quarta jul 21, 2010 11:09 am
Ai essa gabonica.... espécie absolutamente deliciosa, se bem que letalmente perigosa, e por vários motivos - potência do veneno, yield exageradamente grande, tamanho descomunal das presas inoculadoras, eficácia no ataque, ângulo de ataque que se traduz basicamente em 360º, grande alcance E não menos importante o seu usual ar plácido que pode levar a lapsos de segurança. Não obstante estas características, (ou também por causa delas) deve ser uma espécie muito interessante de manter, se bem que perde muito do seu charme fora de um terrário naturalistico, onde a sua mímica natural a torna num verdadeiro fantasma...
As perguntas do Zé são muito relevantes. O acesso, em tempo útil, a soros adequados é um aspecto fundamental para a manutenção de espécies perigosas. Não estando por dentro do panorama, embora seja um curioso (INFORMATIVO) tenho muitas dúvidas que tal aconteça por cá, especialmente tendo em conta o facto de ser ilegal, em termos gerais e muito amplos, a manutenção de espécies venenosas (pelo menos com relevância clínica, como é o caso das presentes), não sendo menos relevante os valores que devem rondar tais soros e o seu prazo de validade, que pelo que si não é muito elevado.
Acredito que em alguns casos, se não muitos, a manutenção de HOTS, incluindo espécies verdadeiramente perigosas, em portugal não está devidamente coberta por medidas de segurança pessoal ao nível da presença do soro respectivo.
Ainda este fim de semana tive oportunidade de ver um breve documentário na TVE sobre a manutenção de HOTS no país vizinho. Para o efeito era regularmente extraído veneno para a produção de soro, que era vendido a preços MUITO elevados a uma unidade hospitalar (se bem me lembro poderia alcançar os 1000 euros por mg de veneno).
Tendo em conta o panorama da manutenção de espécies exóticas e as proibições imposta pela legislação brasileira (vários enquadramentos normativos) imagino que o acesso a soros não será fácil e/ou barato.