é a autoridade competente) implementasse um esquema para a legalização das aves e posterior reconhecimento das crias como criadas em cativeiro, a exemplo do IBAMA no Brazil (alem de que era mais uma fonte de receitas e vocês andam a precisar….rsrsrrsrsrs), mas isso só é lógico se for acompanhado de medidas de fiscalização no terreno, alias é do interesse dos CRIDORES denunciarem o pessoal que apanha aves, já que na pratica estão a fazer concorrência e ainda por cima ilegal.
Esse esquema está em fase final de acabamento e julgo estar já a funcionar para o proximo ano. E não, não me parece que irá gerar qualquer fonte de receitas (infelizmente).
Claro que o papel dos CIADORES (e não criadeiros que por aí abundam) é fundamental para denunciar situações ilegais ou mesmo de fraude. A fiscalização tem poucos recursos (ok... temos agora o SEPNA, mas que neste "ramo" tem metido muita "argolada", apreendendo TUDO e depois os outros que se "desunhem"...).
Pedro21 Escreveu:
já que a pressão das capturas em Portugal recai principalmente no pintassilgo, e que este é usado basicamente para produzir híbridos com os canários, a melhor maneira de desencorajar esta pratica, é promover um estudo que comprove que os híbridos não são melhores cantores de que um bom canário de canto ou mesmo um pintassilgo.
Isso compete básicamente aos criadores e não ao ICN. A ornitofilia não compete ao ICN (alias, irá chamar-se ICNB - Instituto da conservação da natureza e da biodiversidade).