domingo jul 27, 2003 7:17 pm
Olá!
Tenho vindo a este tópico, de vez em quando, e delicio-me sempre a ler as vossas palavras sentidas!
Lindas surpresas que tenho encontrado!!
Atrevo-me agora a pôr aqui uma coisa minha, e peço desculpa por ser triste, mas ... foi este poema que me deu vontade de colocar ...
Mamã
Quando eu te apertava contra mim,
numa tentativa vã de afastar a morte,
eu sabia que ela te ia afastar de mim ...
Te iria arrancar ao meu abraço,
por mais que eu te apertasse contra mim,
por mais que os meus braços te envolvessem com força,
para te transmitir a vida que em mim pulsa,
para que passasse de mim para ti essa força que te ia faltando ...
Nesses momentos eu desejei ter-te assim,
agarrada nos meus braços,
para que o meu amor te envolvesse,
para todo o sempre ...
Para que o tempo parasse,
E ficassemos assim,
Tu e eu,
Eu e tu,
Mãe e filha ligadas,
como no início,
quando, dentro de ti, eu comecei a surgir ...
Nesses momentos em que te abraçava,
assim desesperadamente,
assim ternamente,
numa tentativa vã de parar o tempo,
eu quis-me convencer que iriamos ficar assim,
Eu e tu,
Tu e eu,
Filha e mãe ligadas,
para sempre ...
Que nem a morte iria separar,
conseguir romper aquele abraço!
Pois, se estavas ali,
apertada a mim,
para onde poderias ir?
O teu corpo estava junto do meu,
TU estavas comigo!
E NADA, nem a morte,
te poderia levar de MIM!
E abraçava-te mais,
para sentir a Tua realidade!
Pois como pode o que EXISTE,
o que é REAL,
de repente desvanecer-se,
e não ser mais?
MÃE,
nesses momentos em que eu te abraçava,
assim ternamente,
assim desesperadamente,
eu sabia,
meu Deus, como eu sabia,
que eram isso mesmo,
APENAS MOMENTOS
<p>MALHINHAS para sempre no meu coracao!</p>
<p>To the world you may be one, to the one you may be the world!</p>
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