É proibido???

Fórum para trocar ideias sobre os nossos amigos com penas.
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psychon
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sexta mai 23, 2008 12:06 pm

Fang escreveu:
As leis de mercado funcionam muito melhor que a fiscalização!
Eu sou contra a captura de aves selvagens, mas mudar mentalidades é história a muito longo prazo, mais real e exequivel é como o Fang argumenta usar reprodução em cativeiro (consciente e responsável) para evitar o assalto a ninhos .

O user que criou o tópico é um exemplo vivo do tipo de mentalidade que persiste no nosso pais.
Quero um melro, não há? assalta-se um ninho.
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mcamedjay
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sexta mai 23, 2008 2:35 pm

é de salientar que kem postou o post ainda nem seker se pronunciou
Pedro21
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sexta mai 23, 2008 5:27 pm

lovebirds35 Escreveu: Quando se começaram a cruzar com o gado domestico, dos 300 mil bisontes existentes apenas 15 mil são geneticamente puros
Curioso eu tinha a ideia que os hibridos de bisonte com gado domestico são estéreis, alias tenho quase a certeza de que são estereis, podes colocar aqui a fonte onde viste a informação de que não o seriam?
Pedro Ramalho
Pedro21
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sexta mai 23, 2008 5:36 pm

TitvsLivivs Escreveu:
Fang, talvez seja uma dúvida difícil mas sabe porque conseguiram os ringnecks terem sucesso na adptação em várias partes do mundo e os periquitos que, pelo menos eu, apostaria que teriam muito mais hipóteses de adptação, não a conseguiram?
Na realidade foi muito mais facil para os Ringnecks porque o habitat na Europa é semelhante á região de origem da subespecie P. krameri manilenssis, para alem disso os Ringnecks que fugiram eram muitas vezes aves selvagens, já no caso dos poa's a situação é diferente para alem do habitat ser desfavorável, as aves que fogem são aves que já evoluiram para se adaptarem á gaiola.

Não é coicidencia que em Portugal as especies que se estabeleceram com sucesso são aquelas que tiveram muitos individuos de importação que escaparam, nenhuma das espécies com a expeção do Ringneck são criadas regularmente em cativeiro em Portugal, por isso não á duvidas que a fonte das actuais populações foram individuos que sabiam sobreviver em estado selvagem.
Pedro Ramalho
Pedro21
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sexta mai 23, 2008 5:42 pm

lovebirds35 Escreveu:
Mas hoje em dia isso já não serve de desculpa para capturar animais para mante-los em cativeiro. Com os avanços tecnologicos e conhecimentos de genetica vai ser possivel brevemente recolher e criar um deposito com toda a informação genetica dos animais. Acho que a WWF tem um projecto nessa area. É semelhante ao projecto filandês que criou um deposito com milhares de sementes.
Uma coisa são os depósitos para plantas, bacterias, fungos e leveduras, outra coisa muito diferente são os vertebrados superiores, para alem das dificuldades técnicas serem imensas, o custo...

Para alem disso não fica resolvido os problemas resultantes da perda de habitat bem como da perca de biodeversidade, e muito menos os problemas que seriam causados pela reintrodução de uma especie em estado selvagem depois da sua completa extinção.

Plantas, sim é facil, mas aves..................
Pedro Ramalho
Pedro21
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sexta mai 23, 2008 6:00 pm

