


Reino: Animalia
Filo: Chordata
Subfilo: Vertebrata
Classe: Reptilia
Ordem: Squamata
Subordem: Iguania
Família: Agamidae
Género: Pogona
Espécie: Pogona vitticeps
Nome comum: Dragão barbudo
Esperança média de vida: 7 a 12 anos.
Tamanho em adulto: Pode atingir os 60 centímetros.
Habitat natural: O dragão barbudo é originário da Austrália. Pode ser encontrado em zonas semi-desérticas, florestas secas e planícies de vegetação rasteira semelhantes a savanas (tudo zonas onde o solo é terra e não areia). Esta espécie é semi-arborícola e passa grande parte do seu tempo em árvores mortas e ramos secos, onde pode passar largas horas ao sol.
Dieta: Omnívoro e de apetite bastante voraz (consultar Guia de alimentação - Dragão Barbudo by Sadyk).
Temperamento: Esta espécie é bastante dócil e interactiva, é social e bem conhecida pela sua enorme energia e actividade. Isto, aliado ao variadíssimo número de padrões e a facilidade em mantê-los em cativeiro, tornou os dragões barbudos um dos animais de estimação de eleição para os amantes de répteis.
Terrário
Dimensões: Devido à sua grande actividade esta espécie precisa de algum espaço. Para dragões pequenos e a título temporário, um terrário de 45*45*30 cm (comprimento*profundidade*altura), e em adultos 90*45*45 cm (mais uma vez C*P*L) será o ideal. É de salientar que estas são as medidas indicadas para apenas um dragão. É altamente desaconselhado manter dois machos juntos, mesmo que em juvenis tolerem a presença um do outro, ao crescerem rapidamente se tornaram agressivos e as lutas serão mais que frequentes (estas lutas acabam normalmente na decepação de dedos, patas ou cauda).
Substrato: Talvez o ponto mais discutível no que concerne ao terrário de dragões barbudos.
Devido à sua natureza bastante curiosa e a sua fome insaciável, todos os substratos soltos representam grande risco de impactação.
Em bebes e juvenis os dragões papel é indiscutivelmente o substrato ideal. Em adultos apesar de, pelos hábitos e pelo tamanho o risco de obstrução por ingestão de substrato diminuir, não deixa de existir, por isso é ainda desaconselhado o uso de areia ou outro substrato solto. Neste caso o conselho vai para pedras (xisto é sempre uma boa opção, relativamente fácil de encontrar e aquece bem uma vez que é escuro), repti-carpet e, claro, papel.
(Um pequeno parênteses para quem ainda assim insiste no uso da areia e só porque me sinto na obrigação de aconselhar no sentido de minimizar os riscos. Quando se usa areia como substrato são desaconselhadas todas as areias habitualmente vendidas nas lojas de animais, como é o caso da repti-sand, calci-sand, entre outras, pelo contrário, quem tem experiência com areia aconselha o uso de Play sand, lavada, facilmente encontrada nas grandes superfícies de brinquedos como a Toys’R’Us, uma vez que é mais barata e como nem tem cores vistosas nem tem suplementos nem sabe bem nem é chamativa para os dragões. A alimentação deve ser feita fora do terrário. Ainda assim, friso, o uso de areia mesmo em adultos é totalmente desaconselhado.)
Iluminação: Sendo desértico e tendo o hábito de passar largas horas ao Sol, este lagarto tem grandes necessidades de ultravioletas. Como tal, é aconselhado o uso de lâmpadas com factor de UV 10.0 ou 8.0, não menos. É importante que esta lâmpada seja instalada dentro do terrário e a luz incida directamente sobre o dragão, a existência de ecrãs ou vidros impede a transmissão dos ultravioletas. Há ainda que acrescentar que tem de haver, no mínimo dos mínimos, um local onde o dragão se consiga posicionar a menos de 30 cm da lâmpada, uma vez que a partir desta distância a dissipação de raios UV já é muito grande. Esta iluminação deve ser substituída de seis em seis meses uma vez que estas lâmpadas vão perdendo capacidade de emissão de ultravioletas.
Fotoperíodo:
. Verão: 14 horas de luz, 10 de noite;
. Inverno: 12 de dia e 12 de noite.
Aquecimento: É crucial assegurar um bom aquecimento. Uma vez que este animal tem os sensores térmicos na parte de cima do dorso e cabeça, o ideal será o aquecimento ser feito por lâmpada. Pessoalmente aconselho as lâmpadas de cerâmica devido à sua maior eficiência, ao não emitirem de luz de espectro visível (embora se diga que os répteis não conseguem ver os IV’s, esta temática é ainda alvo de alguma discussão) e, por fim, devido à sua maior durabilidade.
Principalmente nos terrários definitivos (onde há espaço para isso) é importante criar um basking spot, que consiste na zona mais quente do terrário, onde o dragão se irá deitar sobre o calor intenso de uma lâmpada (lâmpada de spot).
Quanto às temperaturas diurnas:
. Lado quente: 32ºC a 35ºC;
. Lado frio: 25ºC a 28ºC;
. Spot: 38ºC a 41ºC.
Temperatura nocturna: 21ºC a 24ºC.
Decoração do terrário: Esta questão deve ser abordada com a devida cautela, o objectivo é assegurar ao nosso animal um espaço onde ele possa recriar todas as actividades que teria no seu meio natural. Troncos, pedras e algum espaço amplo para poderem movimentar-se à vontade são elementos essenciais. Depois, os habituais esconderijos. Quanto ao bebedouro, não é preciso um grande recipiente uma vez que isto será um incentivo a frequentes banhos e os dragões não são muito higiénicos, ou seja, muitas vezes defecam na água, por isso é preciso especial atenção com os bebedouros, é importante lavar o recipiente e mudar a água assiduamente.
É importante completar a leitura deste tópico com:
. Guia de alimentação - Dragão Barbudo by Sadyk;
. Informativo: Dragões Barbudos by Skhisma.
(Há gajos mesmo prestáveis e dedicados, não há?