Mudei-me recentemente para uma quinta dentro de uma reserva de caça,os meus cães passeiam em liberdade e muitas vezes saltam os muros para passearam pelos caminhos que são públicos.Há precisamente uma semana,um dos meus cães um Retriever do Labrador não voltou,fui procurá-lo de carro e fui encontrá-lo dentro de água e em choque,exactamente á porta da quinta de um dos associados da reserva de caça.Em casa começou a agravar-se o seu estado,fazendo-me pensar que teria sido envenenado,até que entrou em estado de coma,falei com o veterenário que me disse que pelo o meu relato,ele devia morrer dentro de uma hora.Mas não morreu,resistiu pela noite fora ,respondeu aos incentivos meus e dos meus filhos ,saiu do coma,mas sempre a repirar com muita dificuldade.No dia seguinte levei-o ao veterenário,fez-se uma radiografia aos pulmões e descobriu-se que tinha alojado na caixa toráxica vinte chumbos de caçadeira que tinham provocado um edema pulmonar,foi medicado,voltou para casa e ao fim de uma semana ficou livre de perigo.Esta história de final feliz ,serve como prova dos hábitos selvátyicos e impunes dos caçadores do nosso país:é prática corrente envenenar águias e de seguida queimá-las para eliminar a prova do crime,matar raposas fora das épocas de caça,disparar contra cães e ameaçar com represálias (fogo posto etc...)quem se puser no seu caminho.O interior de Portugal com o consentimento mudo de Lisboa é um far-oeste ambiental,é um massacre continuo á natureza e todas as espécies,cabe-nos a nós a tarefa de denunciar estas selvajarias ,de termos mais sentido de cidadania e não continuarmos com esta atitude envergonhada tão tipica dos Portugueses.