TitvsLivivs Escreveu:Essa faceta da mentalidade da avicultura portuguesa é, na minha opinião, a grande responsável pelo estado em que estamos se compararmo-nos com outros países da Europa - porque só se anda ao sabor do mercado; o que não dá dinheiro abandona-se. Criar fauna europeia é dispendioso; e digo fauna europeia como outras aves que são faustosas de criar e que se calhar o mercado não lhes dá vazão.
A unica falha na tua teoria é que a mentalidade da maioria dos criadores da Europa é exactamente igual é Portuguesa, sem tirar nem por, as diferenças existentes não são causadas pela procura do lucro, mas sim por questões de numeros, em Portugal existem menos criadores, logo a probabilidade de haver criadores com capacidade de tomarem decisões contrarias ao mercado é menor, o que aconteceu com a fauna europeia é tipico, a razão porque actualmente existe um grande interesse pela criação desta devesse ao aparecimento de mutações, é tão simples como isso, poucos tem realmente interesse em criar um pintassilgo, em te-los sim, mas em conseguir que se reproduzam... agora pintasilgos lutinos...aí a historia é completamente diferente. Não é coincidência que este interesse repentino pela fauna europeia tenha aparecido depois do mundial de Alicante e principalmente do de Santa Maria da Feira.

No resto da Europa sempre houve interesse em criar fauna europeia mas em baixos números e por um relativo pequeno nº de criadores, mas quando apareceram as mutações o interese foi muito maior e deu-se a explosão.

O fenómeno é sempre o mesmo, as espécies são mantidas por um pequeno nº de criadores dedicados, até ao momento em que surge um interesse pela espécie, da-se uma explosão, e depois um desinteresse, nalguns casos como nos canários, os ciclos abrangem raças dentro da especie mas o fenómeno é o mesmo, alias nos cães também se passa algo parecido como ciclos em que determinadas raças estão na moda e depois quase desaparecem.
Pedro Ramalho
TitvsLivivs
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sexta mai 23, 2008 8:05 pm

Sim, Pedro21, de afcto tenho de concordar consigo, embora discorde que a mentalidade seja a mesma "sem tirar nem pôr".
Pedro21 Escreveu: O fenómeno é sempre o mesmo, as espécies são mantidas por um pequeno nº de criadores dedicados, até ao momento em que surge um interesse pela espécie, da-se uma explosão, e depois um desinteresse, nalguns casos como nos canários, os ciclos abrangem raças dentro da especie mas o fenómeno é o mesmo, alias nos cães também se passa algo parecido como ciclos em que determinadas raças estão na moda e depois quase desaparecem.
E agora, desviando um pouco a conversa, as raças ou espécies na moda têm muito a perder. Basta olhar para o que aconteceu com canários gloster: com a popularidade subiu a quantidade mas a qualidade, enfim... Até se chega ao ponto de dar o nome gloster a qualquer canário que se queira.
luist
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quarta jun 04, 2008 8:54 pm

oi
assegurei-me que todos os melros que haviam no meu quintal estam bem :wink:
andam no pomar em frente :D

dois cairam num balde de agua um afogo-se :cry: o outro esta no meu quintal
já aprendeu a comer estou a espera que ele retorne a vor poi para ir parrar ao balde so pode ter ido a voar :D
lovebirds35
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quarta jun 04, 2008 9:36 pm

luist Escreveu:oi
assegurei-me que todos os melros que haviam no meu quintal estam bem :wink:
andam no pomar em frente :D

dois cairam num balde de agua um afogo-se :cry: o outro esta no meu quintal
já aprendeu a comer estou a espera que ele retorne a vor poi para ir parrar ao balde so pode ter ido a voar :D
Não tenho adjectivos suficientes para qualificar, no comments
psychon
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quarta jun 04, 2008 10:20 pm

luist Escreveu:oi
assegurei-me que todos os melros que haviam no meu quintal estam bem :wink:
andam no pomar em frente :D

dois cairam num balde de agua um afogo-se :cry: o outro esta no meu quintal
já aprendeu a comer estou a espera que ele retorne a vor poi para ir parrar ao balde so pode ter ido a voar :D
Não sabe escrever e devia aprender a ler :roll:
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fang
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sexta jun 06, 2008 7:46 am

