



Abraços.


AtiradorRX Escreveu:Boas pessoal, infelizmente quero partilhar esta estupides de permitirem caçar aves, matalas, uma ave tao bonita, vao poder caçar 40 melros por dia![]()
Isto e uma estupides...
Espero que os caçadores se matem uns aos outros sem crer.
Vçs podem achar que isto que disse foi um pouco de mais, mas a verdade tem que ser dita.Eu ainda nao acredito nisto.Apenas abri este topico para todos os amantes de aves silvestres saberem o que se anda a passar no nosso pais, o que e que eles queres???Levar esta especie de melro a extinçao??Quando der na tv caçadores de aves(melros), mortos por balas no ar, vou orgulharme disse até.Espero que alguem aki no forum concorde comigo e nao levem a mal este topico, mas foi apenas para alguem que nao denha ouvido dizer ja saiba.POR FAVOR, ESPERO NAO LEVAREM ISTA LEI, ESTUPIDAMENTE FEITA, PARA A FRENTE.isto devia e de haver uma revoluçao dos protectores dos animais.Tou farto deste pais e deste tipo de leis estupidas.Espero que voçes nao se tenham importado por abrir um topico a divulgar isto.
Abraços.![]()
Fonte: http://www.spea.pt/noticias/detalhes.php?id=174CARTA ABERTA
Exma. Sra. Ministra da Agricultura,
do Mar, do Ambiente
e do Ordenamento do Território,
Praça do Comércio
1149-010 Lisboa
Lisboa, 1 de Julho de 2011
Assunto: Caça ao Melro
A reabertura da caça ao Melro (Turdus merula) prevista na Portaria 147/2011,
de 7 de Abril, tem causado uma grande indignação pública em vários sectores
da sociedade portuguesa, incluindo nos próprios caçadores. Após mais de 20
anos sem se caçar esta espécie, a maior parte dos Portugueses, e grande
parte dos caçadores, questiona os motivos, a necessidade e a legitimidade
desta decisão administrativa do anterior Secretário de Estado das Florestas e
Desenvolvimento Rural.
Na opinião da SPEA, não existem razões técnicas e científicas que justifiquem
a abertura da caça ao Melro nas épocas venatórias que se avizinham. Antes
pelo contrário., existem pelo menos 10 razões para não se caçar esta espécie:
1. O Melro está fortemente enraizado na cultura e no consciente
afectivo da sociedade – Existem mais de dez nomes vernáculos para o
Melro. Esta espécie aparece com grande frequência na poesia, nos
ditados e na música popular e erudita. É claramente uma das espécies
de aves mais enraizadas na cultura popular e afectiva dos portugueses,
à semelhança da cegonha, do cuco ou das andorinhas. Por esta razão,
para muitos portugueses, inclusivamente muitos caçadores, é
impensável que se possa caçar esta espécie.
2. Espécie cinegética que não se caça pelo menos desde a época
venatória de 1991/92 – O Melro não é caçado há mais de 20 anos,
sendo actualmente uma espécie sem tradição cinegética e sem
interesse económico. Razão pela qual muitos caçadores não vêm
qualquer interesse na caça ao Melro e outros são contra.
3. Ave associada aos meios urbanos – O Melro é uma espécie muito
comum nos jardins, quintais, parques públicos e outros habitats seminaturais
urbanos. Nesta situação, o risco de conflito entre caçadores e
outros cidadãos é muito elevado. Nem sempre é fácil calcular no terreno
a distância às habitações e outros edifícios urbanos, e guardar a distância mínima de 500 metros exigida pela Lei. Ou seja, a caça a uma
espécie fortemente urbana irá aumentar a incidência de acidentes
ligados à caça.
4. O Melro poderia ser considerado a Ave Nacional – Portugal não tem
uma Ave Nacional. O Melro, por existir em todo o território nacional
(Continente, Açores e Madeira), pela presença na cultura popular e
erudita e pela proximidade às pessoas e aos meios urbanos, poderia
facilmente ser nomeada a Ave Nacional. Por exemplo, a Ave Nacional
do Brasil, o Sabiá (Turdus rufiventris), é um pássaro do mesmo género,
com um nicho ecológico e uma presença na cultura popular equivalentes
aos do Melro.
