Boas
Está no seu pleno direito de discordar com aquilo que bem entender.
Não concordou com os meus argumentos, mas também não apresentou qualquer tipo de argumento válido que sustentasse a sua discordância.
Vamos por partes:
lmgcardoso Escreveu:
Lí atentamente o tópico que lançou aqui no forum,
Diz que leu atentamente e eu acho que nem leu e muito menos atentamente, caso contrário, não diria isto:
lmgcardoso Escreveu:e deixe que lhe diga que a argumentação que utilizou para condenar quem corta as guias de voô das aves,
É que eu não condenei ninguém, disse apenas que não concordo com este tipo de corte e que não o aconselho.
Quando não concorda com o meu argumento e me apresenta um argumento como este, deixa-me um pouco baralhado.
A este tipo de argumento chamo a excepção e não a regra.
lmgcardoso Escreveu:
Escusado será dizer que um dos homens mais rápidos do mundo, teve os pés amputados quando criança.
Adiante
lmgcardoso Escreveu:
Quando se cortam as guias das aves geralmente são aves muito proximas e que terão uma atençao redobrada.
As aves também adaptam-se às novas realidades, não são animais estupidos
Mais vale ter as guias cortadas e andar "solto" do que ter as asas intactas e ficar preso numa gaiola pois temos medo que a ave nos saia a partir tudo em casa e se arrebente no vidro da janela.
O seu conceito de solto ou melhor, o seu conceito de liberdade, parece-me um pouco deturpado, especialmente se nos referir-mos às aves.
Uma ave solta, é uma ave se pode movimentar como ela sabe, pode e gosta de fazer ou seja, é uma ave que voa.
Dizer-se que tem uma ave solta, mas que esta não pode voar, é algo que roça o absurdo.
Sinceramente, prefiro uma ave numa boa gaiola onde se pode exercitar, do que tê-la "solta" de guias cortadas... opções
lmgcardoso Escreveu:
O acto do papagaio se depenar está erradamente relacionado somente ao stress. Os papagaios podem se depenar por inumeros motivos como por exemplo a falta de cálcio no organismo, vermes, etc...(não tendo nada com o facto de ter as guias cortadas)
Eu não disse que o facto de um papagaio se depenar, estaria relacionado
somente ao stress, mas sim, que o stress, era uma das causas dessa mesma situação.
Como o próprio imgcardoso admite, esta situação pode ocorrer por diversos motivos, como por exemplo: stress
Agora se o imgcardoso entende que, o simples facto de pegar numa ave não é motivo de stress, então está muito longe de saber o que é uma ave.... mas quando a isto associamos ainda o corte das guias, então, a situação de stress, agrava-se mais uns pontinhos... ou não ?
lmgcardoso Escreveu:
Por regra quando uma ave tem as guias cortadas são aves que tem muita atenção dos seus donos, são aves que andam normalmente longos períodos do dia soltas em casa, conheço casos de aves com as guias cortadas que vão passear ao jardim, etc... coisas que não poderiam ser feitas com uma ave sem as guias cortadas, a não ser com o velho e doloroso sistema da correntinha.
Acha mesmo que as aves que têm as guias cortadas têm mais atenção dos seus donos ? Se acha, desculpe que lhe diga mas, terá de privar mais de perto com alguns donos de aves.
Quanto ao resto e como já lhe disse, o seu conceito de liberdade/solto, parece-me um pouco distorcido.
Gostei da parte final em que me fala do velho sistema da correntinha (coisa que também não gosto muito). Realmente, ave que, estando presa com a correntinha, sujeita-se a esboçar um vôo e ficar pendurada pela pata, podendo até parti-la.
Ave com as guias cortadas, o máximo que lhe pode acontecer, é aterrar de bico no chão... venha o diabo e escolha.
lmgcardoso Escreveu:
Lógiamente, quando se cortam as guias às aves temos de ter alguns cuidados. Não devemos permitir que as aves cheguem a locais demasiado altos para evitarem que se "atirem", etc...
Logicamente que, quando uma ave se lembra de se lançar num vôo, não lhe dá tempo sequer a si para pensar, como tal e se tiver as guias cortadas, voará até onde as forças lhe permitirem e depois cai desemparada... dúvidas, tem ?
lmgcardoso Escreveu:
No entanto se acontecer o facto de a ave acabar colocada de canto, o que infelizmente acontece muito, as guias são naturalmente substituidas e a ave poderá voltar a voar.
Uma coisa que que parece que ambos estamos de acordo.
Sabe porque é que estamos de acordo aqui ?
Eu explico:
Como disse no meu post inicial, o corte das guias, não facilita o adestramento da ave. Não existindo paciência e força de vontade, domesticar uma ave, pode ser tarefa dificil para alguns que, mais tarde ou mais cedo desistem e remetem a ave para um qualquer canto.
Assim sendo, não vejo qualquer necessidade de, antes de se chegar a esta situação, se andar a submeter o animal a uma situação que em nada a irá beneficiar.
Eu tenho um Papagio que veio das mão de um destes artistas que, além de lhe pegar sempre com luvas, ainda lhe batia com elas quando o papagaio lhe mordia.
Quando veio para as minhas mão, nem à gaiola eu me chegava sem que o papagaio tivesse autênticos ataques de pânico.
Ao fim quase 2 anos e
muito trabalho e paciência, este papagaio transformou-se numa ave extremamente dócil sem nunca ter experimentado o corte das guias.
sobras7 Escreveu:
Exactamente

. Parabéns pela fantástica resposta, Imgcardoso, estou completamente de acordo.
Nem eu esperava outra coisa que não fosse o seu completo acordo com a resposta... afinal ajusta-se ao que lhe interessa, certo ?
Este tipo de postura já é sobejamente conhecido aqui nos fóruns da arca e talvez por isso, alguns dos foristas, aqueles que não têm as guias cortadas, levantaram vôo em direcção a outras paragens e deixaram este fórum das aves, onde já muito se aprendeu, entregue às mézinhas, aos planos alimentares feitos à lá carte e aos multiplicadores de aves que, infelizmente não faltam por aí.
Eu, embora as guias já me tenham crescido, ainda vou acreditando, que por aí existem pessoas de bom senso que, não tomando tudo aquilo que aquilo que aqui se diz, como sendo verdade absoluta, sabem pelo menos parar para pensar em vez de concordarem em absoluto sabe-se lá, às vezes, com o quê, são capazes de questionar de forma pertinente, até reunirem elementos necessários que os ajudem a formar uma opinião sólida e fundamentada sobre determinada matéria.