Rikass Escreveu:Sim claro e compreendo perfeitamente, mas não dá outra coisa...Por poleiros não dá porque os que vi tem uma rosquinha de metal para encaixar nas gaiolas e como vou utilizar o flexarium isso está fora de questão...As lianas que vi são bastante resistentes e fica mais barato do que comprar uma dúzia de poleiros...Secalhar queria fazer criação, mas o ninho não é também para esconderijo das aves? E a nível de sujar muito a liana isso vai acontecer, mas penso que basta tirar e lavar...
Se quer fazer criação terá que arranjar poleiros fixos. Se os periquitos conseguirem baloiçar nas lianas irão ter dificuldade no momento da cópula. Além disso os poleiros de madeira também são bons para as aves roerem e desgastarem o bico que está constantemente a crescer.
Quanto à escolha do ninho, os que prefiro são aqueles tipo um cubo de madeira com um orifício de entrada. O ninho deverá ser colocado num local alto da gaiola. Não têm um aspecto natural mas os periquitos gostam. Será que consegue prender o ninho no flexarium?
Os periquitos gostam de trepar pelas grades da gaiola. A rede do flexarium dá para eles treparem?
A rede do flexarium é feita de que material? Os periquitos gostam de roer e com o tempo são capazes destruir a rede se esta for feita de plástico.
Quanto à escolha das sementes, há misturas já feitas. O continente vende uma boa mistura em sacos de 2 kg de marca branca. Pessoalmente não gosto das misturas que têm aquelas "vitaminas" vermelhas e verdes que na realidade não passam de farinha com corante. Ísso só lá está porque é colorido é uma técnica para chamar a atenção das pessoas a comprarem. Além disso essas "vitaminas" desfazem-se dentro da comida e produzem pó que depois as aves inspiram ao comer as sementes.
Eu compro as sementes a vulso e faço a minha própria mistura com 1 kg de milho alvo, 1/2 kg de alpista e 1 mão cheia de aveia descascada. Antes de durante a reprodução há quem dê canhamo (não tenho visto à venda e não sei se ainda se consegue arranjar) mas nem todos os periquitos aceitam essas sementes. É importante limpar as cascas das sementes diariamente pois acumulam-se à superfície da comida e as aves têm dificuldade em chegar às sementes que ficam por baixo. Normalmente sopram-se as cascas e como são mais leves que as sementes saem com facilidade. Cuidado ao soprar as cascas pois podem ir parar ao olhos de quem está a soprar.
A não esquecer também está o osso de choco sempre presente, legumes frescos (cenoura, espinafre, couve) 1 ou 2 vezes por semana e vitaminas na dosagem e frequência indicada na embalagem.
Quanto às mutações, existem milhares de combinações de padrão e côr e têm o mesmo preço que os normais. Caso esteja interessado em adquirir mutações aconselho um macho opalino (mutação ligada ao sexo) e uma fêmea spangle (mutação de dominância incompleta). Em minha opinião as aves que resultam desta combinação estão entre as mais bonitas.
Algumas notas acerca das côres dos periquitos
Existem 2 pigmentos responsáveis pela côr nos periquitos, as melaninas e o pigmento amarelo.
Melaninas
- produzem as marcas negras ou castanhas das asas
- produzem a coloração azul no corpo devido a um fenómeno de refração da luz azul nas penas que contêm melanina.
Pigmento amarelo
- Produzem a coloração amarela no corpo e face
-Existem 2 tipos de pigmento amarelo. Na face concentra-se o pigmento amarelo fluorescente à luz negra. O pigmento amarelo não fluorescente existe no corpo e face.
Penas verdes - possuem melanina e pigmento amarelo .
Penas brancas - não possuem qualquer pigmento.
Penas azuis - possuem somente melaninas onde ocorre o fenómeno de difracção da luz.
Penas amarelas - possuem somente pigmento amarelo.
Penas negras - possuem melanina negra em concentração elevada.
Penas cinzentas - possuem melanina negra em concentração diluída.
Penas castanha - possuem melanina castanhas.
As aves com pigmento amarelo dizem-se da "linha verde" enquanto que as aves sem pigmento amarelo se dizem da "linha azul". Normalmente, quando o corpo é verde a face é amarela e quando o corpo é azul, a face é branca. As aves de côr azul e face amarela são consideradas intermédias entre as linhas verde e azul. Estas aves resultam de mutações que eliminam o pigmento amarelo não fluorescente (no corpo e face) mantendo apenas o pigmento fluorescente (na face). As aves que apresentam a côr violeta no corpo são da linha azul (nas aves verdes com a mutação violeta a côr violeta não é visível).
Tonalidades de côr - Cada côr pode existir em 3 tonalidade principais. Claro, médio ou escuro. As aves da linha azul são denominadas, quanto à tonalidade, azul celeste, cobalto ou azul escuro. As aves da linha verde são denominadas verde claro (tonalidade que existe na natureza), verde escuro e malva. Existem tonalidades intermédias devidos a mutações que se dizem de "diluição".
Lista das mutações existentes nos periquitos:
http://www.euronet.nl/users/hnl/symbols.htm
Boa sorte