5. Ave com populações estáveis ou com aumento moderado – O
Índice de Aves Comuns, que constitui um indicador oficial de
sustentabilidade, revela que as populações de Melro entre 2004 e 2009
apresentaram um incremento médio de 15%. Ou seja, por cada 100
Melros que existiam em 2004, actualmente existem 115. Este
incremento não está de acordo com o alarme lançado por quem defende
que o Melro é uma praga agrícola. Por um lado, porque se trata de um
incremento moderado, e também porque ocorre em grande parte em
meios urbanos e peri-urbanos.
6. Espécie principalmente zoófaga – O Melro, tal como a maioria dos
turdídeos europeus, é maioritariamente zoófago. Alimenta-se de toda a
espécie de insectos, aranhas, minhocas e outros invertebrados que
captura no solo e na vegetação herbácea. No Outono e Inverno, tal
como outros turdídeos, adiciona à sua dieta uma grande variedade de
frutos e bagas, sendo classificada de frugívora facultativa. Ou seja,
alimenta-se temporariamente de frutos, mas não depende deste tipo de
alimento.
7. O Melro não tem características de praga - O estatuto de praga
agrícola só pode ser atribuído a espécies de aves sociais ou gregárias,
herbívoras, frugívoras ou granívoras, pré-adaptadas para explorar
oportunidades alimentares efémeras, típicas dos habitats agrícolas. Os
melros não são nem granívoros e nem herbívoros. Sendo frugívoros
facultativos, podem consumir frutos e bagas quando existem
disponíveis, mas não de forma exclusiva. Os melros nunca apresentam
comportamentos gregários ou coloniais. Tal como a maioria dos
turdídeos residentes, os melros defendem os seus territórios durante
todo o ano. Não sendo sociais, dificilmente ocorrem em concentrações
suficientemente elevadas para causar quaisquer danos nas produções
frutícolas.
8. Não estão provados os alegados prejuízos na fruticultura – Para se
atribuir a uma espécie silvestre a responsabilidade por um prejuízo
agrícola, é necessário, em primeiro lugar, certificar qual a espécie que
causa o dano. Em segundo lugar, e necessário estimar a quebra no rendimento da produção agrícola em causa, a existir, e se é
suficientemente elevada para ser considerada um prejuízo efectivo. Não
existem quaisquer estudos que mostrem que o Melro causa dano em
culturas agrícolas e que esses danos resultam em prejuízos para os
agricultores.
9. Métodos de espantamento eficazes – Sempre que um agricultor
alegar que os melros, ou a outras aves, causam danos na sua
exploração, tem à sua disposição um arsenal de dispositivos de
espantamento eficazes. Não necessitando de recorrer ao abate.
Dispositivos como os tradicionais espantalhos, os “mobiles” com sons e
reflexos, as gravações de predadores ou os canhões de gás, são
suficientes para afastar os pássaros das árvores de fruto, durante o
período mais crítico, evitando os danos na colheita. Existindo alternativa,
não há justificação para o abate das aves.
10. Aliviar o trabalho administrativo não pode ser motivo para matar
aves – O anterior Secretário de Estado das Florestas argumentou que a
abertura da caça ao Melro vai permitir aliviar os trabalho dos serviços da
Autoridade Florestal Nacional na atribuição de licenças de
espantamento. Para aliviar o trabalho dos serviços da administração é
necessário modificar procedimentos, mas não é aceitável a autorização
do abate de aves por esta razão.
Por estas razões a SPEA considera a caça ao Melro desnecessária, ilegítima e um absurdo administrativo inaceitável. A SPEA pede à Sra. Ministra que revogue a Portaria 147/2011, de 7 de Abril, com carácter de urgência. Pedimos que não autorize a caça ao Melro e que altere as outras disposições contrárias à gestão sustentável da caça, publicando uma nova Portaria com o calendário venatório para 2011/2012 antes do fim do presente mês de Julho.
A SPEA pede também à Sra. Ministra que inicie o processo de revisão da Lei da Caça, de modo a retirar o Melro de uma vez por todas da lista das espécies cinegéticas.
Com os melhores cumprimentos.
Clara Casanova Ferreira
Presidente da Direcção
Quando fôr mais ou menos humano matar pelo simples prazer do disparo ,pergunto-me o que é que será mais ou menos desumano ??tekillaa Escreveu:é mais humano a morte em terreno de caça que nos matadouros
voces falam sem pensar