fang Escreveu:
TitvsLivivs Escreveu:
Depois ainda há a questão das espécies cinegéticas. Aves como perdizes, gaios, etc., poderão se mantidas em cativeiro desde que com um alvará da DGRF ( Direcção Geral dos Recursos Florestais), mas a papelada - tanto a burocrática, como aquela que temos, ou não, na carteira- necessária para deter uma espécie destas, não é propriamente pouca.
No site da GNR estão as Portarias que autorizam a detenção de algumas espécies cinegéticas, que passo acolocar aqui: http://www.gnr.pt/portal/internet/legis ... 469_01.pdf

http://www.gnr.pt/portal/internet/legis ... 463_01.pdf
Boas,

Essa também era a minha interpretação (errada) da legislação.
Acontece que na semana passada, alguém que queria legalizar um melro (que tamém está na lista das cinegéticas, tal como o Gaio, a pega-rabuda, a gralha-preta...) e ao remeter para a DGRF, percebi onde estava a falha.

Acontece que a Lei da caça diz o seguinte:
Artigo 107.º
Espécies cinegéticas em cativeiro
1 - A reprodução, criação e detenção de espécies cinegéticas em cativeiro pode ser autorizada para fins de repovoamento, utilização em campos de treino, produção de reprodutores, consumo alimentar, produção de peles ou fins científicos, didácticos, recreativos e de colecção.
2 - Só é permitida a reprodução, criação e detenção em cativeiro das espécies cinegéticas e subespécies identificadas em portaria do Ministro da Agricultura, do Desenvolvimento Rural e das Pescas, ouvido o Ministro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, que estabelece os fins a que se destina cada espécie e, ainda, as condições de autorização.
3 - A reprodução, a criação e a detenção de espécies cinegéticas em cativeiro dependem de autorização expressa da DGRF e de parecer favorável do ICN nas áreas classificadas, após parecer favorável da Direcção-Geral de Veterinária sobre os aspectos sanitários, com excepção da reprodução de coelho-bravo de populações locais em zonas de caça com o fim exclusivo de proceder ao respectivo repovoamento.
4 - A DGRF pode ainda autorizar a detenção de espécies cinegéticas em centros de recuperação de animais.
5 - Os alvarás para reprodução, criação e detenção de espécies cinegéticas em cativeiro definem as obrigações decorrentes da autorização e são válidos por cinco anos civis, renováveis por iguais períodos.
6 - A reprodução de pombo-da-rocha e de coelho-bravo prevista no n.º 3 não carece de alvará, obedecendo a captura dos reprodutores, no caso dos coelhos, ao disposto no n.º 2 do artigo 4.º
Ou seja, só podem ser autorizadas as espécies definidas em portaria.
E definidas em portaria, apenas estão estas, tal como consta na portaria n.° 463/2001,de 8 de Maio (2º link do post anterior):
ANEXO II
Coelho-bravo (Oryctalagus cuniculus).
Lebre (Lepus granatensis)
Raposa (Vulpes vulpes).
Perdiz-vermelha (Alectoris rufa).
Faisão (Phasianus colchicus).
Pato-real (Anas platyrhynchos).
Gamo (Cervus dama).
Veado (Cervus elaphus).
Corço (Capreolus capreolus).
Muflão (Ovis ammon (= O. musimon).
Javali (Sus scrofa).
Portanto, todas as restantes espécies cinegéticas (Gaios, melros, pegas e gralhas, etc.) estão na mesma situação das restantes aves indígenas.
Puxei este tópico para dizer que colegas meus detectaram Gralhas-pretas e pegas-rabudas com alvará da DGRF.
Sempre gostava de saber qual a base legal para terem emitido tal alvará... :roll: Mas de qualquer modo e para todos os efeitos, os animais estão legais...
<p>Francisco Barros</p>
<p><a href="http://vigilantesnatureza.paginas.sapo.pt">http://apgvn.pt.vu</a></p>
<p><a href="http://www.biodiversity4all.org">http://www.biodiversity4all.org</a> </p>
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