Já te respondi em
www.ratz.livreforum.com mas vou copiar para aqui a minha resposta também.
"Eu não acredito na resolução de casos de agressão através do confrontamento.
Já tive de lidar com casos diferentes de agressividade em ratz: agressividade territorial (suspeito que seja o caso, apesar de parecer "invertido", o teu ratz é territorial no espaço à volta da gaiola mas não dentro dela, certo?) e agressividade "genética", simplesmente herdada (por isso não se deve cruzar ratz que mostrem sinais de ser agressivos) e não resolvida em pequeno através de uma boa socialização.
Em nenhum dos casos o confrontamento com o ratzo ajudou. Sim, tentei essa técnica, já que era uma das sugeridas por alguns sites... mas não ajudou mesmo nada ):
O que ajudou realmente foi a leitura do artigo Trust-Training Rats.
O caso de Phineas não é igual ao teu... o problema desse era a falta de socialização e o do teu parece ser territorialidade. Mas pode ser que a leitura ajude!...
As técnicas que me ajudaram a lidar com os meus casos, tantos os de agressividade herdada (Jekyll e Hyde) como o de territorialidade excessiva (Dylan), fui desenvolvendo ao longo do tempo e manuseamento do animal.
Consistiam no seguinte:
- Numa primeira fase, uso de luvas de jardinagem e uma toalha de mãos para manuseamento do animal. Tanto o Jekyll como o Hyde mordiam só de ser tocados e as luvas ajudaram a criar habituação. A toalha auxiliava ao enrolar o animal nela ou permitir-lhe subir para cima dela e usa-la depois para o manusear.
- Atitude calma, sem medo. Se o animal sentir que estamos nervosos, vai captar essas vibrações. Depois de já ter levado umas boas dentadas, aceitei-o como parte do meu destino enquanto dona x)
Respirar fundo e agir com segurança é essencial.
- Paciência. Sempre que possível, esperar que seja o ratz a vir ter connosco e não o contrário. Respeitar os tempos do animal, que se sente assustado ou ameaçado, e por isso reage.
- Palmas das mãos sempre viradas para cima.
- Mãos aproximam-se do ratz sempre de baixo para cima e de trás para a frente.
Estas duas últimas, das mãos, são das coisas que mais me ajudaram. Percebi que movimentos lentos mas seguros, com as mãos viradas de palmas para cima e aproximando-se de baixo para cima e nunca por cima do animal, são pormenores extremamente úteis a ter em conta. Penso que na natureza, muitas vezes o perigo vem de cima da ratazana e por esse motivo um animal menos relaxado pode sentir-se ameaçada ao ser abordada por cima e pela frente!...
Espero ter ajudado um pouquinho que seja.
Também queria sugerir que experimentasses soltar o ratz num lugar diferente do habitual, que lhe seja estranho, a ver se ele tem o mesmo comportamento.
Li que apesar de não terem sido muito socializadas em bebés (bebés que fogem em pânico como descreveste e fazem xixi e cocó nas mãos não foram socializados), só se tornaram agressivas depois de terem estado num "hotel" durante as tuas férias, certo?
Provavelmente sofreram algum trauma, algo as assustou e criou esse comportamento... por isso mesmo, escolhia uma abordagem mais calma e passiva, pelo menos para já, do que espicaçá-las quando têm um comportamento negativo.
A ratazana maior comporta-se bem na gaiola: sente-se segura e gosta de lá estar. No entanto, começa a comportar-se de modo agressivo depois de algum tempo no exterior... sente-se ansioso e excitado.
Eu procuraria arranjar um terceiro espaço, que fosse seguro mas não tão agradável como a gaiola ou interessante como o exterior, por exemplo uma transportadora, onde colocar o ratz durante uns 15 min de castigo depois de ele começar a demonstrar comportamento agressivo."